Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Um pequeno grande deslize e um pedido de desculpas

Quem cantou a pedra foi o Gregório, em meu Orkut. Quando fui ver, ele tinha toda a razão. A peça jurídica que pedia a proibição do RPG Vampiro: a Máscara era datada de 2001 e já havia sido derrubada há muito tempo. Todo o meu estardalhaço, que na verdade não passa mesmo de um sussurro dentro do universo da blogosfera, que é também, no fundo, só um quintal dentro do multiverso de nosso mundo, foi um pouco despropositado. Mesmo que, cá entre nós, isso não tenha feito tanta diferença -- sou apenas um blogueiro e meu blogue nem é tão lido assim -- acredito que deva a meus leitores um pedido de desculpas. Quando recebi a dica do Hamithat, não me preocupei de checar a data do documento quando comecei a escrever.

Não há neste momento, até onde sei, nenhum projeto de lei proibindo qualquer RPG no Brasil. Quanto à proibição à venda do CS, pelo que ouvi falar do mesmo Hamithat ontem, parece que continua de pé. Mas, novamente, cá entre nós: quem é que compra o Counter-Strike hoje em dia? E se o faz, quem é que o compra em uma loja? Como sempre, os nossos fornecedores são do mercado paralelo que, como bem sabemos, anda um pouco à margem das boas ou absurdas leis.

Mas acima de tudo quero pedir desculpas pela minha miopia em relação ao que merece 6 horas de pesquisa e o que merece apenas uma citação divertida. Há coisas mais importantes sobre as quais falar do que a tentativa esdrúxula de proibição de um RPG ou de um jogo de computador. Acho melhor me concentrar em coisas mais importantes agora, ou então voltar para o meu videogame.

Quando a gente erra, se engana ou exagera, a única coisa digna que nos resta fazer é reconhecer o erro e pedir desculpas. Isso é bem mais do que a maioria da midia tradicional e dos políticos de plantão tem feito por aí.

Abraços do Verde.

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