Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Fitna

O filme de Geert Wilders está causando um bocado de burburinho dentro e fora das blogosferas tanto dos EUA e Europa quanto do mundo Islãmico. Ao que parece, o filme trata de como o Quran, e portanto o Islamismo, exorta seus seguidores à violência contra os infiéis.

Mas há um comentador neste post de Sami Ben Gharbia para o GV Advocacy que (apesar de fazer um comentário meio idiota sobre a guerra do Vietnã e parecer um bocado fanático) explica o quanto os versos quranicos citados pelo filme foram retirados de seu contexto original. Vistos por esta luz, e na íntegra da Sura de onde foram tirados, os versos não parecem mais belicistas do que boa parte do Antigo Testamento da Bíblia.

E agora, quem é que segue (ou se orgulha em dizer que segue) um livro sagrado que incita à violência? São só os muçulmanos? Conta outra, Geert.

Sobre o filme, que ainda não vi inteiro, tenho já alguma opinião formada mas prefiro não dizer nada antes de assistí-lo. Mas associar os versos quranicos à derrubada do World Trade Center, que bem sabemos ter sido obra de (a príncípio) cristãos americanos e não muçulmanos de algum outro lugar do mundo, logo no início do filme me parece uma amostra boa de que este pode ser realmente idiota.


(veja o filme inteiro aqui)

Mas hey! Proibí-lo ou bloquear acesso a ele não é a forma certa de lidar com sua idiotice. Como dizem por aí, uma afirmação idiota merece uma resposta inteligente para desprová-la, e não um tiro de .45.


p.s. não resisti e fiz um comentário lá na discussão sobre a matéria do Sami no GV Advocacy. Acho que foi um comentário bem razoável, mas sinto que foi uma puxada de orelha um pouco dolorida. De qualquer forma, acho que pode ser bom. Vamos ver no que vai dar...

2 comentários:

regina claudia brandão disse...

ainda não consegui esmiuçar seu blog que me conquistou de cara pelo post do bmay. volto e puxo o banquinho pra olhar e ler tudinho. valeu!

Daniel Duende disse...

Olá Requeri.

É uma honra ler seus elogios. Fique à vontade para voltar sempre.

Abraços do Verde.