Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 31 de agosto de 2005

este obscuro objeto de desejo
o filme que eu sempre lembro do diretor cujo nome eu sempre esqueço...



É de Luis Buñuel, seu Duende esquecido!

meu próprio pequeno país...
blogada legal do No Mínimo que o Bicarato também blogou, por dica de seu irmão Marcelo.

Um principado muito louco

Principado de Sealand

No inverno de 1966, uma família inglesa, liderada pelo patriarca Roy Bates, apoderou-se de uma base militar no meio do mar com a intenção de restaurá-la e criar ali uma rádio pirata. Roy é um ex-veterano de guerra, que lutou em conflitos no Norte da África e na Itália, e acabou se tornando um pequeno empreendedor, incluindo um negócio de venda de carnes e um barco profissional de pesca. No começo dos anos 60, ele tomou posse de uma base militar chamada Knock John, no Tâmisa, e dali transmitia música pop por uma rádio pirata.

Quando o governo inglês estendeu seus limites em direção ao mar e o forte ficou dentro da jurisdição inglesa, Roy foi convidado a deixar Knock John. Mas o desejo de manter a rádio pirata fez com que se mudasse de mala e cuia para as Torres Toscas...

...E assim, no dia 2 de setembro de 1967, a família Bates hasteou sua própria bandeira e declarou a existência de um novo estado, o Principado de Sealand. De acordo com o site oficial (www.sealandgov.com), Sealand foi fundado com base no princípio de que qualquer grupo de pessoas insatisfeitas com as leis opressivas e restrições das nações existentes no mundo pode declarar independência em qualquer lugar que não seja parte da jurisdição de nenhuma outra nação...



Para ler o post do Bicarato, clique aqui. Para ler o post do No Mínimo, clique aqui. O site oficial do Principado de Sealand (em inglês) tá aqui.


Eu também quero um país! :)

alguma utilidade pública


PROGRAMAÇÃO DA FEIRA DO LIVRO (para os brincadores de fazer...)
(que está acontecendo lá no shopping Pátio Brasil)

Dia 1 de setembro (amanhã) - Oficina de Brinquedos Recicláveis com Manuela Castelo Branco, das 16h às 18h - Oficina das Idéias - Pátio Brasil.

Dia 2 de setembro - Mandioca Frita das 16h às 17h no palco principal, pátio brasil.

Dia 3 (sábado) de setembro - Mandioca Frita das 15h às 16h no palco principal.

Dia 4 (domingo) de setembro - Oficina de Brinquedos Recicláveis com Manuela Castelo Branco, das 9h às 10h - Oficina das Idéias - Pátio Brasil ; Mandioca Frita das 15h às 16h, no palco principal.

Dia 7 de setembro (feriaaaaado!!!) - Oficina: Projeto Brincar, com Rogéria Mendes das 9h às 12h - Oficina das Idéias, Pátio Brasil.

o mundo feito com restos de outros mundos...
Mágica na segunda reunião da galera da Sucateca/Brincadeira de Fazer

"Sob os dois sóis alaranjados do Mundinho do Ninho (apenas dois, pois um estava descansando) o Capitão América Cor de Laranja esperava pacientemente o seu ligar na fila do Clube da Foca. Enquanto o herói esperava na fila pela sua vez de tomar seu recuperador banhozinho com a foca, algo chamou a sua atenção. Aproximava-se a passos largos uma enorme Boneca Transparente Com Cabelos Verdes, com doce destruição em seus olhos grandes e sempre a ajeitar seus cabelos grossos. Frente à inação do Boizinho Verde e dos outros Animais Coloridos, o Capitão América Cor de Laranja tentou se comunicar com a Boneca Transparente usando seu Gigantesco Comunicador Com Fio. Não conseguindo estabelecer comunicação com a temível Boneca Transparente, nosso herói decidiu buscar uma solução no espaço. Subindo as escadas do Trampolim Multiuso do Clube da Foca, que também é a torre de embarque do Maravilhoso Foguete Interestelar Dourado, o Capitão América Cor de Laranja tentava criar um plano. Decolando intrépidamente com o Foguete Dourado (e enchendo a piscina do Clube da Foca com pedaços de Cabelo Verde e Suporte de Foguete), o Capitão América Cor de Laranja cruzou o céu, passando entre o chão cinzento do Mundinho do Ninho e os Dois Sóis Cor de Laranja (por que o terceiro estava descansando) rumo ao desconhecido. Enquanto isso a temível Boneca Transparente ajeitava o cabelo e olhava com seus lindos olhos arredondados cheios de doce destruição para o Clube da Foca. O herói alaranjado, não conseguindo encontrar uma solução para o problema, resolveu voltar para o Mundinho do Ninho. Desesperado, tentando controlar o Gigantesco Foguete Dourado com apenas uma mão (já que havia um escudo grudado na outra), o Capitão América Cor de Laranja acabou perdendo o controle da nave ao passar por um campo de instabilidade cósmica criada pela Gigantesca Pia Imunda do Mundinho do Ninho. Seu último ato consciente foi ejetar da nave interestelar, usando o providencial Para-Quedas-Quase-Transparente Vermelho com a qual suas vestes estavam equipadas. Ao acordar, já em terra, surpreendeu-se ao perceber que havia sido transformado em um Hipopótamo Anão pela instabilidade cósmica. Incapaz de continuar combatendo o mal na forma de um Hipopótamo Anão, mas ainda dotado de seu intelecto quase mediano, aquele que foi o Capitão América Cor de Laranja e que agora era um Hipopótamo Anão resolveu fazer a única coisa que lhe restava: virou técnico de Futebol de Botão Gigante..."
(história incidental que inventei usando todos os brinquedos que criamos na reunião de ontem. quem estava lá, entenderá...)


A segunda reunião foi assim:
Criando histórias a partir de brinquedos criados a partir de refugos das vidas cotidianas de todos nós...
O ciclo se fecha quando se dá um significado até para aquilo que você jogaria fora e ignoraria.

A brincadeira de fazer consiste em se permitir criar mundos e se divertir com isso. A brincadeira de fazer é sobre poder...

Poder brincar.



p.s. na próxima reunião, precisamos de uma câmera.

p.p.s. quem não foi, perdeu, mas quem perdeu também fez falta.

p.p.p.s. eu não moro no bloco E. qualquer um é capaz de descobrir isso, não é?

"ora se você quiser se divertir, escreva seus próprios mitos..."

"... depois de descer da colina e embrenhar-se, feliz da vida, na floresta de cores duras da cidade, o bardo caminhante errou pelas vielas e tocou e cheirou e sentiu. Ele ficou feliz em ver que era dono de sua vida, inclusive para fazer dela todas as merdas que seu pensar permitia, enquanto ele não aprendia a apenas ser..."

"... grande surpresa teve a menina de fogo quando pediu ao cavaleiro verde para matar aquele dragão. Por baixo das latas duras da armadura verde haviam escamas também..."

"... sentado na beira do lago, apenas sendo, com o mundo passando à sua volta, o bardo viu um pedaço diferente do universo se achegando. Não havia música ou beleza estética, pensamento, idéia, lição. Havia apenas o seu estar alí, na beira do lago, olhando os patos serem patos e o cisne voar como um cisne. Quando o gavião olhou em seus olhos, ele também olhou nos olhos do gavião..."

terça-feira, 30 de agosto de 2005

how long have I been lost down here?
how did I come to lose my way?
when did I realise that i have to be free?

hoje, definitivamente, é um dia em que nem adianta tentar trabalhar.

amanhã talvez...



Madame George (Van Morrison)

Down on Cyprus Avenue
With a childlike vision leaping into view
Clicking, clacking of the high heeled shoe
Ford & Fitzroy, Madame George
Marching with the soldier boy behind
He's much older with hat on drinking wine
And that smell of sweet perfume comes drifting through
The cool night air like Shalimar
And outside they're making all the stops
The kids out in the street collecting bottle-tops
Gone for cigarettes and matches in the shops
Happy taken Madame George
That's when you fall
Whoa, that's when you fall
Yeah, that's when you fall
When you fall into a trance
A sitting on a sofa playing games of chance
With your folded arms and history books you glance
Into the eyes of Madame George
And you think you found the bag
You're getting weaker and your knees begin to sag
In the corner playing dominoes in drag
The one and only Madame George
And then from outside the frosty window raps
She jumps up and says Lord have mercy I think it's the cops
And immediately drops everything she gots
Down into the street below
And you know you gotta go
On that train from Dublin up to Sandy Row
Throwing pennies at the bridges down below
And the rain, hail, sleet, and snow
Say goodbye to Madame George
Dry your eye for Madame George
Wonder why for Madame George
And as you leave, the room is filled with music, laughing, music,
dancing, music all around the room
And all the little boys come around, walking away from it all
So cold
And as you're about to leave
She jumps up and says Hey love, you forgot your gloves
And the gloves to love to love the gloves...

To say goodbye to Madame George
Dry your eye for Madame George
Wonder why for Madame George
Dry your eyes for Madame George
Say goodbye in the wind and the rain on the back street
In the backstreet, in the back street
Say goodbye to Madame George
In the backstreet, in the back street, in the back street
Down home, down home in the back street
Gotta go
Say goodbye, goodbye, goodbye
Dry your eye your eye your eye your eye your eye...
Say goodbye to Madame George
And the loves to love to love the love
Say goodbye
Oooooo
Mmmmmmm
Say goodbye goodbye goodbye goodbye to Madame George
Dry your eye for Madame George
Wonder why for Madame George
The love's to love the love's to love the love's to love...
Say goodbye, goodbye
Get on the train
Get on the train, the train, the train...
This is the train, this is the train...
Whoa, say goodbye, goodbye....
Get on the train, get on the train...



quando esta música começou a ecoar em meus ouvidos,não na familiar versão de Van Morrison, mas na versão ainda mais melancólica de Mariane Faithfull, eu entendi o que queria dizer. Coelhos brancos, uma casa no campo, ilusões e a descoberta da verdade. Moondance...

Alguém sempre tem que ir embora...

hoje eu só quero paz para estar comigo.

estou cansado de pessoas, tão complicadas, fazendo aquilo que lhes é tão particular.
estou cansado de pensar e decidir, e de saber o que é certo, de falar e de ouvir...

hoje eu só quero descansar.
me tirem do meio de sua neurose,
de sua fome, de seu vazio.
hoje eu sou só meu.

amanhã é outro dia.

segunda-feira, 29 de agosto de 2005

mudando de assunto total e completamente.

o Yafro.com ainda existe e ainda faz coisas que só o yafro faz... :)

os sapatos mágicos verdes de menina artesã cor de laranja.

Era uma vez uma menina-fada que não sabia o que queria. Mentira! Saber ela sabia sim, mas não sabia como fazer aquilo que queria. Por vezes tentava, e doía de todo coração em cada vez que caía. Tentara vários caminhos, com uma parte ou outra do coração. Tentara várias respostas e mesmo várias perguntas, mas nunca estivera inteira em nenhuma destas empreitadas. O medo de cair e a escuridão da noite-de-dentro a afastavam de ver seus olhos no espelho. Mas um dia tudo isso mudou.

Um dia ela tentou diferente. Não que tenha acordado diferente, ou que o céu tenha mudado de cor. Não que as pessoas tenham começado a dizer coisas diferentes ou as dores do mundo tenham dado uma trégua. Ela apenas começou a tentar algo diferente. Parou e suspirou, e decidiu olhar para si mesma. Perguntou, e perguntou quantas vezes precisas foram, para a sua imagem no espelho - "quem eu sou?". Silenciosa a princípio, misteriosa como costumam ser as imagens de espelho, por fim a sua reflexão falou com sua alma. Palavras que ela guarda hoje bem guardadas dentro a alma, e que guiaram seu caminho - "Você é uma artesã!".

De posse do segredo de sua reflexão e de um bom estoque de vontade da alma, a jovem menina-que-é-artesã começou sua jornada. Arrumou as malas, e as idéias, e foi em busca de sua arte e de sua artesania nas terras de sua infância. Aprendeu o que pode, traçou planos que poderiam ser, que podem ser, que poderão ser. Traçou planos que caíram por terra, ou que podem cair, mas traçou rotas que poderia seguir, e seguiu. Entre todos os caminhos encontrou o seu caminho, um caminho que era seu para caminhar, e seguiu. Enfim, tomada de ânimo novo, caindo e levantando, chorando e sorrindo, ela seguiu seu caminho. Levou na bagagem tudo que aprendeu e o amor daqueles que estão caminhando junto dela, e foi.

Ao chegar no topo da primeira montanha, preparando-se para descer carregando na alma suas primeiras vitórias, ela se sentou e contemplou o caminho que já havia andado. E foi então que, tomada da magia que descobrira ter, ela fez um par de sapatos mágicos verdes. Aqueles que os viram perceberam a magia que estava contida neles. Sua avó, mulher sábia e cheia de amor, disse com olhos orgulhosos "estes serão os seus sapatos da sorte, minha neta".

E foi assim que a bela e jovem menina artesã aprendeu a magia de sua artesania, a força de seu coração e o poder de seu tesão. E foi assim que ela fez seus sapatos mágicos.

Esta é uma lenda dos dias de hoje, um mito particular de nossas vidas mágicas, absurdas, maravilhosas e tão reais.



Palavras mágicas que só podem surgir do amor de um bardo. Vai com fé, menina-artesã-alaranjada. Seus sapatos mágicos vão te levar aonde você quiser ir, à ghrá mo chroí.

a dança

em meio à dança louca e mágica da vida é por vezes muito difícil não pisar nas flores do caminho. por vezes pode-se escolher o passo, saltar, mudar a coreografia. por vezes isto é impossível.

não é possível dançar com aqueles que não acompanham a dança...


peço perdão às flores pisadas do caminho.

sexta-feira, 26 de agosto de 2005



hoje tirei o dia para andar longe das vistas que sempre me acompanham,
anônimo na multidão de cores e rostos. hoje foi um dia para ser feliz olhando o mundo.

descobri novas lojas, entrei em contato com as gentes andando nas ruas ...


... e mandei consertar meu carro. :)

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

"o pensamento rigoroso é um saco, mas é a única forma de se desmontar falácias. Uma falácia que se preze funciona muito bem quando não se tem rigor no pensar, apóia-se nos pequenos detalhes que escapam à nossa visão quando não construímos nossa análise ponto por ponto, sem deixar nada de fora. fora isso, eu evito ficar pensando muito rigorosamente..." :)

Pronto Bica. Esta é a frase de ontem, como eu consigo me lembrar dela.
Você registrou ela melhor do que isso?



um duende verde e sapeca em uma floresta de olhos.
tanta coisa para ver...

tudo a ver?
ou não...


(a imagem foi presente da Sylph.)

Finalmente comecei a trabalhar no meu post maluco sobre a bomba de hiroshima...

Aguardem. Alguma hora ele sai do forno... :)

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

Saiu o Google Talk!
aquele pessoal sapeca e esperto pra caralho do Google lançou hoje a versão beta de seu Instant Messenger (você sabe o que é isso, não sabe?). O Bica já apontou o passaralho no céu...

E, como eu disse lá na área de comments do blogue do Bica:

Agora FODEU!

Só nos resta descobrir se foi bom ou não... :)



quem viver e teclar, verá.


UPDATE:
Para quem não sabe, Instant Messenger (ou seu correlato abrasileirado Mensageiro Instantâneo) é um protocolo e um programa que permite comunicação em tempo real (vc mandou, eu recebi, eu respondo, você vê) entre dois usuários em computadores remotos (ou não, se você se chamar daniel duende ou marcelo metal). É o que é o MSN-Messenger, embora a M$ queira convencer a todos que ele é uma coisa única (afinal de contas não tem tanto idiota no mundo chamando fotocópia de Cherócs, inclusive este que vos escreve?)

- a gente às vezes é tão egoísta.
- é... egoísta é uma parte do que somos.
- eu tenho vergonha...
- não tenha.
- mas...
- não tenha vergonha de nenhuma das partes, porque o todo é sempre uma soma maravilhosa. o problema é que na maior parte das vezes, estamos excluindo partes dele. fica meio capenga...
- é...
- já pensou se eu fosse arrancar estes meus dois dentes aqui só pq eles parecem esquisitos para alguns (principalmente dentistas)? eu iria ficar muito feio sem eles... :)



poisé.
não foi bem assim, mas a idéia era essa. :)


ame suas perversões, elas são parte daquilo que te levará ao paraíso que fica dentro de vc. :)



Mágica.

o que nos falta na vida tantas vezes, é a capacidade de crer, de se permitir, de fazer mágica. Por vezes parece impossível, complicado e sem sentido, sem solução... por vezes só os milagres podem nos salvar. Esta é a hora de se lembrar que só faz milagres quem crê que faz milagres.

A vida é um milagre diário. Há tanta beleza no mundo, e tanta gente reclamando do tempero do prato em vez de olhar para a paisagem...

Somos mesmo patéticos e maravilhosos, meus caros 7 leitores (que a esta hora devem já ser 9, para minha alegria...). Não há por que viver em um mundo sem poesia, mágica e beleza. Não tente. Dá para se morrer disso, ainda que em vida.


Em meu mundo coisas absurdas acontecem, seja para o bem ou para a risada de todos. Em meu mundo sapos viram príncipes e flechas disparadas no escuro acertam a mosca dos alvos. Em meu mundo tudo dá certo no final, embora adoremos um bom drama durante a história. Eu acredito em mágica...


Obrigado a todos aqueles que me lembram do que sou, e do que significo, dia após dia...




p.s. para quem gosta das capas de Books of Magic, a ilustração deste post foi achada entre tantas outras capas do Kaluta nesta página aqui. Disponham... :)

terça-feira, 23 de agosto de 2005

o duende foi à falência de novo este mês, só para variar...
(culpa do vazamento que apareceu no meu apartamento da 303, que me custou 1000 reais pra consertar...)

é claro que a vida continua. vida é assim mesmo, uma coisa de sobreviver um dia depois do outro.
por hora estou com fome e quero cerveja.


tô no UK.
fui...

mitogênese/ludicidade + remix de idéias e objetos...
hoje é o dia das discussões interessantes sobre criar seu mundo/produzir seu mundo/comunicar seu mundo...

Lá no blogue do DP:

Mitogênese Metarecicleira:
"...Que tal mapearmos as figuras-mito do movimento de software livre, pra criar uma narrativa que conte o valor do remix e sirva pra metareciclagem extrapolar ainda mais a frieza do trato tecnológico?"

Brinquedotecas Imaginárias:
"...Terapia + festejo + mutirão. Variáveis que combinadas sob uma construção narrativa-mítica coletiva podem levar a uma sensibilização para o compartilhamento: pessoas crescidas condicionadas não só ao consumo, mas à produção, e não num modelo econômico mercantilista, mas colaborativo. Imaginários."


Lá no blogue do Bica:

Seu Estrelo no Arte por Toda Parte:
"...Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro é um grupo cultural que mistura percussão com dança, atos teatrais e circo, além de um trabalho plástico inovador que conta a história do calango alado.

O som é original, derivado das pulsações do Cavalo Marinho (original de Pernambuco) e do Maracatu de Batuque Virado, ritmo que tem suas origens na Congada, praticada em grande escala no Centro-Oeste.

A dança busca referências da cultura popular e de palhaços.

A história do calango é contada por Seu Estrelo, espécie de mestre de cerimônia, e é composta por personagens criadas a partir do cerrado como o gavião, a caliandra e o elefante de tromba d?água.

O grupo é composto por 20 integrantes e nasceu de forma espontânea, a partir da necessidade de se criar um identificador cultural em Brasília."





como dizia linda, deliciosa, Penny Lane em "Quase Famosos"...
it's all happening!



é isso aí. :)

ai que preguiça!


macunaíma

É em dias como este que eu queria ter uma cama voadora, para não ter nunca que sair dela. Há um excesso de dias de semana em minha semana. Preciso de dois dias para descansar de cada final de semana...

êta bicho mole!

É impressionante aquilo que a tristeza pode fazer com você.
Pode-se ficar triste sem mesmo perceber, se da tristeza você quiser se esconder, mas isso não impede que ela mastigue sua carne devagar... lá do fundo.

Tem certas coisas na vida que não se pode deixar não resolvidas.
Mas é conversando que a gente se entende... geralmente.

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

"...don't believe what you see"

eu tenho que tirar o chapéu para este publiça!

não ficou foda?
eu tenho que tirar o chapéu para
o publicitário que bolou isso.


e o bica lembrou, e muito bem lembrado, que isso aí de cima
lembra um bocadão isso aqui. ele tem razão...

muito interessante... já me cadastrei por lá também...
esta dica foi do bica.

Ensinando ao computador as coisas que todos nós sabemos

Open Mind Common SenseO Open Mind Common Sense (OMCS) é um projeto iniciado no MediaLab do Massachussets Institute of Technology (MIT) com o qual o Laboratório de Interação Avançada (LIA) da UFSCar mantém parceria no desenvolvimento de uma versão brasileira do OMCS no contexto do projeto Multi-Lingual Commonsense. Este trabalho é destinado exclusivamente à pesquisa e não tem fins lucrativos.

O objetivo desta pesquisa é fazer com que seja possível o desenvolvimento de computadores mais inteligentes através do trabalho colaborativo de milhões de pessoas ao redor do mundo que, por meio de uma forma fácil e divertida, podem contribuir para a obtenção dos milhões de fatos relacionados ao conhecimento geral que constituem o "senso comum".

[este lugarzinho está guardado
para algum post emocional e legal]


desculpe o transtorno.
não tenho uma mente linear.

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

não dá para blogar mais nada depois dessa.

vou sair daqui. vou para casa tomar um banho, descansar e depois, talvez, tomar uma cerveja e relaxar.

vou viver. é isso que se faz da vida.

morreu um boêmio...

Eu ainda estava trabalhando, atabalhoado e cansado depois de um um dia inteiro de reunião, quando o telefone tocou. Minha tia avó me disse ao telefone, triste mas sem chorar mais, que meu tio Paulo havia morrido ontem. Disse o que sempre digo, que a vida é boa enquanto se está vivo, e que se deve vivê-la da melhor forma, e então a morte vem para todos nós... muitas vezes como um descanso. Desliguei o telefone e me sentei no fumódromo do ministério da cultura. Acendi um cigarro, da mesma marca que meu tio fumava. Morreu de complicações causadas por um efisema. Lembro-me bem do dia em que ele me deu seu Zippo e disse "toma, Daniel, toma um efisema para você". Eu peguei. Usei aquele isqueiro por anos, até o dia em que comecei a preferir isqueiros mais práticos. Zippos são mesmo confiáveis. Eles sobrevivem até a seus donos, geralmente. Chamei sempre aquele isqueiro por "efisema".

Tio Paulo está morto agora. Quando as pessoas morrem sempre ficamos nos lembrando delas, de um jeito que não parávamos para lembrar quando elas estavam vivas. Lembrei-me de sua casa em Rio das Ostras, onde passei todas as férias de verão de minha infância e adolescência. Lembrei-me de como se sentava na varanda desde cedo, com seu whiskey em garrafinha de plástico, sua salada apimentada e seus cigarros. Por vezes eu me sentava lá também e tentava conversar com ele. Sempre gostou de mim, o velho com cara de irlandês, mas nunca fomos de trocar muitas palavras. Eu apenas observava, admirava aquele homem silencioso, de barriga grande e tão digna, tão cheia de passado e boa comida. Lembro-me de como as velhas tias perturbavam o tio por seu cigarro e sua bebida. Ele nunca ligava. Ligava para seus amigos, e para seus churrascos. Acordava cedo para resolver problemas na cidade com seus óculos quadrados de armação grossa (que hoje fariam dele um homem tão elegante, novamente) e depois apenas se sentava e bebia. Por vezes contava histórias, e ria com seus dentes meio tortos. Cheirava doce, quando ria. Cheirava a vida bem vivida.

Meu tio está morto agora. Seus cigarros o mataram, dizem. "Foram complicações do efisema! Pára de fumar, Daniel", irão dizer minhas tias. Foi a vida que ele levava que o matou, nisso eu também concordo. Foi a vida onde ele se casou com a mulher que amava, sua prima Regina que foi embora antes dele sem avisar. Foi a vida em que ele bebeu e fumou e comeu o quanto quis, daquilo que quis. A vida onde ele morava longe de tudo, naquela sua casinha de sonho. Foi a vida com as galinhas, com os amigos velhos, desgastados, bêbados e felizes como ele. Foi o Zé Himério, com seu enorme corpo e voz rouca e suas histórias sobre o seu amigo Antônio Carlos Magalhâes. Foi o Bira, o ex-jóquei, com seu churrasco bom para caralho e sua cerveja esquentado do lado da churrasqueira, e seu mau humor de mineiro velho. Foi a vida que ele levava que o matou. Foi uma vida feliz que ele levou.

Acendo mais um cigarro e penso comigo mesmo - "Morreu um boêmio, que sem saber foi um modelo e um herói para mim. Morreu porquê viveu. Quando eu morrer, queria que alguém escrevesse algo bonito sobre mim."

Adeus Tio. Valeu pela vida.




(foto tirada do flickr de engin)

quinta-feira, 18 de agosto de 2005

"...there's always too much being left behind, sonny. look ahead as you sail, always ahead. the world is round and full of water and dreams..."

então tá.

for the love of your self...

i was there.

I do.
I wanna be much more like you
Your effortlessly graceful scene
That drips from every pore of you
Where logic cannot intervene
I wanna take a bath with you
And wash the chaos from my skin
I wanna fall in love with you
So how do we begin ?
I wanna be a girl like you
The way you swing your hips in jeans
I wanna wear my face like you
Shiseido MAC and Maybelline
I wanna paint the town with you
And tickle you until you scream
I wanna fall in love with you
I wanna say I do
I wanna say I do
I wanna say I do
I wanna say I do
I wanna say I do
I wanna be much more like you
The way your smile lights up the room
I'll kick back as men flirt with you
Till jealously I'll stay in you
This confidence in me and you
This hope that you and I will bloom
I wanna fall in love with you
I wanna say I do
I wanna say I do
I wanna say I do
I wanna say I do
I wanna say I do
The question is do you ?








né?

Olha só isso...


Olá Daniel Carvalho,
Você conhece as respostas, é um mago, escorpiano. Está sempre transitando entre o mundo dito real, e o interior, essencial. Este é o que você habita, ancorado em emoções. E não perde nunca a oportunidade de viajar em outros horizontes.



Eu acho que meu horóscopo tá me cantando... :)

terça-feira, 16 de agosto de 2005

It doesn't hurt me.
You want to feel, how it feels?
You want to know, know that it doesn't hurt me?
You want to hear about the deal I'm making.
You, you and me.

(fragmento de Running up that hill,
música de Kate Bush, versão do Placebo)



só agora caiu a ficha do porquê eu estava com esta música na cabeça
(além do óbvio motivo de estar ouvindo ela pela manhã...)

fiz um teste que achei alí no blogue da jacque fada e...

Crow
What Is Your Animal Personality?

brought to you by Quizilla



bem...
alguém ficou surpreso? :)

se para cada palavra que sai da sua boca não há um ato na qual ela se apóia, suas palavras irão cair no chão e lá serão deixadas...

palavras vazias são leves e moles demais até para serem carregadas pelo vento.



viva suas palavras. :)

alguém entendeu alguma coisa?

eu sabia o que queria dizer. :)

abdique da soberania!

essa idéia maluca de que você é dono de algo, e que as pessoas te devem alguma coisa, só pode trazer sofrimento. só somos donos de nosso momento. nem nosso passado, nem nosso futuro, e nem nada além de nós mesmos em nosso momento nos pertence. tentar ter qualquer coisa além disso é uma tolice do ego.

por que queremos tanto que ter tudo, quando no fundo o grande tesão é ser?

conta a lenda que muitas das estradas da irlanda eram perigosas para os comerciantes e viajantes de grandes posses. além dos salteadores de estradas, ou mesmo de eventuais famílias de agricultores empobrecidos, que poderiam assaltar estes viajantes, havia ainda o perigo do povo sutil. hábeis em desaparecer na floresta, criar ilusões (glamour), ou mesmo na arte da invisibilidade, o povo sutil (chamado erroneamente de povo das fadas pelas pessoas de hoje) era o maior dos perigos às posses dos comerciantes. Mas por que um povo dotado de tantas riquezas, capaz de produzir dinheiro ilusório para obter qualquer coisa que pudesse ser comprada, iria querer roubar mercadorias em estradas?

mais do que diversão, havia uma lição a ser ensinada. conta a mesma lenda que um comerciante de prata foi certa vez assaltado em uma estrada por "homens pequenos com orelhas longas vestidos apenas com longos gorros vermelhos" e deixado para trás, nu e assutado na estrada. enquanto os salteadores feéricos corriam, lembra o aterrorizado mercador, gargalhavam e diziam que tudo aquilo que roubavam nunca havia pertencido a ele. originalmente uma lenda para assustar mercadores (e aumentar o preço dos amuletos contra fadas e dos mercenários que acompanhavam caravanas), esta lenda tem um sentido mais antigo.

nada que possa ser acumulado, escondido, guardado, estagnado é realmente posse de quem o guarda. tudo flui, e tudo que é estagnado pode ser liberado, tudo que é aprisionado pode ser liberto, tudo que é tomado para si pode ser roubado e tudo que é roubado pode ser recuperado. só aquilo que não te pode ser roubado realmente te pertence. o resto (seja objeto ou pessoa) está apenas de passagem.

aproveite a vida com desapego. é mais divertido. :)



e, curiosamente, a letra de IMAGO do Pain of Salvation me vem à cabeça...

"Spring came with awakening, came with innocense and joy
Spring came with fascination and desire to deploy
Summer came with restlessness and curiousity
Summer came with longing for the things we could not be

Take me to the forest, take me to the trees
Take me anywhere as long as you take me
Take me to the ocean, take me to the sea
Take me to the Breathe and BE

Autumn came with knowledge, came with ego came with pride
Autumn came with shamefulness for the things we could not hide
Winter came with anger and a bitter taste of fate
Winter came with fear for the things we could not escape

Take me to the forest, take me to the trees
Take me anywhere as long as you take me
Take me to the ocean, take me to the sea
Take me to the Breathe and BE

Teach me of the forest, teach me of the trees
Teach me anything as long as you teach me
Teach me of the ocean, teach me of the sea
Teach me of the Breathe and BE

See me! I am the one creation
Hear me! I am all the love that came from Animae
Know me! I am the incarnation
Fear me! I am all the power held by Animae
Me!

Give me of the forest, give me of the trees
Give me anything as long as it's for me
Give me of the ocean, give me of the sea
Give me of the Breathe and BE

Give me all the forests, give me all the trees
Give me everything as long as it's for free
Give me all the oceans, give me all the seas
Give me all the breathing BE"




a obsessão da posse e a sede de poder
são as armadilhas mais ardilosas do caminho...

é.

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

herói de mim mesmo

eu sou herói de mim mesmo.
não é como nos filmes. é melhor... :)

Copoanheiros e Copoanheiras...

Guimarães Rosa costurou o capuz, nós vestimos, e o google flagrou...

"a alegria é um bom sinal de que você está andando por um bom caminho. por mais que a gente faça força, não dá para ser feliz de verdade com ilusões..."

e

"...paixão é uma coisa lúdica. a gente tenta racionalizar, entender, teorizar e estruturar, mas tudo isso é merda. a paixão só existe enquanto loucura e coisa lúdica. se pensar demais, estraga tudo. ela é mais leve do que o ar, não pode ser manuseada..."


falações de final de semana.

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

internet lenta pode causar depressão.

duvida? então preste atenção em você mesmo da próxima vez que tiver que aguentar este suplício.

Depois de uma noite insone, pensando em dezenas de problemas que não são de fato problemas, acordei novinho em folha (paradoxal, eu sei, mas foi o que aconteceu). Levantei de um pulo, sorridente, coloquei minha gravata de blogueiro (e o primeiro nó de gravata que fiz em minha vida ficou bom) e vim para o trabalho.

Acredite se quiser, nada melhor do que um dia depois do outro para nos ensinar a abrir mão da bobagem existencial e simplesmente viver. Tudo se resolve, contanto que você esteja de boa com vc mesmo. :)



p.s. eu JURO que nunca mais aceito a função de entregar os filmes que o DP aluga. Eu nunca alugo filmes justamente pq SEMPRE esqueço de entregá-los. Pior do que isso é esquecer de entregar (e pagar a multa) por um filme que você nem viu.

quinta-feira, 11 de agosto de 2005

e o tal blog Velho do Farol é bom mesmo... :)

viva o trackback :)

eu estava pensando duas coisas aqui com meus botões.

primeiro: será que alguém lê estes meus posts transcritos não traduzidos? espero que sim. para o bem ou para o mal eu sou bilingue e não tenho saco de ficar traduzindo coisas...

segundo: a vida não é mesmo bela? (já estou vendo que vai ter um monte de gente comentando exclusivamente este segundo pensamento).

Testament
Até o Murilão quer ler a nova história de Douglas Rushkoff que está saindo pela Vertigo. O gibi é o fino da bossa!

" "The premise of Testament and the premise for Testament are two very different things," Rushkoff said. "The premise of Testament?at least as much of it as I'm willing to give away at this point?is that we're moving into a new kind of fascism that it has its roots in some very old patterns of thought and behavior.

"Testament takes place in a world that looks very much like ours ? except for the fact that corporate interests run the government, the draft is being reinstated, terrorism is being used as a pretext for population control, the medias has become a highly controlled propaganda space, all university research is funded in one way or another by military interests, citizens are being tracked by RFID implants, money has become a kind of thought virus that people actually believe in and...wait a minute, that is pretty close to the way things really are!

"Our main story follows a group of renegades who refuse to submit to the cultural program. They use alchemy, computer networking, media hacking, and a bit of sex magick to see behind the illusions and fight against the powers that mean to eliminate novelty and free will from the human equation.

"What they slowly come to realize, however, is that these battles have been fought before. Each of their trials has a corollary in the narratives described in the Bible. Does this mean the Bible really happened? Or what? "

(extraído daqui, vai lá para ler o resto)

meu nome é Daniel
Duende, porque somos muitos...




por baixo do um que somos, e que tenta ser tantos, existem tantos que são parte do nosso um. eu é uma palavra composta, ela presume eus, ela presume muitas forças indo em diversas direções. todo mundo é por dentro um mundo. todos nós somos uma rede cheia de nós.

andar só para frente é complicado, e sabe bem todo pequeno príncipe que não leva a lugar algum.

nesta carruagem arreada a mil cavalos selvagens que chamamos de eu para os outros, é muito difícil manter o controle. mas quem é que quer controle, quando a força dos cavalos está justamente em sua liberdade.

meu nome é daniel duende, e por baixo dele existem tantos outros eus e tantos outros nomes. não há tempo para explicar e nem nenhuma lição para se entender. somos muitos, e queremos ir para todo lugar, tudo experimentar. aceitando este(s) espírito(s) você pode caminhar, seja para onde for, sabendo que está em seu lugar. todos eles. todos eus...




nonsense? só para quem não sente.

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

Toda vida daria um filme...
o que acontece quando um cara, um cara como eu e você, problemáticos como nós humanos podemos ser, pegasse uma câmera e começasse a filmar a sua vida aos onze anos? O que aconteceria se este cara fosse um viciado em guardar coisas, acumulando um material imenso sobre si mesmo? O que aconteceria se de repente este cara aprendesse a mexer com um software de edição de vídeo e se tocasse de que sua vida, como qualquer vida humana real, daria um documentário? TARNATION.

"TARNATION is thirty-one year old director Jonathan Caouette?s inspiring documentary self-portrait, chronicling his chaotic upbringing in a dysfunctional Texas family and the unexpected relationship that develops with his mentally-ill mother Renee.

The film begins with the early history of Caouette?s family. His grandparents, Adolph and Rosemary, were married in 1951 and experienced a middle-class life in a Houston suburb. But their idyllic early years quickly disintegrate after they opt to incarcerate their beauty-queen daughter Renee, who undergoes shock therapy after a suspected mental condition is diagnosed. Renee¹s personality is severely compromised after two years of treatment, resulting in a tortured life of mental illness, physical abuse, and a seemingly endless series of hospitalizations. Her saving grace arrives in the form of her son,

Jonathan, born in 1972.

As Jonathan grows up on camera over a two-decade span, he forges an unbreakable, often heartbreaking bond with Renee, discovering along the way his own personal difficulty - depersonalization, an affliction involving feelings of detachment from one¹s own body or thoughts. Using filmmaking and self-documentation as a means of escape and salvation, Jonathan eludes his harsh existence through the safe, controlled world of cinema and make-believe. He becomes enthralled with underground movies, musical theatre and alternative gay culture, and yearns for the day when he can escape Texas and make a life of his own. As a young adult Jonathan migrates to New York City and finds a secure, loving home with boyfriend David Sanin Paz. His relationship with Renee grows even deeper after a lithium overdose requires sacrifice, compassion and an outpouring of love.

Included in TARNATION are fragments from Caouette?s personal collection of photographs, home movies, audio recordings, video diaries, answering machine messages, Hollywood movie clips, pop music samples and excerpts from his own short films. While undeniably a documentary at heart, TARNATION mines a greater terrain, serving up a history of late twentieth century popular culture and family life that plays out like a collective fever dream. Caouette?s devastating yet hopeful vision becomes a haunting and beautiful examination of the restless soul of America."

Extraído da página do filme.
Vale a pena uma visita à página.

Eu quero ver este filme!

Puta que pariu, Leminsk!
e eu que pensava só eu, só mesmo eu, poderia pensar numa poesia como estas! É tão linda e tão tosca!

Merda e Ouro

Merda é veneno.

No entanto, não há nada

que seja mais bonito

que uma bela cagada.

Cagam ricos, cagam padres,

cagam reis e cagam fadas.

Não há nada que se compare

à bosta da pessoa amada.

leminskiando
depois da subida penosa, quase de morrer, o caminho fica leve... é hora de leminskiar montanha de vida abaixo.

"quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência

vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência

vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito

vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito

então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência"



Ele sabia
o que eu só estou aprendendo.


Quer mais Leminsk? Então clica aqui.
Se depois disso ainda quiser mais, sempre mais,
faça como quem vive...
procure.

terça-feira, 9 de agosto de 2005

e o comentário que eu fiz no grupo de Brasília do Flickr está rendendo boas fotos, como esta aqui e esta aqui.

Bem... achei que iria interessar a alguém. :)

e as placas que nos foram presenteadas por nossa linda, não loira e japonesa Sayuri estão fazendo um sucesso danado. Depois que eu as postei aqui (e aqui) e depois postei aqui no alriada também, elas já apareceram tanto no Alfarrábio do Bicarato (grande Bica, copoanheiro de fé) e no blog Velho do Farol, de um tal Marcus Pessoa lá do Pará... :)

Se alguém vir a imagem em mais algum lugar, apontando para cá ou dizendo que tirou a imagem daqui, me avise. Fiquei curioso para anotar a visibilidade do Alriada... :)

Eu sou apaixonado pelos caminhos de difusão de conteúdos na nossa pátria internet :)


UPDATE: O ff (nosso querido fefo, o punk gaúcho) deu o toque de que a placa também apareceu no blogue dele, neste link aqui.

o sarau por outros olhos...

Dpadua, nosso amigo sapo imaginário alado, também falou sobre o sarau em seu post sobre o fim de semana. É um bom contraponto a meu relato pseudo-telegráfico...



e além de tudo mais as andanças do sapo nômade sempre são interessantes. poesia caótica viva, oh yeah, sim senhô. :)



quando eu olho para esta imagem eu me lembro de:
- bloqueio literário
- a cena do extintor do "Irreversível"
- do metal
- de meu teclado, quando as teclas paravam de funcionar
- da comunidade de "grupo de apoio aos bonequinhos de palito" do Orkut
- de biscoitos de queijo (não tente entender...)


e você?



p.s. esta imagem é uma obra de arte do GIF animado. quem faz gif animado deve ter se tocado disso... :)

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

tem um cachorro lá em casa agora.

é uma linda filhote de labrador.

mas meu apartamento é pequeno
e eu DETESTO cheiro de cachorro...



damn!

a irmã do dpadua é muito foda também...


mandala desenhada pela irmã de nosso amigo sapo cocrante imaginário.

...como já era de se esperar, alguém achou uma boa idéia bloquear o Orkut no firewall do Ministério da Cultura. É nisso que dá quando você coloca o gerenciamento de um firewall nas mãos de quem não é ciborgue...


então, vocês pegaram o recado.
só vou poder entrar em meu orkut de vez em quando agora, quando conseguir um tempinho no computador do DP ou da Nanath...

... até o dia em que o Metal resolver contratar a internet lá de casa. :)

lendas de um bizarro sarau de imaginários...
... no ninho dos escorpiões e além.

muita coisa em poucas palavras:
duende ficou nervoso antes do sarau / duende ficou calmo antes do sarau / dpadua estava cheio de serviço e teve que correr, como sempre / metal estava com fome / carregamos almofadas e cantamos pela 411 norte / o brutus estava lotado como uma grávida de trigêmeas / grapette trouxe uma sílfide a tiracolo / as compras do sarau custaram mais de 100 reais / eu não paguei nem um centavo disso, pois não tenho um centavo / miguel, o cara, recebeu seu batismo imaginário / jady foi encontrada com um skate sem rodas / havia vodka preta com gosto de tinta de caneta / bebeu-se rápido / uirá é um deus estranho com um machado plástico vingador / uirá ama metal / metal ama metal / dpadua ama o universo / duende mostrou o que uma lua em câncer tem a ver com sílfides abatidas / fabs balvedi é uma deusa grega malabarista / metal mostrou sua fofura aos convivas / uirá trouxe munição doce / dpadua mostrou que é um grande espadachim de vassoura / lika também / dizem que metal também / duende não usou sua espada / uirá destruiu o armário de duende / alguém jogou uma garrafa pela janela / regras foram transgredidas, como de costume / as regras eram minhas / não foi possível encontrar os cinzeiros da kjuu / lena e kjuu foram lena e kjuu / eu (re)descobri o sublime prazer do amor emético / alguém levou uma almofadada na cabeça / ninguém chamou a polícia / uma menina chamada miojo chamou todos os seus amigo nada-a-ver para o sarau / eles não entraram / ontem descobri que ainda havia um respingo de sangue na parede do banheiro / uma menina azul deu porrada em uma mulher amarela / a mulher amarela mereceu / o sol nasceu sobre a cama de casal mais lotada de imaginários da face da asa norte / e entre todas as outras coisas, estávamos todos felizes...


esta é a parte de que me lembro.
há muito mais, nas cabeças e espíritos de quem estava lá.

quem tem mais histórias para contar? :)


p.s. as fotos do sarau estão no flickr do uirá

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

festas caóticas e emergentes como um sarau dos imaginários me colocam cara a cara com minha herança neurótica pequeno burguesa. Quando penso em 30, 40 pessoas dentro do Ninho (que é grande, mas não tão grande assim, e com vizinhos de paciência duvidosa) começo a ser atacado por pensamentos chatinhos de tudo que pode dar errado. Começo a agir como um neurótico, bolando planos de contingência, estratégias de emergência para todas as eventualidades, bolando como vou falar com a polícia, com os bombeiros, com o FBI e com o presidente da república do Congo quando estes aparecerem por causa do incêncio criativo caótico...

E então respiro fundo e digo um sonoro FODA-SE.
Não estamos no controle. Apenas somos viciados pela idéia de estar no controle.

É nessas horas que o ensinamento de "abdicar da soberania" faz sentido.


Em suma...

Minha vida sempre esteve nas mãos dos Deuses.
Seja então o que eles quiserem....


E vamos quebrar tudo!
Que venha a festa!

É! :)

é hoje!



Festejo de Remix dos Imaginários
Uma festa surgida da vontade de se celebrar o prazer de viver e criar, para colocar em prática o nosso modo de fazer as coisas, e simplesmente pelo prazer de estar juntos. Um momento para se colocar a criatividade, e a vontade de criar, na jogada... deixar de ser apenas um consumidor de produtos (ou arte) e serviços (ou entretenimento) para se tornar responsável pela criação e pelo fluxo de sua criação. O festejo imaginário é o festejo da criação...

Neste festejo vamos fazer a nossa primeira experiência em criação/interpretação/brincadeira interativa. Cada um dos convidados é também convidado a criar ou assumir um personagem/divindade/máscara/papel e entrar em nosso mitodrama/brincadeira. É uma experiência, pois tudo vale experimentar. Vamos ver no que dá...




eu sempre sinto um frio na barriga antes dos saraus.
mas isso é coisa para um outro post.
por hora o lance é:

Festejo de Remix dos Imaginários:
Sexta feira (hoje) a partir das 9:23 (mais ou menos)
na SCRN 708/709, bloco H, entrada 37, apartamento 302.
Traga seu tesão, sua vontade de criar e sua entidade.



Até lá.

quinta-feira, 4 de agosto de 2005

vocês sabem como é difícil escrever uma fábula e 4 contos ao mesmo tempo, enquanto tenta terminar de burilar outros tantos contos de seu outro livro, enquanto se está com fome e não se tem dinheiro nem para tomar uma cerveja?

Tô fazendo drama mesmo.
Alguém me paga uma cerveja?

(Tõoo pendiiindo, não to robaaaaando, tenha a bondaaaande... que a deusa te abençoooooe... muito obrigaaaaado...) :)

Essa é importante:

Se você se importa com a questão da cidadania GLBT no Brasil, não deixe de vir à apresentação do Relatório do Grupo de Trabalho e Promoção da Cidadania GLBT do Ministério da Cultura. Só com a presença de todos neste evento será possível mostrar à sociedade a importância desta questão...

Tá dito.



Não se deve confundir Phooka com Pooka, Pookas com Poocah, Poocah com Pwcaa, Pwcaa com Phookas e por aí vai...
Não se deve confundir os Phooka entre si, uns voam e outros correm, uns latem e outros mordem.
Não se deve confundir os Pooka entre si; alguns contam mentiras cheias de verdades e outros contam verdades cheias de mentiras.
Não se deve confundir os Pwcaa entre si, embora só eles saibam a diferença entre eles...

Por falar em Poocah, saudade de vc, menina :)

Cada um é um, como é aquilo que é.
Para se entender o povo sutil você tem que entender sobre individualidade.

a ilha do corvo

Navegando pela internet em busca de mais informações sobre corvos (os pássaros, e não sobre O Corvo de O'Barr nem sobre o corvo vicentino do Vasco da Gama) me deparei com informações sobre uma ilha chamada Ilha do Corvo.

Trata-se de uma ilha do Arquipélago de Açores, a menor delas, localizada bem próxima à Ilha das Flores e possuidora de algumas características que me chamaram muito a atenção. Antes de mais nada a ilha só tem um povoado, chamado Vila Nova do Corvo, onde o clima tem um jeitão bem tradicional, daqueles de lugar onde o tempo parou, mas tem um espaço ao ar livre para raves...

Outra coisa interessante são os lagos vulcânicos localizados no cânion produzido pelo vulcão (hoje extindo) que fez a ilha. O lugar é lindo.

A terceira referência, mais pessoal, é que a ilha se parece um bocado em sua geografia a uma das ilhas do arquipélago mítico de Á Tir Feu. Cheguei à conclusão que a pequena Ilha do Corvo é a ilha de Arcadas, que se desprendeu de Á Tir Feu e foi parar na costa africana. É sim, eu juro! :)


Não sou muito chegado em planejar "viagens de sonho", mas que me deu uma vontade doida de me mandar pra essa ilha e ficar por lá... ah se deu. Eu escreveria contos e fábulas sobre o mar e o folclore imaginário dos reinos de minha cabeça e nunca publicaria nada. Me casaria com uma mulher esquizofrênica chamada Giza e envelheceria feliz e curvado na varanda de minha casinha bagunçada e...

Bem... pensando bem, eu vou ficar por aqui mesmo.

Cada um tem o Tir Nan Og que merece :)



pegue a sua birita, seus quitutes, as suas coisas de fazer coisas,
dê os braços ao deus ou deusa que mora dentro de você

e vamos festejar a vida imaginária!


p.s. vocês viram que bonitinho o panfleto verde, branco e laranja? DePê lê pensamentos... :)

p.p.s. a festa é no dia 5, hoje, e não no dia 6. o sapo está atrasado no tempo. :)