Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003

... faltam 15 minutos para acabar meu horário. Estou pesado, caído na cadeira, debruçado em minha mesa no banco escrevendo meu diário e rezando para a vida acabar na próxima respiração. Saudades, falta de grana, falta de perspectivas... o mundo parecia ter se pousado em minhas costas, longe de minha vista, longe de meu alcance e pesando pra caralho.
Meu chefe se senta do outro lado da mesa, pensei que iria levar uma bronca, mas ele apenas sorrí para mim e diz:
- "Daniel, eu sei que vc não tá passando por uns dias muito bons. Faça seu trabalho do melhor jeito que puder e não se preocupe. Eu entendo o que vc tá passando e eu vou defender vc. Faça seu trabalho e fique tranquilo, ninguém aqui vai te pressionar ou te condenar por não estar bem. A propósito, pega essa lista de contas aqui e dá uma checada no sistema... bla bla bla..."
Faço meu trabalho, termina meu horário e saio do banco. Passo rapidamente no Bella Rubia para tomar um chopp. Ligo pra Carol Travalon para ter alguma companhia boa e me animar. O mundo parece um pouco menos pesado. Olho para meu extrato bancário. Entrou uma grana. Estou fora do sufoco...
Carol chega e traz Felipe e sua irmã. Conversando com Felipe, que não tava nada bem começo a me sentir melhor e melhor e quando vejo... PUXA, COMO A VIDA É BELA.

Fomos ao show do Engels Espíritos. MARAVILHOSO!
Como aquele cara consegue ser tão bom!? As musicas foram perfeitas, a cerveja também.. e a companhia muito doce e animada de toda a galera que se juntou me fez pensar na beleza da vida novamente...

Nem tudo na vida acontece como desejamos. Muitas vezes aquilo que mais queríamos não pode ser... não acontece... ao menos no primeiro momento. Se nos fechamos e vemos o mundo negro, bem, ficamos dentro de um mundo negro. Se nos abrimos, temos esperança e fé... e confiança na vida... e sobretudo amor por nõs mesmos, percebemos que onde estivermos, estejamos tristes ou não, podemos ainda assim ser felizes.

Felicidade não é o oposto da tristeza. Felicidade é o perfume que se exala de nosso amor e aceitação e compreensão de nosso momento. Felicidade é viver a vida do jeito que ela é.

Estou feliz.
E não esqueço de mandar pensamentos bons e amorosos para Bibba dentro de meu coração. Ela faz parte daquilo que sou hoje.

Love, Happiness and Understanding LIFE!

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