Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Para escrever o post anterior tive que mergulhar em meus velhos diários e livros de rascunhos poéticos do início de 1997. Era uma época estranha, em que eu tinha muitos sonhos e expectativas sobre o amor, mas havia vivido muito muito pouco. Eu era tão maravilhosa e patéticamente inocente...

Muitas vezes me surpreendo quando volto àqueles cadernos...
Por vezes por achar tudo estúpido e sem sentido e pueril.
Por vezes por me encantar com o lirismo e a beleza do que encontro por lá...

Desta vez eu me encantei...
Transcrevo alguns trechos de escritos daqueles idos de 1997.
Será que é possível escrever sobre coisas que nem sequer se havia vivido direito, e ainda, de tabela, contar histórias que você só foi viver muitos anos depois?

Com vocês... algumas "poesias auto-realizatórias" do jovem Duende...

"...e então o motivo de todos os meus dias desapareceu por detrás daquela coluna de metal...
Tudo se foi, e daquilo que ficou eu guardo o sabor e uma lágrima teimosa que sempre iremos derramar ao olhar para trás..."

(fragmento de fereveiro 1997, mesma época da poesia do post anterior, também inspirado pelo filme)


E então, na página seguinte, eu continuo...

"And then the stage went silent...

Todos os lugares ficaram tão silenciosos e mortos,
pois ela não estava mais lá para lhes dar vida...
(as quadras, os postes, os jardins, tudo ficou escuro...)
Eu guardei no fundo de meus olhos tua visão,
e agora minhas lágrimas tem boa companhia,
mas no fim... continuo só."

(mais um fragmento da mesma época)


O que é curioso é que estes trechos foram escritos por um sentimento poético despertado por um filme, e não por algo que eu tivesse vivido ou estivesse vivendo. Mais curioso ainda que estas poesias poderiam servir muito bem para algo que viví muitos anos depois...


Aquilo que sonhamos para nós, se realiza.
É por isso que agora prefiro sonhar coisas felizes...

Que os Deuses abençoem todos os nossos caminhos, e nos levem a algum bom lugar...
(E que seja o que tiver que ser...)

É...

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