Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sábado, 15 de janeiro de 2005

Quem precisa de fotolog?
(estou ficando cansado de ter meus posts engolidos pelo www.fotolog.net)



"...saí andando pela festa...
naquele momento, mesmo tendo parado de fumar há poucos dias, eu queria muito um cigarro.
não era por nada, ou por ninguém... eu apenas me sentia solitário.
eu podia entender o rumo das coisas, como elas rumam. nem precisava ruminar muito.
eu apenas me sentia solitário e queria um cigarro.

Me isolo de todos e vou andar por cantos escuros.
Penso sobre a solidão, o que é, o que não é? O que não somos...?
A solidão está sempre lá, pois ela é parte da nossa condição humana.
A gente se esconde dela, ou a esconde debaixo do tapete, ou de um, ou muitos, corpos.
Esconde ela debaixo de trabalho e estudos, projetos e promessas de amor. Mas a solidão é a
solidão, e ela está sempre lá para te lembrar que você nasceu sendo vc,
e é isso (e assim) que você vai morrer. talvez melhore um pouco...

A vida é cheia de encontros, mas no fim das contas é só você que está por trás de seus olhos fechados quando você se deita...
E é então que eu resolvo ir para casa. Não vou implorar à noite por esmolas de vida
roubada para disfarçar a minha solidão. Caminho sozinho para meu carro e dirijo sozinho para casa...
sozinho como eu sou de verdade. sozinho e silencioso, e sem dever nem pedir nada a ninguém.

De qualquer forma eu queria companhia... Ao menos para não ficar pensando em solidão e cigarros nesta noite.

mas somos quem somos e as coisas são como são.
É... (mas a vida é boa, de um jeito ou de outro)"

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