Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 9 de março de 2005

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela
pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não
interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que
fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que
me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só
sendo louco. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam
perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma
exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade
bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de
aprendizagem,mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que
não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e
sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que 'normalidade' é uma
ilusão imbecil e estéril."

(Dizem que foi Oscar Wilde que escreveu. Para mim só importa que tenha sido escrito. Texto copiado do blog da morganna)

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