e por falar em saber...
você sabia? (eu não...)
* Que a força aérea da Dinamarca indeniza os donos de animais que morrem de susto causado pela passagem de seus aviões?
* que tem quem critique a licença GPL por "liberar o criador de responsabilidade pelo produto"?
* que existe uma campanha de "mostre seus peitos na internet para lutar contra o câncer de mama"? e sabia que um monte de gente mostra mesmo?
* que você eventualmente precisa de programas para te proteger dos programas que te protegem das falhas dos programas que vc usa? e sabia que a Microsoft está querendo cobrar para resolver os problemas que ela mesmo causa?
Quem me contou foi o Google. :)
Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.
sexta-feira, 30 de setembro de 2005
quinta-feira, 29 de setembro de 2005
Lo dia internacional de hablarse portuñol
o CrisDias estava pensando em criar lo dia internacional de hablarse portuñol, em resposta ao "talk like a pirate day" dos falantes do inglês. A idéia é boa (embora eu tenha mais habilidade em falar como um pirata do que em falar portuñol, esta caliente língua miamesa, o que torna tudo mais engraçado).
Então fica assim. Vamos instituir "lo dia...".
Só discordo da data, a independência do Uruguay pode soar adequada, mas nada é tão adequado quanto o 30 de outubro (um dia antes do halloween, o dia de fingirmos que somos anglo-saxões). Então fica assim, podemos fazer nas duas datas, para reafimar duplamente nossa raiz cultural.
Dia 30 de outubro, habla como le gusta los hermanos de miamiii! :)
Os bancos estavam em greve, né?
Só agora que percebi.
E só agora também entendi o quanto podem ser inócuas estas "grandes paralizações" que o sindicato promove. Quase ninguém mais precisa ir a bancos. Quase ninguém mais que IMPORTA aos bancos, pelo menos.
Greve dos bancários só prejudica os clientes mais humildes, que tem que renegociar dívidas e pedir empréstimos para consertar o cano de água da cozinha (quando tem cozinha e água em casa, o que não é garantido...) ou pagar um remédio para o guri que está doente.
Alô velhos colegas...
Querem foder com o banco? Sabotem as contas dos clientes importantes. :)
É... é isso mesmo que você leu.
Segundo o organizador da turnê do Pearl Jam, se a proibição do uso do estádio do Pacaembu não for retirada a banda provavelmente se apresentará aqui em Brasília.
Se for, é claro que eu vou!
E eu até fico agradecido ao Serra por essa...
o que? se eu vou votar nele?
mas é claro que não!
não votava nele nem que ele mandasse o Jane's Addiction tocar no meu aniversário... :)
O José Serra que odiamos e amamos...
...em suas aventuras com a Geléia de Pérolas.
Os paulistas odeiam o José Serra quando:
"Os tão esperados shows da banda Pearl Jam em São Paulo podem ser cancelados. Segundo informa hoje a colunista da Folha Mônica Bergamo, a temporada não deve acontecer por causa da proibição, decretada pelo prefeito José Serra, de que o estádio do Pacaembu seja usado para shows."
Mas os mineiros e brasilienses até que gostam do carequinha retrógrado quando:
""Já tenho shows marcados em Porto Alegre, Curitiba e Rio. Caso o show não se realize em São Paulo, vou levar a banda para Belo Horizonte e Brasília, o que será lamentável para São Paulo", continuou Altério."
Dá-lhe Serra. Mostra o seu talento em fazer merda para o povo que te elegeu.
Nós brasilienses fãs do Pearl Jam, desta vez, agradecemos. :)
quarta-feira, 28 de setembro de 2005
Follow the leader...
A você achava que financiamentos promíscuos de campanha, corrupção e parlamentares renunciando envergonhados só existiam aqui? O povo do norte, chegado em ditar moda, resolveu seguir o nosso figurino. O Severino deles se chama DeLay, pode até acabar preso..."Republican leadership in disarray after DeLay indictment
Republican leadership in Congress was thrown into disarray on Wednesday after Tom DeLay, the second most powerful member of the House of Representatives, was forced to step aside to fight allegations of campaign finance irregularities. Mr DeLay, the House majority leader, is a central figure in the conservative movement, valued for his fundraising prowess, his ability to squeeze out victories on close votes, and his management of House schedules to protect his members from difficult votes. His indictment is a blow to President George W. Bush at a time when the White House is facing growing unrest in Congress.
"He's the one person they can't replace," Steny Hoyer, a senior Democrat in the House, said earlier this year of Mr DeLay.The tabular content relating to this article is not available to view. Apologies in advance for the inconvenience caused. Mr DeLay, 58, was charged by a Texas grand jury with one count of criminal conspiracy for an alleged violation of the state's campaign finance laws. He could face up to two years in jail if convicted.
Mr DeLay - nicknamed The Hammer for his enforcement of party discipline - said he would stand down temporarily from his leadership position, as party rules require, but showed no intention of giving up his seat in Congress..."
(leia o resto da matéria aqui. e não reclama da fonte, porra!)
Engraçado, não?
Tio Bush deve ter voltado a tomar seus remédios depois dessa... :)
terça-feira, 27 de setembro de 2005
o exemplo do Burundi
o novo presidente do Burundi (o Burundi é aqui), face à falta de grana do governo e as "absurdas" regalias dos membros deste, tomou um medida que é no mínimo muito razoável... Limitou a compra de carros do governo a carros populares (nada de Land Rovers mais, galera!) e ordenou que os carros já comprados fossem leiloados. Ai, que falta faz um Pierre Nkurunziza aqui no Brasil...
Say no to expensive cars.
By Patrick Nduwimana
BUJUMBURA (Reuters) - Burundi's president has told ministers to stop orders for luxury government vehicles in a drive to cut costs in a country where most survive on the equivalent of 25 U.S. cents a day.
All orders for luxury four-wheel drive Toyota Land Cruiser Prados are to be halted and those already bought will be sold at auction, government spokesman Karenga Ramadhani said Tuesday.
"One Prado consumes 118 litres of oil when it is full. Two full tanks is the equivalent of a minister's salary (325,000 francs or $313). This is useless spending," Ramadhani said.
"The decision aims to reduce government expenses and deal with fundamental needs of the population," he said."
(leia a matéria inteira aqui)
CINEMA STRANGE - s.t. (CD 2000)
(Sad Eyes-Trisol/Efa)
There was much to read about CINEMA STRANGE from the USA. Nearly every magazine featured them and a lot of people said, that this band saved the life of Gothic-Rock in times, when Metal bands like Cradle Of Filth or Pop bands like Him are named ?Gothic?. And yes, CINEMA STRANGE are really good. If London After Midnight is to commercial and Sex Gang Children are to uninspired these days, CINEMA STRANGE is the perfect link between these acts. Nearly all of the songs on this CD are great and a lot of them will be Gothic-Rock classics in the near future, I think. It´s strange, that an US-band plays a kind of Gothic-Rock, that is inspired a lot by the so called Batcave sound of the early and mid 80s, ´cos the US bands mostly have been influenced by Punk-Rock. Unfortunatly I did not have a chance to see CINEMA STRANGE live yet, but I guess, they offer a very good show and I hope, they will be more than a hype, like London After Midnight have been for a short time.
Beside Crüxshadows and Diva Destruction, CINEMA STRANGE is one the most promising bands from the USA at the moment. (A.P.)(retirado daqui)
"I drag my right arm through the sawdust... he hasn't opened his eyes in months. He was a small dog. He lost his hat and he never made a very convincing primate. I was painted red and silver. Now I'm lonely, lost my dollar, and my dog, he rots."
"There were children calling my name. They spat upon my paper shoes... I touched their ice cream. I sang through cardboard. I stared at shadows. I don't know who watched... perhaps they hate me. I was painted red and silver. Now I'm ugly, lost my flower, and I'm seeing spots."
(Red and Silver Fantastique - Cinema Strange)
Cinema Strange é música para malkavianos.
Adoro...
"meu desejo era tão sincero, e minha vontade tão honesta, que quase não se podia dizer que era uma perversão (...) quando você se esquece de que se tratava de um ser humano. Lembrar-me de que os outros tem também sentimentos, mesmo quando não estou interessado neles, nunca foi minha especialidade..."
(fragmento do "violeta no vaso", conto inacabado de Daniel Duende)
é uma história de perversão, sim.
perversão cotidiana, daquela que existe por aí, por trás das portas,
por trás dos sorrisos mais doces.
acontece por aí.
mas ninguém (se dá) conta.
há dias não escrevo quase nada. não importa.
mesmo quando eu não os via (não as percebia)
eu sabia que todas elas estavam alí, as histórias,
as personagens, as tecituras de sentido...
estavam todas elas alí em meu mundo interno,
no inverno seco dos dias sem dormir,
esperando a minha visita.
a violeta no vaso e o último canto do cisne,
a princesa com a maquiagem borrada e os suicidas apaixonados,
o último cravo e o bardo que saiu em busca de um deus...
estão todas ali... estão todas aqui.
eu sou as minhas histórias. de resto eu sou matéria,
e a matéria se desintegra no ar.
no fim, tudo que resta são as histórias.
nelas sou imortal, e ninguém pode provar o contrário.
assim é com os contadores de histórias.
segunda-feira, 26 de setembro de 2005
"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."
João Cabral de Melo Netopresente da LadyBug para os seus queridos.
Ducaralho!
sábado, 24 de setembro de 2005
A hora íntima
Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
Quem, dentre amigos, tão amigo
Para estar no caixão comigo?
Quem, em meio ao funeral
Dirá de mim: ? Nunca fez mal...
Quem, bêbedo, chorará em voz alta
De não me ter trazido nada?
Quem virá despetalar pétalas
No meu túmulo de poeta?
Quem jogará timidamente
Na terra um grão de semente?
Quem elevará o olhar covarde
Até a estrela da tarde?
Quem me dirá palavras mágicas
Capazes de empalidecer o mármore?
Quem, oculta em véus escuros
Se crucificará nos muros?
Quem, macerada de desgosto
Sorrirá: ? Rei morto, rei posto...
Quantas, debruçadas sobre o báratro
Sentirão as dores do parto?
Qual a que, branca de receio
Tocará o botão do seio?
Quem, louca, se jogará de bruços
A soluçar tantos soluços
Que há de despertar receios?
Quantos, os maxilares contraídos
O sangue a pulsar nas cicatrizes
Dirão: ? Foi um doido amigo...
Quem, criança, olhando a terra
Ao ver movimentar-se um verme
Observará um ar de critério?
Quem, em circunstância oficial
Há de propor meu pedestal?
Quais os que, vindos da montanha
Terão circunspecção tamanha
Que eu hei de rir branco de cal?
Qual a que, o rosto sulcado de vento
Lançará um punhado de sal
Na minha cova de cimento?
Quem cantará canções de amigo
No dia do meu funeral?
Qual a que não estará presente
Por motivo circunstancial?
Quem cravará no seio duro
Uma lâmina enferrujada?
Quem, em seu verbo inconsútil
Há de orar: ? Deus o tenha em sua guarda.
Qual o amigo que a sós consigo
Pensará: ? Não há de ser nada...
Quem será a estranha figura
A um tronco de árvore encostada
Com um olhar frio e um ar de dúvida?
Quem se abraçará comigo
Que terá de ser arrancada?
Quem vai pagar o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
in "Novos Poemas (II)"
in "Poesia completa e prosa: "Poesia varia""
É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
(Carlos Drummond de Andrade - O enterrado vivo)
sexta-feira, 23 de setembro de 2005
Ricardo Ruiz tá chique na Washington Bureau,
nesta matéria sobre a ascenção do Brasil como
uma potência da informática. A matéria é boa
(fala até dos pontos de cultura) e a foto do
Ruiz (acima) capturou bem o espírito do
trabalho do pessoal...
Boniiito de se ver.
gólgota.
gólgota era um lugar para se executar profetas(terroristas), ladrões e outros baixos criminosos. a cada dia que passa chego mais profundamente à conclusão de que Jesus era um cara legal. o grande filho da puta (que queime no inferno) era o tal do Saulo, que distorceu tudo que o nosso amigo disse...
como todo o ramo ocidental de seguidores de Jesus parece seguir os escritos do (filho da puta, desgraçado e escorpiano) Saulo, então já dá para imaginar o que penso das religiões cristãs, não é?
fim de papo.
estava aqui pensando...
se eu morasse na Inglaterra, a esta hora já estaria provavelmente morto. se eles estão prendendo (ou em alguns casos, matando) qualquer pessoa que age de modo estranho, eu seria provavelmente uma das primeiras vítimas com minha mania de andar erráticamente por aí.
Eu te amo meu Brasil, eu te amo...
(mas que dá vontade de me mandar pra Irlanda de vez em quando... ah, se dá!)
todo mundo é ignorante, só mudam os assuntos.
mas a ignorância alheia sobre os assuntos que entendemos ao menos um pouco tende a soar como estupidez. eu tenho pouca paciência para o que me parece ser estupidez...
a propósito, eu também odeio a Microsoft por fazer, SEMPRE, a coisa errada.
ok. eu preciso sair para dançar hoje.
Já que o Ariel levantou de novo a discussão...
O Al-Qaeda não assumiu a responsabilidade pelos furacões que atingem o sul dos Estados Unidos. Dizem eles "é apenas a vontade de Alá".
Enquanto isso os americanos tem seus dias de curdos. Aquele lugar virou uma zona total. Quem sabe assim eles aprendem um pouco de humildade (como a polícia inglesa, depois do micão do assassinato do Jean).
direto do wikiHow:
(via meu personal google)
How to Remix
bonito! :)
Agenda do Landscape desta semana
o melhor lugar para dançar em Brasília vai ter duas festas fodonas neste final de semana. O endereço da página do Landscape é http://home.yawl.com.br/hp/landscapepub/
23/09/2005 - SEXTA
LOST IN TRANSLATION? A FESTA !
(indie, trash, rock n´ roll, 60, 70,80, 90, 00)
duvidos@s
No Lounge, um espaço para poder curtir um som e conversar, teremos DJ Sinistra, Indelével e Convidados, colocando um pouco de tudo, privilegiando o ambiente.
A festa, que começa as 23:33, será no Landscape Pub, e por esta vez, os ingressos
estão só a R$ 6 durante toda a noite . . . até esgotar, aproveita a promoção !
24/09/2005 - SÁBADO
"NO BALCÃO DO LANDSCAPE"
Dj's: DannyBoy, Montana e Fábio POP
Entrada: R$ 5,00 até 00:00h, após R$ 7,00
A partir das 23:00 h
Informações: 99697622
Para chegar no Landscape, decore o mapinha abaixo.
(para os esquecidos, vale imprimir...)
Estarei lá.
uma idéia é apenas uma idéia.
uma junção de sentidos, significados, que tecemos em segundos.
uma idéia contada a alguém é uma possibilidade.
pode adicionar àquilo que o outro já tem, e enriquecer suas idéias.
uma idéia contada a um grupo é uma possibilidade potencializada.
há muitos universos sensíveis a se modificar.
uma idéia colocada em um grupo na hora certa é uma semente
que pode fazer germinar um jardim de idéias
uma idéia realizada
é o que dá importância a tudo isso.
quinta-feira, 22 de setembro de 2005
"...There was a beauty living on the edge of town
And she always put the top up and the hammer down
And she taught me everything I'll ever know
About the mystery and the muscle of love
The stars would glimmer and the moon would glow
I'm in the back seat with my Julie like a Romeo
And the signs along the highway all said,
Caution! Kids At Play!
Those were the rights of spring and we did everything
There was salvation every night
We got our dreams reborn and our upholstery torn
But everything we tried was right
She used her body just like a bandage,
She used my body just like a wound
I'll probably never know where she disappeared
But I can see her rising up out of the back seat now
Just like an angel rising up from a tomb
But it was long ago and it was far away,
Oh God it seems so very far
And if life is just a highway,
Then the soul is just a car
And objects in the rear view mirror
May appear closer than they are..."
poetas são pastores de ilusões.
ilusões mordem, quando não se sabe cuidar delas...
" I'm singin' in the rain.
Just singin' in the rain.
What a glorious feeling
I'm happy again.
I'm laughing at clouds
So dark up above.
The sun's in my heart
And i'm ready for love.
Let the stormy clouds chase
Everyone from the place.
Come on with the rain
I've a smile on my face.
I walk down the lane
With a happy refrain.
I'm singin'
Just singin' in the rain
I'm dancin' and singin' in the rain... "
E então a chuva, muito esperada,
a mágica chuva que traz de volta a vida
ao cerrado e ao meu espírito, chegou.
Por nada, ou por tudo, pela chuva
e pelo ar fresco e o cheiro de terra
e pelas novas ondas de vida sendo trazidas
pelos espíritos do vento leste...
Por tudo isso eu estou cantando na chuva.
Bem vindos à primavera em Brasília.
e lá vai novamente o bondão do duende levar pessoas ao aeroporto...
de manhã foi o bicarato,
agora é o metal...
o pior é que eu me divirto. :)
blogs como terapia
aproveitando a descoberta um tanto óbvia da AOL, de que a maioria dos blogueiros escreve sobre as próprias vidas e os próprios problemas muito mais do que sobre as questões coletivas e mundiais, aqui vão meus two-cents a respeito do assunto...
Eu não tinha nada para fazer naquela madrugada de 19 para 20 de abril de 2002. Tinha saído no dia anterior, tomado umas cervejas com uns amigos, e estava ainda meio de ressaca. Dando uma rodada na internet, de saco cheio de conversar no mIRC e sem nenhuma página interessante para ver, resolvi visitar o tal "blog" de uma amiga. Achei interessante o que ela fazia, escrevendo textos bem humorados comentando sobre coisas da vida dela. Situações nas quais eu por vezes estava presente, ou ao menos já havia ouvido falar (posto que Brasília era, é e provavelmente sempre será a maior cidadezinha de interior de todo o Brasil). Repentinamente me deu vontade de fazer um blog, e foi isso que eu fiz.
Não foi o poder de comunicação dos blogs, ou a integração humana representada pela blogosfera, ou a oportunidade de dar a minha versão sobre quaisquer fatos que me motivou a fazer um blog. Foi, antes de mais nada, a oportunidade de falar o que bem quisesse, mesmo que fosse besteira, a respeito de minha vida e da vida de meus amigos em um ambiente público. Foi um misto de vaidade e de tesão de escritor desocupado. E então, assim, nasceu o Alriada Express.
Depois disso, rodando pela blogosfera e conhecendo mais e mais blogues, eu fui começando a entender o poder que estes adoráveis negocinhos possuem. Comecei entender a blogosfera, as dinâmicas das conversas (e das linkadas) que vão acontecendo entre os blogs. Testemunhei a explosão de blogues entre os jornalistas, entre os geeks, entre as adolescentes secundaristas (que era, por um bom tempo, meu segmento predileto de blogueiras por motivos que não preciso citar) e entre tantos outros grupos. Em algum tempo eu vi que quase todo o mundo à minha volta estava blogando. Alguns, como o meu irmão, começaram a escrever blogs bastante orientados. Outros usavam seus blogs como ferramenta política, ou de formação de opinião. Havia os blogs temáticos sobre jogos, sobre poesia (como o blogue de nosso querido ciborgue metal, cujo link acabei de perceber não estar funcionando), sobre várias coisas. A maioria continuou sendo, entretanto, de blogs que eram por excelência sobre as próprias vidas dos blogueiros.
E isso não é pouco, nem é nem por um segundo uma coisa menor. Falar sobre a própria vida, e fazer isso com clareza e sobretudo com bom humor e classe, é uma habilidade muito preciosa em um ser humano. Falar sobre seus problemas, mesmo sem clareza ou classe, já é um grande passo para aprender a lidar com eles. Por vezes é uma literatura sem interesse geral (por que diabos me interessaria sobre a vida de uma punkzinha do Rio Grande do Sul, se nem a conheço?), mas que pode ser preciosa não só como uma janela para a alma do blogueiro, mas também como uma forma de representação social deste. Foi então que comecei a desenvolver as minhas primeiras teorias sobre "blogs como representações eletrônicas dos indivíduos" (e infelizmente não consegui guardar nenhum texto sobre isso para mostrar), e a cada dia elas se confirmam mais e mais.
Blogar é um ato libertário, não interessa se vc está blogando sobre a situação política do seu país, as movimentações da indústria de conteúdo cultural dos EUA, sobre os livros e autores que te marcaram ou sobre como você se divertiu na última festa em que você foi. É um ato de libertade de expressão, onde você tem uma ferramenta onde pode publicar o que quiser dizer - qualquer coisa - e ser lido por quem se interessar. Com a indexação dos blogs no Google e outros mecanismos de busca, até mesmo pessoas que nunca ouviram falar de você podem eventualmente vir parar em seu blog e descobrir que há alguém que pensa como eles, ou ao menos que pensa de uma forma que os interessa (ou mesmo os causa repulsa, o que é também interessante...).
Como ciber-cara assumido que sou, assumo de bom grado a influência que a internet teve na minha vida social, na estruturação das minhas relações e mesmo na minha forma de ver o mundo (sem falar de sua importância no meu trabalho...). Boa parte desta influência se deu a partir de meu blog. Inúmeras foram as pessoas que conheci (pessoalmente ou não) por causa dele. De certa forma tenho hoje o meu emprego por causa dos blogs, genericamente, e por causa do meu blog específicamente. E tudo isso começou, e nunca deixou de ser, por causa de um brinquedinho que resolvi experimentar numa noite entediada de abril, em cima de uma colina, na cidadezinha de Brasília.
Blogs podem ser, na maior parte das vezes, lentes para se enxergar dentro dos umbigos dos blogueiros...
Mas que lentes maravilhosas eles são.
Viva os blogues! :)
quarta-feira, 21 de setembro de 2005
"Fedro lembrou-se de um trecho de Thoreau: 'Nunca se ganha nada sem perder alguma coisa.' E então começou a compreender pela primeira vez a inacreditável magnitude daquilo que o homem, ao adquirir o poder de entender e governar o mundo em termos de verdades analíticas, havia perdido. Ele construíra impérios de capacitação científica para manipular os fenômenos da natureza, transformando-os em monstruosas manifestações de seus próprios sonhos de poder e de riqueza - no entanto, para conquistar isso, tivera que ceder um império de compreensão de igual magnitude: a compreensão do que seja fazer parte do mundo, e não ser um inimigo dele."
(Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas, Cap. 29 - Robert Pirsig)
- ...então podemos dizer que a arte, a religião e a ciência são três estradas que sobem em direção ao topo da mesma montanha?
- podemos, mas isso pode ser também uma ilusão.
- como assim?
- podemos dizer que talvez a arte, a religião e a ciência sejam na verdade a MESMA estrada, vista por viajantes diferentes.
- mas existem grandes diferenças entre elas!
- sim, assim como existem grandes diferenças entre os viajantes.
- como a mesma estrada pode ser assim tão diferente? você está afirmando que por trás das visões de mundo tão díspares da religião, da arte e da ciência existe um mesmo caminho levando ao mesmo lugar?
- não. eu vou mais longe. o próprio topo da montanha, e a própria montanha, são também ilusões.
- eu estou confuso.
- no fim das contas a única coisa constante é a viagem. as paisagens, a estrada, o próprio fim da estrada são ilusões pessoais.
- você está querendo dizer que é tudo uma ilusão.
- sim. mas é uma ilusão muito importante.
- por que?
- pois ela é a vida. não viver a ilusão de estar caminhando nesta estrada, seja como um cientista, um artista ou um buscador religioso significa estar parado.
- mas abdicar da busca não significa se libertar então desta ilusão?
- não. significa apenas abdicar do movimento.
- e o que, então, é real?
- a necessidade de se movimentar rumo a algo melhor, seja o algo que você preferir.
- isso é muito difícil para a minha cabeça.
- então não pense sobre isso, apenas continue andando...
"quando dou por mim, dei prá ti"
é uma pérola achada aqui...
Essa foi muito boa, Nanda. :)
Apesar da gripe, dos olhos pesados, do corpo sem grande vontade de ficar de pé... até que estou me sentindo bem hoje. Acho que a mera idéia de que terei a noite inteira para mim mesmo, para escrever e revisar... enfim, para mexer com meus escritos... já me deixa feliz.
Por agora só consigo pensar nos quitutes que vou comprar no supermercado antes de ir para casa... :)
Ainda falando dos Estados Unidos...
Se um jogo de computador contém violência (em doses generosas), assassinato, missões que envolvem destruição em massa, roubo e toda sorte de crimes que ficam tão divertidos em uma tela de cinema ou de computador, isso é coisa para jogadores maduros (categoria de jogadores de 17 anos para cima, nos EUA), né? Faz sentido...
Mas mesmo os jogadores maduros não parecem estar prontos para ver um cara e uma mina transando durante o jogo. Aí não pode! Matar, destruir, roubar... tá beleza. Mas ver gente transando, só para maiores de idade. E, destoando do clima reinante no jogo, não se trata de uma cena de estupro ou coisa parecida. É o tradicional "o cara gostou da mina, a mina gostou do cara, eles transam...".
(leia o artigo que fala sobre isso lá na TechDirt)
Que feio, né?
Tem gente naquele país que deve gostar de acreditar que é filho de chocadeira.
Que venham os Deuses do Vento. :)
It ain't Kansas, Toto...
E o povo da águia continua levando porrada do vento. Depois do Katrina (que, como você deve saber, acabou com a única cidade realmente legal dos EUA: New Orleans) e do susto com aquele outro furacão menor (que eu não estou lembrando o nome), vem o Rita com ventos 216km por hora, indo direto para cima dos refugiados do Katrina que estavam no Texas...
O Tio Bush Jr. não falava com Jesus Cristo na época da invasão do Iraque? O que aconteceu? Brigou com ele também? Parece que os Deuses estão brabos com vc, cara... :)
Update: O furacão mais fraquinho, que era apenas um grau 3 na tal escala de furacões (com umas brisas de menos de 200km por hora) passou desapercebido com o aparecimento da Rita (que começou como uma tempestade nível 3, depois virou uma nível 4 e agora já é nível CINCOOOO... nem no jogo de D&D do Thiago Russo alguma coisa passava de nível tão rápido...), que nem pisou em terra e já está arrasando. Ventos de 240km por hora? Três semanas depois do Katrina? Vocês ainda acham que é coincidência?
E falando de leitura decente, o Bill Joy (um carinha que é um dos fundadores da Sun Systems e co-autor da linguagem Java) escreveu um texto muito interessante sobre as implicações do avanço científico (principalmente nas áreas da robótica, engenharia genética e nanotecnologia) no futuro do homem. Ao largo das análises bobo-otimistas dos tecnófilos e utopistas, Joy se preocupa com os riscos da criação de máquinas auto-replicantes (que podem ser criadas a um custo relativamente baixo) que podem estar fora de nosso controle no futuro.
O texto chama-se "Why the future doesn't need us", e está aqui. Sim, ele está em inglês...
Ainda estou fazendo a longa digestão do pesado (e longo) porém muito revitalizante calhamaço de texto. Onde iremos, tentando ir onde não sabemos?
p.s. para outras leituras interessantes, vale a pena dar uma sacada no que o pessoal do Metareciclagem está lendo
O Globo está dizendo em meu email que "A maioria do país não confia em Lula"
Francamente, e quem é o idiota que confia n'O Globo?
terça-feira, 20 de setembro de 2005
- aquela era uma época muito promíscua.
- toda época é promíscua a seu modo. a putaria está em todo lugar. a perversão corre pelas veias das pessoas. até o celibato é uma perversão. a única coisa que não muda é que a maioria das pessoas não pode simplesmente gozar junto de quem gosta, tem que foder com tudo...
- geez...
eu sabia que ela iria começar a escrever melhor do que eu...
[lenda]
Alguns dizem que ela já nasceu assim. Outros dizem que foi praga do destino, uma maldição. Ainda há os que dizem que é besteira, coisa inventada pelos pais para não lhe dar um pouco mais de paz, atenção e amor. O caso é, ela não podia. E toda vez que tentava, tinha uma terrível dor de cabeça.
Não que não pudesse viver sem isso, poderia, viveu bastante, eu diria, para alguém que não tinha essa espectativa. Bem, você sabe bem e me entende. Mas eu acho que depois disso que aconteceu, ela se tornou uma lenda. Uma daquelas lendas que as pessoas tem tanto medo que nem fazem.
É como não deixar o chinelo ao contrário, ou abrir o guarda-chuva dentro de casa. Ou até mesmo esbarrar em um gato preto na rua, ou passar por debaixo da escada. Isso mesmo, ela virou lenda. E você conhece as pessoas, ficaram com medo. Passaram a evitar esse tipo de coisa.
Ela ficou bem conhecida. Primeiro na rua dela. Depois no bairro. Na cidade. No país. Médicos foram chamados para lhe estudar...
(leia o resto no blog da Carol Appothekaryum...)
No blog ela diz que todos os direitos estão reservados.
Nós cagamos e andamos para isso. Não gostou, vem dar porrada. ;)
"Ao sul de Thorn-a-Caéile e das Montanhas Dentadas de Curuain, a menos
de um dia de caminhada de um homem cujos pés estivessem sadios,
existia um pântano. Muitos homens, e muitas outras coisas que não eram
homens ou filhos de homens, haviam dado muitos nomes a este pântano.
Estes nomes foram embora junto com aqueles que os criaram. Hoje existe
apenas o pântano, úmido e lento, cheio de odores acres e misterioso
como uma donzela selvagem sob um manto marrom.
Contam os contadores de histórias que um dia viveu neste pântano um
dragão. Não era como os dragões da cavalaria, ou como os dragões que
hoje vivem nas Montanhas Dentadas, pequenos e vis, mas era tão verde
quanto eles. Seu nome, ou o nome que contam que era seu nome, era
Heroth. Dizem que esta era uma palavra em alguma língua antiga, que
ninguém mais sob a luz do dia fala em voz alta, para coração. Fosse
por que fosse este o nome deste dragão, contam que era no pântano de
muitos nomes e nenhum nome que ele morava..."
É o início de uma fábula sobre um dragão e uma princesa, como muitas outras fábulas também o são, mas é também uma fábula Sobre Pântanos e Corações...
E é nisso que ela é diferente de tantas outras.
segunda-feira, 19 de setembro de 2005
Rock é isso aí, véi...
Rock band shows fans how to crack DRM
"Heavy hearted" musician publishes digital rights management workaround. Vnunet.com
September 19, 2005 11:46 AM PDT
Firefox WILL rule (aqui também)
Em resposta ao post do Bicarato sobre o bom gosto de seus leitores na escolha de seus browsers, o que tenho a dizer é...
Navegador (Browser) usado para acessar o Alriada Express
Sistema Operacional (OS) usado para acessar o Alriada Express
Devagarzinho a gente chega lá.
Pegue o Firefox agora.
...não é que eu odeie os franceses. Eu só odeio a maldita língua deles. :)
(tension breaker necessário quando se está fazendo uma análise de um site em francês...)
C´est la vie, mon cher.
p.s. e como nunca estudei a língua gálica, tenho que contar com puro aflatus (não, não tem nada a ver com flatos...) para conseguir decifrar as pederastas palavrinhas...
"nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente além
de qualquer experiência, teus olhos têm o seu silêncio:
no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto
teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar
me abres sempre pétala por pétala como a primavera abre
(tocando sutilmente, misteriosamente) a sua primeira rosa
ou se quiseres me ver fechado, eu e
minha vida nos fecharemos belamente, de repente
assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;
nada que eu possa perceber neste universo iguala
o poder de tua intensa fragilidade: cuja textura
compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(não sei dizer o que há em ti que fecha
e abre; só uma parte de mim compreende que a
voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas"
(poesia de e.e.cummings, não sei de quem é a tradução)
p.s. de repente os tradutores ficaram particularmente importantes para mim. por que será? :)
tranformando uma webcam numa câmera infravermelha...
"how to" aleatório do meu personal google. A pagina original tá aqui.
- Open the webcam casing.
- Unscrew the lens assembly from the camera PCB.
- On the back of the lens there should be a small piece of glass that seems to reflect red light. Remove it.
- Cut two pieces of black photographic negative the same size as the glass you just removed.
- Fit the negative pieces where the glass was.
- Re-assemble the camera.
- Be sure to use either daylight or incandescent lighting and the webcam will now see in infra red.
Agora para quê alguém iria querer uma câmera infravermelha?
Isso é problema de cada um. :)
E então tem mais um furacão chegando no Sul dos EUA...
Eu acho que os prepotentes filhos da Águia Branca enfureceram os Deuses dos Ventos. Coitados deles...
domingo, 18 de setembro de 2005
"...I wanted more
Than life could ever grant me
Bored by the chore
Of saving face
Today is the greatest
Day I've never known
Can't wait for tomorrow
I might not have that long
I'll tear my heart out
Before I get out..."
É assim que a gente se toca
de que as coisas acontecem
sem que a gente precise decidir...
elas apenas acontecem. :)
sexta-feira, 16 de setembro de 2005
Complexo de revolucionário velho não é desculpa para hipocrisia patológica, tio.
Post para quem está cansado de ver raposas velhas de nossa política atual dizendo por aí o quanto foram revolucionários quando tinham cabelos (e comiam suas colegas que hoje os detestam, como o tio Dirceu).
Eles tinham cabelos e ousadia. Ao menos era assim que eram descritos na história que me contaram. Mas como a história é contada pelo vencedor (e hoje os velhos algozes militares aguentam caladinhos a eventualmente merecida posição de bodes expiatórios históricos), tenho lá minhas dúvidas até a respeito da veracidade dos mitos revolucionários que glorificam alguns de nossos atuais políticos de centro-esquerda mezzo-muzzarella.
Lembro-me de um amigo bem posicionado (leia-se, de alto escalão) que fez um belo discurso sobre José Dirceu e sua coragem no passado. De fato a vida do cara daria um filme, com esse papo todo de operação plástica e vida dupla escondido no sertão, mas isso apenas adiciona charme ao personagem. Tráfico de influência e politicagem não são novidade, e de revolucionário o tio Dirceu não tem nem mais o topete. Agora, sem topete e sem pose, amargando a potencial cassação e martírio público, Dirceu deve estar se entregando às gloriosas memórias mais do que nunca. Você também teve a impressão de que aquela moça que o chamou de "prepotente" (ou coisa que o valha) parecia ter um certo histórico de estudo bíblico com o (anti)herói deste parágrafo?
E o Serra? (Ato falho engraçado, ao digitar este parágrafo digitei Maluf em vez de Serra. Será que a ironia de meu subconsciente é tão fina assim?)
Este então nem se fala (mais de seu passado revolucionário). Na companhia de seu amigo-sociólogo-presidente-boca-mole Fernandão teve uma boa chance de mostrar que sua eventual postura revolucionária tinha um tanto a ver com seu eventual topete. Confesso que eu não sei se os tinha, topete ou postura revolucionária, mas hoje fica bem claro que ele faz parte do time dos "tortos para a direita assumidos". Para não deixar que a gente se esqueça de sua índole nada revolucionária, Serra mandou (ou anuiu) que seus milicianos fossem arrancar os livreiros da frente do Espaço Unibanco (e arrancar destes seus livros, numa infeliz demonstração de truculência que me faz QUASE citar Farenheit 451). Estaria ele tentando imitar o revolucionário mais franquiado do mundo, o J. Christus, naquela coisa de expulsar os mercadores do templo? Muito bonito, senhor José "Burns" Serra...
E quanto aos outros tantos velhos revolucionários? Será que fotos antigas, histórico de prisões políticas, exílios e furunfadas secretas em aparelhos ao som de Geraldo Vandré fazem um bom político? Posso estar sendo inocente, mas minha mente de bicho mítico não consegue enxergar em quê a nossa direita (e mezzo-direita-mezzo-esquerda-mezzo-aliche) são melhores do que a velha esquerda. Do mesmo jeito que os Democratas nos EUA por vezes parecem Republicanos com ternos mais legais (já dizia Michael Moore), nossos novos velhos políticos não deixam nada a dever aos velhos. Temos até censura, controle de jornais e truculência miliciana...
Papai do céu, não deixe que eu fique com este papo de revolucionário velho quando eu crescer...
hopeful romantic mode
because being hopeless is too unsatisfying...
And the Healing Has Begun
(Van Morrison)
And we'll walk down the avenue again
And we'll sing all the songs from way back when
And we'll walk down the avenue again and the healing has begun
And we'll walk down the avenue in style
And we'll walk down the avenue and we'll smile
And we'll say baby ain't it all worthwhile when the healing has begun
I want you to put on your pretty summer dress
You can wear your Easter bonnet and all the rest
And I wanna make love to you yes, yes, yes when the healing has begun
When you hear the music ringin' in your soul
And you feel it in your heart and it grows and grows
And it comes from the backstreet rock & roll and the healing has begun
I want you to put on your pretty summer dress
You can wear your Easter bonnet and all the rest
And I wanna make love to you yes, yes, yes and the healing has begun
We're gonna make music underneath the stars
We're gonna play to the violin and the two guitars
We're gonna sit there and play for hours and hours when the healing has begun
Spoken: Wait a minute, listen, listen,
I didn't know you stayed up so late.
I just got home from a gig and I saw
you standing on the street.
Just let me move on up to this window-sill a lot yeah, I got some sherry.
You want a drop of port.
Let's move behind this door here.
Let's move on up behind this letter-box behind this door.
Let's go in your front room,
let's play this Muddy Waters record you got there,
if you just open up a little bit
and let me ease on in this backstreet jellyroll....
We're gonna stay out all night long
And then we're gonna go out and roam across the field
Baby you know how I feel when the healing has begun
When the healing, when the healing
We're gonna stay out all night long
We're gonna dance to the rock & roll
When the healing when the healing has begun
Baby just let me ease on a little bit, dig this backstreet jellyroll
quinta-feira, 15 de setembro de 2005
"...os weblogs se popularizaram, principalmente pela facilidade de sua criação e manutenção proporcionadas pelas ferramentas destes servidores. Em 2002, seu número era estimado em meio milhão. Com dados de junho de 2003, a Blogcount (2003) estima que, hoje, eles sejam o triplo, mais de um milhão e meio.
David Sifry (2005), da Technorati, outro sítio monitorador da blogosfera, confirmou sete milhões e meio de blogs detectados pelo seu sistema até fevereiro de 2005, indicando que a blogosfera dobra de tamanho a cada cinco meses. Hoje, os weblogs são um fenômeno cultural que começa a ser estudado em nível acadêmico e surgem as primeiras dissertações e teses, inclusive no Brasil.
No Brasil, os blogs cresceram primeiramente em meio aos jovens, na forma de diários pessoais e temáticos: Meu Cantinho, Alriada Express, crisdias.com..."
(extraído de Weblogs - introdução em Blogquests. Valeu pela citação, Su!)
gostou da minha fitinha?
a mina do I blame my parents colocou uma fitinha no blog dela, eu gostei, fui atrás e descobri o site do Open-mind. Trata-se de um movimento contra o preconceito, o ódio pela diferença, etc...
O site é legal, as fitinhas são mais legais ainda...
quer uma para você? então clica aqui e vai buscar.
i blame my parents...
um blog que é mais ou menos o que o Alriada iria querer ser quando crescer, ou não. estas coisas são muito confusas, mas não posso perguntar para meu analista... eu não tenho um analista.
vai lá ver, e não me culpe por isso (porque eu não sou seu pai)
dica da blue eyes.
quarta-feira, 14 de setembro de 2005
E então mais um furacão atinge os EUA. Desta vez a danada chama-se Ophelia...
E eu me pergunto quem é que dá os nomes a estas tempestades? Será que se trata de alguma mulher que sacaneou o meteorologista que viu a tempestade primeiro?
Uma googlada rápida (no meu novo Google Personal Page) me disse que existe um padrão para estes nomes, e que existem várias listas de nomes para cada lugar, alternadas ano a ano. Quando um furacão é muito foda, eles retiram aquele nome e colocam outro no lugar.
O quarto furacão do ano que vem no Nordeste do Pacífico vai se chamar Daniel.
perguntas que a gente se faz antes de dormir...
...e para as quais damos respostas tão absurdas, e ao mesmo tempo tão verdadeiras, que temos que postá-las ainda antes de dormir...
Um como cheio de água até a metade está, essencialmente, meio cheio ou meio vazio?
Depende da sua sede.
Se aquele tal santo espantou todas as cobras da Irlanda, onde elas foram parar?
Viraram as serpentes marinhas dos mapas de navegação do século XV.
Por que é que o Alriada Express é um blog tão cheio de imagens?
Porque, indiferente da pose de intelectual que façamos, é sempre legal ler um livro cheio de figurinhas.
Qual o sentido da vida?
Aquilo que eu sentir a respeito. Neste exato momento o sentido da vida é dormir, pq estou com sono...
a cena mais tesão do cinema...
Certa noite eu e o copoanheiro Bicarato discutíamos sobre qual seria a cena mais sensual do cinema na opinião de cada um dos dois. Eu não cheguei a uma conclusão (é uma pergunta difícil), mas me emocionei de lembrar de uma certa cena do filme irlandês Moondance (de 1995) em que Julia Brendler finge estar dormindo e espreguiça languidamente, alargando o decote da blusa, enquanto o mais jovem dos dois irmãos apaixonados por ela (feito pelo moleque-duende legal Ruaidhri Conroy) a observa...
Perversa e pura ao mesmo tempo, esta cena me marcou um bocado nas 11 vezes em que vi este filme.
terça-feira, 13 de setembro de 2005
(site metareciclagem)
Dalton Martins e suas máquinas maravilhosas... :)
Gostou? Então vai sacar o que é metareciclagem.
the Big Google
o dia em que o google chegou, discretamente, mais perto de dominar o mundo...
Passei uns tempos afastado do Orkut. Alguém na coordenação de informática do Ministério da Cultura teve a iluminada idéia de afirmar que o acesso a este "estava comendo muita banda da rede" e portanto deveria ser fechado. Sabemos que isso está longe de ser a verdade, mas isso não importa agora...
Ontem, quando finalmente pude voltar a acessar o azulão, levei um susto. Ao digitar o endereço caí numa tela de entrada que dizia algo como "A partir de agora você deverá acessar o Orkut usando o seu login do Google. Seu login do google é: daniel.carvalho@gmail.com". Quase caí para trás. Finalmente o Google integrou sua base de usuários principal (gmail + busca + googlegroups + etc...) à base do Orkut. Agora eles sabem não só as palavras que você usa em seu email, ou o que vc procura na internet, sou sobre o que discute. Agora eles sabem quem você é.
Sorria, você está sendo Googlado. :)