Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 31 de maio de 2006

Um texto bom sobre o Grande Sertão: Veredas e seu escritor, Guimarães Rosa? Tá aqui.

Cada dia me sinto mais em dívida, senão com o Bicarato (grande andarilho roseano), com a literatura de meu tempo, por não ter lido ainda este livro.

Houve Holocausto?

Eu acredito que houve. Não há um bom motivo para se acreditar no contrário. Por outro lado, "O Holocausto" não foi o único "holocausto humano" a ser realizado na sangrenta história de nosso mundo. A importância relativa que ele recebe frente a todos os outros massacres e absurdos ocorridos é que causa desconforto. Justificar a ocupação da palestina pelos israelenses (que, cá entre nós, não estão sendo nem um pouco bonzinhos também) é como acreditar que os xiitas iraquianos tem o direito de matar seus antigos algozes. Opa... é mais ou menos o que está acontecendo, não é?

Daí vem o sentido de tanta gente apoiar quando alguém questiona o Holocausto. Mas não sei se faz sentido discutir hoje se ele aconteceu ou não. A questão é, por que é que estas coisas continuam acontecendo aqui e alí? A lógica facista do "nós contra eles" continua, e continuamos dentro da lógica do "sangue paga sangue". Dá uma espiada em São Paulo pra ver os exemplos...

E fica a boa pergunta do barbudinho do Irã: Que diabos os palestinos tem a ver com isso?


p.s. aproveitando a deixa, alguém acha bonito se matar pessoas só por que elas estão do outro lado da "fronteira de conflito"? tem morador de São Paulo que acha isso. Moradores de ambos os lados...

O Gmail tirou o dia para implicar comigo.

Se você me mandou algum email interessante e importante e eu ainda não respondí, não se sinta mal amado.
Eu simplesmente não conseguí acessar meu email hoje depois das 10 da manhã...

Como disse certa vez o meu irmão, devorando um prato de feijão: "O Google já foi Deus, mas hoje não é mais não."

Eu confio na sabedoria das pessoas que comem feijão... às vezes. :D

Ainda sobre os politizados pedófilos holandeses...

Todo mundo andando pelado, e de graça, nos trens europeus pode ser interessante, não é não? :D

sexta-feira, 26 de maio de 2006

meu passado de fotologger me condena

ô canseira... :)

Preciso de uma cerveja, de um cafuné e de um bom final de semana.
(uma boa prova no domingo também iria ser uma excelente pedida)

Por que é que as afirmações de Steve Gillmor, de que "os links estão mortos", ou de que "o Office está morto", causam tanto rebuliço? Nietzsche já disse que Deus estava Morto, e o mundo como conhecemos não acabou por causa disso*.

Êta povo que gosta de matar as coisas...


* o mundo como conhecemos está acabando o tempo todo, embora a gente nem sempre perceba isso. de qualquer forma, isso não é culpa de Nietzsche ou de Gillmor.

"Quando, afinal, vão lançar um cyber cachaça no Brasil?
Ninguém agüenta mais cyber café. Coisa mais careta, né não?"

-- Tutty Vasques, que de vez em quando fala alguma coisa que presta.

Lembrei do véio bica. :D

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Tentaram assaltar o David Copperfield (é aquele mágico que aparecia no fantástico, antes de termos David Blaine e seus truques de faqir). Não conseguiram levar nada, pelo jeito.

Isso me fez lembrar de um velho conto...

chama-se "O Saco"

Estava de noite. A rua estava vazia naquele momento. Só havia eles alí.
o menino puxa a arma.

- passa tudo! anda!

O homem de preto olha para ele aturdido, segurando a sacola de supermercado com força. Abre a boca, mas não diz nada.

- passa logo a bolsa, porra! passa o dinheiro! passa o celular! vai logo senão te meto uma bala! - o menino está quase gritando, sua voz ecoa pela rua vazia

- não.

- você tá doido? eu vou te matar!!

- não. eu sou um bruxo. posso te dar meu dinheiro, se você precisa tanto dele. posso te dar a chave do meu carro ou até meu casaco, mas não vou te dar a sacola. tem algo nela que eu não posso dar para você... para o nosso bem. - a voz do homem de preto é muito calma.

O menino parece confuso. não sabe o que fazer...

- passa logo a merda da sacola! passa tudo senão eu te mato agora!

- não faça isso...

*BLAM*
O tiro ecoa pela rua. O homem vestido de preto cai no chão, com uma expressão de dor. Ainda assim, ele não fala nada.

- velho doido!

O menino pega a sacola e sai correndo. Está muito mais pesada do que parece. Ele nem para pra pensar em como uma sacola de papel de supermercado pode suportar tanto peso. Suas narinas dilatadas de medo em meio à corrida até um beco não perceberam o cheiro de enxofre.

Então ele abriu a sacola.

Muitas horas depois a polícia encontra as poças de sangue e os restos de um menino espalhados em no beco. Ficaram se perguntando que diabo havia acontecido alí.

Não era o diabo. Era apenas um demônio, mas geralmente apenas os bruxos sabem a diferença. Longe dalí, o bruxo baleado ainda tentava retirar a bala com seus conhecimentos mágicos. Maldizia entredentes o menino por sua estupidez.

Ia ser um saco recapturar aquele demônio...

sábado, 20 de maio de 2006

Por quê apedrejam a Francine?

Sendo tragado novamente para o assunto, se não pela minha consciência (e eu sei que não tratei o assunto adequadamente), ao menos pela quantidade de acessos que o Alriada vem recebendo por conta da menção do nome da pobre moça de Pompéia, me sinto chamado a fazer mais um post sobre a Francine Favoretto. Mas este será o último, com certeza.

Retomando o assunto de onde eu parei -- será que as fotos são mesmo montagem? A meu ver, e ao ver de quase todo mundo que conheço (e que conhece um mínimo sobre fotografia digital), não, elas não são. Apenas um especialista poderia fazer montagens como aquelas, e não acredito realmente que seja o caso. Afirmar que elas são uma montagem é um absurdo. Mas isso me leva a me perguntar o porquê deste absurdo. O que leva uma pessoa a negar o óbvio frente à turba presencial e virtual que ameaça apedrejá-la, e de certo modo o faz diáriamente?

A resposta desta pergunta está, a meu ver, contida na própria pergunta. Há uma turba querendo linchá-la (espero que apenas no sentido figurado, moral, mas não tenho mais tanta certeza disso) e não há como discutir com turbas. Posta inadvertidamente, aos olhos dos provincianos de Pompéia e do mundo afora, na posição de adúltera e "prostituta" ao ter aquelas fotos divulgadas, o que mais Francine poderia fazer? A discussão não era se ela tinha o direito ou não de transar com dois caras, ou se ela tinha culpa ou não da publicação das fotos. A questão parecia muito simples: se uma pessoa é fotografada transando com dois homens ela é uma puta, e se é uma puta merece ser xingada, cuspida e apedrejada (novamente, espero, que apenas moralmente... mas eu não duvido da estupidez humana). Que escolha teria Francine a não ser negar, então, que fosse realmente ela naquelas fotos?

A questão, novamente a meu ver (sempre a meu ver, este é meu blog, afinal), é outra. A questão é se faz algum sentido, ou mais, se é minimamente justo se condenar uma pessoa assim, apenas por quê ela se dá ao direito de transar com dois caras quando está afim. E eu coloco a coisa desta forma, se ela tem este direito, pois ao que parece ninguém questionou muito ou quis sequer criticar os dois caras que aparecem nas fotos. Foi apenas a Francine, transformada em "puta", e o namorado dela, transformado em "corno", e apenas eles pareciam merecer a agressão pública. Posto que não fiquei sabendo de atentados físicos contra o namorado (ou ex-namorado) de Francine, que até já desapareceu da mídia também, parece-me que a questão foi agudamente séria apenas para o lado dela.

É um absurdo se condenar uma pessoa por sua sexualidade. Não apenas um absurdo, mas uma hipocrisia também. Todas as pessoas saudáveis que eu conheço reconhecem que sexo é muito bom, e que quando se tem vergonha daquilo que se está fazando, é brochante. Mesmo aqueles que não reconhecem públicamente este fato, o fazem em suas alcovas, na maior parte das vezes. Há aqueles que não se permitem tais prazeres, e são por isso tão amargos tantas vezes (tirando claro, alguns poucos monges celibatários que conhecí que eram mesmo pessoas adoráveis). Postas todas estas coisas, há uma grande hipocrisia a respeito do sexo, e do direito das pessoas de fazer o que quiserem com seus corpos e sensibilidades, e é isso que aparece em cores tão terríveis neste caso da Francine.

Quem publicou as fotos dela talvez tivesse mesmo a intenção de agredir a pessoa de Francine, embora eu não esteja certo disso. Como um pesquisador ocasional de fórums de nudez amadora, tenho algum conhecimento das dinâmicas existentes lá dentro, e de como as pessoas agem por alí. Muitas vezes o interesse em identificar as pessoas exibidas nas fotos, que na maioria dos casos são publicadas sem o conhecimento e contra a vontade das fotografadas (quase sempre das fotografadas, pois a maior parte dos homens se orgulham de aparecer nestas fotos, até onde sei), é o de dar à foto o "background" real, de "girl next door", que tanto excita os colecionadores de nudez amadora. Não sei qual foi o interesse do cara que publicou as fotos da Francine, principalmente pois as republicações, muitas delas já marcadas pelos ataques e pelo preconceito (tantas vezes ainda mais hipócrita, pois as pessoas estavam muitas vezes GOSTANDO das fotos e atacando a moça ao mesmo tempo), são tudo que achei, e elas não dizem mais muita coisa sobre qual era o interesse original.

Quanto aos envolvidos nas fotos, Francine e os outros dois caras (dos quais não me lembro os nomes, em um curioso flagrante de meu desinsteresse por eles), não estavam fazendo nada que não se faça naturalmente, e geralmente com bastante prazer, em todas as cidades do Brasil e do mundo, grandes ou pequenas. Estavam fazendo algo que, provavelmente, tantas das pessoas que engordam a turba de "linchadores" gostaria de fazer, ou fizeram, ou fazem, mesmo que não admitam isso (e Francine também negaria tudo, como faz, como fez, se tivesse escolha agora). Estavam fodendo e sendo felizes. Talvez tenha sido um erro fotografar o ato, mas isso também é tantas vezes feito, e tantas vezes também publicado, sem consequências tão grandes quanto as ocorridas no caso de Francine (até onde sei). Por que é então que neste caso a coisa estourou desta forma? Será que é pelo provincianismo da cidade? Será pela posição dos pais da moça (que não é muito diferente das posições dos pais ou parentes de outras moças cujas imagens já vi publicadas, algumas delas de forma amadora, outras de forma "profissional")? Será por um conjunto quase aleatório de fatores da forma de exposição das fotos, da forma como elas foram difundidas pelo Orkut, e do alarde da Mídia? Esta é uma análise que cabe não só a mim, mas a muitos, e confesso estar com preguiça de fazê-la.

O ponto central, para fechar este post que já está longo demais, é que o grande absurdo desta história toda não são as fotos, ou o que se estava fazendo nas fotos, ou a negação dos envolvidos a respeito da veracidade delas. O grande absurdo não é o fato de que Francine Favoretto transou com dois caras, e se deixou fotografar fazendo isso. O grande absurdo é que outras pessoas, que não são parentes de Francine, que não são envolvidos com Francine, que não são parentes e por vezes nem amigos de nenhum dos envolvidos, que por vezes nem sequer a conheciam além de um rosto na multidão, atacarem a moça desta forma. O absurdo é a reação das pessoas no Orkut (que desconfio ter sido conduzida por uma daquelas lastimáveis dinâmicas de turba onde uma pessoa faz algo estúpido e as outras a seguem como lemingues rumo à queda no penhasco da ignorância). O absurdo é que alguém se sinta no direito de julgar outra pessoa por atos que não o dizem respeito, e que não são, cá entre nós, nada fora do normal.

O grande absurdo é que até hoje ainda estamos falando de Francine, quando na verdade a discussão é sobre o preconceito, a ignorância e a agressividade das pessoas não só em Pompéia, como em todo o resto do mundo. As fotos de Francine mostram que ela transou com aqueles caras (espero que tenha sido bom pra eles). A reação de todos nós mostra muitas coisas sobre nós. E isso sim é que deveria estar sendo discutido.

Seja feliz Francine. Don't let the bastards grind you down, baby.

E ao preconceituosos e curiosos e desocupados que, como até eu admito ter feito, destilaram comentários pouco inteligentes e humanos a respeito do caso, que tal arranjar algo melhor para fazer, como por exemplo cuidar de suas próprias vidas?


Love and Understanding people just the way they (and we) are.

sexta-feira, 19 de maio de 2006

fun fun fun...

Casablanca em trinta segundos... com coelhos.

"O que eu odeio sobre os dez mandamentos", uma comédia juvenil com Charlton Heston, Yul Brynner e Sinéad O'Connor (tadinha da Sinéad!)

e, o grande ZLAD!!!



Hey baby wake up from your a sleep
We have arrived onto the future
And the whole world is become....

Elektronik, Supersonik,
Supersonik, Elektronik,

Hey baby ride with me away,
We doesn't have much time,
My blue jeans is tight,
So onto my love rocket, climb,
Inside tank of fuel is not fuel, but love,
Above us, there is nothing above,
but the stars, above

All systems gone!
Prepare for downcount!

5....4....3....1! Off blast!


Fly away, my space rocket,
You no need put money in my pocket
The door is closed I just lock it,
(Ha) I put my (Ha) port plug in your socket (Ha Ha Ha)

The sonic sky is bright like fire
You and me gets higher and higher
Cut communication wire
Only thing can stop us is flat tire

Ha, Ha, Ha Ha Ha Ha

Hey love crusaider
I want to be your space invader
For you I will decend the deepest moon crater
I is more stronger than Darth Vapour
Obey me I is your new dictator
For you is Venus, I am Mars
With you I is more richer than all the tzars
Make a wishes on a shooting stars
Then for you I will play on my cosmic guitars!

Ladies and Gentlemen
Fasten your beltseats
We has commenced our decent
I trust you enjoy this flight
As much as you enjoy this accent

Now back on Earth its time for downsplash
Into sea of eternal glory my spaceship crash
People have arrived for cheer me from near and far
And as I float I open door and shout
"I am worlds biggest, washed-up superstar!"

(Supersonik, Elektronik)

As for sure as the sun rises in the west
Of all the seas and all the boats I am the bestest
come, let me put ring of Jupiter on your finger
Then like a smell around you I will forever linger
Ok, is time for end, no more will I sang
Let me take you back in time,
I want for you to experience big bang

Long live space race
Long live, Molvania



E se você gostou disso, não pode perder "The Antipope", do Zlad.




Eu estava precisando dar umas risadas. E você?

Ontem de tarde, enquanto eu ia comprar uma garrafinha de Sprite na banca de jornal ao lado do Minc, ví uma senhora gritando para quem quisesse ouvir que "os militares iam bombardear tudo". Comprei minha Sprite e parei para ouvir. Ela continuou... disse que "esse governo não tem salvação, é todo mundo corrupto" e que "se os militares não tomarem o poder e jogarem bomba em tudo, o mundo vai acabar"...

Cada um tem os deuses e heróis em que pode crer.

Achei curioso quando dois policiais militares pediram para ela ir gritar em outro lugar.
Este mundo está ficando cada dia mais nonsense...

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Tem coisas que só o Google.com e a Francine Favoretto fazem por você...

Enquanto eu estava em minhas férias de blogueiro, imaginava que voltaria e encontraria meu blog às traças (como de costume), quase esquecido por seus (poucos) costumazes visitantes. Quase caí da cadeira quando fui dar uma olhada nas visitas e me deparei com isso:



Foi então que me lembrei no fenomeno google+francine, que levou meu blog a receber umas 50 a 150 visitas por dia só de interneteiros "curiosos" para ver (ou rever) as fotos da Francine Favoretto.

Tudo isso por causa de duas citações do nome da moça em posts. Acho que que vários visitantes saíram frustrados daqui, mas havia sempre mais deles vindo procurar as fotos "que não eram" da moça. :D


Agora as visitas em busca da Francine estão diminuindo, mas eu realmente não acho que os 72 acessos de hoje tenham muito a ver com a minha volta à blogosfera.

Estou de volta à velha casa.

Vai levar um tempinho para que eu tire toda a poeira e ajeite tudo, mas ao menos agora há luzes acesas e cerveja na geladeira deste blog elegante...

Estou voltando a escrever também.
Isso é bom. :)

terça-feira, 9 de maio de 2006

computadores são banais e se não são usados em prol da criatividade, levam sua imaginação embora. estou de saco cheio de computadores. vou tirar umas férias...

até breve, meus leitores. :)

domingo, 7 de maio de 2006

Porquê será que eu tenho a impressão de que o entrementes.net saiu do ar?

Será que isso tem algo a ver com o sumiço do blog do Dpadua e de todas as imagens do template do Alriada? :)

Entrementes! Volte logo!!! Estamos sentindo sua falta!


p.s. até o retorno do entrementes, e por conseguinte das imagens do template, desculpem a bagunça... :)

yourself:/# halt
system stopped.

yourself:/# change parameters
changing parameters..................... ok.

yourself:/# reboot.

---

Todo dia é dia pra recomeçar.
Basta parar, pensar, mudar, e seguir em frente.

quarta-feira, 3 de maio de 2006

E eu estou de saco cheio de fazer posts sobre política e atualidades...

Vou escrever!

Este era um post insensível...

Mudando de assunto...

Eu estou ainda indignado com o que aquele prefeito beócio da cidade italiana de Ecija fez. Destruir as ruínas de Colonia Augusta Firma Astigi, algumas das relíquias arqueológicas romanas mais bem conservadas da Europa, para construir um ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEO para sua cidadezinha de merda? Este cristão é maluco?

p.s. Colonia Augusta Firma Astigi era a cidade natal de Theodosius, o imperador romano que tornou o cristianismo a religião oficial de Roma. Eu não morro de amores pelo cara, e nem pelo que ele fez, e nem mesmo pela cidade dele (ou pelos romanos, para falar a verdade...) mas destruir patrimônio arqueológico para fazer um estacionamento é uma das maiores provas de estupidez que um prefeito pode dar... Uma burrice digna dos romanos que deram origem a seu povo.

p.p.s. pensando bem, há justiça no mundo.

p.p.p.s. acabo de me lembrar com tristeza que alguns idiotas irlandeses estão destruindo o castelo de Uisneagh para construir uma estrada. ISSO SIM é triste!


"Companheiros... parem de me perturbar, companheiros! Não encham o saco, porra!"

Esta é a foto impagável do dia (e mostra como uma foto pode ser perigosa, se retirada do seu contexto)

O Rei Índio e o Ouro Negro...

A partir de uma discussão muito produtiva (na AINN) a respeito do último movimento do Evo Morales (o de nacionalizar as reservas naturais da Bolívia), descobrí um post no blog de um jornalista brasileiro que mora no Peru e que está atualmente na Bolívia e que faz uma das análises mas sãs que já lí sobre a questão da soberania Boliviana (contribuição do Bicarato). Vale a pena dar uma olhada...

Mas se você tem preguiça de ler, então entenda ao menos uma coisa:
A Bolívia é considerada, dependendo do ponto de vista adotado, o país mais pobre da América do Sul, quiçá o país mais pobre da América Latina. Ao mesmo tempo é um país com um potencial econômico bem razoável, que tem uma riqueza inimaginável em forma de petróleo e gás natural (qualquer semelhança com o nosso país não é mera coincidência). Durante quase toda a sua história, a Bolívia foi governada por uma pequena elite que se beneficiava com as boas graças dos EUA, e que em troca disso se ocupava em fazer as regras da extração das riquezas bolivianas da forma mais agradável e lucrativa para seu benfeitor norte americano.

A Petrobrás, que hoje esperneia para ter um tratamento diferente, não se incomodava nem um pouco em participar daquela festa de multinacionais na extração do petróleo e do gás boliviano. Do outro lado há o movimento pela nacionalização das riquezas nacionais Bolivianas e pela recuperação da soberania daquele país, que já vem de muito tempo atrás. Evo Morales subiu ao poder no auge de um movimento social unificado de várias das minorias bolivianas, e tinha em sua plataforma de governo, entre outras tantas coisas, a promessa da nacionalização do gás e do petróleo de seu combalido e explorado país. Ao contrário de nossas esquerdas, direitas e patotas aparvalhadas afins, as bases que elegeram o presidente boliviano são razoavelmente organizadas e cientes dos compromissos de seu representante. Eles cobraram a promessa...

E foi então que Evo Morales levou a cabo aquilo que havia prometido, aquilo que era uma necessidade histórica e econômica de seu país, aquilo que era o justo depois de tantos anos de exploração - ele mudou as regras. Acho um tanto ridículas as vozes que se levantam para criticar o ato do presidente boliviano. São as mesmas que criticaram o nosso presidente Lula por cada curva de seu caminho, por sua moderação ou eventual cautela. São as mesmas que sempre criticam, e nunca apresentam uma proposta. São as vozes dos vendidos, dos iludidos, dos leigos conduzidos por nossa mídia marrom-cocô. Isso tudo é bobagem. É claro que vamos perder com esta história, mas não há nada mais justo quando estávamos no fundo nos aproveitando de nosso "amigo" e vizinho.

Eu apóio a medida tomada por Evo Morales, e digo mais, acredito que os bolivianos tem um presidente que tem coragem e compromisso com as propostas que o levaram ao cargo, algo que nós Brasileiros ainda temos que aprender a produzir. Quem critica Evo Morales pela sua postura, merece os aparvalhados que elege.

Viva o Evo.

UPDATE: E parece que a discussão sobre este assunto anda quente também lá no CMI, embora eu ainda prefira o nível da discussão do AINN...

UPDATE2: E no mesmo CMI, o Latuff fez uma charge legalzinha sobre o Evo e o Gás... :)

terça-feira, 2 de maio de 2006

O relógio do meu celular marca 4:20, o relógio do meu computador marca 3:26. Um dos dois deve estar maluco (ou então começou/terminou algum horário de verão desses e eu nem fiquei sabendo...).

Mondêi aráundi de uôurdi...

- Parece que vai rolar a JediCon-DF nesta semana (existe até um vídeo anunciando o... erm... evento). Há rumores de que vai rolar a apresentação de um "musical" Star Wars, com números de sapateado e musiquinhas em coro... (duende segura o riso)... Isso tem tanta cara de ser coisa do Hermes. :)

- O Zeca deu a dica de um site bem legal de onde se baixar alguns quadrinhos... é o Rapadura Açucarada. Vale a pena conferir, pois o site tem até uns fanzines obscuros (como o mineiro Uai!). Um dos destaques do conteúdo disponível no blog fica para "A Sombra das Torres Ausentes", do maravilhoso rato Art Spiegelman (que desenhou o quadrinho-porrada-no-estômago Maus). Vão lá ver...

- Metal, meu amigo ciborgue-do-quarto-ao-lado, mostra seus dons fotográficos (com a máquina do Nande) em seu flickr. Destaque para a linda foto tirada da janela de seu quarto (que ficou muuuuuuuuito foda).



Tenho que levar meu carro para a oficina. Mais tarde eu volto com mais môndei aráundi de uôurdi...


UPDATE 1:
Mais algumas coisas que rolam "aráundi dê uôurdi"

- A Chinits teve três de suas obras selecionadas (as imagens estão aqui) para o Salão Paulista de Arte Contemporânea. A abertura da exposição será no dia 04/05, às 19hs, no prédio da Bienal, 3o andar, entrada pelo portão 3...
Vai fundo, Chinits! :)

segunda-feira, 1 de maio de 2006

sim... existem pássaros sem asas...

com os senhores e senhoras... o Kiwibird! (não confundir com kiwifruit, que é a fruta, ou com kiwipeople, que são os neozelandezes...)



(segundo o site http://www-cs-students.stanford.edu/~rsf/kiwi.html)
The "kiwi" (shown above) is a flightless bird native to New Zealand. (New Zealanders also like to call themselves "Kiwis".)

The kiwi (bird) is unusual in at least two respects. First, it is the only bird in the world that has its nostrels at the end of its beak. Second, the female kiwi has the largest egg, in proportion to its body size, of any bird in the world (except possibly for the hummingbird). Kiwis are about the same size as chickens, but their eggs are almost as big as those of ostriches!

The difference between "kiwi" and "kiwifruit"
The "kiwi" is not to be confused with "kiwifruit" - the brown furry fruit with the green flesh. Kiwifruit come originally from China, and in fact were originally called "Chinese gooseberries". (This is how I knew them when I was growing up in New Zealand.) Sometime in the 1960s, kiwifruit farmers in New Zealand decided to market the fruit overseas, but decided to give them another name, to avoid confusion. (Remember also that mainland China was very much out of favour with the West at that time.) To help identify the fruit with New Zealand, the name "kiwifruit" was chosen.

Some people refer to kiwifruit as "kiwis", but this is incorrect. (New Zealanders also find this very irritating!) A "kiwi" is a bird (or a human New Zealander); the fruit should always be called "kiwifruit" (or "Chinese gooseberries").


Kiwi procês! :D



tirando velhas fotos minhas do baú, e colocando elas em meu flicker...

quero ver se encontro em meus olhos, em velhas fotos, onde foi parar o contador de histórias que eu costumava ser...

deve estar por aquí mesmo.
a gente sempre demora para achar as coisas que estão logo dentro da gente, né?

Tenho sido um escritor relapso. Há dias... semanas... meses que não me dedico realmente a meu ofício. Mau duende, mau duende, mau duende!

É hora de voltar ao trabalho.
Sem minha arte e minha poesia eu em sinto como um passarinho sem asas.
Sem minha arte eu sinto falta de mim mesmo...

é.


p.s. existe algum pássaro que nasça sem asas? fiquei curioso pra saber.

p.p.s. é. é hora de voltar a escrever...


UPDATE: sim, existem pássaros sem asas... (a dica foi da Clara, nos comments)