Alguém, dos muitos que me fotografaram nos últimos dias, poderia fazer a bondade de me passar as fotos do meu novo cabelo? :)
Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.
terça-feira, 31 de janeiro de 2006
desde que vi esta imagem pela primeira vez, me apaixonei por ela.
não apenas por ser um dragão (e dragões tem um lugar muito especial em meu coração), mas também pela beleza das linhas e pela força implicada em seus traços.
agora descubro que ela é um dos grandes motivos da grande visitação do Alriada ultimamente.
certas imagens tem poder. esta é uma delas...
até o fim do semestre, eu acabo dando uma louca e tatuando ela. (talvez em uma versão ligeiramente modificada...)
UPDATE:
Aí vai a versão ligeiramente modificada para o Alriada Express...
Eu adorei. O que vocês acharam?
Morreu Nan June Paik
O pai da "videoarte" morreu anteontem em Miami.
Não parece com o avô das ciberesculturas do Dalton? :)
Já tenho meu candidato ao Oscar de filme estrangeiro...
Não que eu me importe com o Oscar, mas vai ser engraçado ver um filme BOM palestino ganhando o Oscar este ano.
Paradise Now é um filme que parece ser instigante. Fala de dois amigos de infância palestinos que são recrutados para realizar um bombardeio suicida. O IMDB está falando bem para caramba do filme. A Warner fez um lançamento entusiástico dele. Eu quero ver este filme... ONTEM!
P.S. foi uma grande alegria que a porcaria do "Dois Filhos de Francisco" não foi eleito candidata ao Oscar. Não chega a recuperar a imagem da Academia para mim, mas ao menos mostra que nem mesmo eles teriam tanto mal gosto.
"...sentado no parapeito da varanda, ele observava as pessoas vivendo suas vidas, indiferentes a ele, lá embaixo. Via o restropecto distorcido de sua vida nos metros que o separavam de seu fim. Olhou para as pernas dormentes, para o sol se pondo atrás do morro. Olhou para o mundo que iria deixar, respirou fundo, aquele era o momento. Entao sentiu saudades de ser feliz. Em um delgado segundo teve uma vontade marota, quase de menino mimado, de viver. Menino mimado que era, ele se permitia fazer todas as suas vontades... Enfiou a mão no bolso e sacou a caixa de remédios e a jogou lá embaixo. Enquanto observava a caixa se transformar em um pequeno ponto branco e preto antes de atingir o chão lá embaixo, deu-se conta que estava morrendo de fome. Foi para a cozinha. A melhor maneira de recomeçar a vida é comendo uma macarronada."
Aconteceu em uma época distante, em um lugar longe daqui... :)
Ele ainda está vivo.
milk-shake da alma
11:30 da noite, no volante do carro, morrendo de medo da chuva... entendi algumas coisas sobre a arte.
Há dias que eu não escrevo nada que eu considere ter valor artístico. De fato estes períodos de seca criativa tem sido bastante comuns em minha vida nos últimos meses. Meses? Eu disse meses? Eu acho que poderia dizer anos. Há alguns anos não me vejo escrevendo como me via antes. O que será que mudou?
Hoje, dirigindo na chuva, um pouco apavorado por não estar enxergando direito, pelo combustível que estava acabando, pelo cartão de crédito que já acabou (e não me permitia portanto colocar mais combustível), em suma, numa situação entre o desconforto absoluto e o pavor, eu entendi. Eu me acomodei!
Quando a gente se acomoda, quando descobre um jeitinho de viver fácil, sem se importar, sem se tocar, sem estar realmente presente, a gente morre enquanto artista. Sobre o que vamos escrever se a vida segue mansa e tranquila, sem sequer arranhar a superfície da alma... sem tocar de fato lá no fundo?
Anos atrás, quando era mais novo e tudo me assustava, eu estava mais acordado. Eu estava mais atento, prestava atenção nas coisas. Tudo era novidade e tinha um certo ar ameaçador. Confesso que bem depois do final da adolescência eu ainda era lá no fundo um garotinho assustado. Quando o garotinho assustado começou a desaparecer e deu lugar a uma tranquilidade indiferente, eu me acomodei. Quando parei de sentir medo e maravilha com a vida, não havia mais sobre o que escrever...
Sempre houve, sempre haverá incerteza, mas eu não sinto mais medo da incerteza. Sempre houve solidão e sempre houve boas surpresas, as pequenas belezas da vida. Não parei de enxergar as belezas, não parei de ser alcançado pelo sentir, pelo amor ou pela antecipação. Não parei de ficar triste nem de me sentir só. Mas de alguma forma nada disso parecia ser mais tão grande. Distanciado, dirigindo meu ser pela estrada da vida como quem dirige voltando para casa, como se o caminho fosse velho conhecido, eu parei simplesmente de me deixar REALMENTE tocar. Foi aí que, sem perceber, minha inspiração secou.
Não foi um processo rápido nem repentino nem definitivo. Muitas vezes ela voltou por alguns dias, me deixando cheio de idéias e coisas a dizer. Escrevi um pouco nestes tempos, mas a fonte sempre voltou a secar. Depois de um ou dois dias de vôo, eu sempre voltei a caminhar tranquilo e indiferente pela vida. Não é assim que vive um artista.
Sinto falta da emoção. Sinto falta de ser tão completa e profundamente movido pelos acontecimentos da vida que não me sobra outra coisa a fazer do que escrever a respeito. Antes, quando eu tinha medo, quando cada sentimento era gigantesco como uma tsunami e da mesma forma arrasava e fertilizava as praias da minha alma, eu sabia sobre o que escrever.
Hoje, chacoalhado pelo medo, arrancado da rotina de uma noite tranquila na frente do computador para buscar o Metal, o DP e o Uirá no Ministério para salvá-los da chuva, eu senti novamente algo que fazia sentido escrever a respeito. Quando fui sacudido para fora do meu conforto, conformidade e tédio auto-induzido, eu descobri de novo os sentimentos que me fazem escrever.
Uma frase ecoou na minha cabeça então. Talvez em outra ocasião eu achasse que é uma frase boba. Mas hoje à noite, investida de todo o sentimento que me preencheu, ela tomou uma força que a tornou incomumente sábia e poderosa:
"A Arte é um Milk-Shake de alma. Se não for bem chacoalhado e batido e misturado pela vida, não é bom o bastante."
quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
E o AINN, que há dois dias estava batendo em 300 mensagens só no mês de janeiro, agora já está quase batendo em 400 mensagens. Se continuar neste ritmo, a gente chega a 500...
Viva a mídia livre, horizontal e DIVERTIDA! :)
tem dias em que a gente não consegue acordar, mesmo tendo dormido bem.
tem dias em que a gente acorda tão elétrico que não consegue ficar sentado.
não sei em qual destes dois tipos de dias é mais difícil sentar e escrever um projeto.
só sei que há 2 dias estou TENTANDO escrever uns projetos, e até agora não consegui nem sequer ler o material no qual me basearei. Ê coisa! :)
UPDATE:
O dia todo se passou e eu continuo sem conseguir me concentrar. Já é a quarta vez que eu me sento tentando ler os benditos textos e acabo dispersando. Se eu resisto à tentação de fazer outra coisa, me dá vontade de ir ao banheiro. Se eu decido que só irei ao banheiro quando terminar de ler o texto, começo a suar de vontade de fumar...
tem algo dentro de mim que simplesmente se recusa a conseguir ler textos sobre cultura brasileira hoje...
Acordei hoje com um telemarketeiro da TIM me oferecendo um daqueles planos-super-ultra-plus da operadora, com um celular legal + muitos minutos para falar dentro e fora da cidade, do país e do planeta. Geralmente eu detesto telemarketeiros, mas tendo em vista minha briga com a VIVO, achei a oferta muito oportuna.
Então é isso. Tão logo eu fechar negócio com a TIM, me livro da VIVO (que ainda tem uma última oportunidade de me dar um celular muito bom de graça, se quiser manter o cliente) e mudo para a TIM. Mal vejo a hora de começar a tirar fotos legais com meu celular novo, numa operadora que ao menos até agora ainda não me sacaneou. :)
Além do mais, comprar um S-E k750 por 12x de 42 reais me pareceu bom o bastante. (esta porcariazinha tem uma câmera de 2megapixel embutida!)
Pequenas alegrias do mundo capitalista.
Não me privo dos prazeres, sabe como é, né? ;)
p.s. sim, eu me senti o menino do gravador ganhando o gravador...
quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
"...seria a perdição cair em braços novos? eu não tenho medo.
não sou conquista de ninguém e me maqueio como uma rainha... rainha essa que nunca serei...
nasci e por excelência sou superior... me porto displiscentemente... foda-se... me chupa."
ju, a rainha dos pântanos, voltou a escrever.
foda até não poder mais.
ahhh... e eu achei mais estes alguns posts interessantes...
Bagunça...
"os links quebrados são uma metáfora para as embalagens vazias de biscoitos e cigarros que fazem as vezes de decoração caótica em meu quarto. Promessas vazias de algo que não tem mais a oferecer."
(leia o post inteiro aqui)
Patinhos de Borracha...
"Uma maré de patinhos e outros brinquedos de borracha está para alcançar a costa da Nova Inglaterra, encerrando uma jornada de mais de uma década por três oceanos. Os patinhos, sapinhos, tartarugas e esquilos ?vazaram? de um navio de carga que viajava da China para Seattle, nos EUA, em 1992. Vinte e nove mil caíram no mar."
(leia o post inteiro aqui)
Morre Afonso Brazza... (muito curioso reler estes posts em tempos de cineastas chorões)
"Afonso Brazza tinha 48 anos, muito amor pelo cinema e uma enorme dignidade em filmar seus cômicos (e absolutamente amadores) filmes sem utilizar um centavo da grana de leis de incentivo ao cinema e correlatas. Como dizia Felisberto Bulcão, Brazza filmava por amor à sétima arte, sem faser pose de artista incompreendido e nem torturar seus espectadores com baboseiras pseudofilosóficas como fazem alguns diretores nacionais."
(leia aqui o post inteiro)
reposts aleatórios...
A partir de hoje, e para festejar os três-anos-e-tanto do Alriada Express, vou começar a fazer reposts aleatórios dos arquivos de 2002, 2003 e 2004 do blog. Os reposts aleatórios são assim: eu escolho mentalmente um mês e um dia, e então jogo uma moeda para cima. Se cair cara, eu jogo de novo. Se cair coroa, eu paro de jogar. O número de "caras" dado pela moeda antes da primeira coroa será o número do post daquele dia (o primeiro, o segundo, o terceiro...) que irei republicar. Vamos lá. Começaremos com o dia 20 de agosto de 2004 (e, sim, foi uma decisão aleatória. nem sei o que está escrito lá).
-=-
20 de agosto de 2004, 02:39:20 PM, o segundo post do dia.
"...As pessoas têm o direito de morar perto do riacho, e o riacho tem o dever de correr junto às pessoas. Tem o direito de celebrar, ou não, os seus aniversários. Tem o direito de amar e tomar conta de um gato (um gato não tem de amar o seu dono, mas em tempos de necessidade, requer-se que ele o ajude). Tem o direito de às vezes não saber se têm alguma obrigação. Tem o direito de morrer, mas não é um dever."
(segundo o Bicarato, que achou isso lá no blog da Rezinha, esse trecho faz parte da Constituição de Uzupio, que se auto-intitula uma republica independente da Lituânia.)
Ahh, se toda constituição fosse escrita também por poetas.
Seríamos mais felizes então?
Certamente seria no mínimo mais gostoso estudar direito constitucional :)
P.S. Quanto custa uma passagem para Uzupio?
Hoje me deu saudades de ir ao Parkshopping.
Percebi, contudo, que não me deu saudades apenas do Parkshopping. Tive saudades do Parkshopping onde eu andava com o Cão (um velho amigo) olhando, guloso, as menininhas das quais eu, weirdo-geek de carteirinha, ainda não sabia como me aproximar.
Sinto saudades do Parkshopping onde passeava com minha cunhada e minha sobrinha ainda em seu carrinho de bebê, aprendendo uma ou outra coisa sobre travesseiros ou roupas. Eu sinto saudades do Parkshopping com aquário, com o boliche Park Bowling cheirando a novo e a novidade.
Sinto saudades do Parkshopping com as duas importadoras onde eu comprava facas e miniaturas de carros. Nas últimas vezes que estive lá, o lugar não parecia ser o mesmo onde eu havia vivido todas estas histórias.
Este Parkshopping que eu sinto falta deve estar em algum lugar aqui dentro. Acho que eu estava visitando ele quando escrevi este post. A vida deixa marcas, amigos. Divirtam-se a cada momento, eles passam.
Para matar a onda de saudosismos da adolescência, acho que vou ao Landscape hoje para cantar um pouco...
(Para os não iniciados na cultura da cidade seca, Parkshopping foi o primeiro shopping com cara de shopping que grassou Brasília com sua presença verde e imponente. Foi o palco da adolescência de muitos, inclusive da minha)
p.s. a foto do teto do parkshopping, com ares anacrônicos das cores de foto de celular, é de César Cardoso (via flickr).
o menino, o gravador e o duende quântico...
uma reflexão/ensaio/egotrip duendesca numa tarde de quarta feira.
Fumando um cigarro com o DP e sentindo os últimos resquícios do cheirinho da chuva tímida que deu as caras por aqui hoje de tarde, vejo um menino de uns 10 anos andando por entre os carros e chorando. Pele escura, roupas e rosto meio sujos, uma eloquência no chorar que é própria dos grandes fingidos e das pessoas que estão realmente tristes.
Várias pessoas vão até ele perguntar o que está acontecendo. A maioria delas vai embora indignada depois de um ou dois minutos de conversa, algumas saem rindo. Como não gostamos de cara feia, esperamos uma das pessoas sorridentes passarem por nós e perguntamos por que chorava o menino.
"Ele queria um gravador de 120 reais que o camelô está vendendo alí ao lado da banca..."
Insólito e patentemente real, pois estava alí. Eu e DP nos pusemos a matutar sobre o que a sociedade de consumo faz com as pessoas. No fundo, contudo, havia outras perguntas dentro de mim: "para que será que ele quer um gravador? será pelo encanto de possuir um aparelho eletrônico, ou por ter tido algum volátil sonho do que fazer com ele? será que este poderia ser o momento em que o rumo da vida dele faria uma curva em direção a um futuro como um grande jornalista de causas sociais, ou será apenas um menino mimado que irá quebrar ou largar o gravador em breve?".
Curiosamente cheguei à conclusão de que todas as alternativas podem estar corretas, e possivelmente corretas ao mesmo tempo. O ser humano é uma criatura de infinitas possibilidades contraditórias. O mais interessante é que eu senti que não tinha nada a ver com isso, apaguei meu cigarro e fui embora.
Deveria ter dado a ele um bloquinho de papel e um lápis, só para o caso de que ele eventualmente quisesse mesmo algum dia ser jornalista. "Temos que começar por baixo", eu diria a ele. Provavelmente ele me mostraria o dedo médio.
A vida é engraçada e absurda...
terça-feira, 24 de janeiro de 2006
falando beeem devagar, talvez ele entenda.
foto de uma das faixas apresentadas pelos manifestantes do Movimento do Passe Livre em 13.1.2006.
Só tem uma coisa. Quantos já não foram os assassinos diretos ou indiretos, os pulhas, os idiotas, os crápulas e os filhos da puta que foram eleitos? Falem devagar, talvez ele entenda o que querem dizer, mas talvez não acredite em vocês...
Pq, aconteça o que acontecer (e acontecendo tudo que já aconteceu), elegeram o cara de novo e de novo ao longo da história.
Pq nenhum tribunal em Brasília tem a seriedade de enfrentar o cara, e seu eleitor em maior parte está preso num cabresto de favores/enganação/malcaratismo. Este eleitor não está nem aí para uns estudantes machucados ou mortos.
Pq ainda não há um bom motivo para acreditar que haja uma conexão direta entre os atos de uma pessoa e o resultado que ela obtem nas urnas....
Mas eu sou um otimista.
Quem sabe isto mude. ;)
p.s. a foto veio daqui
a vida é fluxo... passado, presente e futuro dançam em uma tapeçaria de cores e padrôes caleidoscópicos. só há uma forma, contudo, de realmente estar presente na vida. tem-se que estar presente, não agarrado ou trançado com o passado, nem ansioso pelo futuro, apenas presente. tem-se que estar agora, no lugar em que se está. de outra forma tudo fica confuso e a gente nunca entende o que está acontecendo. ou você vive, ou vc rememora. as duas coisas se chocam, e o resultado é o vazio ruim...
só existe um momento, e este momento é o agora.
o resto é apenas sonho.
viciados na mamadeira...
A recente barulheira feita por alguns artistas brasileiros a respeito do desmame ao qual estão sendo - muito justamente, diga-se de passagem - submetidos inspirou uma série de discussões. Junte as peças do chororô de poeta infeliz de Ferreira Gullar com as críticas magoadas de velhos (e, como diria o chato do Caetano, caretas) medalhões do cinema brasileiro, e você poderá encontrar um padrão: são todos velhos beneficiados pelo formato de "balcão de empréstimos" assumido pelo Ministério da Cultura do Brasil em seus primeiros anos, gente que era sempre premiada e bancada pelo governo para fazer seus filmes e trabalhos, em detrimento do novo produtor e do pessoal que não enchia de saliva os moles colhões da classe política dominante. Quando esta "nata" da cultura sente que pode perder as regalias, em um muito justo movimento de redistribuição das verbas e democratização das regras do jogo, é claro que aprontam um escarcel... afinal de contas, a lógica brasileira é a lógica de Macunaíma: quem não chora, não mama...
como eu já escrevi em alguns outros lugares...
O Brasil era, e ainda é, uma pátria de mamadores e desmamados. Quando um dos filhotões acostumados com a mama governamental percebe que tem mais gente chegando para mamar, ou que a mama há de secar, sempre há um esperneio, uma birra, uma gritaria. Tem gente mal acostumada demais neste lugar... gente que não tem nada, e já cansou de acreditar, e gente que tem mais do que devia e não está disposto a partilhar.
Só quem não sabe o que está acontecendo pode levar a sério esta birra toda.
Eu, que já fui filho (quase) único, e que então tive irmãos mais novos dividindo o espaço, sei muito bem como é o sentimento de não ser mais o receptor de toda a atenção e recursos da casa...
Algum dia nossa elite cresce, ou então aprende na marra a partilhar o que é de todos...
Se faltar pulso firme no governo e consciência dos direitos por parte daqueles que merecem ter mais, os mimados vão continuar mimados e, pior ainda, grandes demais para serem desafiados.
E tenho dito...
(este é um comentário deixado por mim em uma grupo de discussão, que virou post com o estímulo malemolente do Ruiz-artista-é-o-K...)
A AINN é só sucessuuu!
A Agência Imaginária de Notícias e Nonsense completa dois meses e meio (de fato, dois meses e 16 dias) e mostra a que veio, chegando a quase 290 mensagens até agora, só no mês de janeiro.
Algumas das melhores idéias que já tive surgiram quando eu estava sem ter nada melhor para fazer. É óbvio, a princípio, que seja assim. Quando vc tem uma grande idéia, geralmente não há nada melhor a fazer do que colocâ-la em prática, não é mesmo? Por outro lado, só quando mergulhamos no vazio do nada-para-fazer somos capazes de ouvir aquela voz que vem lá dos confins da QUALIDADE Pirsigiana e que nos diz o que é que está faltando no universo naquele momento (ó céus, devo estar soando fodidamente zen-amalucado, o que é um reflexo bem real daquilo que sou...). Em 8 de novembro de 2005 eu cheguei à conclusão de que o que estava faltando no universo (e o que eu poderia fazer para me divertir naquele momento) era criar um grupo de discussão sobre notícias. Surgiu o AINN.
O que soava para alguns, e talvez até para mim, como uma brincadeira de gonzo e opinionismo sobre os acontecimentos do mundo acabou se tornando um ambiente fértil de discussão de notícias. Com a ajuda dos sempre fiéis e opinionados companheiros de primeiro momento, e daqueles que entraram posteriormente, o AINN cresceu e ficou bonito. A descrição gonza, que em um momento de banal seriedade eu pensei em trocar, foi defendida com unhas e dentes pelos participantes. O tom da conversa, coisa de mesa de bar com pessoas inteligentes e sem o menor freio na língua (ou nos dedos), me apaixona cada dia mais. Qual não foi a minha alegria quando, no mesmo dia, o velho sapo Dpadua me parabenizou pelo andamento do AINN (bobagem, o AINN é coisa de todos nós!) e a doce Clarinha fez uma defesa de nossa comunidade no post do Bica sobre o NewsVine.
Cheguei à conclusão de que era ora de escrever sobre nosso filhote novamente. Mas tenho a impressão de que já gastei tantas linhas contando história que estou prestes a escrever um post longo demais. Para poupar vc, leitor, de minha verborragia apaixonada de criador-de-comunidade-coruja, vou ser bem sintético.
O AINN significa, hoje, para mim, um dos melhores experimentos de agregação de idéias e notícias em um suporte low-tech (um mero grupo de discussão do googlegroups) que eu conheço. Nem eu nem ninguém sabe onde onde a coisa irá parar, mas é divertido seguir em frente. Se vc ainda não conhece o AINN, vale a pena passar por lá e postar uma ou duas notícias, ler outras tantas, e ver no que dá. A maioria das pessoas que fez isso, acabou entrando para a família. :)
Abraços do Duende, e uma lambida molhada pra todos em nome do Espírito Redivivo do Ornitorrinco Bugalú, o de muitos cheiros...
segunda-feira, 23 de janeiro de 2006
das coisas que se manda para a lavanderia...
Hoje, juntando as minhas roupas em um enorme saco para um passeio até a lavanderia, me peguei pensando na quantidade de roupas (e sujeiras) estranhas com as quais eles se deparam. As minhas não devem ser, nem de longe, as piores. Fico pensando, contudo, quando foi que eu sujei aquela calça com giz de cera verde...
p.s. Santa Selma conseguiu lavar os encracados, fedentinos e terríveis TALHERES EM CONSERVA! Metal vai dar pulinhos de alegria quando acordar. ;)
And we'll walk down the avenue again
And we'll sing all the songs from way back when
And we'll walk down the avenue again and the healing has begun
And we'll walk down the avenue in style
And we'll walk down the avenue and we'll smile
And we'll say baby ain't it all worthwhile when the healing has begun
I want you to put on your pretty summer dress
You can wear your easter bonnet and all the rest
And I wanna make love to you yes, yes, yes when the healing has begun
When you hear the music ringin' in your soul
And you feel it in your heart and it grows and grows
And it comes from the backstreet rock & roll and the healing has begun
I want you to put on your pretty summer dress
You can wear your easter bonnet and all the rest
And I wanna make love to you yes, yes, yes and the healing has begun
We're gonna make music underneath the stars
We're gonna play to the violin and the two guitars
We're gonna sit there and play for hours and hours when the healing has begun
Spoken: wait a minute, listen, listen,
I didn't know you stayed up so late.
I just got home from a gig and I saw
You standing on the street.
Just let me move on up to this window-sill a lot yeah, I got some sherry.
You want a drop of port.
Let's move behind this door here.
Let's move on up behind this letter-box behind this door.
Let's go in your front room,
Let's play this muddy waters record you got there,
If you just open up a little bit
And let me ease on in this backstreet jellyroll....
We're gonna stay out all night long
And then we're gonna go out and roam across the field
Baby you know how I feel when the healing has begun
When the healing, when the healing
We're gonna stay out all night long
We're gonna dance to the rock & roll
When the healing when the healing has begun
Baby just let me ease on a little bit, dig this backstreet jellyroll...
(And the Healing has Begun, Van Morrison)
Van Morrison me faz ter saudades de um lugar onde nunca estive.
Este cara ainda vai me fazer arrumar as malas e ir embora para a Irlanda...
Meu mapa astral fala de viagens.
Esta seria uma das boas. :)
"Duirt me leat go raibh me breoite"
("eu te disse que eu estava mal", em gaélico)
Epitáfio de Spike Milligan, comediante irlandês,
considerado em uma votação promovida pela BBC
como "o cara mais engraçado dos últimos 1000 anos"
Milligan foi o inspirador de grupos como o Monthy Python
e um dos responsáveis pela eternização do humor negro
ranzinza brito-irlandês.
Spike Milligan é um de meus heróis. :)
p.s. aqui tem um site em tributo ao cara.
p.p.s. quer saber pq eu gosto tanto do cara? leia algumas citações dele.
p.p.p.s. ok, eu confesso. eu acabei de conhecer o trabalho dele, mas foi paixão à primeira vista. eu inclusive já prometi me casar com ele. ao menos ele deve estar magrinho do jeito que eu gosto... :)
Ecoando o Bicarato-ato-ato...
ecoando dois grandes posts do Bicarato.
"por muito que certos países tenham ficado riquíssimos, seus habitantes não são hoje mais felizes do que eram seus pais ou avós. É o caso do Reino Unido: está vivendo o mais longo período de crescimento econômico desde 1701 (sim, 1701), mas "pesquisas aleatórias com cidadãos britânicos relatam o mesmo grau de bem-estar psicológico e satisfação com suas vidas que tinham seus pais e avós (mais pobres)".
Pior ainda é nos Estados Unidos: "Embora o nível real de renda tenha se multiplicado por seis, a taxa de suicídios per capita é a mesma do ano 1900"."
(Felicidade Nacional Bruta, 21.1.06)
"Na semana de 11 de janeiro deste ano a revista Veja publicou uma matéria intitulada "A solução é derrubar", assinada pela repórter Camila Antunes, defendendo o processo de higienização em curso no centro de São Paulo. "A ruína do centro paulistano é tamanha que só há uma maneira de resolver o problema: a demolição pura e simples de boa parte dele", afirma a repórter. Ela se refere à desapropriação e demolição de 750 imóveis que ocupam uma área de 105 mil m2 (15 quarteirões) do bairro da Luz, região central de São Paulo, ignorando que ali moram pessoas.
Classificando genericamente todos os moradores e as moradoras destes imóveis como "traficantes, viciados, prostitutas e ladrões", entendendo estes como sub-humanos, a repórter afirma com toda a tranquilidade: "Como não tem dinheiro em caixa para tocar a idéia, a prefeitura paulistana recorreu a uma peculiar engenharia financeira para reformar o centro. As desapropriações só serão pagas depois que o dinheiro arrecadado com a venda dos terrenos entrar no caixa municipal. Ou seja, depois que os atuais ocupantes [leia-se moradores, legalmente, entre proprietários e locatários] dos imóveis já estiverem na rua"."
(Eu não assino a veja, 21.1.06, ecoando matéria do CMI)
A América do Sul empossa seus Reis Plebeus...
quando vi a foto de Evo Morales envergando as vestes de um lider pré-Inca, dias antes de sua posse (que rolou hoje), eu senti que alguma coisa está mudando...
Era o ano de 2002, e mais da metade do Brasil não acreditava que alguém como o Lula pudesse chegar até a Presidência da República. No final do mesmo ano, o nosso atual presidente comemorou sua eleição e foi aclamado logo depois, no primeiro dia de 2003, como um "Rei do Povo". Muitos tinham esperanças de que ele era algo como que um enviado dos céus para mudar os rumos do país. Outros, mais moderados, sabiam apenas que alguma coisa havia mudado, e resolveram esperar para ver. Hoje, depois de um rosário de decepções e escândalos, a popularidade de nosso "Rei Plebeu" volta a subir. O pior já passou. Agora é hora de nosso presidente mostrar o culhão e a sagacidade que não mostrou ao longo dos outros quatro anos de governo.
A subida de Evo Morales, novo presidente da Bolívia, de sua pequena cidade até a cadeira de presidente passou por caminhos semelhantes. A origem humilde, a representação natural de classes desprotegidas e relegadas à miséria em um país desigual, falido, pilhado pelos interesses particulares de seus "donos" nacionais e internacionais. A posse de Evo Morales foi igualmente cercada de alegria e festejo das classes que o elegeram. O povo cantava nas ruas, dançava, chorava, festejava como quem sabe que alcançou uma vitória inédita. Evo tem agora a chance que nosso presidente também teve, a de ser um "salvador" de seu país. O povo está com ele, e desconfio que os velhos deuses também.
Mas as coisas não são tão simples assim. As armadilhas do caminho são muitas, o trabalho que ele (e também o nosso Lula) tem pela frente é sempre gigantesco e é quase garantido que o caminho terá altos e baixos. Nosso presidente não fracassou, embora tenha vacilado, tropeçado e por fim seguido em frente. Evo também pode tropeçar, como acredito que eventualmente vá acontecer, mas espero que também tenha a vontade e sabedoria para seguir em frente. O trabalho de nossos "Reis Plebeus" é grande, e já é difícil o bastante sem a urucubaca dos homens e mulheres de pouca fé.
Não há salvadores nem heróis divinos no negócio da gestão do Estado. Não há fórmulas mágicas, embora um ou outro milagre possam vir a acontecer. Nada muda do dia para noite, e o inimigo faminto espreita a todo tempo. Desejo boa sorte ao nosso presidente, e ao recém empossado Evo.
Que os Deuses abençoem os nossos Reis Plebeus.
p.s. "Morte aos Gringos" é algo muito forte, mas bem que eles poderiam devolver a seus donos aquilo que não os pertence, nem deveria pertencer. Nossa riqueza e nossa soberania...
p.p.s. leia mais: link1 e link2
p.p.p.s. (NOVO) Por cortesia do copoanheiro Bicarato, aqui está o discurso do presidente Evo Morales frente ao Congresso Boliviano.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2006
terça-feira, 17 de janeiro de 2006
As maravilhas de nosso mundo estranho...
coisas interessantes demais para deixar passar, mesmo estando com tanta preguiça de escrever posts nesta terça feira bahiana. ;)
- Nuvem de poeira pode tragar a Terra
"Os astrônomos a apelidaram de "Nuvem do Caos" porque ela dissolve tudo o que encontra em seu caminho incluindo cometas, asteróides, planetas e estrelas inteiras. Sua direção é a Terra. A notícia foi publicada no site do tablóide norte-americano "Weekly World News" com a seguinte manchete: "O mundo tem o direito de saber!"."
(alguém se lembra do fim do calendário maia e do kali yuga? e alguém mais se lembra do QUÊ é o Weelky World News? leia mais) :)
- Nativos e Imigrantes Digitais, no Alfarrábio do Bicarato
- "jamendo is a new model for artists to promote, publish, and be paid for their music.
On jamendo, the artists distribute their music under Creative Commons licenses. In a nutshell, they allow you to download, remix and share their music freely. It's a "Some rights reserved" agreement, perfectly suited for the new century.
These new rules make jamendo able to use the new powerful means of digital distribution like Peer-to-Peer networks such as BitTorrent or eMule to legally distribute albums at near-zero cost."
(conheça o Jamendo)
segunda-feira, 16 de janeiro de 2006
domingo, 15 de janeiro de 2006
Nada como fazer aquilo que se está afim,
mesmo que soe meio maluco para os outros,
mesmo que seja contra o maldito "bom senso",
mesmo que só você entenda por quê está fazendo aquilo...
Nada nos dá maior sabor de ser livre e dono da própria vida
do que fazer aquilo que quer, aquilo que é seu de fazer.
Assim também é bem mais divertido! :)
8:20 da manhã.
Sentado em uma sala do Objetivo com a prova do concurso para a Câmara Legislativa olhando para mim da mesinha cheia de furos. Fecho os olhos, tento me concentrar e arranjar paciência para fazer aquela prova. Lá dentro, em algum lugar, sinto... ouço... vejo que estou rindo da minha própria cara.
Que diabos eu estava fazendo ali? Eu não quero aquele emprego. Não quero fazer o que não gosto, e não vou fazer isso por dinheiro nenhum. Eu nem sequer respeito o governo, os legisladores, a própria noção de hierarquia vigente. Eu acho tudo isso um saco. Que diabos eu estava fazendo ali, afinal?
Peguei a prova, entreguei e saí dando gargalhadas, me sentindo livre como não me sentia há tempos.
Fodam-se os empregos entediantes e todas as merdinhas sofisticadas desta sociedade.
Eu não sou desse mundo não. Minha praia é outra... :)
p.s. tive muita pena daqueles Daniéis sentados, compenetrados, fazendo a prova. Tentei não pensar nisso, mas todos eles pareciam combalidos, derrotados, tristes... ratos numa gaiola. Pelo Grande Todo... se os candidatos são assim, nem quero imaginar quem são os aprovados... ;)
sexta-feira, 13 de janeiro de 2006
aprenda a escrever (mais ou menos) seu nome em élfico tolkeniano em 10 minutos...
Meu reencontro com o Sindárin (e, ora bolas, com o Qenya) foi, como era de se esperar, carinhoso. Voltei a praticar minha caligrafia de Sindárin. Acho que em um mês estarei escrevendo fluentemente de novo...
Write your name in elvish in 10 minutes.
Tattoo your name in elvish.
Mais uma dica fantástica do Bicarato.
Valeu mesmo, cara!
There's always something
You won't dare to say
Your good intentions
Are boring take me away
If it keeps you sane, then it's okay
If I played it safe, would it save me?
I'd like to get some rest now
If I could just ignore the truth
Scratching at the window
This time I've got to make a move
Ego obliteration
Stand back and watch me melt away
Dissolve all recognition
I've got to burn this weight out of my mind
Running through my veins until I disappear
This feeling is over
This feeling is over me
Climbing up the wall
Going to creep between the cracks
Get out of my skull
Tie the rope around my neck
Destroy all emotion
Going to rip me face to shreds
Cut my eyeballs open
I've got to burn this wait out of my mind
Running through my veins until I disappear
This feeling is over
This feeling is over me...
(Anathema, Underworld)
esta é uma dança conhecida.
uma música velha conhecida,
uma velha conhecida
muito, muito familiar...
é quase família para mim.
desta vez eu vou dançar
até o meu pé sangrar...
quinta-feira, 12 de janeiro de 2006
A Origem das Espécies Imaginárias
Depois de cinco horas de trabalho, consegui parir um texto bem legal, uma palestra, pela voz de Sir Roderick Lee-Corak (um pesquisador Pooka), sobre os sonhos que originaram os diferentes tipos de Changelings em Changeling: o Sonhar.
"No princípio, quando tanto a humanidade quanto nós, os Sonhos, estávamos
surgindo e começando a brincar com nossos dedinhos, não havia distinção
entre o mundo dos sonhos e o mundo físico. Tudo aquilo que se sonhava, ou
que se acreditava, de certa forma era real. Tão real quanto nós, eu diria.
Eu sou real e você também, eu posso provar isso. Acreditem na minha palavra.
Pooka nunca mentem!"
"De qualquer forma, como eu estava dizendo, os sonhos primitivos lançaram no
Sonhar uma semente que é a origem de todos nós. Nas noites frias, muito
frias, daqueles tempos. Antes do domínio do fogo e do ambiente, o homem (e a
mulher também, claro) primitivo se encolhia em sua caverna e passava a noite
desperto entre assobios, chiados, sussurros e gritos na completa escuridão.
Neste ambiente, cansado, assustado e rachando de frio, o homem pensava em
coisas terríveis que viriam da escuridão para devorá-lo. Será uma grande
surpresa para vocês se eu disser que este é o ancestral dos Redcaps? Puxa...
eu queria fazer uma surpresa, mas aquele menino ali estava mastigando o
braço da cadeira e eu fiquei tenso. Ei! Tirem ele dali! Temos que devolver
este auditório razoavelmente intacto no final!
Não me admira que os Redcap tenham nascido de sonhos tão terríveis. Eles são
um pesadelo de vez em quando. E não me olhem assim, seus bocudos. Eu sei
voar, vocês não!" :)
Quer ler o texto na íntegra?
aqui está o link para o texto na comunidade Changeling-Brasil
quarta-feira, 11 de janeiro de 2006
Dpadua (o Pongo), Duende (o Dudu) e Tico (o... Tico)
no Reveillon, cheios de alegria e vinho. :)
as fotos do reveillon estão sendo postadas aos poucos, lá no meu flickr...
consequências
surge mais um conto na minha cabeça enquanto eu comprava cigarro...
"A gente gosta de ser louco, fazer o que quer...
É legal se achar muito foda, muito livre, pra fazer o que der na cabeça. Não que eu seja diferente de você nisso.
O lance é que um dia a gente entende o que quer dizer a palavra "consequências"..."
(primeiras palavras de meu novo conto, Consequências")
Um professor de filosofia entra na sala de aula, põe a cadeira em cima da mesa e escreve no quadro:
- Provem-me, por escrito, que esta cadeira não existe.
Apressadamente, os alunos começam a escrever longas dissertações sobre o assunto.
Um dos alunos, ao contrário, escreve apenas duas palavras numa folha de papel e entrega-a ao professor:
"Que cadeira?"
(enviado pelo Bicarato para o AINN)
...Andando como um guapo Clurichaun no velho feudo, vinho em uma mão, o mundo na outra. Olhos cheios de estrelas sob o céu nublado. Promessas de céus estrelados, promessas de água. Cortaram as velhas árvores. Chorei pelas velhas árvores. A vida continua dançando...
Eu danço com a raposa.
Aprendi a dançar. :)
domingo, 8 de janeiro de 2006
sábado, 7 de janeiro de 2006
Have to toe the line, I've got to make the most
Spent all the years going, from pillar to post
Now I'm standing on the outside and I'm waitin' in the rain
Tell me why must I always explain
Bared my soul to the crowd eh but oh what the cost
Most of them laughed out loud like nothing's been lost
There were hypocrites and parasites and people that drain
Tell me why must I always explain
Why, why must I always explain
Over and over, over again
It's just a job you know and it's no sweet lorraine
Tell me why must I always explain (alright)
Well I get up in the morning and I get my brief
I go out and stare at the world in complete disbelief
It's not righteous indignation that makes me complain
It's the fact that I always have to explain
I can't be everywhere at once, there's always somebody to see
And I never turned out to be the person that you wanted me to be
And I tell you who I am, time and time and time again
Tell me why must I always explain
Well it's out on the highway and it's on with the show
Always telling people things they're too lazy to know
It can make you crazy, yeah it can drive you insane
Tell me why must I always explain...
(why must i always explain, Van Morrison)
donnie...
Under blue moon I saw you
So soon you'll take me
Up in your arms
Too late to beg you or cancel it
Though I know it must be the killing time
Unwillingly mine
Fate
Up against your will
Through the thick and thin
He will wait until
You give yourself to him
In starlit nights I saw you
So cruelly you kissed me
Your lips a magic world
Your sky all hung with jewels
The killing moon
Will come too soon...
darko...
A essência das pessoas-sonho...
pensamentos sobre Changeling: o Sonhar.
"Changeling: o Sonhar é um jogo sobre imaginação. Sobre o poder da imaginação e as histórias vividas dentro desta mesma. Não deixa de ser um jogo sobre delírios, e é certamente um jogo sobre sonhos. Ele fala de alegria e beleza, mas também fala do horror da imaginação que adoece e dos terríveis sinais de que a imaginação está morrendo. É um jogo sobre a luta contra a perda da inocência, da criança interior, da beleza e da nobreza. É também um jogo sobre criatividade e possibilidades, e sobre o conflito entre a imaginação e o mundo cotidiano. Mais do que uma bela metáfora, é um universo simbólico riquíssimo."
(extraído de um post meu na comunidade Changeling-Brasil)
sexta-feira, 6 de janeiro de 2006
O bom copoanheiro Bica, que ainda não viu o filme, fez um bom post sobre ele. Dá uma olhada.
No post do Bica há inclusive um texto que parece ser um extrato das idéias do filme e o endereço de onde se baixa o filme e as legendas para o mesmo.
Sejam felizes criando seus universos. :)
UPDATE:
Vai sair o Director's Cut do filme.
Clique aqui para ver o Trailer, ou aqui para ir na página do pessoal do Bleep.
UPDATE 2.
E eu acabei de me lembrar de onde me lembro do Fred Alan Wolf, que aparece no What the Bleep...
Ele é o cara que escreveu Espaço, Tempo e Além (ed. Cultrix), o livro que me introduziu à física quântica nos idos de 1985. Dizem que ele está com um livro novo na mesma linha, chamado "Espaço Tempo e MAIS Além". Quero ver se compro os dois. Rever o Wolf em "What the Bleep..." teve uma sensação de "buraco de minhoca" para mim...
ops... :)
quinta-feira, 5 de janeiro de 2006
06/01/2006 - SEXTA, @ LANDSCAPE PUB
"ANIVERSÁRIO DE DAVID BOWIE"
DJ's: Willy, Orpheus e Boscox
A festa promete fazer um passeio por toda a sua carreira, do primeiro ao mais recente disco, além de tocar artistas que o influenciaram, foram influenciados ou o acompanharam durante cerca de quarenta anos de estrada. Isto, portanto, inclui glam/glitter rock, proto-punk e pós-punk, para quem gosta de rótulos.
Entrada: R$ 5,00 até 00.00h. depois disso, R$ 7,00
A festa começa não muito pontualmente partir das 23:00 h
No ano passado, no primeiro dia do ano eu descobri o Landscape.
Era ainda um bar deliciosamente estranho na 411 norte, com suas paredes roxas-esquisitas, pessoas coloridas ou preto e branco (também adoravelmente esquisitas, como eu) e com as portas de banheiro mais fodas da existência!
Hoje, depois de muita batalha (e do fechamento do Landscape original, por conta do incômodo causado a alguns cristãos, que, como cristão, estavam sendo bastante cri-cris com a vida alheia) ele está reaberto no Lago Norte.
Nessa festa eu vou.
É uma boa festa para começar o ano.
O mapinha para chegar lá fica na página do Landscape.
caitsidhe está vivo e seu cu solta raios gama
ou assim ele me disse.
o original está aqui.
eu tenho um gato quimérico.
ele acredita que é verde.
ele sabe que está vivo.
ele disse que seu cu solta raios gama.
quem sou eu para duvidar de gatos quiméricos alados?
p.s. o pássaro preto viu tudo, mas ele não vai contar para vocês.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2006
Times are a-changing
o que você vai fazer com o seu mundo?
(esta foto veio daqui)
terça-feira, 3 de janeiro de 2006
Hoje eu senti, novamente, que eu tenho um lugar no mundo.
Eu sou o Takezo e o monge Zen para os Musashis deste lugar.
Eu cuido dos guerreiros. Eu rio dos guerreiros. Eu faço com que eles lutem melhor,
por amor e pelo prazer de fazer o que é meu de fazer.
A vitória humana é a minha vitória.
Eu sou feliz com quem eu sou.
O dia de hoje é dedicado ao guerreiro da caçarolas.
Vença, guerreiro, e então lutaremos.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2006
"...torcida, retorcida, encurvada com os anos que não deveriam afetar os sonhos. Absynthia era pior do que uma sombra daquilo que havia sido. Ela havia se tornado a negação de sua própria essência. O êxtase deu lugar ao desespero, a dança desapareceu dos pés sujos de poeira e lodo. Dentro das salas esquecidas onde ninguém mais conseguia entrar (ela cuidou disso) ela vivia como um eco da alegria. Estava morrendo. Morrendo como a memória dos tempos bons. É o que acontece com os sonhos exterminados pela ganância e pelo medo da vida. Seus cabelos embolorados e desbotados, cheios de pedaços de teias de aranha que também foram embora. Nada mais vive ali. Nem mesmo as lembranças..."
trecho a mão livre de pensamentos sobre a fada do bar esquecido.
p.s. uma voz pequena lá no fundo fica repetindo "duendeeee... 50 é muito!"
domingo, 1 de janeiro de 2006
muitas vezes eu não consegui o que queria, e não fui feliz com o que tinha,
porque eu simplesmente não sabia o que eu queria nem enxergava o que tinha.
o prazer e a dor são forças de vida.
a apatia é uma pequena morte.
hoje eu já sei mais sobre o que quero,
e sei melhor sobre como chegar até lá.
é destas coisas que a vida precisa
para ter graça...