Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Estava pensando em background enquanto escrevo: dois grandes motivos para os bloqueios de escritor são o medo de se expor e a insegurança a respeito do que os outros, e você mesmo, vão pensar daquilo que você escreveu (e onde você se expôs). Quando você vence estes dois, dá para escrever alguma coisa. Mas estes dois medos não vão embora e quando você vacila por um momento, lá estão eles novamente.

Escrever é um treino da arte zen do "foda-se". Você simplesmente vai lá e escreve, contanto que tenha alguma coisa sobre o quê escrever. É claro que alguns vão ler o texto pelo que ele é, outros vão tentar advinhar no que você estava pensando e o que você queria dizer. Alguns vão pensar "aaahn, ele está falando de si mesmo". É claro que estou falando de mim mesmo, porra! A única pessoa que me lembro de ter sido é esta aqui -- eu! -- e foi pelos olhos dela, e na carne dela, que viví até hoje neste mundo! Agora poderiam prestar atenção no meu texto?

Isso aqui é arte, meus amigos. Não é alimento para o seu voyeurismo entediado.


Abraços do Duende. :)

Nenhum comentário: