Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sexta-feira, 6 de junho de 2003

A arte de ser você mesmo...



Já houveram momentos em que eu não achava que fosse grande bosta. É verdade. Já houveram momentos, e não foram poucos, em que eu me sentia um merda. Não via graça nenhuma em ser quem eu sou.

Fico lisongeado, e com o ego um bocado estufado, quando vejo o quanto algumas pessoas me admiram. Devem às vezes achar que é o máximo ser quem eu sou. Bem, vou fazer-lhes este agrado... sim, é o máximo ser quem eu sou. Não que eu esteja me sentindo, ou dizendo que sou, melhor do que qualquer um. É o máximo ser quem eu sou por que só eu sei o que é isso. É o máximo, e pronto! :)

Aqueles momentos em que eu não estava feliz em ser quem sou, em que nada tinha graça e eu até me perguntava por que continuava vivendo... eram momentos em que eu estava bem longe de mim mesmo. Não estava em contato. Não estava realmente conectado, ligadão, em quem eu sou, naquilo que gosto e naquilo que penso. Putz, é um tesão andar por aí comigo mesmo, apenas observando o mundo e as pessoas, pensando, me deliciando com meus pensamentos (tenho uma mente um bocado sarcástica, adianto). Eu curto a minha companhia. E na falta de um motivo melhor, e isso acontece às vezes na vida de qualquer um, o meu motivo para viver é apenas poder estar comigo, vivendo a vida e sacando as coisas, e pensando, e sentindo o sabor das coisas.

A vida é uma coisa muito interessante quando se está realmente em contato com quem você é...

Vou postar (no próximo post) alguns pensamentos que escrevi no outro dia, enquanto estava sem sono, na casa da Bibba.

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