Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 27 de setembro de 2005



há dias não escrevo quase nada. não importa.
mesmo quando eu não os via (não as percebia)
eu sabia que todas elas estavam alí, as histórias,
as personagens, as tecituras de sentido...

estavam todas elas alí em meu mundo interno,
no inverno seco dos dias sem dormir,
esperando a minha visita.

a violeta no vaso e o último canto do cisne,
a princesa com a maquiagem borrada e os suicidas apaixonados,
o último cravo e o bardo que saiu em busca de um deus...
estão todas ali... estão todas aqui.
eu sou as minhas histórias. de resto eu sou matéria,
e a matéria se desintegra no ar.


no fim, tudo que resta são as histórias.
nelas sou imortal, e ninguém pode provar o contrário.




assim é com os contadores de histórias.

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