Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sábado, 11 de novembro de 2006

tristezas cibernéticas...


"...Ele abriu aquele menu, sem conseguir segurar as lágrimas. Correu o mouse-pointer pela tela até o drop-down-menu ao lado daquele handle, e clicou. Selecionou a opção no menu com o pointer e, depois de um suspiro longo, clicou sobre ela. Estava feito. Aquele foi um dos mouse-clicks mais tristes de sua vida. Então ele acendeu um cigarro, desligou seu computador e saiu, tentando se fazer acreditar que era melhor assim. Era o que o restava fazer..."

A revolução digital realmente mudou a cara de algumas dores tão humanas...
Parece ridículo pensar nisso, até que você as vive em sua nova forma digital.

As dores de uma pessoa podem soar ridículas para outras. Só quem sente é que sabe... Só gente que sente. É coisa de gente humana. Gente é um bicho estranho e ridículo por natureza. Principalmente gente sensível. Mas a gente que sente é que sabe como se sente com cada coisa, cada momento do existir.
Isso também é coisa de gente.
Liquidificadores e cadeiras não sentem essas coisas.
Computadores também não.
Só gente é que sente dor e prazer. Seja em qualquer momento do passado
ou em nossa estranha e fascinante era digital...

Ontem ou hoje, algumas coisas são muito tristes...


[no carrier]

Nenhum comentário: