Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

sem educação
estava relendo hoje um bom papo sobre problemas profundos da educação que tive com o Jester em um dos posts do blog dele. Vale ler a conversa inteira, mas resolvi pinçar dois trechos, um meu e um dele, que achei particularmente inspirados.

"...o problema da orientação do ensino para o ?mercado de trabalho?, desviando-o de sua função de formar pensadores técnicos/científicos e, sobretudo, seres humanos pensantes, já foi um bocado discutido, mas nunca é demais voltar ao tema. Mas talvez a questão seja mais profunda ainda do que a orientação do ensino (e, por conseguinte, de dos professores) para uma demanda ?rasa e prática? do mercado de trabalho. Talvez o problema esteja na própria deturpação do conceito do aprender. Aprender métodos não é a mesma coisa que compreender métodos, e seu desenvolvimento. Mapear resultados é bem diferente de se dominar uma lógica. Sobretudo, saber definir uma coisa é BEM diferente de conhecê-la. Não sabemos mais o que é aprender, o que é conhecer. Como esperar então que saibamos orientar o ensino para tais coisas (e não para a mera formação de ?operadores?)?"


"Precisamente. Mas ainda assim, não creio que a falta que nos cabe em não saber o que é aprender, ou o que é conhecer, tenha um impacto significante.

Quero dizer, são muitos (mas nem tantos) que vêem o sistema educacional fundamentalmente falho. Mas são poucos (tão raros) que estimulam sua própria curiosidade questionando o que seria ?algo melhor?. E acredito que é esta curiosidade que nos coloca em melhor posição do que qualquer outra coisa. A posição de dúvida que, naturalmente, busca resolver seus conflitos. Portanto, acho que esta curiosidade genuína é primordial.

Ainda, a rigor, nós sabemos aprender, e sabemos conhecer, e isso é tão intrinseco à nossa natureza que penso que basta esta curiosidade."



Os trechos não estão diretamente conectados, mas a fala do Jester de certa forma responde, com minha qualidade, à minha.


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