Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

domingo, 23 de fevereiro de 2003

O amor e o rolar de dados...

Até mesmo os mais endurecidos podem amar...

Desde o início de minha "carreira" como mestre de RPG sempre fui muito ligado nas questões românticas e emocionais que permeiam as histórias. É parte do que eu sou, e que acaba permeando tudo que faço, inclusive mestrar. Meus personagens, e os meus personagens de mestre, sempre tinham amores e ódios e seus relacionamentos frequentemente impactavam em maior ou menos grau as aventuras do grupo, e a história como um todo. Me lembro de uma ocasião, quando jogava Dragonlance com o sumido mestre Tiago Russo, que meu personagem (Um guerreiro elfo que inicialmente era frio e cruel mas que foi tornando-se bom e cheio de compaixão ao longo de sua convivência com os humanos do grupo) se apaixonou pela servente de uma taverna. Não era uma servente qualquer, claro. Era uma servente muito bonita e que havia inclusive ajudado o grupo em uma ou duas situações. Earëndill (este era o nome do personagem) resolve então, quando estava há centenas de milhas de distância de sua amada, sendo ordenado cavaleiro em um reino distante, voltar para se casar com ela. O grupo não ficou muito feliz, claro, e alguns jogadoes me acusaram de estar fazendo uma coisa estúpida ou "exagerando na interpretação". Pobres coitados, fracos jogadores. Foram bons os momentos de jogo que passei naquela época e o casamento de Earëndill e Tika (este era o nome da taverneira) foi algo que enriqueceu muito minha experiência de jogo. Pirei muito pensando nos processos internos de meu personagem ao se casar com uma humana que iria envelhecer e morrer enquanto ele permanecia belo, ou talvez morrer prematuramente em alguma aventura...
Bem, mas o amor tem dessas coisas, né? E pelo que todos vcs já sabem, é um dos meus assuntos prediletos. Há um excelente texto sobre o amor em aventuras de D&D 3a edição no site do D&D3E.

Bem. Na vida ou no jogo o amor vale a pena, não é mesmo? ;)

Love, Life, Good Roleplaying (in and out game) and Understanding the value of loving

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