Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sexta-feira, 22 de julho de 2005

Imaginários of the world, uní-vos...
vamos devolver a vida, e a imaginação, ao grupo de discussão dos imaginários...

postado hoje no imaginarios@googlegroups.com

From: Daniel Duende Carvalho
Reply-To: Daniel Duende Carvalho

To: imaginarios@googlegroups.com
Date: Jul 22, 2005 7:15 PM
Subject: O que são os imaginários?
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Olá caros imaginários.

Longe de querer impor alguma visão sobre o que é ser imaginário, ou sequer limitar de qualquer forma esta forma de ser e agir, este é um email para trazer a discussão sobre o que é ser um imaginário. Ia ser legal que os participantes do grupo falassem um pouco sobre isso aqui neste thread...

A meu ver, imaginários são pessoas com um modo de sentir, de criar e de se relacionar que ao mesmo tempo os une entre si e os aparta do universo dos meramente consumidores. Imaginários imaginam - criam dentro de si, remixando referências com seus próprios universos sensíveis internos - e tem o tesão de conjurar de alguma forma suas imaginações. Estas imaginações não são apenas objetos, produtos, ou criações artísticas. São invenções ou reinvenções, no sentido literal da palavra, de modos de ser, agir, ver as coisas, se relacionar. É igualmente imaginário escrever um conto, pintar um quadro, criar uma interface ou programa, inventar uma nova brincadeira ou simplesmente tentar uma nova forma de se relacionar com alguém, ou com todos.

Imaginários não são criaturas à parte, mas tem suas particularidades. Ser imaginário é questionar um modo de agir, de produzir, ou um comportamento, ou mesmo uma expressão artística em vez de simplesmente engolí-lo de pronto pelo valor de face dado a este pela indústria cultural e de comportamento. Ser imaginário é se vestir e se comportar de um jeito que expresse o seu ser, e não as tendências vigentes ditadas e/ou fortalecidas por esta ou aquela fonte de "broadcast de cultura". Ser imaginário é estar disposto sempre a tentar um jeito diferente de fazer o que quer fazer e, sobretudo, é acreditar que vale a pena tentar novas perspectivas e abordagens. Ser imaginário é também ser artista, aceitar a própria sensibilidade e o próprio sentir e dar a ele tal valor a ponto de acreditar que é uma contribuição ao mundo quando você expressa aquilo de alguma forma.

Ser imaginário em meu imaginar é, acima de tudo mais, ser alguém que acredita no valor de seu universo sensível e o coloca acima do mero existir cotidiano. Ser imaginário é um ato de amor à imaginação...

E vamos aos saraus! :)

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Daniel Duende Carvalho
Blog - http://newalriadaexpress.blogspot.com
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