Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sexta-feira, 1 de julho de 2005

Travessia

Nossa Senhora do Cerrado
Protetora dos pedestres
Que atravessam o Eixão
À uma hora da tarde.

Fazei com que eu chegue
São e salvo na casa do DP.

Depê, Depê, Depeeeê Iê Iê Iê...





Hoje foi um dia de travessias. Acordei, sonolento, para fazer a minha mudança. Quando me dei conta estava quase dormindo em cima de um painel de caminhão, rumo à casa do meu irmão. Foi tudo muito rápido. Carregar caixas, carregar sacolas, malas... carregar a parte tangível e portátil (ou nem tanto) do meu passado. Em menos de duas horas estava sozinho na sala de minha nova casa, cercado de caixas. Minhas coisas, aquelas que me acompanharam durante algum, ou quase todo, o tempo estavam lá.

E então eu montei o computador (e percebi que havia esquecido minha cadeira na casa do meu irmão) e coloquei alguma música para tocar. E então, finalmente em minha casa, e com as dores da mudança terminadas, eu dancei (como um louco, como manda o figurino do duende)...



Mais tarde, voltando a pé para a casa do DP para pegar meu carro, descobri o gosto delicioso de ter novamente uma casa. Quando eu saí e fechei a porta, olhei para trás e disse para mim mesmo: "minha casa".

Enquanto eu atravessava o Eixão (o que, de fato, dá medo. a musiquinha do Liga Tripa que eu adaptei a meu momento como uma encantação de protegimento faz mais sentido para mim agora...) eu percebi como me sentia vivo.


E é isso. Terminou a travessia.

Let the Celebrations Begin!

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