Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 20 de setembro de 2005



"Ao sul de Thorn-a-Caéile e das Montanhas Dentadas de Curuain, a menos
de um dia de caminhada de um homem cujos pés estivessem sadios,
existia um pântano. Muitos homens, e muitas outras coisas que não eram
homens ou filhos de homens, haviam dado muitos nomes a este pântano.
Estes nomes foram embora junto com aqueles que os criaram. Hoje existe
apenas o pântano, úmido e lento, cheio de odores acres e misterioso
como uma donzela selvagem sob um manto marrom.

Contam os contadores de histórias que um dia viveu neste pântano um
dragão. Não era como os dragões da cavalaria, ou como os dragões que
hoje vivem nas Montanhas Dentadas, pequenos e vis, mas era tão verde
quanto eles. Seu nome, ou o nome que contam que era seu nome, era
Heroth. Dizem que esta era uma palavra em alguma língua antiga, que
ninguém mais sob a luz do dia fala em voz alta, para coração. Fosse
por que fosse este o nome deste dragão, contam que era no pântano de
muitos nomes e nenhum nome que ele morava..."



É o início de uma fábula sobre um dragão e uma princesa, como muitas outras fábulas também o são, mas é também uma fábula Sobre Pântanos e Corações...
E é nisso que ela é diferente de tantas outras.

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