Não sabia o que estava indo fazer na 109. Estava cansado e tentando ficar quieto em casa mas mesmo assim fui. No fim das contas um amigo precisou muito de minha presença lá. De fato nem ele, nem eu, sabíamos disso quando conversamos ao telefone. Não foi para isso que fui chamado, e nem foi para isso que fui. Fui para esfriar a cabeça e relaxar. Não foi relaxante mas quando me ví fazendo aquilo que faço melhor, estendendo a mão e dando compreensão, força e um ponto onde se firmar para um de meus amigos-irmãos eu me reencontrei em mim mesmo. Eu reencontrei minha força. Todos os resquícios de coisas ruins e tristes, e todos os medos e dúvidas, foram purgados de meu ser por aqueles momentos. Sentí uma força enorme emandando de mim, passando através de mim. Eu estava em contato com Deus quando estendí a mão e falei "Você pode contar comigo, meu amigo. Respire e fique tranquilo, EU estou aqui."
Agora, em casa, refletindo sobre minha rápida ida à 109 e sobre todos os acontecimentos eu chego à conclusão que não ser você mesmo cobra um preço muito caro. Por outro lado quando você se encontra e é quem você é e faz aquilo que você gosta, sabe e sente que DEVE fazer você encontra uma força que antes parecia perdida. Quando você se respeita, se ama e sobretudo está em contato com sua luz e seu valor há algo que emana e te cura na mesma medida em que você está emanando cura. Agora, em casa, no silêncio, não me sinto sozinho, assustado nem triste. Sinto minha presença aqui comigo e ela é forte. Com amor, respeito por mim mesmo, serenidade e firmeza eu VOU vencer estes desafios que agora se apresentam.
Agora eu sei o que fui fazer na 109. Não foi relaxar, nem beber, nem desabafar. Não fiz nada disso. Eu fui à 109, mesmo que inadvertidamente, para me encontrar. E desse encontro trago a certeza de que não há desafio que possa derrubar um homem cuja chama do coração está acesa. Meu amor é grande e puro, minha visão é sábia quando minha mente e meus sentimentos não se interpõe em seu caminho e sobretudo minha vontade é forte.
Me sinto melhor agora. A vida não me assusta tanto e eu não tenho mais tanto medo.
Aquilo que tiver que ser, será. E meu amor e minha vontade não vão tremer frente aos desafios.
Love, Truth, Strenght, Joy and Understanding.
Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.
Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.
Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2002
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