Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sexta-feira, 30 de julho de 2004

"o bardo volta de sua inglória viagem por entre as gentes trazendo pequenos e preciosos tesouros. assenta-os em seus pequenos aposentos na encosta da colina e prepara-se para partir novamente para a batalha.

ele não está mais certo do que nunca, nem mais forte do que nunca, mas ele não desiste. ele sabe onde é seu lugar, e agora ele recebeu presentes da vida pelos quais deve agradecer.

com todas estas coisas em mente, ele sobe a colina. ele vai se encontrar com seus irmãos e reassegurar a todos, e a si mesmo, que alí é o seu lugar..."

O Efeito Borboleta
teoria do caos e o sonho/pesadelo de mudar uma coisa do passado são tratados de forma honesta neste filme hollywoodiano que consegue fugir do padrão e ser muito bom...

Quando Poocah me disse que queria ver este filme, eu realmente não fazia idéia do que se tratava. Imaginava qualquer coisa, menos o que vi: Um filme muito honesto sobre as implicações de se poder mudar uma coisa em seu passado. Ainda bem que optei (como de costume) a confiar no bom gosto dela. Não me arrependi nem um pouco.

O filme conta a história de Evan Treborn, um jovem tipicamente suburbano dos EUA que tem o pai internado como louco perigoso em uma clínica e um sério problema de amnésia lacunar. Ao longo do filme Evan descobre a verdade sobre seu pai e sua amnésia, e descobre também que é capaz de voltar ao passado e alterar acontecimentos de sua infância e adolescência. A cada pequena modificação, toda a sua vida e a daqueles que o cercam é radicalmente modificada (com uma pincelada de teoria do caos, onde o bater das asas de uma borboleta pode criam um furacão numa cadeia enorme e complexa de eventos...). O filme trata de forma suficientemente despretensiosa e muito apropriada a questão das pequenas escolhas e pequenos acontecimentos da vida que mudam toda a nossa vida para sempre. Vale a pena assistir, com certeza, principalmente quando em excelente companhia...

Um dos destaques do filme para se refletir a respeito é a grande prova de amor de Evan por Kayleigh...

ASSISTAM!

(veja o site do filme)



P.S.

este homem careca não é negro, é? ;)

quarta-feira, 28 de julho de 2004

'ATO OBSCENO. RELAÇÕES SEXUAIS DENTRO DE VEÍCULO, À NOITE, EM LOCAL ERMO.ATIPICIDADE.
Não ofende o pudor público a relação sexual dentro de um automóvel, somente perceptível com a aproximação junto ao veículo. No caso dos autos, o casal somente foi flagrado porque uma senhora passou pelo local, às 23h e, na companhia de um policial, em seu próprio carro,retornou ao local, interrompendo o ato.Também, o Direito Penal não se destina à repressão de qualquer manifestação voluntária e natural do afeto. Este e o amor não têm limites, nem explicação racional. Apelo provido para absolver a apelante e estender os efeitos ao co-réu. Por maioria.

(Recurso n° 71000200311, Turma Recursal Criminal,Porto
Alegre, Rel. Dr. Nereu José Giacomolli)

Viver demanda a sabedoria de um espadachim japonês.
Quando você faz força, você encontra resistência.
Quando você se harmoniza com os movimentos do mundo
e aprende a fluir, sem pensar, apenas agir da forma que
é necessária, você se torna invencível.


A idéia de que o sofrimento dá frutos é apenas uma baboseira europeo-cristã inventada por um clero inexcrupuloso interessado em fazer os pobres cristãos trabalharem e sofrerem até a morte.

A vida demanda graça e suavidade.
Serenidade e firmeza, sempre.

Hai, gafanhoto? ;)

"...Mariana estava linda aos olhos de Rodrigo. Sim, ela estava. Seus cabelos pretos estavam amarrados atrás da cabeça desleixadamente e seus olhos estavam um pouco vermelhos de susto e de choro, mas ela estava linda. Não foi possível falar nada por alguns segundos. Havia tantas palavras engarrafadas em sua garganta que o trânsito simplesmente parou. Ela olhava para ele quase sem expressão e Rodrigo quase podia ouvir seu coração voltando a bater forte depois de quase ter parado. Ele quase falou alguma coisa antes que ela se levantasse, mas sua voz simplesmente não saiu. E então ela caminhou até ele e ficaram se olhando. Ela estava linda, eu já disse isso?

- "Oi", disse Mariana, com o que deveria ser um sorriso triste. "é... coincidência né?"
- "P-poisé, coincidência", disse Rodrigo, reaprendendo a usar a língua.
Por que é que falamos coisas tão estúpidas em reencontros assim? Que enorme desperdício de momentos românticos... ou não. O silêncio durou mais alguns segundos, preenchido imperceptivelmente pelo barulho de um bar cheio.
- "Eu acho que deveríamos conversar"
- "Conversar? Você acha mesmo Rodrigo? Meter o dedo em tudo aquilo de novo...", Mariana dizia, como se recitasse uma lei de algum código penal interno.
- "Não sei. Mas estamos aqui, não estamos? Quer que eu vá embora?
- "Não. Pode ficar aí, mas..."
- "Mas...?"
- "Mas... Ah Rodrigo!"
- "Você não quer conversar?"
Silêncio... demais.
- "Rodrigo... Não podemos conversar outro dia?"
- "Mari... eu... eu acho que precisamos conversar agora."
- "O que é...? O que é que você quer?"
- "Vamos andar um pouco, Mari?"
Algum lugar dentro deles estava em carne viva agora. O último cravo em seus peitos sendo balançado, puxado... enfiado mais fundo. E então eles andaram, mesmo sem saber para onde ir ou o que queriam ao certo..."

(Trecho do conto "O Último Cravo", último conto de meu livro "As Botas Sob Minha Cama")

Sim, eu estou voltando a escrever.
A vida voltando a seus eixos...

...como uma dança.

terça-feira, 27 de julho de 2004

Quizzes, e por que não?
Fazia tempo que não encontrava uns quizzes interessantes.
Estes, seguramente, são interessantes...


Hecate
Hecate


?? Which Of The Greek Gods Are You ??
brought to you by Quizilla



HASH(0x8c705e8)
Bear Spirit Calls To You ~
Bear is spirit keeper of the West, the place of
darkness, maturity and good harvest. Bears are
active during the night and day. This
symbolizes its connection with solar energy,
that of strength and power, and lunar energy,
that of intuition. The bear holds the teachings
of introspection. When it shows up in your life
pay attention to how you think, act and
interact.

Bear's Wisdom Includes:


*Introspection

*Healing

*Solitude

*Change

*Communication with Spirit

*Birth and rebirth

*Transformation

*Astral travel

*Creature of dreams, shamans and mystics

*Visionaries

*Defense and revenge

*Wisdom

src=http://www.othellobloke.co.uk/Nativemid/danceofthewolf.mid>


Animal Spirit Guides ~ Which One Calls To You?
brought to you by Quizilla



HASH(0x889a8e0)
schizotypal


Which Personality Disorder Do You Have?
brought to you by Quizilla



CWINDOWSDesktopFightclub.jpg
Fight Club!


What movie Do you Belong in?(many different outcomes!)
brought to you by Quizilla


CHEGA!

Eu queria encontrar um teste desses sobre divindades celtas...

Você já agradeceu a seu blog por todas as coisas boas que ele te proporcionou?
Não? Pois eu vou fazer isso agora...

Obrigado, Alriada Express, por todas as coisas boas que você me proporcionou!
Valeu mesmo, meu bloguinho!


Isso merece um brinde ;)

É impressão minha ou o Gmail saiu do ar por uma noite?

Serei eu o único estúpido capaz de queimar os dedos acendendo velas (sim, aquelas que iluminam) 3 vezes na mesma noite?

Aceito declarações de empatia :)

Arqueologia de Hard Disk
Umas velhas poesias para começar o dia?
Então vamos nessa...



Dragão

Já eram meados do dia quando ele acordou.
Abriu seus olhos já não tão cansados, flectiu
Suas mãos não tão calejadas, partiu
Em direção a mais um dia. Começou.

Para trás tudo deixou
Atrás de si, nada sobrou
Pedra sobre pedra
Erva e Minerva
Hera e Açafrão
No fundo, batia um coração
Na face, um sorriso ladrão.

Em silêncio caminhou
Não parou para comer
Não parou para ouvir
Earth rim walker seeks his meal
Prepare the funeral pyres
The shapers songs no longer heal the fear
Within their eyes, within their eyes

Não parou para pensar, para meditar
Para voltar atrás, apenas para encantar
E em seu encanto, desejou redenção
E partiu, em busca de mais uma danação.

Em sua boca, as mais belas mentiras
Predador de sonhos, vampiro de paixões
Vitima do pathos, proferidor de canções
Coisa meio mente, meio mentira
Meio repleta, meio vazia
Monstro sem face, sem força
Na terra de deus, onde há justiça
Caminha um ser, caminho eu
Caminho meu, eu que sou
O seu Dragão.



-=-


(fragmento sem nome)

Quisera fosse uma bruma, mas é só cigarro
quisera fosse um suspiro, mas é só catarro
Caminho sozinho, falta luz e sobra espinho
Fumaça e vinho, e mãos no vazio
Sou homem feito, paixão e barro
Dia após dia, beijo e escarro
E perdão? Não há perdão
Sobram palavras, acabo na mão
Por hora meu sonho é pura ilusão

Um dia tive asas, mas foram arrancadas
E no caminho do céu cansei-me em escadas
No caminho de sua casa, pensei melhor
E o gosto do seu corpo bom me fez pior
Minha fé perdida, cacos espalhados
Pedaços de sonhos nunca acabados
Agora reviro os caminhos, velhos contos de fadas
Arrancadas, esquecidas em uma das casas
Banhadas em sangue, minha alma, minhas asas

Agora odeio toda esta disfome poesia
Me debato, me violento, viro noite, viro dia
Procurando um caminho, procurando um carinho
Procurando uma rosa e me rasgando no espinho
Minha maquiagem tosca amanhece mais borrada
Meu modo falso, minha paixão quase esgotada
Eu não quero mais viver assim, não aceito mais
Não suporto mais, não posso mais, eu quero mais
Minhas asas, minha alma, quero amar em paz!


(eu já publiquei essa antes?)


-=-


E, para terminar...

Hoje sou um amador
não quero saber de nada
mais complicado
do que o como se ama
e como se faz
para ser amado.



Pronto...
Hora de voltar ao trabalho.

segunda-feira, 26 de julho de 2004

O Casamento (de dois) de Meus Melhores Amigos
O casamento do Guto com a Denise foi lindo, mesmo para quem como eu sempre detestou ter que entrar em igreja...

É tradição entre os padrinhos chegar atrasado à igreja, não é? Bem, ao menos entre o meu grupo de amigos, é. Atrasado, porém sempre menos atrasado do que a noiva (a não ser que você queira ficar ouvindo uma voz gritando para você entrar logo na igreja, vinda de dentro de uma limousine com vidros fumê. scary...).

Mas vamos ao casamento, que é o que interessa. A Catedral (é, aquela igreja modernosa da esplanada dos ministérios) é realmente linda por dentro. Nem dá medo daqueles anjos enormes ficarem zonzos e cairem na sua cabeça. Quando cheguei à igreja, acompanhado de Fernando e Carlinha Bündchen e familia, já estavam todos os padrinhos e adjacentes em polvorosa passeando pela entrada da igreja. Recebíamos florezinhas de lapela dos organizadores da cerimônia (Hana Krishna e suas comparsas lesb-chic alemãs) e rápidas instruções sobre como deveríamos entrar na igreja. Padrinhos com a mão no umbigo e a outra mão FORA DO BOLSO. Madrinhas segurando seus padrinhos e suas bolsas e bolsetas de forma adequada. Ninguém tire meleca ou dê lingua para os amigos que assistem o casamento da geral, por favor...

O padre, falante e nordestino, deve ter feito o curso de fim de semana da Silvio Santos Entertainment Co. e mostrava seus truques. Mandou todos levantarem, sentarem, andarem para um lado e para o outro, cantarem, subirem e descerem na boquinha do banquinho de mármore... e nos agraciou com uma linda elegia sobre suas modernas idéias do século XVIII. Toda sua falação era desnecessária, afinal, a parte importante do casamento, as falas importantes de verdade daquele casamento, não foram as dele. Quando Gutinho e Denise tomaram o microfone para declarar seu amor um pelo outro, eu juro que chorei como um bezerro desmamado. E não fui o único. Enquanto as mulheres se seguravam machamente para não borrar suas maquiagens, Eu, Junim, Professor Fernando e Feliz (o homem rosa) mostrávamos para que é que nossas glândulas lacrimais serviam...

Sim, é isso mesmo. Este que vos escreve ficou emocionado quando viu seu amigo de infância Guto e sua amiga de longa data Denise declarando em meio àquele espetáculo o quanto se amam e o quanto estavam felizes de estar juntos. Para aqueles que não se emocionam com estas coisas, eu desejo, de coração, um proctologista sádico e de dedos grossos...

A Festa.

A festa depois do casamento é sempre um capitulo à parte não é? Pois é.

Lá estávamos nós, de volta à Maison Chantall de tantas festas, passando frio e nos esquentando com sagradas libações alcoólicas. Tiramos fotos, dançamos, Junim abriu o precedente tabagista (e eu o amei ainda mais por isso), Zoid dançou insanamente com a toda a luxúria e verve que lhe são características, eu corri atrás dos salgadinhos e da comida a noite toda (pois a fome é minha companheira inseparável) e Cão, um bom moço, revezava-se entre tirar moças abandonadas para dançar e ajuda-las com os ciscos de seus olhos. Fernando e Carla Bündchen mostraram a todos por que é que ganharam o torneio de dança selvagem de Vladivostok por 2 anos consecutivos, e assim fomos felizes... Foi uma festa realmente, realmente, realmente... realmente.

As ausências importantes foram a da Poocah e a do whiskey, nesta ordem.
As presenças importantes foram... foram as presenças importantes... (sim, eu escrevo sob censura... abaixo a censura... ABAIXO A CENSURAAAA!!!)

Não tem preço o sorriso da Tia Regina, a alegria de todos naquele aposento. Não tem preço estar ali entre amigos...
Para todo o resto, eu não tenho dinheiro. (ok, eu não poderia perder a piada) :)

É isso...
por hora.

Ausência
Vinicius de Morais escreveu, Poocah transcreveu e eu achei bonito.

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... Tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
.
.
.
.
.
.
tem coisas que só que conheceu dias escuros entende.

conto n.102
de Dorothy, a Loba.

"A brasa do cigarro iluminava o ambiente. Entre livros e cigarros, lá estava ele mais uma vez. Na tela do computador, a longa conversa que se desenrolava. A foto dela, sem foco, em destaque. E ele, mais uma vez, debruçado em frente a maquina que, nos últimos tempos, vinha adicionando sentido em sua vida. Olhando a foto, relendo as frases ditas, o diálogo infindável. Pegou-se admirando a estranha foto. A estranha beleza que emanava dela. E tudo o que aquela foto representava.

Não podia ser real. Seus relacionamentos nunca passavam de uma garrafa de whiskey barato e cama. Sexo e bebidas, era o que sabia fazer de melhor. Era apenas o que sabia, ou melhor, queria fazer. Não tinha tempo para juras de amor, ou carinhos ao pé do ouvido. Contato físico, fora em horas providenciais, lhe dava asco. Pessoas, em geral, lhe davam asco. Preferia não conviver com quaisquer outros que não o compreendessem..."


leia o resto do conto no blog

de Dorothy Gale, aquela que corre com os lobos...

Eu sou fã dessas mulheres lobo. :)

sábado, 24 de julho de 2004

Me Diga
Nando Reis

Se eu acordo preocupado com as
providências, como uma conta no banco
que eu não tenho dinheiro pra pagar.
Isso me aflita , e atrapalha
faz com que eu não me dê conta
de outras coisas
Que eu deveria cuidar...

Então me diga
se você ainda gosta de mim.
Porque de você eu gosto
Isso não deve ser assim
Tão ruim...

Dos meus filhos eu sinto saudade
eu tenho medo que eles achem que
eu não sinto a falta deles
como eu acho que eles sentem de mim.
Pego o meu carro pelo asfalto
uso um sapato da mesma maneira
Por influência do meu pai

Há quanto tempo eu conheço voce.
Há quanto tempo eu ainda vou precisar.
E eu dependo do teu
não entendo eu pretendo apenas
que você saiba que isso é meu amor...


A letra é mais ou menos essa, baby...

vou-me fui embora pra passárgada
onde sou amigo do rei
lá tenho a mulher que quero
na cama que escolherei...

hey boys
hey girls
vocês tem realizado seus sonhos ultimamente? :)

Os Deuses me deram dias emocionantes...
Deuses... menos. :)

Me basta agora cuidar de minha vida.

quarta-feira, 21 de julho de 2004



A beleza está nos olhos de quem a vê?
Então elejo esta foto a minha "carranca contra o mau olho" :)

Porque eu só quero saber do que é belo,
de verdade e não só em aparência.
Mas, afinal, o que é belo?

terça-feira, 20 de julho de 2004

Ahh, sim.
Feliz dia do amigo para todos. ;)

Ariel "Livingstone de Coturnos" Foina está de volta à cidade...

Depois de alguns meses na Europa, bebendo todas em Salamanca, nosso amigo Ariel resolveu botar uma mochila nas costas e ir pra lá de Marrakesh. Deu uma mochilada pela África, participou de algumas revoluções e alguns bacanais com camelos e árvores, bebeu bebidas estranhas que deixaram sequelas e possivelmente arranjou uns piolhos, mas está de volta são e salvo...
O log da viagem vai ser colocado no ar logo. Por hora, vale a pena dar uma olhada em suas aventuras e desventuras em seu blog I Don't Give a Fuck.

Bem vindo de volta mermão.
Vamos beber! :)

- Ei, onde você está?
- Na 114 sul.
- Sim, mas onde na 114 sul?
- No prédio que fica ao lado do comércio.
- Eu já andei todos os prédios que estão perto do comércio da 114 sul...
- Ai não, desculpa, eu estou na 314 sul... estou no prédio branco.
- Ok. Eu te encontro aí.


(...)

- Estou aqui andando na 314, baby. Onde você está? Em que prédio?
- No prédio branco, perto do comércio.
- Mas eu já andei em todos os prédios, você não estava em nenhum deles...
- Como não, Duende? Eu estou aqui debaixo do prédio...
- Mas eu já andei todos os prédios, baby.
- Tudo bem, a gente se encontra no posto...
- Ok.


(...)

- Cadê você!?
- Ué, eu estou aqui no posto te esperando...
- Eu também estou no posto te esperando...
- Ah, então devemos estar de lados opostos do posto. vou aí te procurar.
- Vem logo!
- Tô indo.


(...)

- Você não está do outro lado do posto.
- Como não, Daniel!? Eu estou aqui! Não tá me vendo?
- Não. Você tem certeza de que está no posto da 314 sul?
- Ahh, faz o seguinte, a gente se encontra na frente da Germana.
- Certo.


(...)

E então lá vem ela, atravessando a rua do comércio, vinda da 315 sul,
me dando uma bronca por não ter adivinhado que ela não sabia em que quadra estava...

Tem coisas *TUM!* que só as mulheres fazem por você. :)
(e este é um dos muitos motivos pelos quais elas são adoráveis!) ;)

A Exposição foi boa. Com "presenças importantes contrabalançando ausências importantes".
É muito bom reencontrar pessoas. (that may be a particular joke) :)

Não percam a exposição de fotos do Daniel Madsen, lá no Beirute.
As fotos estão ótimas!

Dessa Vez
Nando Reis

É bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer
É bom olhar pra frente, é bom nunca é igual
Olhar, beijar e ouvir, cantar um novo dia nascendo
É bom e é tão diferente
Eu não vou chorar, vc não vai chorar
Você pode entender que eu não vou mais te ver
Por enquanto, sorria e sabia o que eu sei eu te amo

É bom se apaixonar, ficar feliz, te ver feliz me faz bem
Foi bom se apaixonar, foi e é bom o que será,
Por pensar demais eu preferi não pensar demais
Dessa vez
Foi tão bom e porque será?
Eu não vou chorar, vc não vai chorar
Ninguém precisa chorar mas eu só posso te dizer
Por enquanto, que nessa linda estória os diabos são anjos

.
.
.
.
porque é. :)

segunda-feira, 19 de julho de 2004

Daniel Madsen faz exposição sobre Rock de Brasília no Beirute
De hoje, à partir das 20 horas, até o dia 01/08



Daniel Madsen é, além de um grande amigo meu, um grande fotógrafo de música.
Talvez um dos melhores de sua geração aqui em BSB
(ou esta é apenas minha opinião pessoal).

Eu não perco esta exposição por nada!


P.S. Daniel Duende não foi remunerado pra escrever esta propaganda. :)

Na Saída
um conto nascido de um pesadelo, de Daniel Carvalho

"Eu quero morrer", eu disse para eles. Eles só continuaram a me olhar. Alguns talvez nem tivessem ouvido o que falei, de tão horrorizados com tudo isso aqui. "Eu quero morrer, e quem não quiser me matar, vá embora. Eu nunca mais vou ver nenhum de vocês". Alguns fizeram menção de se mover, com lágrimas nos olhos. Outros nem conseguiam se mover. "Pelo amor de Deus... eu só quero morrer...". Eu não tinha mais esperanças quando disse isso...

Eu era feliz. Algumas coisas davam errado na minha vida, outras davam certo. Eu tinha meu emprego, que eu adorava detestar e tinha umas amigas que saíam comigo. Eu gostava de transar com elas, sabe? Elas também gostavam de transar comigo. Eu era feliz com essa vida. Mas ela acabou muito antes de você chegar, não sabe?

Eu tinha muitas coisas que não dava valor. Muitas delas eu nem percebia. Como por exemplo, ter uma vida, um rosto, e poder ir onde quisesse. Eu não dava valor às coisas simples, como todas as pessoas, por que não sabemos o valor das coisas simples que sempre tivemos.

Eu gostava de sair com meus amigos para beber. Eu sempre fazia isso desde que havia tirado minha carteira de motorista. Tirando uma batida leve, nada havia acontecido de errado. Nada tinha acontecido de errado, e eu não sabia o que era "nada ter acontecido de errado". Até que aconteceu.

Eu estava muito feliz. Ela estava comigo no carro, e a gente tinha acabado de transar pela primeira vez. Você a conhece, eu sei. Vocês se encontraram a alguns dias atrás, eu acho. Eu não estava dirigindo rápido. Eu ainda estava gozando aquele momento da melhor maneira possível. Ela sorria para mim e eu sorria para ela enquanto a gente ia cruzando percorrendo o Eixão para que eu a deixasse em casa. Tudo na vida parecia perfeito naquele momento. Até o trabalho que eu adorava odiar parecia que ia ser bom no dia seguinte. Foi o melhor momento da minha vida, logo antes do pior.

Eu não sei de onde ele veio. Quando eu o vi ele já estava lá. Aquele cara já estava na minha frente. Eu tentei desviar, mas acertei ele mesmo assim. Acho que você o conhece, né? Pois é. Depois eu acho que batemos em outro carro. Eu não me lembro, mas me disseram que batemos em dois outros carros. Quando eu acordei... Quando eu acordei... me desculpe estar chorando, mas você entende. É a última vez que vou chorar, agora eu sei. A ultima vez que sorri foi naquele dia. Quando eu acordei eu já estava aqui neste hospital. Ela estava morta. E eu não tinha mais as minhas pernas. Eu não tinha mais meu braço... Eu não tinha mais ela.

Meus amigos vieram me visitar aqui. Um a um. Isso foi hoje de tarde, antes de você vir. Então eu pedi para que eles se reunissem aqui. No finalzinho do horário de visitar estavam quase todos aqui. O Lô, o Marquinho, o Manel, A Paulinha com o Antônio, o Rafael e o Rodrigo. Eles foram ligando um para o outro até que todos se reuniram aqui. E então eu disse para eles que queria morrer, que queria que eles me matassem.

Que crueldade você querer que eu conte essa história para você. Eu preciso mesmo continuar? O resto é muito simples. O Rafael, que é médico, veio aqui de noite e desligou o meu pulmão artificial. Você deve ter visto ele saindo quando entrou. E então você chegou. Eu não pensava muito em você, sabe? Achava que você seria bonita, ou sei lá. Mas você é apenas você...

Você sempre pergunta a história da vida das pessoas antes de levá-las embora? Talvez seja por isso que dizem que revemos toda a nossa vida no momento de morrer...



Os bons contos se escrevem sozinhos...

E então, o que acharam do novo cabeçalho do blog?
mais bonitinho né?

não se preocupem, é provisório...

domingo, 18 de julho de 2004

Só dá Brasil no Orkut
Amanhã, a esta hora, o Brasil já terá alcançado o dobro de usuários em relação aos EUA no Orkut.

Não há muito mais a dizer a respeito. Amanhã, ao longo da tarde, o Brasil deverá chegar aos 44% na estatistica de porcentagem de usuários por país no Orkut, chegando, portanto, ao dobro da porcentagem dos EUA (que tem 22,3% hoje, mas devem minguar). Em alguns dias o Brasil terá mais usuários do que a soma de todos os outros países no Orkut. (o que vc acha que significa ter 50% de usuários no Orkut, afinal?)

Troco meu ingresso de domingo do Porão do Rock 2004
por uma lata de cerveja SKOL.

Quem topa?

(particularmente acho que o festival é tão ruim que não vale nem isso, mas não aceito pechinchar.)



Sim, o "Frango que Ri" existe.
Eu fiquei devendo esta foto a alguém, mas não me lembro a quem.

Aqui está ela.

Saudades de Curitiba...

Too old to Rock'n'Roll, Too young to die
(Jethro Tull)

The old Rocker wore his hair too long,
wore his trouser cuffs too tight.
Unfashionable to the end --- drank his ale too light.
Death's head belt buckle --- yesterday's dreams ---
the transport caf' prophet of doom.
Ringing no change in his double-sewn seams
in his post-war-babe gloom.

Now he's too old to Rock'n'Roll but he's too young to die.

He once owned a Harley Davidson and a Triumph Bonneville.
Counted his friends in burned-out spark plugs
and prays that he always will.
But he's the last of the blue blood greaser boys
all of his mates are doing time:
married with three kids up by the ring road
sold their souls straight down the line.
And some of them own little sports cars
and meet at the tennis club do's.
For drinks on a Sunday --- work on Monday.
They've thrown away their blue suede shoes.

Now they're too old to Rock'n'Roll and they're too young to die.

So the old Rocker gets out his bike
to make a ton before he takes his leave.
Up on the A1 by Scotch Corner
just like it used to be.
And as he flies --- tears in his eyes ---
his wind-whipped words echo the final take
and he hits the trunk road doing around 120
with no room left to brake.

And he was too old to Rock'n'Roll but he was too young to die.
No, you're never too old to Rock'n'Roll if you're too young to die.
.
.
.
.
.
.
Mas eu com certeza estou muito velho para estes shows.
Gosto agora de coisas mais quietas. Cervejas com amigos, narguilés de menta-strawberry,
passeios na chuva e caminhadas em pilotis, palavras doces e teatralidades....
Estou muito velho já para fazer pose. E se saltito é de alegria, e não de overdose de hormônios.

Call me a grump
but i just wanna live my way...

Too old to rock and roll,
Too young to die...

A música que tocava na minha cabeça enquanto passei 8 horas odiando a idéia estúpida que tive de ir ao Porão do Rock...

Consegui parar o carro perto... oba. Agora o resto vai ser tranquilo aqui no Porão do Rock, não é?
É CLARO QUE NÃO, SEU IDIOTA.

Gente feia. Posers e maquiagens de canetinha mal feitas. Um monte de criaturinhas das satélites em busca de diversão com suas caras de mau ensaiadas e suas estúpidas posturas e seus gritos e seus pulos... Eu odeio gente palha, ó céus. Já quando estava na fila comecei a sentir o arrependimento tomando conta de mim. Onde foi que eu vim parar? Mas já era tarde... muito tarde.

Entrei. Sim, eu entrei. O enorme pátio ainda está vazio e eu ando entre as gentes, dividido entre o desgosto de ver tanta gente feia se esforçando para ser ainda mais feia e o profundo arrependimento. Mas tudo vai melhorar, penso. Os meninos estão chegando. As pessoas que eu vim encontrar estarão aqui em breve e a noite vai melhorar...
Doces são as ilusões de um sonhador. Um sonhador idiota, diga-se de passagem.

As bandas são um capítulo à parte. Qualquer babuíno pode tocar guitarras daquele jeito. Mas babuínos são animais inteligentes demais para cantar daquele jeito, letras tão profundamente estúpidas. Ahh... "Somos todos filhos de satã, e vocês não podem nada contra ele... hahahaha... satã está de saco cheio e mandou todo mundo se foder-er-er..." é meu ovo. Quem pariu os idiotas que tocam nestas bandas deveria ser esquartejado em praça pública.

Bem. Nem tudo são tristezas. Foi um enorme prazer reencontrar algumas pessoas que não via há tempos. Um enorme prazer mesmo. Eu nem sequer me lembrava como eram belos os trançados daquele anel... é.

Cerveja cara, desencontro, cadê minha sobrinha? Este lugar cheira a mijo. Estas pessoas parecem um bando de animais. Não há nada para se fazer neste lugar a não ser andar e sentar e andar e sentar. Mesmo em excelente companhia é possível se ficar entediado no Porão do Rock. Isso é absurdo para mim.

Em suma. Eu nunca mais piso numa merda de um show estúpido desses. Estou velho demais, ou talvez tenha bom gosto demais, para isso. No fundo acho que apenas já passei da fase. Com certeza eu sou um ranzinza. É. É isso. Eu sou um ranzinza. Mas um ranzinza que não vai mais ter a idéia estúpída de achar que grandes shows de rock podem ser divertidos...

Agora ninguém mais vai poder dizer que não sou ranheta e mal humorado. É isso.


Eu amo meu Winamp. Ele toca músicas legais...

sexta-feira, 16 de julho de 2004

Leopold Bloom vai rodar por Dublin...

depois ele volta.

quinta-feira, 15 de julho de 2004



"Existir é tão completamente fora do comum que se a consciência de existir demorasse mais de alguns segundos, nós enlouqueceríamos. A solução para esse absurdo que se chama “eu existo”, a solução é amar um outro ser que, este, nós compreendemos que exista."
Clarice Lispector, Um aprendizado ou O livro dos prazeres (1982)

"A verdadeira dimensão da estupidez humana se revela totalmente em sua escrita..."

Agora eu também sou um Technorati...

Velhas poesias...
Algumas velhas poesias minhas que encontrei perdidas em meu computador... e achei muito boas

Quisera fosse uma bruma, mas é só cigarro.
Quisera fosse um suspiro, mas é só catarro.
Caminho sozinho, falta luz e sobra espinho,
fumaça e vinho, e mãos no vazio.
Sou homem feito, paixão e barro.
Dia após dia, beijo e escarro.
E perdão? Não há perdão.
Sobram palavras, acabo na mão.
Por hora meu sonho é pura ilusão

Um dia tive asas, mas foram arrancadas
E no caminho do céu cansei-me em escadas.
No caminho de sua casa, pensei melhor.
E o gosto do seu corpo bom me fez pior.
Minha fé perdida, cacos espalhados,
Pedaços de sonhos nunca acabados.
Agora reviro os caminhos, velhos contos de fadas.
Arrancadas, esquecidas em uma das casas,
banhadas em sangue, minha alma, minhas asas

Agora odeio toda esta disfome poesia.
Me debato, me violento, viro noite, viro dia,
Procurando um caminho, procurando um carinho.
Procurando uma rosa e me rasgando no espinho.
Minha maquiagem tosca amanhece mais borrada.
Meu modo falso, minha paixão quase esgotada.
Eu não quero mais viver assim, não aceito mais,
Não suporto mais, não posso mais, eu quero mais
Minhas asas, minha alma, quero amar em paz!



-=-


Um dia eu soube fazer poesia
mas hoje não
Um dia eu soube o quanto valia
mas hoje não
Eu só queria a sua companhia
e quem sabe, o seu coração
Mas você é tão vazia
E com você é tudo em vão...

Um dia eu me deitei com uma fada
que eu mesmo encantei
Viví uma grande história de amor
que eu mesmo inventei
Encenei minha parte, disse minha fala
mas foi a mim que enganei
Fiz o que queria, e paguei em dor.
O fim eu não sabia, agora sei...

Um dia eu tive um enorme apetite para romance
mas hoje não
Me apaixonava pela beleza vista de relance
e hoje não?
Será que importa que musica eu dance?
Será que importa o salão?
Será que foi tudo por você estar fora do alcance?
Tão longe da minha mão...

Um dia eu amei fazer poesia
mas hoje não
Hoje, me irrita esta tal poesia
hoje estou no chão
Tanto rimar me soa hipocrisia
Tanta vaidade, tanta morfofilia
que me cansa
que me esgota
que me faz querer gritar
Agora estou cansado
de tentar fazer meu sentimento rimar
Irritado, esgotado
Farto de me deformar
Puta merda, puto azar
por quê torno tudo tão complicado
quando o que quero é escancarado
Porra, eu só quero gozar.

.
.
.
.
.
Bem.
Achei que iriam gostar.

quarta-feira, 14 de julho de 2004

Old Style Fun, Yeah.

Porque às vezes é assim que se faz.
It's some kind of magic...

segunda-feira, 12 de julho de 2004

happy birthday miss catterpillar/butterfly...

Fragmentos de blogs alheios...
frases soltas que me chamaram a atenção hoje em blogs alheios que nunca havia antes visitado...

"Recebi uma mensagem *da amiga de um amigo* do orkut avisando da morte de dois amigos que ela estimava muito. Ela é espanhola e os dois morreram num acidente de carro por lá. Como sou curiosa fui ver o perfil dos dois meninos no orkut e um deles tinha um blog. Fui ver o blog. O título do último post dele escrito há exatamente um mês é "Ainda estou vivo"..."
(LucyInTheSky)

Eu sempre pensei qual seria o meu último post antes de morrer...
eu continuo pensando.

(até acabei achando esta matéria sobre blogs de pessoas mortas também...)


"Fantasias sexuais do caranguejo
"Como um dos signos mais românticos do Zodíaco, adora fazer amor debaixo da chuva ou numa linda noite, tendo a lua como testemunha. Tem uma fogosidade implícita que precisa ser despertada com confiança e muito carinho. Quando sente segurança no par, pode surpreender soltando-se completamente. Zonas erógenas: seios e barriga. Melhores horas para fazer amor: 1h20, 3h39, 14h40 e 16h19."
Sim, sim, confiança e carinho. Mamas (é mesmo mamas, não é seios) e barriga. Também a parte de dentro dos cotovelos. Quanto às horas nunca reparei. É mesmo quando dá vontade e posso."

(Escarnio)

Ah, sim...
é verdade...



"A Lagarta e Alice olharam-se uma para outra por algum tempo em silêncio; por fim, a Lagarta tirou o narguilé da boca, e dirigiu-se à menina com uma voz lânguida, sonolenta.
"Quem é você?", perguntou a Lagarta.
Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: "Eu - eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento - pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.
"O que você quer dizer com isso?", perguntou a Lagarta severamente. "Explique-se!"
"Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora", respondeu Alice, "porque eu não sou eu mesma, vê?"
"Eu não vejo", retomou a Lagarta.
"Eu receio que não posso colocar isso mais claramente", Alice replicou bem polidamente, "porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso."
"Não é", discordou a Lagarta.
"Bem, talvez você não ache isso ainda", Alice afirmou, "mas quando você transformar-se em uma crisálida - você irá algum dia, sabe - e então depois disso em uma borboleta, eu acredito que você irá sentir-se um pouco estranha, não irá?"
"Nem um pouco", disse a Lagarta."

(Amazing-ego-trip, mas o trecho foi extraído de Alice no País das Maravilhas)

Essa era uma das minhas 7 partes favoritas no livro... :)


E agora é hora de dormir...

The Hunger
um post estúpido que você não precisa ler, mas eu quis escrever...

Estou com fome...

Nãaaao... outro miojo nãaaaao!

Geladeira... corro para a geladeira.
Salsichas? Apodreceram... (ah, descobri o que é que estava fedendo a dias aqui dentro)
Batatas? Brotaram... eh, me disseram que não posso comer elas depois que brotam (vamos plantar batatas?)
Feijão e... Fejão? Só feijão? Feijão sem carne e sem arroz? Só feijão não...
Leite? Ahh... leite com... leite com que? Não tem Nescau? Oh Fuck...

Ah, claro, mas tem alguma coisa na despensa...
Macarrão, não...
Ervilhas e milho enlatado... não... de novo não...
Inseticida? Nem pensar...
Óleo, molho de tomate, martelo... (só aqui em casa mesmo para se guardar martelo na despensa)
Miojo...
ahh... miojo...
como eu amo miojo. :)

domingo, 11 de julho de 2004

O DIA MAIS FELIZ DE SUA VIDA
um conto de Luana Selva Ortêncio e Só.

Ela era apenas uma caixa de banco. Ficava ali, perdida, naquele guichê branco, atrás daquele vidro; devaneando, até que alguém se aproximava. Aí era hora de ligar seu sorriso brilhante, aquele que iluminava seu rosto, que se estendia até os olhos, que causava mudanças no ar. O “bom dia” era parte do pacote: nem muito efusivo nem muito apático. Sua voz era suave, seu tom sincero. O sorriso fazia parte do “bom dia” assim como o “bom dia” fazia parte do sorriso e as pessoas realmente sentiam que teriam um ótimo dia daquele momento em diante.

Quando os clientes se iam, quando os colegas não mais precisavam de sua ajuda, o brilho sumia, seu olhar se perdia e ela se ia para bem longe dali. Só mais uma caixa de banco que os clientes tinham que chamar três vezes para que ela os percebesse e lhes desse seu radiante sorriso.

Toda vez que ela sorria e falava se sentia cansada. Queria apagar e levar sua mente lá para aquele lugar distante: um parque de diversões, um trenzinho indo bem devagar, um túnel, onde aconteceu o momento mais feliz de sua vida. Ela podia sentir o cheiro da grama molhada, podia ouvir o ranger do trem sobre o trilho, a musiquinha do carrossel que girava no centro do parque, a luz do sol passando por entre as folhas das árvores. Tudo. Perfeito.

Toc toc toc. Batiam no vidro. “Bom dia, senhor!” ela sorriu através do vidro. Atrás dele havia uma grande fila, então ela teve que distribuir sorrisos até o fim de seu turno. Parou, aliviada. Seu brilho se foi e ela voltou ao parque. Por pouco tempo, entretanto, pois era hora de ir.

Passos e movimentos lentos, ela se arrumava mecanicamente no banheiro. Cabelos longos presos por um lápis, saia até um pouco acima dos joelhos, camisa cinturada, uma bolsa preta, sapatos fechados de salto médio. Era só mais uma caixa de banco, cabeça levemente abaixada, olhos vazios, total indiferença ao mundo à sua volta. Ela se vestia com sua capa de insignificância e atravessava a cidade à caminho de casa.

Chaves na mesinha, comida para os gatos, banho, tv. Com o controle nas mãos, ela se perdeu. O dia estava próximo, o aniversário daquele dia maravilhoso. Dezesseis anos atrás, lá estava ela, uma tiara a lhe prender o cabelo, vestido branco e rodado, sapatos fechados, tomava sorvete enquanto o trenzinho passeava pelo parque, bem devagar, mas, ela esperava, pacientemente, assim como esperava o aniversário daquele dia no parque quando ela poderia revivê-lo.

Aquele momento mágico. O trem entrava no túnel. Seu rosto impassível fitava algo além da tv. Ela estava lá, naquele momento, olhando para cima, vendo as folhas das árvores recortadas pela luz do sol. Enquanto o trem adentrava a escuridão, enquanto o dia ficava mais frio, ela via as folhas desaparecendo, até que a escuridão foi tudo o que sobrou.

Sentada de frente a tv, ela prendeu a respiração e, então, seu radiante sorriso iluminou toda a sala enquanto ela revivia, em sua cabeça, o momento em que matou sua mãe pela primeira vez.


Eu sou fã!

Eu sou apenas um escritor em crise de criatividade.
Preciso de descanso, paz e um pouco de silêncio interior e exterior...

Desculpem o transtorno.
Estamos trabalhando pelo meu bem estar...

sábado, 10 de julho de 2004



As boas coisas da vida vem em vários sabores.
Escolha o seu...

sexta-feira, 9 de julho de 2004

Para quem ainda não leu...
Links para as minhas ultimas publicações literárias no Alriada Express

O Cavaleiro e o Dragão - Fábula
"Ele não podia conter sua felicidade (e seu medo) enquanto esperava no topo da colina. Hoje, depois dos aprendizados, depois do sofrimento e das noites em claro e dos estudos. Hoje, depois de tudo, sua vida iria começar de novo de outra forma. Esperando, enjoado pelas bebidas do último ritual, ele esperava pela chegada de seu companheiro para toda a vida. Hoje Amarath iria conhecer o seu dragão. E em meio aos fiapos de nuvens no céu frio da noite, o seu dragão chegou..."

Tabu - Conto
"Abriu os olhos e ofuscou-se com o teto branco iluminado pelo sol. Sua boca amarga de acordar ainda guardava no fundo um sabor que remetia às boas lembranças da noite que passou. Olhou para os lados, reconhecendo onde estava, tentando rememorar a noite passada, e acreditar. A seu lado ressonava Elisa, com seu corpo miúdo e seios brancos ao sol cobertos parcialmente pelos cabelos negros. Não sabia o que sentir, mas não sabia se já sentira-se tão feliz. Uma felicidade que queria desfrutar pois sabia que tudo seria muito complicado dali em diante. Virou-se na cama e passou delicadamente sua mão sobre o ventre de Elisa até chegar aos pêlos macios de seu sexo, e então ali descansou. Cumprira na noite anterior um desejo secreto e agora aceitaria as conseqüências. O delicioso desejo que destrói os homens e as mulheres...
Talvez até gozasse de novo..."

A nudez dos corpos - Seja lá o que for...
"A nudez dá medo à maioria de nós. Com nossas educações ainda tão tradicionais, em um mundo que muda tanto para permanecer igual, não sabemos ficar nus e expostos. Quantos de nós nunca tiveram pesadelos, nos anos de escola, em que nos víamos indo inadvertidamente nus para a escola? O que acontecia então nestes pesadelos? As pessoas riam, apontavam... ou elas apenas olhavam?"

-=-

A continuação da fábula "O Cavaleiro e o Dragão" vem aí, assim como novas obras e fragmentos de contos.

Escritores sem editores funcionam em seu próprio tempo...

Quando você foi embora
uma velha poesia triste postada simplesmente porque é bonita...

Quando você foi embora
ví meu coração partir
perdi meu caminho
e fiquei chorando sozinho

Quando você foi embora
eu não tinha para onde ir
fiquei pensando calado
tantas coisas que devia ter falado

Pra você
por você
pra trazer você
e pôr você perto de mim

E quando sonhei
você estava comigo
me sentia tão forte
então de tí acordei
para o gozo de algum inimigo
entre teu amor e a morte

Não quero perder o que tenho agora
e nem me perder, meu sonho de outrora
e sinto tanto frio
fico falando sozinho
tentando entender
que você foi embora
porque tinha que ir.

Mas está tudo bem
ninguém vai completar
meu vazio que ficou
sei que um dia eu vou te achar
então está tudo bem
eu sei que vou chorar
porque você foi embora
e que vou te chamar
porque é assim que eu sou.
.
.
.
.
.
.
.
- "você deveria postar suas poesias em um blog, para que todas as pessoas pudessem lê-las..."

Algumas, talvez.
Esta, agora.
Outras, depois.
Todas elas pertentem a outros momentos
e são agora como enfeites do castelo da memória.

Me arranja aí uma caneta para eu começar a escrever novas histórias?



Love, Poetry, Memories of the past, Hopes for the future, Presence in the present moment and Understanding to the ones who have beating hearts...

O Google é meu amigo...

Nunca recebi tantos acessos vindos de links do Google.com quanto nesta semana. E o número parece só aumentar a cada dia. Será... SERÁ... que isso tem algo haver com o fato de eu ter um blog hospedado no blogger.com (que é do Google), ser usuário antigo do Orkut.com (que é do Google), ter um email Gmail.com (que é do Google) e ter nascido em novembro (que não tem PORRA nenhuma a ver com a história)?

Será que é apenas por que fiz os posts certos?

Ou será que o Google é meu amigo e eu não sabia?
Se for, o que será que eu preparo para o jantar quando ele vier me visitar?

Uh, Scary!

Love for Blogs, many Google products, algorithym luck and Understanding for the wayward bloggers like me around this place...

quinta-feira, 8 de julho de 2004

"Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer quer sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece...e morre-se, sem ao menos uma explicação. E o pior - vive-se, sem ao menos uma explicação."
(Clarice Lispector)

Esta Clarice não tem só 14 anos.
Ela sabe das coisas...

A Jacque Fada está de blog novo.
Ele é bonito e é amarelo...

vou dormir. ;)

Joguinhos em Flash...

Se você é fã daqueles joguinhos de resolver quebra cabeças e outras questões lógicas, estes joguinhos em Flash são uma ótima pedida.

- CHASM

- The Office

- Johnny

- MoTS (Mistery of Time and Space)

O tal do Chasm é interessante, mas eu não estava com muita paciência quando joguei.
A dica é do Perdido na comunidade Brasília do Orkut.

P.S. São bem melhores do que ficar jogando paciência enquanto espera aquele email de trabalho. Particularmente prefiro ficar no Orkut passeando pelas comunidades, mas há sempre esperança na existência de vida inteligente lendo meu blog. :)

"Como assim não tem nada a dizer?"
Um post sobre postar...

... e então eu fiquei olhando para a tela do computador, alternando entre as janelas do Word onde estavam meus contos e minha fábula interminada. Nenhuma linha a mais podia ser espremida de minha criatividade mirrada neste dia. A tela do W.Bloggar também olhava para mim, mas ela estava vazia e eu não tinha nada de inteligente a dizer. Eu não tinha nada a dizer...
Peraí! Como assim não tinha nada a dizer, Daniel!? Como é que alguém como você pode ficar sem ter algo a dizer? Você não está sentindo nada? Nâo tem uma opinião sobre seu blog, sobre a situação econômica mundial ou sobre os lanchinhos ultra-light da Mormaii que você não comeu hoje? Tenha paciência!!!

E foi então que eu percebi que estava fazendo cerimônia com meu blog. É, isso mesmo, fazendo cerimônia. Estava pensando duas vezes no que deveria postar, pensando coisas do tipo "isso é interessante, isso não é, isso não vai fazer sentido pra ninguém, este post está feio...".
EEEEEEEEEEEEEEIII! Este é o meu blog. Que papo é esse de ficar "pensando duas vezes antes de postar"? Onde está a proposta original de dizer o que eu bem quisesse dizer?
E foi então que meti o rabo entre as pernas e fui ouvir a mim mesmo, e escrever um post sobre...

A Fina Arte de Postar Sobre Qualquer Merda...

Sim, eu sei. :)Acendo um cigarro agora e fico pensando "ok, tá legal, o que eu falo agora?". Uma, duas baforadas, penso na salada de cenoura com tomates (que eu insistia em chamar de alfaces enquanto preparava, por puro nó nas idéias), penso no meu passeio (meio a contragosto, mas curtindo a companhia) na Mormaii (um lugar onde nunca iria por outro motivo). Penso nos papos interessantes com o velho ex surfista recalcado e amado irmão Murilão e com o hype-metaleiro-virtuosedigital-xará-genteboapracarai DPadua. Tudo muito legal, mas não estou afim de falar sobre nada disso.

Não, eu também não vou falar sobre meus contos. Eu só falo disso ultimamente e nesta noite cheia de salada e comidas leves (intercaladas por um podrão do Sky's) eu não estou afim de falar nisso. Neste momento eu não sou escritor. Neste momento eu sou blogueiro, não estou afim de fazer pose e nem de soar intelectual. Estou apenas afim de escrever, escrever, escrever e escrever neste post até que todo mundo pare de ler e...
Ah, dá um tempo... deve ter algo mais interessante para se falar.
De qualquer maneira, fica para o outro post. :)

quarta-feira, 7 de julho de 2004

Ah não...
hoje eu não estou afim de escrever mais nada...

Já trabalhei demais escrevendo e apagando a mesma linha em "A Fina Arte Dramática de Existir".
Os dois ultimos contos do meu primeiro livro, "As Botas sob Minha Cama", continuam olhando para mim, interminados...
Eu sei que estão todos esperado a terceira parte da fábula "O Cavaleiro e o Dragão". Ela vai sair...
Enfim... eu já trabalhei demais hoje.

Hora de descansar...

Espelho...
Só para quem entende o que digo...



Eu me encontrei com um espelho
mas eu não queria olhar.
Levantei meus punhos com medo
e com raiva para o estilhaçar.

Mas espelhos partidos
mostram mil vezes
o que não queremos enxergar...

terça-feira, 6 de julho de 2004

E então eu me pergunto:

Por que é que ando tão sério ultimamente?
Por que é que eu, auto cognominado Duende com a anuência divertida de meus contemporâneos, me levo tão a sério às vezes?
Por que é que... (preencha a lacuna com a sua imaginação).

Ok, então eu sei que é hora de parar de trabalhar e ir dormir.
Eu costumava ser engraçado...



UPDATE:
Logo após terminar o post me levantei para ir até a cozinha e topei pela vigésima terceira vez na cadeira, fazendo um barulhão e quase amputando meu dedinho...
Mas desta vez eu ri.

É tudo uma questão de ponto de vista, velho Duende Scrooge :)

Ok, eu estava escrevendo um conto raivoso...
mas é dificil continuar quando se começa a dar gargalhadas no meio dele.

segunda-feira, 5 de julho de 2004


Lhiannan Shee - Brian Froud

Plasticine
Placebo

Beauty lies inside the eye of another youthful dream
That doesn't sell it's soul for self-esteem
That's not plasticine
Beauty lies inside desire and every wayward heart redeemed
That doesn't sell it's soul for self-esteem
That's not plasticine

Don't forget to be the way you are (x4)

The only thing you can rely on is that you can't rely on anything
Don't go and sell your soul for self-esteem
Don't be plasticine

Don't forget to be the way you are (x4)
And don't forget to be the way you are (x4)
The way you are...




Dedicada a dois sonhadores verdes.
Com amor...

domingo, 4 de julho de 2004


EU SOU
UMA
PLANÁRIA!


Particular Joke...



Oh my sweet Dragonfly
Fluttering in the rain
Teach me the ways of dreaming
Dreams that are not so vain...


Este é o final de semana da libélulas.
Você já sorriu para uma libélula hoje?

sexta-feira, 2 de julho de 2004

O Alriada Express é o 9o resultado quando se procura "orkut" no Google.
(clique para ver)

Mamãe, eu sou famoso! :)

(ok, ok, na verdade é porque fui um dos primeiros a postar sobre a ultrapassagem do Brasil sobre os EUA no Orkut...)

Família digital é isso...

Eu converso com minha sobrinha que está no quarto ao lado por MSN, converso com meu irmão por email (mesmo quando ele está sentado lá no andar de cima da casa)...
Três pessoas dentro de uma casa grudadas a seus computadores e um silêncio total... interrompido apenas pelos sons do windows e as músicas do meu winamp. ;)

Isso que é inclusão digital em família!

A Fada e a Noite



"ela fechou os olhos por muito tempo, com medo de olhar,

ferida demais para se mover. quando os abriu ainda era

noite, e ela sentiu medo. mas a noite estava diferente,

haviam tantas estrelas, a brisa era leve. ainda havia

escuridão e as feridas ainda estavam doloridas mas algo

havia mudado. teria sido ela ou a noite? então ela percebeu

que estava amanhecendo. e foi o amanhecer mais belo de

toda a sua vida..."



Só quem conheceu a noite sabe a verdadeira beleza do amanhecer...

(dedicado à fada das meias listradas...)