Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 4 de agosto de 2004

"As coisas estavam mais quietas do que de costume por ali. Há algum tempo ele já não se sentia bem. Estava difícil trabalhar, o tempo todo sendo assaltado por sentimentos tão fortes, tão intensos. Estava difícil trabalhar também pois ele era frágil e doente desde que nascera. E foi então por isso que as coisas aconteceram como aconteceram, ele descobriu depois. Mas naquele momento ele só sabia que as coisas estavam calmas demais por ali. Não era uma noite de sono - estava calmo demais por ali mesmo que fosse uma noite de sono das mais profundas. E então um ruído imenso fez a sua casa tremer, as paredes, e o seu amigo inseparável sob ele, e as vigas to teto...
E então vieram aquelas mãos enormes e brancas, junto a toda aquela luz que ele já havia experimentado de certa forma mas nunca havia visto com seus olhos, mesmo por que não tinha olhos. E então as mãos o levaram embora da casa onde sempre morou. Isso deveria ser o fim, não é? Mas o fim tem que ser assim?

Esta é a História de um Coração."

(fragmentos de meu novo conto de realidade fantástica "Esta é a história de um coração")

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