Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

a hora de parar e sair por aí...

Todo blogueiro ou, seria melhor dizer, toda pessoa que escreve conhece aquele momento em que tem que escrever sobre uma ou muitas coisas e tenta... tenta... tenta, mas não sai nada. Não é falta de inspiração nem muito menos falta do que dizer. Não é falta de assunto nem de vontade ou esforço. É uma falta ou excesso de sei-lá-o-quê, que trava nossas engrenagens literárias e blogueiras e não permite que saia mais nada.

Quando você começa a escrever o mesmo post pela quinta vez, depois de tê-lo apagado nas outras quatro vezes ao perceber que nem sabia mais do quê estava falando neles...

Quando você começa a sentir desespero e questionar o sentido da vida e de blogar, e a pensar em todos os probleminhas que você tem que resolver e que ficam para depois porquê você está ali tentando escrever, e ainda assim não consegue escrever...

Quando você percebe que não lembra mais da cara do porteiro do seu prédio e nota que tem saudades de todas as vezes que sentou com um amigo ou amiga para tomar uma cerveja...

Enfim... quando o escrever vira um sofrimento e mesmo assim nada de útil é produzido, é hora de sair de casa e se lembrar que você mora em Copacabana e tem uma praia, um mar, um céu e uma cidade linda e cheia de vida lá fora.

Nem sempre se pode ser Deus. Disso eu já sabia.
Mas digo-lhes também...
Nem sempre se pode ser blogueiro.


Vou sair por aí. Volto quando, mais do que ter algo a dizer, eu tiver prazer também em dizê-lo.

Nasce o novo Alriada Express!

(título dramático, não?)

É assim, clean -- quase absolutamente clean -- que eu queria que o Alriada Express ficasse quando comecei a "reforma". Queria que fosse leve e o mais limpo possível, com um certo ar de jornal e um certo ar de blog antigo. Não ficou tão leve quanto eu gostaria (maldito blogger!), mas ao menos ficou limpinho. O dragão do Alriada ainda vai merecer uns ajustes na página, mas, de resto, esta é a proposta gráfica do Novo Alriada Express.

Este blog será o meu espaço para divagações sobre notícias, comentários sobre a blogosfera e sobre a atualidade do mundo que me cerca e, de vez em quando, do meu mundo particular. Será também um lugar para alguns desabafos, reflexões, linkanias e a dose usual de nonsense.

Agora sim poderei dar ao Alriada o que é do Alriada, ao Caderno do Cluracão o que é do Caderno do Clucarão (meus fragmentos literários, reflexões artísticas, linkania cultural, etc...) e, enfim, dar a atenção que o Luneta Feérica está merecendo.

Vamos de volta ao trabalho.

Sejam bem vindos ao Novo Alriada Express.

A leitura do direito de resposta de Brizola na Globo em 94 foi o primeiro pseudo-podcast do Brasil.

(publicado originalmente no Caderno do Cluracão em 27.02.2007)

O título deste post foi o pensamento um tanto heterodoxo e, tá certo, meio exagerado, que me veio à mente quando vi neste post (do sempre antenado Inagaki) o vídeo do direito de resposta dado pela justiça a Leonel Brizola em 1994, que foi lido no Jornal Nacional por Cid Moreira (cuja voz, cá entre nós, é mais propriedade de Roberto Marinho do que dele próprio). Tentei encontrar uma frase menor para espelhar minha idéia, mas esta frase já disse tudo. (eu tenho problema com frases e títulos grandes -- já procurei ajuda especializada para parar, mas o vício é mais forte do que eu...) :D

É um grande momento da história da comunicação (e da liberdade de expressão) brasileira, não é mesmo? :)






p.s. tenho que reformar logo o Alriada Express, antes que meus posts sobre blogosfera e afins sufoquem o meu pobre e singelo Caderno do Cluracão.

p.s. agora sim, o post está publicado no blog certo. :D

que papo é esse de "blogueiro profissional"?

(publicado originalmente no Caderno do Cluracão em 23.02.2007)

O André Oliveira, do blogue Marmota (agora parte integrante do "Shopping Center de Blogs" Interney Blogs), teceu umas considerações bem interessantes sobre essa coisa de blogueiro profissional:
"O que me assusta é saber que esse rótulo transforma as pessoas. Preocupadas com resultados, acabam se levando a sério demais.

Ser "blogueiro profissional" (ou "problogger", que é bem mais legal) é escrever pensando nos números. Nada contra essa prática: quero mais é que todos que procuram esse caminho transbordem a conta bancária. Agora, com tanta gente em busca das mesmas coisas, tenho uma visão muito pesada sobre o futuro da "blogosfera", caso ela "amadureça" por esse viés: isso aqui está se transformando em uma Serra Pelada, com gente demais se acotovelando atrás de alguns tostões."

O André também fala de algumas vicissitudes desse papo de ser blogueiro 'profissa':
"Então cá estou, blogueiro profissional, buscando formas de "monetizar" meu conteúdo; adotando todas as regrinhas de "Search Engine Otimization" para fisgar consumidores; patrulhando os aproveitadores - afinal de contas, além de ser assinado, conteúdo semelhante na rede atrapalha meu posicionamento no Google. Sem essa de compartilhar idéias só para conhecer gente nova ou simplesmente para marketing pessoal: agora, eu quero é ganhar dinheiro. Vou justificar minhas ações na cartilha da ética (e outras totalmente justificadas), mas vou seguir mesmo a lei da selva. E salve-se quem puder.

Tenho medo disso. É o mesmo discurso atribuído a outras áreas competitivas (no caso dos "jornalistas", é exatamente igual)."

E é aí que o cara pegou o espírito da coisa. Quem quer que a profissão -- ops... que o ofício -- de blogueiro se transforme em algo parecido com todos os outros ofícios que perderam a arte e viraram uma coreografia de cachorro comendo cachorro em luta por migalhas? Deste jeito, quem é que quer ser blogueiro profissional? Se eu me recusei a me tornar profissional em qualquer coisa que fosse, justamente para fugir desta mentalidade terrível que acompanha a alcunha, a profissionalização blogueira não faz então nenhum sentido.

Blogs são, como diz a própria apresentação do Interney Blogs "páginas dinâmicas e democráticas - qualquer internauta razoavelmente alfabetizado pode criar o seu). Além disso, possuem linguagem mais informal, interação maior com os leitores (clique aqui para deixar seu comentário!) e dão a seus autores liberdade para escrever o que quiserem, quando quiserem e como quiserem, desvencilhados de limites de caracteres, pautas pré-determinadas e deadlines.". Para se blogar, tem-se que ser igualmente dinâmico, desvencilhado de todas as amarras físicas ou mentais que apodrecem os mercados e as redações jornalísticas e, sobretudo, ter muito tesão por falar e conversar. Estas coisas não se profissionalizam. Então, vá lá, ganhar dinheiro com seu blog -- como ganhar dinheiro com qualquer coisa que se faz com paixão -- é uma delícia. Mas se tornar blogueiro profissional, com todas as vicissitudes e horrores do termo, é coisa de gente que não sabe o que está perdendo -- a própria alegria e liberdade que são a essência do blogar.

UPDATE PICANTE:
Decidi recolocar as frases finais do texto, que havia retirado anteriormente. No dia em que eu tiver que ter papas na língua sobre o que penso, é hora de parar de blogar. As frases eram:
"Se a atividade blogueira começa a obedecer a exigências de mercado, opiniões dominantes dos 'grandes', desígnios dos anunciantes, desejos da burguesia de atenção blogosférica e coisas afins, qual seria a sua diferença em relação às profissões de jornalista e publicitário? Nada contra os jornalistas e publicitários, conheço alguns deles que são fantásticos (curiosamente, a familia Bicarato é rica neles), mas eu sou blogueiro -- blo-guei-ro! -- e como tal gosto de acreditar que a atividade blogueira é como eu, livre pra pensar, falar e fazer o que achar que é certo, sem obedecer a mercados ou idéias nefastas do velho mundo que morre. Blogar é arte, ou então não me chamo mais de blogueiro."

Pronto. Falei. Agora posso seguir desopilado para posts mais leves...

Abraços do Verde


P.S. Em tempo, parabenizo o Edney véio de guerra e toda a galera do Interney Blogs pela proposta e pelo sucesso, e espero que todos eles ganhem tanta atenção, comentários e grana quanto merecem e quiserem ganhar. Só não gosto da idéia de que, para ganhar grana ou ter sucesso (seja lá o que isso significar), um blogueiro tenha que ser alguma coisa diferente do que naturalmente é -- um pensador que vive entre dois mundos e que auto-publica seu pensar e sentir nas teias da rede digital, para os olhos, mentes e corações da rede humana na qual vive.




sábado, 24 de fevereiro de 2007

Alriada Express em obras.

O Alriada Express deve passar por reformas profundas em breve. Não apenas no template (que terá que ser modificado, ou até refeito, para adequar-se às demandas do novo Blogger), mas também em sua proposta. Agora que "desmembrei" meu fluxo de posts entre os meus 3 blogs (Alriada Express, Caderno do Cluracão e Luneta Feérica, no Overmundo), preciso repensar com calma qual é a função e a "linha" do Alriada Express.

Até lá, este blog deve permanecer em hiato (enquanto ajusto o template e as minhas idéias sobre o Alriada). Isso não quer dizer que vou ficar sem blogar. Os posts sobre arte e cultura, bem como os posts a respeito de minha produção, já são parte da alçada do Caderno do Cluracão, onde agora vou publicar também, provisoriamente, algumas das coisas que viriam para cá (como posts sobre internet, blogosfera e afins). Já o Luneta Feérica é um blog para links, comentários e matérias a respeito de coisas que estão acontecendo na cultura brasileira dentro e fora da internet.

Nos vemos por aqui em breve.
Já nos outros blogs, a atividade vai estar a todo vapor.


Abraços do Verde.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

O que tá rolando de legal por aí?
Apontamentos para mais uma blogada no Luneta Feérica, meu novo blog no Overmundo (que no momento ainda está no estaleiro, precisando de uns ajustes)

- A banda Os Seminovos faz rock de qualidade de Uberlândia para o mundo lusófono, e dá uma aula prática de como uma banda deve fazer para se publicar na internet.

- O mano "das terras de lá" Miguel Caetano também blogou sobre uma outra banda legal que também dá aula de como se auto-promover pela internet: Os Zémaria, que fazem música eletrônica do Espírito Santo para o mundo, lançam seu segundo CD online e arrebentam na Europa.

E depois disso ainda tem gente que acha que precisa destes elefantes brancos chamados gravadoras?

- Enquanto isso, o Overfeeds completa uma semana fazendo muito sucesso. Mas sobre isso, eu blogo especificamente lá no Luneta Feérica muito em breve.


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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

vivendo e não aprendendo...

Algum dia... algum dia eu juro que vou conseguir aprender a não tomar sol de camiseta, boné e óculos escuros. Acho que desta vez consegui o mais estapafúrdio bronzeado avermelhado de óculos/boné/camiseta que já vi em toda a minha vida...

Fotos? Quando meu computador colaborar.
Por hora tenho mais o que fazer do que rir da minha própria cara... :)

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Vi um gatinho falando no youtube
e me deu vontade de chorar.

É a vida, né?
Bonita e triste, do jeito que é...

Falando no Conic e no Landscape...

Estava dando uma googlada em alguns assuntos sobre os quais já falei no Overmundo, e qual não foi minha surpresa ao descobrir que não apenas o primeiro hit sobre o Conic (espaço comercial e cultural muito popular de Brasília) no google é minha matéria sobre o lugar pro Overmundo, como também minhas matérias para a agenda e guia Overmundo sobre o Landscape Pub estão entre as primeiras na lista do google, logo depois da página do lugar.

Isso me fez pensar duas coisas. Primeiro que está faltando material sobre os espaços culturais de Brasília. O Landscape Pub é só um espaço (muito) legal pra se dançar e ver gente, mas o Conic é simplesmente a Meca onde convergem boa parte dos movimentos culturais urbanos da Capital. Tinha que ter mais gente falando sobre o lugar, não é mesmo? Infelizmente, parece que não tem. A segunda coisa sobre a qual pensei foi o poder que o Overmundo tem de alavancar qualquer assunto no google, o que é muito bom para a Cultura do Brasil e para quem publica por lá.

Pensei uns 10 minutos (o tempo de um banho, por sinal) se deveria ou não fazer uma matéria com um começo tão auto-referente. Cheguei à conclusão de que, se eu não posso falar sobre o que eu faço e sobre minhas pequenas alegrias no meu blog, onde mais vou falar disso? :)


p.s. para fazer justiça, antes do segundo hit sobre a MESMA matéria que escrevi para o Conic (agora em sua versão para impressão), o segundo hit sobre o Conic é um texto acadêmico bastante interessante sobre o nosso querido espaço cultural. Vale a pena dar uma olhada.


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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Para as Geekas
Calcinha geek-fashion para as geeks e mulheres que querem "fazer um agrado" para seus interneteirozinhos fofos. Dica do Pedro Rogério, do blogue Pinceladas na Web.



Quer comprar?
No momento da publicação deste post, a calcinha estava esgotada no site (o que é sinal de que muitas geekas e amantes de geeks gostaram da idéia), mas quando forem renovados os estoques, basta dar uma chegadinha aqui.


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De volta à blogação

Depois de tentar (sem sucesso) colocar um widget de busca do technorati por aqui, e descobrir que minha barra da esquerda é muito apertadinha para a maioria destas coisas, resolvi deixar as customizações do Alriada de lado (e continuar apenas as do Caderno do Cluracão, que precisa urgentemente de um segundo mecanismo de comentários) e voltar a blogar sem pudores, como de costume.

Vamos lá. :)

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

O Reaprender e o Reinventar do Fazer
Agora falando sério, aqui vai um antigo texto meu, originalmente sem título, que encontrei no blog do fff.

"Uma das açoes mais importantes de se ter em mente quando se fala de 'ruptura paradigmática' e mudança do modo de fazer é a recuperação do 'sentimento de criador'. No contexto em que vivemos, bombardeados pela influência da sociedade industrial mega-corporativa na nossa cultura (e em nossa mitologia), é natural pensar que somos muito pouco capazes de FAZER coisas, MODIFICÁ-LAS a nosso modo. É senso comum entre a maioria que a informação que vem de cima é mais forte e certa e que a indústria tem um poder de fazer que anula completamente o nosso..."


Mesmo sem saber o que era subcriação (valeu Tolkien), eu já tava sacando a coisa na época.

Mas não há nenhuma explicação decente em português sobre subcriação na internet.
Já estou vendo que terei que escrever uma em breve.

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terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Então fica combinado assim:
Aquilo que eu achar que é deste blog, publico aqui. Aquilo que eu achar que é do outro blog, eu publico lá. Com o tempo vocês vão começar a entender o que é de lá e o que é de cá.

Tá bom assim?

Abraços do Verde.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007







Which Changeling the Dreaming Kith are you?




EshuAhhh to travel the world and share your adventures! You love the sights, the people, the languages, and best of all, the stories. No one has ever been able to keep you put, and you wouldn't like it any other way. Only thing is, once you start talking, it gets hard to stop :)
Take this quiz!








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E não é que até faz sentido?
Eu sou um contador de histórias que não consegue parar de falar,
de mente nômade e curiosidade faminta, com sede de estrada
(mesmo que sejam por vezes apenas as estradas dentro da minha cabeça).

É. Eu não sabia, mas parece que sou mesmo um Eshu. :D

Tá bom, agora eu conto.
Já que vocês não descobriram, eu conto qual é o endereço de meu novo blog de poesias, fragmentos, pensamentos, idéias e referências...

O blog já existe há alguns dias, mas ainda está começando.
Seu endereço é http://cadernodocluracao.blogspot.com/

Ando, inclusive, percorrendo o Alriada Express e respostando alguns textos que acho interessantes por lá (como este, este e este). É... é possível que eu esteja mudando de blog. Ainda não sei. Nunca se sabe como são estas coisas. De qualquer forma, está mais fácil me encontrar por lá hoje em dia do que por aqui.

O Alriada Express continua por hora, com alguns posts sobre internet e outras coisas que não considere particularmente artísticas e, de vez em quando, com notícias do que ando fazendo para quem continuar vindo aqui. Mas, certamente talvez, o Caderno do Cluracão deve receber bem mais atenção do que o Alriada por agora. (dependendo da minha disposição para um ou outro)

Não sei... ele é tosco e simples, mas é todo meu e eu sei mexer em seu template e...
quer saber? Eu gosto de recomeços... :D



UPDATE:
Começo a entender melhor o meu movimento de abrir um outro blog. Não se trata do fim do Alriada. Entendi que existe uma clara divisão para mim do que é para ser publicado aqui, no Alriada (que é indexado por um monte de mecanismos de busca, tem tags bonitinhas para o technorati, etc...) e o que é para ser publicado lá, no meu blog mais simples e intimista.


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sábado, 10 de fevereiro de 2007

O que 'cê tá fazendo, menino?
Tenho tido dias bem ocupados, quer ver?

Há 4 colaborações minhas na Fila de Votação do Overmundo.


A quinta colaboração, uma matéria para o Guia Overmundo sobre o Conic, em Brasília, deve entrar em votação nos próximos trinta minutos. Esta foi a que mais me deu trabalho. Passei as últimas 5 horas antes de sua publicação procurando imagens para ilustrar a matéria. Não surpreendentemente, não faltaram fotos legais do Conic. Minha surpresa foi quando vi que NENHUMA delas era licenciada em Creative Commons, e nenhum dos autores se manifestou aos meus pedidos de uso das imagens. Também... pudera; em um sábado à tarde ninguém fica em casa olhando emails, esperando ter suas fotos pedidas...

Quer saber? Querem que eu, e muito mais gente, use suas fotos? Então licenciem em Creative Commons!


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sem educação
estava relendo hoje um bom papo sobre problemas profundos da educação que tive com o Jester em um dos posts do blog dele. Vale ler a conversa inteira, mas resolvi pinçar dois trechos, um meu e um dele, que achei particularmente inspirados.

"...o problema da orientação do ensino para o ?mercado de trabalho?, desviando-o de sua função de formar pensadores técnicos/científicos e, sobretudo, seres humanos pensantes, já foi um bocado discutido, mas nunca é demais voltar ao tema. Mas talvez a questão seja mais profunda ainda do que a orientação do ensino (e, por conseguinte, de dos professores) para uma demanda ?rasa e prática? do mercado de trabalho. Talvez o problema esteja na própria deturpação do conceito do aprender. Aprender métodos não é a mesma coisa que compreender métodos, e seu desenvolvimento. Mapear resultados é bem diferente de se dominar uma lógica. Sobretudo, saber definir uma coisa é BEM diferente de conhecê-la. Não sabemos mais o que é aprender, o que é conhecer. Como esperar então que saibamos orientar o ensino para tais coisas (e não para a mera formação de ?operadores?)?"


"Precisamente. Mas ainda assim, não creio que a falta que nos cabe em não saber o que é aprender, ou o que é conhecer, tenha um impacto significante.

Quero dizer, são muitos (mas nem tantos) que vêem o sistema educacional fundamentalmente falho. Mas são poucos (tão raros) que estimulam sua própria curiosidade questionando o que seria ?algo melhor?. E acredito que é esta curiosidade que nos coloca em melhor posição do que qualquer outra coisa. A posição de dúvida que, naturalmente, busca resolver seus conflitos. Portanto, acho que esta curiosidade genuína é primordial.

Ainda, a rigor, nós sabemos aprender, e sabemos conhecer, e isso é tão intrinseco à nossa natureza que penso que basta esta curiosidade."



Os trechos não estão diretamente conectados, mas a fala do Jester de certa forma responde, com minha qualidade, à minha.


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Programa de Aceleração do Atraso Aéreo
Da revista piauí, via dica do Bicarato.




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O Google-Blogsearch já achou meu novo blog de poesias (parado desde anteontem por excesso de trabalho do blogueiro), mas o Google ainda não.

E vocês? Já acharam? :)

The Machine is Us/ing Us
O velho de guerra Interney fez um ótimo post explicando porquê web2.0 pode ser um termo que não diz nada, embora a internet esteja mesmo mudando. Vale a pena dar uma olhada no post e assistir o excelente vídeo sobre a internet-2007 (para não chamar de web2.0) que ele traz. Para falar a verdade, eu não resisti à tentação de colar o video alí embaixo. Valeu pela dica, Interney!


Quer entender como anda a internet hoje em dia mas não tem saco para acompanhar 10 blogs?
Comece assistindo este vídeo.





Agora, quer uma dica para entender mais?
Acompanhe o blog do Interney.

(propaganda gratuita que nada. é camaradagem somada ao reconhecimento da puta competência do cara)


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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Não é piada.

Menino morre arrastado por carro em assalto no Rio
Rendida por bandidos, mãe conseguiu sair. A criança, presa ao cinto de segurança pelo lado de fora do veículo, foi levada por quatro bairros.
Governador se diz chocado



Este é o Rio de Janeiro que me choca.
Não tenho, em absoluto, palavras para comentar isso...

Que tipo de ser humano faz este tipo de coisa?

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Deve ser piada

PFL muda seu nome para Partido Democrático.

Agora sim, a palavra democracia tem a mesma variedade e amplitude de significados de "trem", "coisa" e "troço"

dia cheio no Overmundo

Dia cheio no Overmundo.
Deu um puta trabalho, mas dá gosto de ver esse tanto de posts na Fila de Edição.

Agora, eu vou dormir.

Acho que fazia muito tempo que eu não ia dormir tão cedo.
Será que amanhã dá praia?

E vocês já acharam meu blog literário novo?
Não? O Google também não.
Quero ver quanto tempo vai levar para vocês o acharem,
e para o Google se tocar de que um blog novo foi criado no próprio blogger...

Sim... eu estou brincando com o algoritmo do google e, de tabela, com vocês também.
(Pois se eu colocar aqui ou em qualquer lugar da internet o link para ele, o googlebot acha o blog em menos de duas horas, segundo meus estudos do algorítimo de deus. Mas sem um link, será que um dia ele irá achar o blog, uma vez que ele está hospedado no próprio serviço de blogs do Google?) :)

Então, quem é que vai achar primeiro o meu novo blog?
Vocês, ou o Google?

The passion of lovers is for death
Eu gosto de ouvir umas musiquinhas meio psicopáticas de vez em quando. Você não? Não? Ok, eu devo ter gostos esquisitos. Mas o pessoal do Repolho, banda lá do Sul, conseguiu fazer a baladinha psicopata perfeita. É linda... para ouvir e matar. Música de amor de manicômio. Adorei!


Não fui eu!

"Ontem eu andava pela rua, meio louco, sorridente,
em silêncio, sem saber o que fazer e aonde ir,
de repente quem eu ví? o meu amor, e ela sorriu pra mim!
Ontem eu andava com o peito esfacelado, coração dilacerado,
sem saber o que fazer e aonde ir,
de repente quem eu ví? o meu amor, e ela sorriu pra mim!

Eu falei dos nossos sonhos, ela não ouviu.
Eu falei dos nossos beijos, puta que o pariu!
eu falei das nossas vidas, ela partiu.
Só que antes de ir embora ela sorriu...

Eu já não sei por que é que eu acredito nesse amor hahahaha
Eu já não sei qual a razão de me entregar a essa dor hahahaha
Eu já nao sei hahahaha hohohoho

Ontem entraram na casa dela, bricaram com ela -- não fui eu!
Ontem abriram os armários dela, brincaram com ela -- não fui eu!
Ontem mexeram nas coisas dela, brincaram com ela -- não fui eu!
Eu não sou mais eu...

Hoje eu acordei com as mãos sujas de sangue,
minha mente em bang-bang, sem saber o que fazer e aonde ir,
de repente quem eu ví? O meu amor... e ela sorriu para mim..."



Não é lindo, genti...? :D

É claro que vocês não concordam. Foi uma piada. Mas eu achei a musiquinha bem legal mesmo assim.

Para saber um pouco mais sobre a banda e baixar a música no Overmundo, o link é este aqui: http://www.overmundo.com.br/banco/nao-fui-eu



p.s. ninguém foi ferido na confecção deste post, ou nas 24 horas que o antecederam. é apenas um gosto estético, meus queridos leitores e leitoras.


p.p.s. o título do post é uma menção à lendária musiquinha psicopata do Bauhaus, que se chama, ahã, você adivinhou... "the passion of lovers (is for death".

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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

E eu agradeço encarecidamente a todos os meus leitores, e aos leitores dos meus contos e poesias, pela atenção, carinho e prestígio.

Aos que não lêem...
Bem... Nada. :)

E por falar em blog, comecei um novo blog de poesias, fragmentos, anotações poéticas e literárias e *stuff*. Levei umas duas ou três horas fazendo ele ficar minimamente bonitinho.

Agora vamos ver se ele deslancha.

Qual é o endereço?
Mas é claro que eu não vou contar.

Descubram... :)

Não sei de onde veio. Não sei quem escreve.
Só sei que, ei, este blog é legal...

PANORAMA SÓCIO-ECONÔMICO DO DF MEDIEVAL

Para quem é animal da capital.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Coisas que emocionam no Overmundo
Sebastião Firmiano, proseiro e contador de histórias simples e honesto -- e maravilhoso, diga-se de passagem -- da cidade de São Paulo me fez uma homenagem que me deixou sem palavras. A poesia que transcrevo abaixo foi publicada por ele no Overmundo anteontem. Nem sei o que dizer além de... Muito Obrigado, Tião!


Imagem.
Para o verde.

Um homem tem um celular nas costas
Carregando histórias
E buscando outras/ fazendo-as.
Com sua massa, modela sonhos.
De onde trazidos? Quem sabe?
De onde esta fotografia?
Que não cabe em si, de tão nítida.

Um avião que passou e continua fixo
Numa tarde onde a infância permitiu
Voar a vida em destino á figuras
Clandestinas e proibidas ao literal.

Fabricar um corpo
Com gosto de manga verde
E, morder as cores do ideal.
Uma silhueta para a plenitude
Uma imagem em grafite
Desenhada a passo e compasso da aventura
A imagem que Daniel procura
Esta dentro de si
Velando a loucura
De imagem a ser concluída
Na próxima fotografia
No próximo texto
De incentivo a um amigo.


São estas e várias outras coisas que me emocionam no Overmundo, e me fazem trabalhar por pura paixão, por horas e horas diárias, em prol daquele espaço, daquela comunidade, daquela festa da Cultura do Brasil...

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ESTE QUARTO
Mário Quintana

Este quarto de enfermo, tão deserto
de tudo, pois nem livros eu já leio
e a própria vida eu a deixei no meio
como um romance que ficasse aberto...

que me importa este quarto, em que desperto
como se despertasse em quarto alheio?
Eu olho é o céu! imensamente perto,
o céu que me descansa como um seio.

Pois só o céu é que está perto, sim,
tão perto e tão amigo que parece
um grande olhar azul pousando em mim.

A morte deveria ser assim:
Um céu que pouco a pouco anoitecesse
e a gente nem soubesse que era o fim.




E eu espero que em um dia muito longe deste, com palavras como estas,
eu cerre meus lábios enfim para receber assim o beijo derradeiro da morte.

Quais foram mesmo as últimas palavras de Quintana?
Lembro-me que foram célebres. Amanhã as pesquiso.
Gosto de Quintana, este poeta passarinho que sabia tanto de tudo,
e mesmo assim mantinha a curiosidade e simplicidade de um menininho.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

if you dream like me.
if your dream is like you.
if your dream is true
like you and me,
go visit the dreamscape...





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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Orando em línguas estranhas
Foto achada no Alfarrábio do Bicarato



Será que tem alguma oração para curar a maldade?



Eu conheço esta foto
da parede de algum lugar...

hehehehehehe.

O Duende, o Camelo e o Primitivo.

Há uns 3 anos eu estava um tanto bêbado na entrada de um show do Los Hermanos, recitando poesias com meu velho gorro verde de duende. Um cara alto, esquisito, com um sotaque pesadão de carioca e uma câmera velha na mão me abordou e perguntou se podia me filmar. Explicou que estava fazendo um documentário sobre a banda, acompanhando todos os shows, e havia me achado "uma figura".
Olha só quem fala... :D

Dei uma entrevista, recitei algumas poesias emocionadas (e um tanto ébrias) para a lente, e me senti muito especial por isso. Eram tempos deliciosamente inocentes, aqueles.

Ontem, lendo a (aliás, excelente) matéria feita para o Overmundo pelo Thiago Camelo sobre um tal Nilson Primitivo, descubro que é o mesmo cara que me filmou, e que o documentário (chamado Ventura) já está sendo exibido por aí. Não sei se as imagens que ele filmou entraram no documentário, mas fiquei morrendo de curiosidade para descobrir.

De um jeito ou de outro, foi uma delícia reencontrar o Nilson Primitivo na matéria do Thiago.
Abaixo, um trecho da matéria, chamada Ingenuidade Marginal.

"Nilsão é Nilson Primitivo, Primitivo Gonzales ou só Nilson mesmo. Começou a se envolver com o audiovisual apenas aos 27 anos. Hoje, com 40, é considerado um dos maiores realizadores independentes do país. Independente, alternativo, marginal... são muitos os rótulos que já foram atribuídos a Nilsão. A maioria por conta dos seus métodos de filmagem e montagem não-convencionais, que vão desde a revelação de negativos em uma banheira à montagem do filme na própria câmera. Isso mesmo, Nilsão não revela os negativos em laboratório e, muito menos, monta o filme em alguma ilha digital:

- Comecei com a banheira. Depois evoluí prum tupperware. Fiz assim porque é muito caro mesmo. Os negativos também são todos dados. Eu acabo gastando muito pouco. Para ter uma cópia do filme, eu pego carona em alguma telecinagem de algum filme de amigo, ou filmo direto da parede mesmo -- explica Nilsão, em uma conversa adiada por meses, mas que finalmente aconteceu semana passada.

Mas e para editar, como é essa história de editar na câmera?

- Eu filmo montando. O que aparecer apareceu, cara. Até porque o mais legal disso é que é quase um jogo, entendeu Thiago? É meio para ver o que acontece. É lógico que eu sei o que eu gosto, a gente conversa antes do figurino e de coisas que me interessam, mas sempre sai muito diferente, e eu já fico prevendo esse diferente. De ficar com cor, de ficar um lado mais revelado que o outro. Dar uns fades nuns lugares que eu não estava prevendo. E eu assumo tudo."
Para ler a matéria na íntegra no Overmundo e ouvir alguns áudios da entrevista, clique aqui.

Quem assistir o docomentário Ventura, me conta se viu um Cluracão recitando poesia por lá... :)


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VOLTEI A ESCREVER!

Estou exultante. Sentei em frente ao computador depois do almoço, com uma vaga idéia na cabeça, e em pouco mais de duas horas tinha um conto completo, talvez o melhor que já escreví até agora, olhando para mim da tela do computador.

Uma rápida revisão mostrou que ele já estava bem prontinho. Poucos ajustes precisaram ser feitos. Já o enviei para meus fieis "leitores de primeiro momento" para ouvir algumas segundas opiniões, e logo logo este conto verá a luz do dia lá no Overmundo.

Seu nome é Transgressão.

Publico abaixo um pequeno trecho dele:

"...Como eu disse, ele havia se tornado um homem difícil. Antes ele era disciplinado e correto, sempre vestido impecávelmente com seu terno preto e bengala com pomo de bronze. Mas com a doença, havia mudado muito. Não vestia mais seus ternos, e andava em casa com seus pijamas, ou usando alguma roupa velha qualquer. Era um homem culto, e nunca perdeu este hábito, mas sua biblioteca não tinha mais a velha organização de antes. Seus livros se espalhavam abertos sobre a mesa de leitura, suas páginas manchadas aqui e ali por respingos de diversas bebidas ou cinzas de cigarros. Já andava com alguma dificuldade, mas mesmo assim insistia em fazer seus passeios sozinho pelo parque próximo à sua casa. Certa vez caiu enquanto andava no parque e, para agravar sua situação, quebrou a perna. Aqueles foram dias difíceis, mas confesso que viajar para Santa Bárbara para cuidar de meu pai me distraía um pouco das coisas de São Paulo e de minha própria casa. Não acho que sua avó sentia minha falta nas minhas longas ausências motivadas pelos cuidados com meu pai. Seu bisavô, por outro lado, parecia feliz em me ver. Conversávamos um bocado, mas raramente sobre coisas pessoais. Não me sentia muito à vontade com ele, mesmo agora que ele deixara de ser o homem ríspido que havia me educado. Sentia-me responsável por ele e tentava zelar por sua saúde e bem estar, e os seus crescentes excessos me preocupavam. Mesmo doente, ele bebia um bocado -- sempre bebidas caras, importadas, sofisticadas -- e fumava sem parar. Quando os médicos o admoestaram que isso apenas piorava seu estado de saúde e abreviava ainda mais sua vida, era frequentemente grosseiro com eles."
(foto por artOtek, publicada originalmente aqui)





O conto já está disponível na íntegra no Banco de Cultura do Overmundo.


Abraços do Verde.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007



1996...
Quem éramos todos nós a 11 anos atrás?

(shouting lager lager lager lager lager...)

Acho que vou republicar O Cavaleiro e o Dragão lá no Overmundo.
Quem já conhece, não precisa de link.
Quem não conhece, vai conhecer.

Depois falo mais sobre essa idéia...

o sono do imperador
(Memórias de Adriano e o Caderninho do Cluracão)

Há livros que podem salvar almas
da escuridão.


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daniel duende, vulgo lordluc, 1996"Tu te olhas no espelho. As orelhas pontudas estão no lugar. Isso é bom.
Do lado de fora, no gigantesco galpão reservado especialmente para abrigar os de tua espécie, os demais te aguardam ansiosos. Pois tu és necessário para que os jogos comecem.
E tu, munidos com o brasão e as armas de teu povo, dá o sinal. Que rolem os dados..."


Do excelente "Duendes", da série "Pequeno Dicionário de Arquétipos de Massa" do também excelente Fábio Fernandes, lá no Overmundo.

Adoro! :D


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Mergulhado em trabalho prazeiroso e exaustivo, tentando (sem muito sucesso ainda) reaprender a dormir, preparando-se para novos saltos...

Este é o dia a dia carioca do Duende.
Que bom que ao menos a praia está logo ali para, de vez em quando, me salvar de minha obsessão por fazer tudo que gosto em excesso...

Que os Deuses nos abençoem...