Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

segunda-feira, 11 de abril de 2005

Ahhh... a honesta Estação 109
devo dizer, não nego, digo agora que posso...

"Rodrigo queria acreditar que se sentia bem. A sensação quase excitante e um bocado solitária de estar novamente sozinho, andando pela noite, tomando-o pelos flancos. Uma, duas, três cervejas. Acene para aquelas conhecidas que você não se importa em saber o nome, abrace sua amiga de longa data, aperte a mão daquele chegado com cara de rastafári. Ande pelo bar como quem passeia por uma floresta de árvores vivas, que por mais que se mexam nunca sairão do lugar e você gosta que elas estejam ali. As pessoas na Estação 109 mais parecem um jardim com suas formigas e pequenas vespas do que qualquer coisa mais... móvel. Em meio a multidão toda individualidade se borra e tudo vira paisagem... até mesmos seus próprios pensamentos. Mas a idéia deste lugar não é pensar, a intenção não era mesmo fazer nada. O motivo de estar ali era apenas divertir-se, fazer as coisas ruins em sua cabeça irem embora, ou ao menos o deixarem em paz. Rodrigo compensava a falta de uma pessoa mergulhando no excesso de pessoas, e nos excessos das pessoas. Em sua tristeza tudo que ele queria era concentrar-se em algo que não fossem seus pensamentos, queria projetar sua mente para outro lugar."
(trecho de meu conto "Daqui para outro lugar", passado inteiramente no meu velho e querido bar...)

É bom estar de volta ao velho bar, beber com velhos amigos, falar de velhas e novas coisas em ambiente tão familiar e seguro. É bom comer um beirute de frango e beber trocentas cervejas debaixo do mesmo velho teto, na companhia e atenção de meus velhos amigos Sales, Braga , Ismã, Marquinhos (o cara) e tantos outros. É bom beber na boa e velha 109. Vazia ou cheia, chova ou não, é a velha casa de tantas bebedeiras. Independente de seu insuportável dono, a 109 é a velha casa.

Homenagem prometida e merecida.
Esta é pra vocês, meus amigos que sempre deixam a cerveja mais gelada em minha mesa.

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