Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 5 de abril de 2005

Genialmente Indigesto
Irreversível, de Gaspard Noé, é o filme mais violento de todos os tempos. Ou assim me parece.



Quando o velho de cueca (que descobri depois ser o personagem principal dos outros filmes do Gaspard Noé) começa a lamentar seus erros do passado e diz que "o tempo destrói tudo", logo nos primeiros 5 minutos de filme, eu tive a minha expectativa confirmada de que aquele seria um filme pesado. Logo depois, com a violência ainda não explicada e absurda que apresenta os personagens principais do filme, eu soube que aquele era um filme que eu não teria estômago para assistir da primeira vez.

Então veio a cena de estupro. Quinze minutos de gemidos desesperados e xingamentos, sem cortes ou sequer som algum exceto os sons da cena. A camera parada, no chão, fitando o desespero da mulher enquanto o estuprador falava os absurdos que só um estuprador sodomita francês de filme de Gaspard Noé sabe falar...

Foi demais.
Passei o resto do filme fumando na varanda e olhando as estrelas.
A pizza que eu estava comendo esfriou e alimentou mil formigas.


Outro dia eu assisto o filme inteiro...

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