Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 20 de maio de 2003

Uma nação de loucos por com armas.

Michael MooreExcelente! Simplesmente Excelente! O documentário de Michael Moore, Tiros em Columbine, que assistí com a Bibba no domingo é sem dúvida um dos melhores documentários que já vi até hoje, justamente por ser um documentário norte americano que não recorre aos métodos sensacionalistas norte americanos e fala sobre a loucura (com armas) norte americana.
Neste documentário, o cineasta Michael Moore consegue capturar, e ainda mantendo o bom humor, toda a loucura do o povo do país mais poderoso do mundo, que é também um dos mais armados do mundo. Grupos paramilitares de ultra direitistas, adolescentes cabeça-oca querendo ser maus (e proteger-se de um inimigo oculto que só pode ser eles mesmos), famílias empobrecidas e destroçadas pelo capitalismo onde crianças de seis anos acham uma arma e saem para brincar com ela na escola (e ninguém nota)... Este é o retrato dos EUA que não sai no New York Times, nem mesmo quando dois adolescentes pegam metralhadoras TECH-9 e saem disparando em seus colegas em uma high school americana. Assista, perceba como somos um povo saudável e pense, não sem um pouco de medo, que eles são os canditados à matriz cultural do mundo. O seu olhar sobre os tele-jornais e sobre a mídia nunca mais será o mesmo...

Como era de se esperar há dezenas de críticas sobre o filme. Algumas o elogiam sinceramente, outras são neutras, e algumas o metralham e o ridicularizam. Até o pessoal da Zeta Filmes, que meteu o pau no Waking World, adorou.

Uma coisa é fato. Michael Moore é egocêntrico e torce um pouco os limites da ética jornalística em seu documentário, que evidentemente tem um forte apelo emocional e uma lógica um pouco simples. Mas eu adorei, achei que foi um excelente documentário, e como todo folheto de manifesto tem direito de seus exageros e escorregôes. O problema é que somos um país com uma população grande demais de críticos loucos pelas armas da crítica ferina de tudo (para se sentirem mais inteligentes, pois ao que parece há um senso comum de que gente inteligente não elogia completamente nada).

Veja o Trailer do Filme.

Love, Peace, No guns and Understanding

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