Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

domingo, 27 de abril de 2003

Era uma vez, na Escola São Carlos...

Escola São Carlos, um coleginho de freiras onde estudei do jardinzinho até a sétima série, onde muitas coisas bizarras acontecem... Aquele menino meio nerd, de pernas tortas e sem muitos amigos ganhou um presente novo. Não importa hoje qual era o presente; devia ser um boneco qualquer de um ninja ou alguma criatura feia, daquelas que crianças de 8, 9 anos adoram. O que importa é que estava muito feliz com o presente ganho, e o levou para a aula. Como de costume, de bom menino que ainda era, resolveu não brincar com o boneco na aula, enquanto vários de seus coleguinhas pensaram diferente e o pediam emprestado o tempo todo. O pobre menino nerd negou todos os pedidos, afinal não queria ter seu boneco tomado pela professora. Mas mesmo assim a cruel (e mal comida como todas as freiras, ou seriam todas as católicas?) Madre Assunta tomou seu brinquedo, alegando que estava atrapalhando a aula. Tudo bem até aí, embora o menino tenha ficado furioso. Mas quando na hora da saída a mesma madre alegou que não iria devolver o querido boneco hoje o jovem nerdzinho de pernas tortas se enfezou de verdade. Em meio a um grito estridente e desafinado de "FILHA DA PUTA!" ele avançou correndo sobre a assustada freira. Com uma mão segurou o boneco enquanto com o pé a empurrou para trás. A assustada freira bateu de costas contra a pilastra, e não pode se defender contra os outros chutes que vieram. Tudo foi muito rápido, e acabou quando a turma do "em-nome-de-Jesus-deixa-disso" separou a briga. A madre foi para casa com um pouco menos de certeza de que sua cara feia e seu jeito de brava assustava ainda alguém. O menino foi pra casa feliz com seu boneco e com toda a frustração de seus dias descarregada na pobre freira.
E foi assim que eu batí na madre Assunta do São Carlos. E toda e qualquer adição a essa história é apenas romantização...

Não percam o próximo capitulo de minha jornada em direção à excomunhão.
"O dia em que expulsei um padre de meu quarto na porrada".

That´s All, Folks...

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