Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sábado, 30 de setembro de 2006

Mais um belo dia nublado...

o clurichaun viu a nuvem...

Mais um dia de inspiração e trabalho.


p.s. acho que vou publicar os dez primeiros capítulos de O Cavaleiro e o Dragão no Overmundo, enquanto trabalho no décimo primeiro capítulo para nós :D

"...não conseguia respirar. Não conseguia sequer saber onde estava, mas parecia haver muito verde. Havia muita pele também, mas era uma pele rugosa e fofa demais. Tentava se mexer, mas sentia que estava parcialmente preso sob algo que se mexia sobre ele. Parecia ser parte de um enorme corpo. Um corpo muito maior do que ele. Mas quando olhou para o que o prendia e esmagava, compreendeu que não era áspero ou sequer táctil... Era cacofônico! Nâo era carne que o esmagava, mas palavras. Milhares delas, entrelaçadas, repetindo-se e se enroscando sem parar... escorrendo viscosas umas sobre as outras e formando uma enorme lesma que o esmagava sob uma das voltas de seu corpo vermiforme. Ele quis gritar, mas não gritou. Apenas tentou, meio engasgado, se libertar daquela aberração. Foi então que o horror maior o atingiu: Aquela grande lesma de palavras, cacofônicas e esmagantes, era parte dele mesmo. Era sua própria mente...

Antes de ser esmagado, a última coisa passou-lhe pelo peito foi: Então é assim que é minha mente...?"


Um pesadelo muito simbólico...

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

as nuvens voltaram...

céu do jeito que eu gosto

não está um dia belo e mágico?

identidade.

se eu fosse meu pai,
quem seria meu filho?
se eu fosse minha mãe,
quem seria o pai?
se eu fosse meu cachorro,
eu lamberia meu pé?

se eu fosse você,
quem seria eu?
se eu não fosse eu,
o que seria de mim?

Acordo de um salto, olho para o dia ensolarado com uma certa perplexidade -- onde foram parar minhas nuvens? Mas então a memória me retorna do mundo dos sonhos e eu pulo da cama. Hoje é dia de limpar o Brutus, e eu tenho que comprar açúcar e escrever uma linda poesia.

É.

Não é hora de ficar caçando nuvens...

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

minha casa precisa de açúcar e de um fogão... :)
(mas um forno de microondas já dá pro gasto)

tá.
só queria que vocês soubessem. :D

Abraços Gratuitos...



Abraçar é tão bom, e aproxima tanto as pessoas (que andam tão distantes...)
Deveríamos também distribuir mais abraços...

Tudo bem, eu geralmente fui um ranzinza que detesta ser tocado por estranhos,
mas a gente sempre faz uma força pra melhorar, né? :D

Há tanto que se pode aprender e entender sobre a vida
nas noites febrís em que você não tem certeza
se verá novamente o amanhecer...

Tem algo diferente em mim,
desde que eu levantei daquela cama ontem.

Acordar naturalmente de manhã, sacudindo fiapos dos sonhos mais loucos (e mais populosos, e, a seu modo, os mais gostosos) que tive em muito tempo, e ver os primeiros raios tímidos de sol banhando a rua por trás das nuvens pesadas que tanto amo...

A vida é tão bela. :)

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

O dia nasce frio, cheio de nuvens e vento,
como um presente do céu para me alegrar.
Levanto-me da cama. Não tenho mais febre,
hoje é um dia perfeito para a vida recomeçar...

Existe tanta magia no ar,
e me sinto tão vivo!

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Se eu sobreviver, eu acho que terei muitos sonhos legais para contar...
Por hora, ando pela casa como um zumbí,
e meu sorriso é de beatitude e não de alegria.
Meu corpo dói, mas minha alma tem paz... enfim.

domingo, 24 de setembro de 2006

neblina na minha rua

uma neblina de veludo desceu sobre a rua,
como se tentasse dar modéstia à noite nua.

se as cidades passassem por metamorfoses
seus casulos seriam feitos de neblina e luz.


agora é hora de ir para meu casulo...


é.

Porquê é que a gente complica tanto as coisas?
Porquê a gente pensa tanto?

Eu queria uma vida simples e bela.

Na próxima encarnação, quero nascer passarinho.


p.s. ser uma cebola também parece uma boa idéia. deve ser legal ficar debaixo da terra crescendo em camadas... :)

Tirei o dia para dormir, sonhar e passear por meus reinos internos.
Lá também tem vento e chuva, e tem um castelo que é um velho conhecido,
que estou precisando muito mesmo visitar...

Chega de blablablá.

É hora de dormir, sonhar e caminhar...



Que os Deuses nos abençoem...

sábado, 23 de setembro de 2006

Curiosos para saber em que contos eu estava mexendo? Tudo bem. Eu conto. :D

Dei uma trabalhada em cima do "Pedaços Humanos" (aquele velho conhecido, que é meu screensaver) e no "Conversa de Botas Batidas" (que estava fofinho demais...). Depois disso trabalhei um bocado no "Violeta no Vaso" (agora ele sai!) e no "A Moça Acenando na Janela" (putz, eu gosto de colocar "janela" no nome dos meus contos hein? puta que pariu!).

O conto novo? Deste eu só conto que se chama Zaratã, e é meu primeiro experimento com fábulas brasileiras... :)

...e então a chuva veio.

Acordei cansado. É mais uma destas piadas da vida...
Justo quando a inspiração e o glamour retornam, um virus influenziano oportunista (uma péssima influência, deveras) se aloja no meu corpo. Mas não tem problema não...

Apesar de estar me arrastando, tive ânimo para escrever um bocado antes do almoço (aliás, escrever REALMENTE um bocado. metí o dedo em pelo menos 4 contos antigos e um conto novo ao longo da manhã). Depois do almoço, passeio (também arrastado, mas valeu a pena) por brechós, buscando sabe-se lá o quê. Dizem algumas fadas que "quando você sabe o que procura, é mais fácil de achar. Mas quando você simplesmente sabe que tem que procurar por algo, sabe-se lá o quê, por vezes os deuses te presenteiam com aquilo que você estava procurando e não sabia." Encontrei uma coisa inacreditável: um fardão da marinha, com um fraque longo e aqueles tradicionais botões dourados (e aquele mítico galardão nos ombros...). Glamour puro!
É claro que eu comprei. Vou ver o que os imaginários com mais habilidades manuais do que eu me sugerem. Acho que posso transformá-lo em uma farda imaginária muuuuito glamourosa! :D

De volta ao ninho, derrubado, quase me arrastando até a cadeira, consegui resistir â tentação de dormir. Ainda estou aqui, lutando contra linhas e palavras, polindo velhos contos. Até o fim do dia, haverá um bocado para publicar... espero.

É tão bom sentir-me inteiro, pessoa-escritor-duende de novo!
...e então a chuva veio para nos abençoar a todos!




Que os Deuses abençoem nossos caminhos!


P.S. Enquanto isso, continuo meio sem saco de passar minhas fotos pro meu deviantART. Eventualmente eu farei isso...

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Retomando o Glamour...

Acabei indo dormindo bem mais tarde do que o planejado. Mas, até aí, nada demais. Eu raramente faço aquilo que planejo...
De qualquer forma, valeu a pena. Depois de conseguir me arrancar da frente do computador (o que foi muito salutar pois, para variar, não estava fazendo nada de belo...), resolví enfim começar a ler o Noites Sem Fim que a Luana Red and Golden me emprestou. Nem tenho palavras para agradecer. Aquelas histórias me trouxeram de volta!!!

Acordei com a alma fervilhando de imagens e histórias para contar...
Tantas, que foi difícil escolher por onde começar. Desde então, estou mergulhado freneticamente em fazer miríades de coisas ao mesmo tempo...
Ajeitar meu perfil no DeviantART, passar as vistas no Overmundo, revirar e revisar velhos contos, escrever (ou não escrever, e acabar esquecendo) fragmentos de poesia e prosa...
Estou transbordando cores e palavras!

Alguma coisa boa há de sair disso...


vontades proprias by ~cluracan on deviantART


Tenho muito a fazer...

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

divagando sobre Pirsig...
De vez em quando Robert Pirsig dá uns nós na minha cabeça. Mas para desfazer nós basta dividir os nós com os nós da nossa rede...

(16:19:02) Duende: Pirsig deu mais um nó na minha cabeça...
(16:19:03) Duende: :)
(16:19:08) dpadua@xemele.cultura.gov.br: é?
(16:19:10) dpadua@xemele.cultura.gov.br: que nó?
(16:21:23) Duende: nem sei explicar direito. é na parte do livro em que ele começa a evidenciar o conflito entre a moralidade biológico-social e a moralidade sócio-intelectual, e apresenta como estes conflitos de moralidades podem explicar a paralização intelectual e social que nos impede de conseguir endereçar os conflitos advindos da decadência dos valores vitorianos e do fracasso da revolução cultural de sessenta em produzir novos padrões morais....
16:22
(16:22:31) Duende: em suma... a criminalidade, o desespero e a falta de rumo e sentido das vidas contemporâneas tem algo a ver com a destruição dos velhos padrões morais sem a construção de novos padrões morais sócio-intelectuais, o que nos leva a buscar no passado (nos velhos padrões) uma resposta para evitar que caiamos novamente nos conflitos biológico-sociais da pré-história, o que acaba acontecendo.
(16:22:39) Duende: bem... eu disse que não era fácil de explicar.
(16:22:44) Duende: :)
(16:23:11) dpadua@xemele.cultura.gov.br: mas eu entendi.
(16:23:26) dpadua@xemele.cultura.gov.br: é a moral do confronto morrendo e a moral da confraternização nascendo.
(16:23:31) dpadua@xemele.cultura.gov.br: we need a new socrates.
(16:23:39) Duende: o "nó" é lidar com a idéia de que os padrões antigos podem ser uma solução melhor do que a decadência dinâmica, que não se estrutura e portanto nos leva a nos perdermos cada vez mais em problemas que a sociedade romana já havia solucionado...
(16:24:21) dpadua@xemele.cultura.gov.br: pois é.
(16:24:25) dpadua@xemele.cultura.gov.br: eu tbm tô nesse nó
(16:24:27) Duende: Pirsig diz que para que haja confraternização (e boas intenções e atos) entre as pessoas é necessária uma reestruturação de valores sociais e intelectuais que não é possível pois não temos ponto de partida. O que acontece é que estamos caindo sem parar...
(16:24:58) dpadua@xemele.cultura.gov.br: sim... "onde é a cordinha do pára-quedas?", diria didi mocó
(16:25:20) Duende: Passamos 50 anos atacando a última moralidade que possuíamos. Agora só nos resta a moralidade biológica que acaba subsumando a moralidade intelectual...
(16:25:56) Duende: Pirsig defende que apenas uma revolução moral e ética pode solucionar o "ralo" degenerativo por onde nossa cultura está escoando.
(16:26:18) Duende: nem a inteligência nem a socidedade conseguem solucionar o problema, pois paralizam uma à outra.
(16:26:50) Duende: A Metafísica da Qualidade apresenta que a falha em perceber que uma pessoa é um conjunto de padrões químicos, biológicos, sociais e intelectuais independentes nos causa uma paralisia.
16:27
(16:27:32) Duende: Tipo... você dizer que "depois que aquelas famílias de negros se mudaram para o bairro a criminalidade aumentou" não é uma afirmação racista. È apenas uma afirmação cujo nexo causal está distorcido.
(16:28:33) Duende: a criminalidade não aumentou porque as famílias tem pele negra. ela aumentou porquê as famílias, indiferente da cor de suas peles, apresentam uma moralidade biológica que defende a idéia do "roubo" e da "prevalecência do mais forte" que conflita com os padrões morais vigentes anteriormente.
(16:29:18) Duende: Roubo é uma forma de tomar para sí aquilo que se quer/precisa. É uma violência contra os padrões de propriedade que possuímos. Mas o Roubo é um elemento de uma moralidade biológica que se evidencia quando a moralidade social falha em prover para as necessidades de todos.
(16:29:23) Duende: Entende mais ou menos o problema?
(16:29:55) Duende: E isso não tem NADA a ver com os padrões biológicos das famílias (cor da pele, tipo de cabelo, etc...). Tem a ver com padrões sociais, ou com o fracasso deles...
(16:29:56) dpadua@xemele.cultura.gov.br: entendo 100%
(16:30:24) dpadua@xemele.cultura.gov.br: mas não entendi como vc está contextualizando o nó "global" na sua vida
(16:31:18) Duende: só que nossos padrões intelecutais que não distinguem entre padrões biológicos e sociais confundem tudo, e transformam a afirmação de "aquele negro é um ladrão" em uma afirmação racista. Não é, pois esta afirmação difere de "aquele branco é um ladrão" apenas na evidenciação de um elemento do padrão biológico, que nada tem a ver com o padrão social.
(16:31:39) Duende: não é um nó global em minha vida. é um nó na minha percepção de questões de sociedade e pensamento.
(16:31:53) Duende: refinando a questão...
16:32
(16:32:20) Duende: o que estou enxergando é que vivemos um tempo de enorme CONFUSÂO de níveis estáticos, e estas confusões nos levam a falhas paralisantes de percepção.
(16:32:37) Duende: na verdade conforme estou te explicando, o nó vai se desfazendo.
(16:32:40) Duende: vamos fumar um cigarro? :D
(16:34:44) dpadua@xemele.cultura.gov.br: hehehehehehe
(16:34:45) dpadua@xemele.cultura.gov.br: vamos
(16:34:53) dpadua@xemele.cultura.gov.br: mas espera só uns 15 minutos,
(16:34:56) Duende: belez.
(16:35:01) dpadua@xemele.cultura.gov.br: que to resolvendo o registro do site do balaio café
(16:35:08) Duende: é o tempo de que preciso tb para baixar as fotos e publicar esta conversa :)

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Vocês viram a beleza do dia de hoje?

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Preciso reencontrar meu tempo e meu momento de escrever.
Estou secando sem palavras e sem glamour nesta cidade seca!
Sinto falta daquele escritor que mora dentro de mim...
Sinto falta da chuva...


"Você acorda com o despertador, mas não está realmente acordado. De fato, você não esteve realmente acordado desde... desde que se lembra. Sentado na cama, um tanto relutante - você não quer ir para o trabalho - tenta se lembrar de seus sonhos. Não consegue lembrar-se nem sequer se sonhou. Lembra-se vagamente dele, do outro, e da forma como ele olhava pra você, mas não sabe se o sonhou ou se só o imaginou. Todas as perguntas já desapareceram quando você começa a escovar os dentes, balançando para um lado e para o outro e morrendo de sono. Você não está realmente acordado, mas está de pé. Tem que se contentar com isso. Ao menos não vai perder a hora novamente. Se ele estivesse alí, lembraria você de perguntar a si mesmo quem é você. Você provavelmente não saberia a resposta. Você não está acordado o bastante para isso.

Cambaleante, com a cabeça vazia e um bocado tonto, você começa a se vestir. Tenta se lembrar se bebeu ontem, ou se ficou acordado até muito tarde. Você quase sempre faz alguma das duas coisas. Passando o dia inteiro no trabalho você não tem muito tempo para dedicar a você mesmo. Não que você utilize muito bem o tempo que rouba do seu sono. Você não presta muita atenção na roupa que veste. Uma calça e uma camisa que você usou apenas uma vez nos últimos dias, as botas de sempre, um casaco para a chuva do fim do dia. Você tem que economizar roupas, pois a lavanderia está cara e você não é muito bom com o dinheiro. No caminho até o carro você fica ofuscado pelo sol e se lembra que esqueceu os seus óculos escuros. É uma forma levemente ruim de começar o dia."

(trecho inicial de Acorda pra Sonhar, um velho conto inacabado que eu faria muito bem em retomar...)

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

O mundo do Dragão é feito de cinzas
(das coisas belas que ele mesmo destruiu).

Hoje eu só quero o silêncio.
(Hoje eu só quero meu covil...)


Existem momentos em que eu pareço não saber nada sobre Dragões.
De qualquer forma, já passei anos demais brincando de "príncipe e dragão".
Agora é hora de virar Cavaleiro e montar o Dragão.

Por falar nisso...
E aquela velha fábula inacabada que eu ia retomar?
Cadê?

Quisera a vida pudesse ser do jeito que sonhamos.
Quisera as coisas pudessem ser do jeito que queremos.
Mas não podemos nem mesmo vencer aquilo que somos...

Queremos mudar o mundo, e torcê-lo à nossa própria vontade.
Mas não podemos nem mesmo cicatrizar nossas feridas
e evitar o nosso egoísmo. Como somos limitados!

Ainda assim, somos maravilhosos.
E em meio a todas as falhas,
sobrevoando o fracasso,
conseguimos trazer beleza
a este mundo tão imperfeito.

Imperfeito comos nós...
Como eu...

Somos Deuses imperfeitos descobrindo
que nem sempre se pode ser Deus.

Quisera houvesse conserto
para aquilo que não se pode ser.
Mas o que não tem remédio,
remediado está. E assim passam os dias...

sábado, 16 de setembro de 2006

a vida própria dos cabelos quando você acaba de acordar...

Acordado para sonhar. :)

(je suis un enfant terrible feérique...)

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

É impressão minha, ou eu sou a única pessoa
que está feliz e de bom humor hoje?

"...And the Holy Snake said: CUT THE CRAP!!!"

Está na hora de retomar o punhal do Sábio Dragão Verde Sorridente do Oeste...

Fé nos Deuses e pé na Estrada, fiote.
A gente chega lá, seja lá onde for... lá. :)



"You are the melting men
You are the situation
There is no time to breathe
And yet one single breath
Leads to an insatiable desire
Of suicide...in sex

So many blazing orchids
Burning in your throat
Making you choke
Making you sigh
Sigh in tiny deaths..."


Melt...


Dissolvendo a fôrma,
o que sobra é líquido
e infinitamente certo...

Eu me sinto quase líquido.
Mas isso é bom, já que sou feito
de água e sentimento (e amor).

Um cigano certa vez me disse que tudo é transitório no universo...
Que tudo flui, tudo se move, vem e vai... e por vezes volta...
E que nos cabe aceitar e apreciar a fluidez de tudo...

Tudo bem, ele não usou estas palavras, mas eu sempre gostei de complicar.
Ele disse apenas que "tudo flui, queira você ou não, mas se você aceitar não vai sofrer com isso."


No Hope Is Freedom.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Queria que chovesse hoje...

Queria que chovesse e ventasse
Muito!

Iria ser um bom acalanto
para o Duende cansado.



Esta secura acaba comigo...

Depois de um Encontro de Imaginários na segunda feira e um Encontro dos Overmanos de Brasília na terça, hoje é meu dia para ficar quieto e ninguém... NINGUÉM vai me tirar de casa hoje.

Hoje eu quero escrever e ler, e não estou com nenhuma vontade de ver gente...

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Reentrando na Cyber-Esfera...

Depois de alguns dias de férias mentais e espirituais, estou de volta. Leva algum tempo para reconectar a carne à máquina, neste ofício meio ciborgue de viver com um pé no mundo digital. Sei que estou devendo "presenças" e "gestos" a muita gente, mas com o tempo vou cuidar de tudo...

Estou devendo, por exemplo, uma leitura completa e um merecido comentário à excelente nova aventura narrativa da Lú Selva. Faria isso hoje, mas acho melhor fazer isso com calma mais tarde... ou amanhã.

Estou devendo também a minha corrida pelos blogs de amigos e aliados, para ver o que vem acontecendo na blogosfera... Mas hoje não deu.

Este é um universo que flui com a rapidez do mercúrio.
Ainda estou reaquecendo os motores...

E mais importante sempre foi a poesia, e não a maquinaria...

É... :)

Por cima do rosto, uma maquiagem.
Por baixo da maquiagem, um rosto.
Nenhum deles é a maior verdade.

Entre a maquiagem e o rosto,
mora outra entidade.
Mais que tinta e carne,
palavra ou movimento...

É mais que um sentimento.
É a própria divindade.
É o Glamour...

As pessoas são contraditórias,
não caminham em linhas retas.
Linhas retas não tem muito a ver
com as pessoas e seus caminhos.
Elas são curvas, e são as curvas
que as tornam tão fascinantes.
Sim... fascinantes. Assustadoras
e profundamente encantadoras.

Gente é um bicho muito complicado.
Mas é o bicho que somos.
Somos nós...

domingo, 10 de setembro de 2006

YouTubeando...
(pois a televisão do geek é o YouTube...)



Ele sabe dançar...




...e Ele também sabe jogar boliche.




Eu passei anos procurando por este vídeo (desde que perdí
a cópia VHS que eu tinha dele, nos idos de 1997)




E já que achei um, aproveitei e peguei o outro também...




That's all for now, folks.
Amanhã estarei de volta à programação normal...
espero.

Dia de Faxina...

Limpando e lavando o Ninho dos Escorpiões
e a Torre dos Sonhos... e a minha própria alma.

Amanhã estaremos de volta à programação normal.

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

É essa vaidade que nos corrompe...
Sozinhos, somos apenas fragmentos
do grande Todo. Ainda assim, tentamos
ser melhores, superiores, únicos...
isolados da teia da vida.
Temos que aprender a sublime arte
de amar o outro como a nós mesmos...
como os nós que somos
da trama enorme do grande Todo.

No fundo, somos todos Nós.
Eu sou uma ilusão.
Eu é uma ilusão.
"Uma ficção
para os meus sentidos..."*



É esta vã vaidade que nos corrompe...
Na verdade somos todos nós.




* esta foi, um dia, e um dia novamente será, a frase de efeito de um imaginante andarilho...

E por falar em Overmundo...

O quê você está esperando para fazer parte do Overmundo?

O Overmundo é um website colaborativo, que é construído através da sua participação. Ele é feito para mostrar as culturas de todo o Brasil, inclusive aquelas que não costumam aparecer habitualmente na grande mídia nacional.

A sua participação é o motor do Overmundo. Basta se cadastrar, para poder participar da construção do site. Uma vez que você tenha realizado o seu cadastro, você poderá:

a) Escrever textos e realizar entrevistas para serem publicados no Overmundo

b) Disponibilizar suas criações, como fotos, músicas, filmes, textos etc.

c) Colocar itens na agenda de festas e eventos de todo o país

d) Construir o guia da sua própria cidade, com dicas, lugares, festivais, festas e outras atividades

e) Votar nas matérias que mais gostou, contribuindo para que elas ganhem destaque no site

f) Comentar os textos, dicas e conteúdos do site, contribuindo para complementar as informações de outros usuários


Além disso, nem é preciso dizer que você pode ler, ouvir, assistir e explorar tudo no site e para tanto não é preciso estar cadastrado.

O Overmundo funciona como um canal para revelar novas visões sobre a cultura do Brasil. Nele, a edição é colaborativa: cabe à própria comunidade de usuários decidir o que será incluído no site e dar destaque para os conteúdos mais legais. No Overmundo, o seu voto de "Gostei!" vale Overpontos, que fazem com que os conteúdos ganhem cada vez mais destaque. Os conteúdos em destaque na página principal do site são aqueles escolhidos pelo seu voto.

A bola do Overmundo é portanto de todos, o site só funciona com a sua participação. Quanto mais gente participar, tudo ficará melhor. Não é por acaso que o Overmundo adota uma licença chamada Creative Commons, que permite e pede o compartilhamento de tudo que está postado no site (veja o link "Alguns Direitos Reservados" no final da página). Por isso, leia, escreva, compartilhe, comente, vote, dialogue e mostre todo o poder colaborativo desencadeado pela internet.


Como funciona o Overmundo?

Dúvidas freqüentes

Sobre o Overmundo

(este texto foi extraído daqui)


Junte-se a nós. :)

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Na Saída (um conto sobre ir embora)
Versão final publicada no Overmundo de meu conto escrito em 2004.

"Eu disse para eles que queria morrer. Eles só continuaram a me olhar, sem expressão. Ninguém falou nada. Alguns talvez nem tivessem ouvido o que falei. Estavam horrorizados com a cena, com a situação, eu podia ver isso. Eu disse "Eu quero morrer, e quem não quiser me ajudar, vá embora! Eu nunca mais vou ver nenhum de vocês!". Alguns fizeram que iam embora, com lágrimas nos olhos, mas não foram. Outros nem conseguiam se mover. "Pelo amor de Deus... eu só quero morrer...", eu dizia... Eu não tinha mais esperanças quando disse isso..."
(fragmento de meu conto "Na Saída". para ler o conto inteiro clique aqui.)


Este foi um conto escrito em uma manhã de julho, para exorcizar um pesadelo. Na época eu dizia que "alguns contos se escrevem sozinhos". É verdade. Mesmo na hora de revisá-lo para lançamento no Overmundo, ele quase não me deu trabalho. Foi um conto que se "reescreveu sozinho"...

Leiam o conto inteiro, e digam-me o que acharam.

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terça-feira, 5 de setembro de 2006

E o Google acabou liberando pra Justiça Brasileira as informações sobre os IPs e acessos dos usuários racistas e pedófilos do Orkut...

Tem juiz americano morrendo de inveja.


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Desculpem o sumiço. Ando trabalhando (e curtindo isso um bocado) em um ritmo mezzo-frenético-mezzo-feérico. Vou ver se consigo publicar algumas coisas interessantes aqui até o final do dia...

Abraços do verde. :D


p.s. Viram como choveu? É por estas e por outras que eu acredito em magia...

p.p.s. Há mais 2 contos meus publicados no Overmundo. Mais tarde eu faço um(s) post(s) falando sobre isso, e dando os links....

Reflexões sobre o fio de uma faca
A versão final de meu velho conto está publicada no Overmundo. Para quem não conhece, e para quem conheceu apenas as "versões de trabalho", esta é a chance de ver como ele ficou... no fim das contas.

"Ela sempre bebia uma garrafa de vinho, ou mais, antes de se dar. Fosse para anestesiar alguma coisa dentro de si, ou para tornar mais doces os momentos de abandono às mãos e desejos de outro. Ana fazia tudo para agradar, mas nunca a si mesma. Ela acreditava que faria qualquer coisa para não ficar sozinha de novo."
(trecho de meu conto "Reflexões sobre o fio de uma faca")

Um conto sobre solidão e busca.

Baixe e leia o conto na íntegra no Overmundo
.


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sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Quando eu era criança, eu acreditava
que eu tinha o poder de controlar a chuva.
Acreditava nisso mesmo antes de conseguir
parar de molhar a cama.

Quando eu era mais novo, eu acreditava que a chuva
atendia a meus humores, minhas dores, minhas alegrias,
e chovia para mim quando eu pedia,
ou quando eu precisava...

Até hoje ainda desconfio que todas estas coisas
sejam a mais pura e mágica verdade...




Chove chuva!

Ahh... agora sim, o Youtube voltou à vida...

Quase Sem Querer
Renato Russo e sua Legião Urbana, cantando, como sempre, o que a gente sempre quis dizer e nunca soube como...



Amei esta música desde muito cedo,
desde muito antes de saber
o que ela queria dizer.

Hoje eu sei.
Mas não acho que sei demais.
Há sempre muito mais a se aprender.

Mas a vida é assim mesmo.
E é bonita, muito bonita...



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O Youtube deu pau de novo?

Foi só um soluço... :)

chovia lá fora...

Eu detesto esse tempo seco. Ele me deixa quase sem vontade.
A chuva leve, os dias nublados, o vento que brinca...
estas coisas sim me fazem feliz.

Saudades da chuva e do vento,
e de todas as coisas que eles me trazem...

Está faltando poesia neste blog,
como faltam as nuvens, a chuva e o vento,
no céu desta cidade seca.

Estou cansado de desertos.
Vou fazer meu próprio oásis,
de imaginação e poesia,
para me refrescar em minha caminhada.