Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Como é difícil montar uma mesa "de fácil montagem"!

Passei o dia de ontem quase inteiro às voltas com a montagem da mesa nova que comprei. Apesar da propaganda (enganosa) de "montagem super fácil", penei um bocado por conta das instruções ilógicas de montagem e do acabamento duvidoso das peças. Depois de montada, a mesa ficou bem bonitinha mas... sinceramente... nunca mais acredito em "mesas de fácil montagem".

O problema já começou na hora em que abrí a caixa onde vinham as "peças de fácil montagem". Um dos tampos da mesa estava quebrado. Já pensando no trabalho que me daria para trocar aquela maldita chapa de madeira lamentavelmente partida, fui até a loja onde comprei a mesa e -- que surpresa -- eles trocaram a parte quebrada sem titubear. Talvez o problema seja normal, mas não posso deixar de ficar surpreso com o atendimento deles.

Depois, começa a longa aventura da montagem. Mais de uma vez as instruções faziam afirmações gráficas ilógicas (e, note, o manual de instruções era apenas gráfico). As chapas de compensado não possuíam os furos destinados aos parafusos, o que me forçava a enfiar os parafusos "no muque" (como dizia meu pai) para conseguir afixar as partes da mesa. Mais de uma vez fui forçado a desmanchar o que já tinha feito, pois as instruções me mandavam realizar os estágios da montagem em ordem absurda. Imagine, por exemplo, montar toda a mesa para depois ter que me enfiar por debaixo dela, entre o tampo e as fixações da base, para conseguir apertar as braçadeiras que afixam o tampo. É uma das coisas que eles queriam que eu fizesse. Conclui, então, que fui o felizardo comprador de um móvel feito especialmente para Homem Elástico.

Talvez os móveis das linhas mais luxuosas da Madesa sejam melhores, mais fáceis de montar e contenham material e instruções de montagem mais caprichosos. Mas a minha nova estante 9426 (me sentí em uma cena de Clube da Luta quando olhei para ela montada, igualzinha milhares de outras...) esconde, por trás de sua beleza funcional, um bocado de incompetência (da fábrica e deste montador que vos escreve) e descaso (só da fábrica, pois eu juro que fiz TUDO para montá-la da melhor forma possível).

E assim seguem os dias...

Nenhum comentário: