Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2005

fotolog faminto...
Mais um post que escapou de ser comido por meu perigoso fotolog faminto
que engole meus posts. Lá vai ele...




É preciso ter duende para se ser duende...

"Em espanhol, duende não se
refere apenas àqueles espíritos travessos que habitam
as casas, mas, aponta sobretudo para um encanto
interior difícil de explicar. Um poder misterioso que
habita em nós e que transforma qualquer ação banal em
uma aventura e faz o sangue correr mais rápido no
corpo. ?Os grandes artistas do sul da Espanha, diz o
poeta, sejam eles ciganos ou flamencos, quer eles
cantem, dancem ou toquem, sabem que não é possível
nenhuma emoção sem a presença de duende".

Este duende de que fala Garcia Lorca não nasce de
lugar nenhum fora de nós. Ele brota das nossas
entranhas e colore de vermelho as nossas vidas
apagadinhas. ?A chegada de duende pressupõe sempre uma
mudança radical em todas as formas e derruba por terra
os velhos hábitos. Ele chega com sensações de frescor
totalmente inéditas, com uma qualidade de rosa
recém-criada, de milagre, que chega a produzir um
entusiasmo quase religioso?.

Duende é pura paixão pela vida. O poeta continua: ?O
duende ama as fronteiras, as feridas, e se aproxima
dos lugares onde as formas se fundem em um anseio
superior a suas expressões visíveis?. Ter duende é ser
capaz de agarrar as oportunidades com os dentes. Ou,
como diria um outro pensador do século passado, Henry
Thoreau, ?Sugar o tutano do dia?. E brindar à vida,
com olhos úmidos e agradecidos.

Com duende, sim, todos os dias nos encontrarão ativos,
autênticos fazedores de sonhos."
(trecho de um adorável texto de Adília Belotti, enviado
para mim pela querida Cris Pires, amiga e conselheira)



Sejam felizes!


UPDATE:
O meu fotolog realmente parece criança!
Basta eu postar aqui dizendo que ele é malvado
e engole minhas fotos que ele resolve cuspí-las de volta.
E, mais uma vez, até que a foto e o texto estavam ajeitadinhos :)

Algum dia eu desisto, talvez. Até lá eu insisto :)

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