Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 12 de novembro de 2002

Sleep will not come...

Rolo para um lado e para o outro na cama, sem encontrar o rumo do sono. Todos os pensamentos parecem trágicos. Deitado, sinto como se o mundo repousasse pesado e desesperador sobre meu peito. Chorar é fácil, mas não vai adiantar. O relógio exibe o óbvio. Nestes momentos o tempo não passa. Ficamos aprisionados dentro da noite, e ela é longa, escura e solitária.
Para onde quer que eu olhe ela está. Em casa coisa da minha casa, em cada lembrança dos meus dias recentes. Todos os insetos voando na lâmpada do lado de fora parecem sussurrar seu nome com suas asas e suas seis patas... todos eles com seis patas... eu sem rumo, sem sono... sem minha menina.

É horrível se sentir só. É pior se sentir culpado, responsável por sua solidão. É o inferno não saber o dia de amanhã.
Tudo está errado dentro de mim. Meu estômago revolve... não sei se quero chorar, vomitar ou virar pelo avesso e morrer cheio de tripas pendendo da minha boca. Definitivamente sei que não quero viver esta noite. Não queria viver ela quando começou, e não a quero viver agora.

Eu não sei o que dizer, acho que estou me repetindo. Como bom anal expulsivo cutucando a todos para comentar minha dor e minha alegria, como se fosse interessante, importante... demais. Eu não sei mais o que dizer, mas tenho que dizer algo... o silêncio da noite escura e solitária é muito pior.

Love...

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