Deputado Distrital Pedro Passos agride pai de família com filho no colo ao ser vaiado em Brasília.
Quando li o email contando esta história de absurdo desrespeito e desfaçatez por parte deste bem conhecido parlamentar brasiliense, enviada por uma amiga ao AINN, cheguei à conclusão de que não poderia ficar em silêncio. Em uma rápida pesquisa encontrei já o mesmo relato publicado no site do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos e a repercussão do mesmo em matéria da Tribuna do Brasil. Vamos, então, ao relato contido no email e depois a algumas considerações. (os links e grifos são adição minha)
Meus amigos,
Escrevo para fazer relato de violência gratuita sofrida por membros da minha família no último domingo, 11/02.
Minha irmã caçula, que está grávida de seis meses, foi assistir à folia de reis na Granja do Torto com meu cunhado e meu sobrinho Iuca que está com 2 anos e 10 meses.
Eles chegaram lá por volta das 17h e perto das 21h, quando já se preparavam para ir embora, aconteceu um incidente muito desagradável.
O deputado distrital Pedro Passos, que tem uma ficha penal bem extensa e aproveita o instituto da imunidade parlamentar para continuar impune, ultrapassou todos os limites da boa convivência, cometendo um ato covarde contra minha família.
Um pouco antes do encerramento da festa, subiu ao palco para tentar transformar uma festa popular em palanque político. Várias pessoas ficaram indignadas com a impropriedade do deputado e começaram a protestar com vaias. Entre essas pessoas estavam: minha irmã, cunhado e sobrinho. Eles estavam sentados e meu sobrinho dormia no colo do pai.
Num ataque de fúria, o deputado Pedro Passos desceu do palco e agrediu meu cunhado com dois socos. Antes, porém, tentou intimidá-lo com o famoso jargão "Você me conhece? Sabe com quem está falando?" Um dos socos atingiu meu cunhado no lábio superior. O outro pegou de raspão e quase atingiu a cabeça do meu sobrinho. Minha irmã e outras pessoas que assistiram à atitude covarde seguiram o deputado enquanto procuravam um policial militar. O ato final do parlamentar foi ameaçar minha irmã e sua família dizendo "que tem meios de encontrá-los".
As providências cabíveis foram tomadas. Eles registraram boletim de ocorrência na 2ª DP (Asa Norte), assinado por sete testemunhas. Em seguida, foram ao IML e fizeram o exame de corpo de delito. Além disso, acionaram a imprensa. Desde domingo, o caso está tendo repercussão em todas as mídias e também na Câmara Legislativa.
O deputado Pedro Passos obviamente nega a agressão e a ameaça e já concede entrevistas -muito bem orientado por seus advogados - com a alegação de que "apenas reagiu a uma ação/manifestação premeditada".
Ação premeditada de manifestantes? Que manifestantes? Um professor, pai de família, com sua esposa grávida e seu filho menor de idade? Várias pessoas manifestaram, democraticamente, com vaias, o repúdio à tentativa do deputado de faturar politicamente num evento público.
E o deputado foi "tomar satisfações", como ele mesmo admitiu em entrevista, justamente com uma pessoa que não tinha chances de defesa? E o que é pior: que estava com o filho dormindo em seu colo?
Minha família faz agora o que todos deveriam fazer. Estamos recorrendo aos meios disponíveis para dar publicidade irrestrita a este lamentável incidente A certeza da impunidade e a omissão de muitas vítimas acabam banalizando atos violentos como este.
Hoje, dia 13 de fevereiro, meu cunhado ingressou com uma representação por quebra de decoro parlamentar na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa. Aos amigos que tenham interesse em acompanhar os desdobramentos do caso, peço que se manifestem para que eu continue enviando e-mails. A melhor demonstração de solidariedade que posso receber de todos vocês é que repassem esta mensagem aos seus catálogos de endereços eletrônicos.
Obrigada pela atenção!
Abraços,
Viviane Ponte Sena
Jornalista
Assessora de impresa do DIAP
Sócia da F4 Comunicação
É desnecessário dizer que esta é uma situação absurda e não de todo nova em Brasília. Pedro Passos e outros "amigos" de Joaquim Roriz desfrutam da liberdade de fazer o que bem quiserem na cidade, escondidos no mais das vezes por trás de suas im(p)unidades parlamentares ou, melhor ainda, por trás do poder de seu estimado amigo ex-governador. Não são poucas as notícias a respeito de crimes e descarados desrespeitos ao povo e ao bem público perpetrados por esta quadrilha que tomou o poder da Capital Federal há mais de quinze anos. Nada disso é mais novidade, como já disse. A pergunta que nunca quer calar é "até quando"?
Se Pedro Passos, por poderes (legais ou ilegais) próprios ou por apadrinhamento de Joaquim Roriz consegue calar a mídia tradicional e amansar tantos magistrados, que por fim o beneficiam em qualquer processo que por ventura surja contra sua lamentável pessoa, por outro lado existe a blogosfera que não se cala. É hora então de passar em frente estas e tantas outras tristes histórias da ação da lamentável corja que manda e desmanda em Brasília.
Se você tem um blog, comente esta notícia. Verifique as fontes e vá atrás de mais informações, se não confiar nas fontes e links que apresentei. Se participa de algum grupo de discussão onde tal notícia seja cabível, passe-a em frente. Existe uma organização criminosa de grileiros, corruptos, estelionatários e salafrários que impunemente prolongam seu poder na (e sobre a) cidade de Brasília. Só a blogosfera e a divulgação e discussão destes fatos por parte de cidadãos (digitais ou não) conscientes pode fazer alguma diferença onde a justiça e os jornais brasilienses já se omitiram ou foram silenciados.
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