Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 6 de julho de 2005

"So here I am once more in the playground of the broken hearts"
(Script for a Jester's Tear - Marillion)

o bardo, com suas vestes de tolo rotas, caminha de volta para casa. seus olhos, longe dos olhos dos outros, são tristes como tristes podem ser os olhos de um bardo longe dos olhos dos outros. não tem nenhuma história para contar. há histórias demais dentro de si para conseguir contar alguma.

o bardo, com suas vestes de roto tolas, se volta para o caminho de casa. seus olhos são outros, como são tristes os olhos dos outros quando estão tristes, longe dos bardos. não ouve nada, não vê nenhuma coisa. há coisas demais dentro de si para que alguma outra coisa possa entrar.

quando o bardo chora, ele chora como um bardo. mas um bardo chora como qualquer um...
o que muda é o que ele faz com suas lágrimas.




não estou triste, mas passa através de mim toda a tristeza do mundo.
eu não a queria, mas é minha herança. é meu ofício.
só que sente o que é o sentir de um bardo sabe como sente um bardo quando sente.

e eu nunca quis magoar ninguém...

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