Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Mudanças de rumos de vida, por mais repentinas que sejam, não acontecem de uma hora para outra. São processos de morte e renascimento, de renovação, de fins de fluxos e épocas e inícios de coisas novas, que se alongam por dias, semanas... e nos afetam profundamente. Não é fácil. Estou realmente tomado por uma sensação de vazio e morte... e solidão.

Estou morrendo e renascendo ao mesmo tempo. Em um mesmo momento dizendo adeus ao porto seguro e conhecido e às belezas de tantas coisas da vida que vivi, e dando boas vindas sem muita vontade a uma viagem estranha cujas implicações, e aquilo que me espera, não compreendo ainda completamente. Há tantas coisas das quais vou sentir falta...
Estou sentindo tanta falta de um certo jardim cheio de ventos bons no qual vivi e dancei por tanto tempo... e ao qual queria tanto um dia poder voltar...

Mas ao que parece a vida é isso mesmo. É hora de seguir em frente, de seguir viagem, de me lançar... O que será daqui para frente, só os Deuses sabem. É hora de viver este processo difícil mas necessário de morrer-renascer para os novos tempos, e seguir... e ver onde meu caminho vai me levar.

Que os Deuses nos deem bons caminhos. Por hora só posso aceitar a escuridão e a solidão desta noite, e confiar que um dia tudo há de ficar bem. Minhas melhores esperanças para hoje são de que eu consiga transformar todo este sentimento em poesia e criação. Ao menos há muito a dizer...


Que seja o que os Deuses quiserem.
Eu estou aqui, e sigo com o coração cheio de amor e tristeza, mas também cheio de coragem.
Estou me transformando no viajante que terei que ser.
Que venha a vida.
Eu confio na minha verdade...

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