Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

Ecoando o Bicarato-ato-ato...
ecoando dois grandes posts do Bicarato.

"por muito que certos países tenham ficado riquíssimos, seus habitantes não são hoje mais felizes do que eram seus pais ou avós. É o caso do Reino Unido: está vivendo o mais longo período de crescimento econômico desde 1701 (sim, 1701), mas "pesquisas aleatórias com cidadãos britânicos relatam o mesmo grau de bem-estar psicológico e satisfação com suas vidas que tinham seus pais e avós (mais pobres)".

Pior ainda é nos Estados Unidos: "Embora o nível real de renda tenha se multiplicado por seis, a taxa de suicídios per capita é a mesma do ano 1900"."
(Felicidade Nacional Bruta, 21.1.06)


"Na semana de 11 de janeiro deste ano a revista Veja publicou uma matéria intitulada "A solução é derrubar", assinada pela repórter Camila Antunes, defendendo o processo de higienização em curso no centro de São Paulo. "A ruína do centro paulistano é tamanha que só há uma maneira de resolver o problema: a demolição pura e simples de boa parte dele", afirma a repórter. Ela se refere à desapropriação e demolição de 750 imóveis que ocupam uma área de 105 mil m2 (15 quarteirões) do bairro da Luz, região central de São Paulo, ignorando que ali moram pessoas.

Classificando genericamente todos os moradores e as moradoras destes imóveis como "traficantes, viciados, prostitutas e ladrões", entendendo estes como sub-humanos, a repórter afirma com toda a tranquilidade: "Como não tem dinheiro em caixa para tocar a idéia, a prefeitura paulistana recorreu a uma peculiar engenharia financeira para reformar o centro. As desapropriações só serão pagas depois que o dinheiro arrecadado com a venda dos terrenos entrar no caixa municipal. Ou seja, depois que os atuais ocupantes [leia-se moradores, legalmente, entre proprietários e locatários] dos imóveis já estiverem na rua"."
(Eu não assino a veja, 21.1.06, ecoando matéria do CMI)

Nenhum comentário: