Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Criatividade em prol da liberdade de expressão...

Direto do Global Voices em Português:

Ryan McLaughlin, um blogueiro para lá de inovador e já há muito tempo residente na China acabou de lançar o Censortive, um plugin para o WordPress que converte palavras em imagens e estas cabem perfeitamente no post de seu blogue, possibilitando que os filtros de palavras sejam enganados. O suporte técnico para caracteres chineses ainda está sendo desenvolvido. Alguma sugestão [EN]?

Mais um exemplo da criatividade (e riqueza de recursos simples e úteis) dos jornalistas cidadãos e blogueiros dalí e de acolá para burlar a mania que alguns (governos) tem de controlar o fluxo de informação...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Os mortos dos outros...

Desde a zero hora de hoje até agora (21:12), o Alriada Express recebeu 112 visitas de pessoas fazendo buscas por imagens dos "Corpos das Vitimas do Acidente da TAM" ou coisa parecida. Não consigo entender o que leva as pessoas a se interessarem tanto pela visão da morte e mutilação alheia. Desde o dia que tive a má idéia de abrir um email enviado por um amigo, contendo as fotos de algumas das pessoas que pularam do WTC, a mera lembrança ou idéia sobre fotos gore já é o bastante para me embrulhar o estômago.

Mas a questão que me intriga é se estas mesmas pessoas que colecionam e gostam de fotos de pessoas desconhecidas mortas e despedaçadas também gostaria de ver seus parentes e amigos da mesma forma, mortos e despedaçados.

Eu gostaria de acreditar que não, e que eles gostam só de ver os mortos dos outros. Me perturba a idéia de que alguns deles possam ser tão bizarros a ponto de se deliciar com a mutilação até de seus parentes...

Tá. Chega disso.
Não tem fotos de gente mutilada aqui.
Vão embora!

domingo, 22 de julho de 2007

Uma história sobre o lixo da minha casa.

Moro em uma comunidade relativamente (bem pouco) afastada da cidade. Por aqui, a coleta de lixo é feita por uma família sisuda -- um homem, uma mulher, dois meninos pequenos -- que mora em um bairro próximo.

Logo que me mudei para cá, não sabia do dia em que a carrocinha de lixo passava. Fui surpreendido uma vez aquele povo castanho e silencioso, de olhares agressivos, pegando os meus sacos de lixo. Lembrei-me de ter sido avisado que cobravam dez reais pelo serviço, mas uma rápida olhada em minha carteira me fez descobrir que eu não tinha nem um centavo em "meio circulante" comigo naquele momento. Prometí pagá-los depois, logo que sacasse dinheiro. O homem me respondeu com um olhar frio e um grunhido que poderia ter sido um assentimento ou uma ameaça de agressão física. Saquei o dinheiro e fiz com que chegasse a ele, espero, por meio de nosso faz-tudo/zelador/pau-para-toda-obra/contador-de-causos Arlindo.

Depois disso, a família castanha pareceu ignorar a minha casa em suas coletas subsequentes. O lixo começou a se acumular, mas eu devia estar ocupado para notar isso antes do fim da semana passada. Depois disso, venho tentando chamá-los de volta sempre, mas não sei como entrar em contato com eles. Há uma barreira de lixo na frente da minha casa.

Hoje, quando abri a porta de casa para pegar uma vassoura para varrer meu quarto (sim! eu arrumei meu quarto!), me deparei com aquela montanha fedentina e fui atacado por tantos mosquitos que nem sei precisar quantas picadas levei. Voltei correndo para dentro de casa, intimidado por meu lixo e o ecossistema que se desenvolveu à volta dele.

Sentindo-me meio ridículo, me coloquei a refletir sobre como nos acostumamos a ter coisas simples -- como a coleta de lixo -- como coisas garantidas, e não temos a menor idéia do que é não ter alguém para levar seu lixo embora. Não foi por mal -- talvez apenas desorganização -- que eu não paguei o coletor de lixo no primeiro momento. Vou procurá-lo daqui a pouco, pedir ao Arlindo para que o encontre, gritar aos quatro cantos pedindo para que ele venha me salvar das montanhas fétidas que barram a entrada da minha casa.

Espero que ele volte.
Estou aprendendo uma lição séria sobre o preço de meus gostos "civilizados".

Vocês tem idéia do quanto fede o lixo que vocês produzem, e do quanto vocês precisam das pessoas que o coletam mansamente para vocês?

Agora eu tenho.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Tragédia esperada... MESMO.

Para quem ainda não viu (apesar do estardalhaço midiático da semana)...

"O vice-presidente técnico da Tam, Rui Amparo, informou ontem no Jornal Nacional (Globo) que o air bus tinha o defeito em um "reversor de turbina". O reversor foi desligado, ou "finado", segundo Amparo (expressão no mínimo infeliz, com quase 200 "finados" soterrados nos escombros ou no Instituto Médico Legal, aguardando reconhecimento).

Na segunda-feira, o mesmo avião fez um pouso difícil em Congonhas, vindo de Belo Horizonte. O piloto avisou que a pista estava escorregadia e que teve problemas para pousar.

Ainda assim, segundo Amparo, nenhuma providência foi tomada porque o "Manual" permite voos até com dois reversores travados, a não ser em pistas "muito contaminadas", ou seja sob forte chuvas.[...]"
(leia o resto no blogue do Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA. Os grifos são meus.)

E agora, que a culpa pelas mortes recai sobre o assanhado e irresponsável empresariado aéreo brasileiro (indiferente dos gestos feitos por qualquer acessor)? A quem a Globo e a galera do DEMagogo vai culpar? Cortar da própria carne não deve ser gostoso. Acho que vão preferir cantar hosanas e esperar pela pronta ressurreição do messias baiano.

"Morre o vilão. Segue o mal."

Para o júbilo de uma maioria do povo brasileiro, morreu Antônio Carlos Magalhães. Não quero aqui ser desrespeitoso com os mortos, mas ninguém com a trajetória política e o histórico dele está a salvo de receber vaias em seu funeral. E as vaias vão de norte a sul do país, e ecoam fortes na blogosfera (embora haja sempre um puxa saco para dizer "ACM não perde a vida, a Bahia perde um baiano que investiu sua vida na luta por ela.")



Para não chover no molhado, o que só serve para deixar a pista escorregadia (e disso já temos mais do que precisamos), fico aqui com as palavras d'O Escriba do blogue Randomicidades:

"Não vou comemorar porque não é da minha índole comemorar a tristeza de outrém. Mas o ACM era o exemplo do político brasileiro: demagogo e interessado em seu bem-estar, usando de diversas artimanhas para manter sua posição e poder “em nome do povo”. Algo que eu quero que mude em nosso país. Ele mesmo dizia: “Se este país virar comunista, um dia serei o maior líder de esquerda do Brasil”. Ou seja, subvertendo a frase famosa, eu diria: “se hay gobierno, yo SOY gobierno”.

Meu amigo virtual Otavio Cordeiro me passou uma piada do site Cocadaboa sobre isso: “Nada como uma morte para tirar a nação do luto”. ACM não vai deixar saudades.

Infelizmente ele vai deixar herdeiros que seguem a mesma linha, contaminando cada vez mais a nossa tão combalida e anti-ética política."



Vai o Coronel baiano, levando em sua esteira, quase anônimo, Nélio Dias (presidente do PP). O morto ilustre homenageado e cuspido talvez mantenha ocupados aqueles que se viam ora debruçados em tentar fazer o avião da TAM cair na cabeça de Lula. Ou talvez não...

ACM está morto, mas fez escola. Vamos abrir uma cerveja e festejar, porque festejar é bom, mas não vamos nos descuidar demais...
o resto da corja ainda ronda por aí.

Quanto aos mortos inocentes que estão para virar joguetes de oposição, que possam descansar em paz -- Mas ACM já vai tarde.


UPDATE:
Segundo a Globo, ACM já havia morrido antes, mas ressucitou. Por fim, acabou morrendo de novo. Será uma tentativa da vênus platinada de transformar ACM no novo messias? É bem a cara da Globo. :)

Globo dá uma de moleque espiando a vizinha, e conta para todo mundo...

O que há de errado com esta matéria?

Assessor de Lula reage com gestos obscenos à notícia de defeito no avião da TAM

Plantão | Publicada em 19/07/2007 às 23h46m

O Globo Online; O Globo

Marco Aurélio Garcia flagrado no gabinete do Planalto ao lado de assessor / Foto: reprodução de TV

RIO - O assessor para Assuntos Internacionais do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, e seu assessor de imprensa, Bruno Gaspar, reagiram com gestos obscenos à notícia de que o avião da TAM tinha um defeito no reverso da turbina .

Imagens divulgadas pela GloboNews TV na noite desta quinta-feira mostraram Garcia e Bruno de pé, na sala do assessor de Lula, no terceiro andar do Palácio do Planalto, vendo o Jornal Nacional no momento em que o telejornal deu a notícia.

Quando o apresentador William Bonner informou que a aeronave apresentava defeito, e que a TAM já sabia do problema, o assessor do presidente fez o movimento de espalmar umas das mãos e bater contra a outra, fechada, num gesto popular que significa "se f...". Na seqüência, Bruno faz uma encenação com os braços, simulando o gesto de copular, que tem conotação semelhante à anterior.

A cena foi capturada por um cinegrafista da Rede Globo, posicionado do lado de fora do Palácio do Planalto (veja o vídeo) .

No final da noite, em entrevista ao Jornal da Globo, Marco Aurélio Garcia negou que estivesse comemorando, e tentou justificar seu gesto intempestivo em relação à notícia sobre o problema mecânico com o avião da TAM.

- Essas imagens refletem minha indignação frente a uma determinada versão que se quis passar para a opinião pública, que creditava ao governo a responsabilidade de um acontecimento dramático. É indignação porque não se trata simplesmente de jogar a responsabilidade nas costas do governo. Trata-se de explorar uma tragédia na qual morreram 200 brasileiros. Então, isto é um sentimento de indignação, é uma reação privada que qualquer pessoa de bom senso teria neste momento - disse Garcia.

O gesto obsceno provocou reações indignadas entre parlamentares, como Pedro Simon (PMDB/RS) e Rodrigo Maia (DEM/RJ).

(texto "roubado" da Globonews, que não costuma deixar as pessoas copiarem seus textos. Parabéns pelo egoísmo e pela cara de pau, dona Globonews.)


E então? Viram o que há de errado com esta matéria?

Que agência de notícias de respeito posta cinegrafistas do lado de fora da sede de um governo nacional para ver a reação particular de funcionários dentro de seus gabinetes ao receber as notícias dadas pela mesma? Isso não apenas é invasão de privacidade. É invasão planejada de privacidade! A Globo está (como de costume) indo longe demais para alcançar seus objetivos.

E por que é que ninguém postou câmeras do lado de fora do gabinete dos deputados e senadores do PSDB e do DEM(o) quando a Globo estava espinafrando o governo por conta do acidente, ou veiculando o vídeo citado na matéria acima?

Porque não interessa! Neste jogo de mocinho e bandido que a mídia brasileira joga com a cabeça de seu público, neste momento interessa dizer que o governo é mau e a oposição é boazinha. A merda é que as pessoas caem neste jogo, o que força um assessor a ter que se desculpar pelos gestos que fez em um lugar onde, em tese, tinha privacidade.

Para a Globo, tudo vale para atingir seus objetivos, e apenas os seus objetivos. Infelizmente entre eles está atacar o governo Lula de todas as formas possíveis (leais ou desleais), mas não está fazer um jornalismo de qualidade e equilibrado.
Aliás, que empresa de notícias faz jornalismo "de qualidade e equilibrado" neste país?

É feio um homem adulto comemorar uma notícia sobre uma tragédia que salva seu governo de mais alguns ataques? E espionar as pessoas, e mentir, e ocultar informações, é o que?

É a Globo.


quinta-feira, 19 de julho de 2007

Sobre o acidente do JJ 3054 da TAM, e sobre os posts que não consigo escrever...

Eu acho que já estava ficando meio alto de cerveja e alegria no velho -- e caquético -- Barzão quando uma amiga chegou me avisando do acidente em Sâo Paulo. Pouco se sabia até então sobre o Airbus da TAM que havia passado direto pela pista, se chocado com o depósito de cargas da mesma empresa e explodido matando todos os passageiros. Foi a primeira vez que vi a televisão do bar, geralmente usada como monitor do circuito interno (vocês já viram boteco com circuito interno de TV? pois é...) ser sintonizada em um canal de TV aberta. Lá estava o prédio em chamas, e a coisa parecia ser muito séria e pesada.

Logo que cheguei em casa, e pelos últimos dois dias, li todas as matérias de todos os jornais sobre o assunto. Rodei a blogosfera, absorvi todas as informações possíveis. Conversei com um ex-piloto que havia trabalhado com o co-piloto do avião acidentado, rodei sites sobre teoria aeronáutica...
em suma, fiz todo o dever de casa de um bom blogueiro para se escrever um post polpudo sobre o assunto.

Mas, quando me sentei para escrevê-lo... não saiu.

Foi então que entendi que tenho um sério problema com a obrigatoriedade de escrever posts. Ter que escrever alguma coisa é quase garantia de me ver não querendo escrever nada. E no que tange ao trabalho criativo, não querer é próximo de não fazer. E assim, nada de "post sobre o acidente".

E nem preciso dizer nada. O Intermezzo (e a Intermezzo-Lista) já fez uma excelente cobertura da história (desde o princípio, falando de micos dos jornais, comentando a cobertura estrangeira, e dando updates do assunto na midia), o Alex Primoapontou o dedo nas burradas cometidas pela globonews, o assunto apareceu lá no Global Voices em Português também, e outros blogueiros já escreveram bons textos sobre o assunto.

No fim das contas, tudo que tenho a acrescentar está na conversa que tive por email com o meu amigo aviador Z.C., da qual reproduzo alguns trechos abaixo:

Duende: Segundo os jornais, os peritos acreditam que que o acidente pode ter sido causado por um toque tardio (além da marca de 1000), ou pela perda do controle do avião por parte do piloto.

Z.C.: Possivelmente o toque ocorreu após a marca dos 1000 pés (300 mts.). Ele, também, estava muito veloz, fato que piora sobremaneira a situação. Acredito que o avião estava pesado, próximo ao peso máximo de pouso. Acho que ele pode ter perdido o controle durante a freagem devido aquaplaning, mas não devido à arremetida. Não creio que ele estivesse arremetendo. Para mim ele tentou parar a aeronave dentro da pista e, quando viu que não ia dar, tentou um "cavalo de pau" para não cair de frente no viaduto sobre a Av. Bandeirantes. Ele tentou quebrar de lado, entende ?

Duende: Afirma-se que o piloto arremeteu ao final da pista, mas não conseguiu decolar. O relato de que ter-se-ia ouvido no rádio os gritos de "vira, vira, vira" do co-piloto corrobora isso, principalmente se a informação de que na verdade ele estaria gritando "gira, gira!!" (o que no jargão, corrija-me se eu estiver errado, significa "girar" o nariz para cima para decolar) for verdadeira.

Z.C.: É bem possìvel que o co-piloto tenha gritado "vira-vira etc". Esse garoto era muito bom profissional. Foi meu co-piloto no 737 na Varig e era bem acima da média. Só não entendo porque os gritos dele saíram na fonia aberta. Alguém abriu o microfone dentro da cabine. Aliás, acho que aquela cabine estava lotada de gente e que foram quebrados alguns procedimentos operacionais devido à interferências e desatenções.

Duende: Mas a arremetida faria sentido apenas no caso da primeria hipótese (toque tardio).

Z.C.: Correto.


Duende: Não se tenta arremeter e decolar em uma situação de aquaplanagem ou perda de controle na pista, não é?

Z.C.: Absolutamente correto, mas em aviões pequenos até dá para pensar numa arremetida

Duende: Por outro lado, o aumento da velocidade pode ser dado à perda de aderência que prejudicou a frenagem e levou o avião a voltar a acelerar? O "vira vira" ouvido no rádio pode ter sido uma tentativa desesperada de tentar dar um "cavalo de pau" no avião? Isso não fez sentido pra mim.

Z.C.: Mais uma vez, acho que vc está correto.

Duende: Resumindo... se o piloto perdeu o controle do avião, por que acelerou?

Z.C.: Não creio que ele tenha acelerado, acredito mais que ele tenha entrado veloz e que tenha tido dificuldade de parar o avião dentro da pista.

Duende: Se o avião acelerou por causa da perda de controle, o que quereria dizer o 'vira vira'? se tocou tarde, por que não consegiu decolar de novo? acredito ser relativamente normal se abortar um pouso por um toque tardio, não?

Z.C.: Ele só tentaria uma arremetida se fosse logo após o toque, antes de armar o reverso. Não conheço muito bem o automatismo dos Airbus; voei muito a linha Boeing, mas depois que se arma o reverso dos motores não se recomenda tentar uma arremetida, especialmente em Congonhas onde as condições são críticas.


Duende: Além disso, você acredita que estas afirmaçoes preliminares que chegaram na midia, culpando os pilotos ou eventualmente o aparelho, podem ser uma tentativa de acobertar a irresponsabilidade da Infraero em liberar a pista?

Z.C.: Com certeza !!


Duende: Será que o piloto errou mesmo, ou foi totalmente vitima de uma pista péssima e perigosa em tempo ruim?

Z.C.: Pode ser que o cara tenha errado e eu acredito que ele tem grande parte da responsabilidade, mas, como já lhe disse, um acidente ocorre devido a uma série de eventos e fatores que culminaram naquele momento, provocando aquele acontecimento. As condições da pista, tenho certeza absoluta, foram fatores determinantes para a ocorrência do acidente.


Duende: São muitas perguntas né? Mas estou escrevendo uma matéria a respeito e acredito que suas respostas podem me dar uma luz.

Z.C.: Espero ter esclarecido alguma coisa.



Em um outro email, este mesmo amigo também me passou suas impressões depois de assistir os vídeos da câmera do aeroporto:



Duende: Pelo que eu entendi, a hipótese da perda de controle da aeronave depois do toque é a mais razoável. Esta perda de controle teria acontecido por vários fatores, como o tempo, as condições da pista, o peso do avião, eventuais falhas do piloto... e depois disso, tudo que aconteceu foi uma tentativa desesperada por parte dos pilotos de se parar a aeronave, sem sucesso. A curva para a esquerda descrita pela aeronave ao sair da pista, atravessar a avenida e bater no depósito, pode se dar então à uma tentativa frustrada do piloto em "quebrar de lado"?

Z.C.:
Isso mesmo, Daniel.
Acho que ele tentou dar um cavalo de pau, mas, diante do vídeo que assisti faz pouco tempo no Jornal Hoje, pode ser que ele tenha tentado uma arremetida desesperada. Parece que ele já tinha acionado os reversos e, ao perceber que não ia parar na pista, tentou uma arremetida já quase na cabeceira oposta. Digo isso por que, pouco antes do impacto numa filmagem feita pela Infraero, aparece uma labareda de fogo saindo da turbina esquerda. Isso pode ter sido provocado por um "overbooster" de combustível, o que provocaria um "stall" de compressor com consequente perda de potência naquele motor (esquerdo). Nesse caso, a aeronave tenderá a girar para o lado onde haja menos potência (esq.), visto que cria-se um momento de torção lateral entre o motor direito (full power) e o motor esquerdo (sob "stall").
Minhas questões ainda persistem:
1- Quem abriu o microfone ?
2- Havia excesso de velocidade na aproximação.
3- Se havia potência de arremetida o avião deveria ter entrado voando, jamais se arrastando sobre o solo, mesmo após a queda desde a cabeceira. A distância é muito pequena, por isso ele deveria ter voado, a menos que estivesse com o "speed brake" e os reversos acionados, entende? Nesse caso ele estaria tentando parar o avião e não arremetendo.
O vídeo deixa essa dúvida.


Por hora é isso.

Aproveito a oportunidade para dizer que me solidarizo com a dor de todos os familiares e amigos das vítimas deste terrível acidente. Passei por Congonhas umas 6 vezes em minhas idas e vindas do Rio para Brasília, e em uma delas o avião em que eu estava chegou a derrapar um pouco na hora do pouso. Eu pude ver, neste dia, os prédios próximos ao fim da pista e pensar em como seria terrível um acidente ali. Isso foi uma das coisas que mais me chocou ao saber deste acidente. Eu estive lá, e ele poderia ter acontecido comigo ou com qualquer um de nós. Para as vítimas, só podemos esperar justiça. Para os parentes das vítimas, força e serenidade sempre. E que a verdade sobre este acidente venha à tona e ajude a que sejam tomadas medidas para que isso não aconteça novamente, nem lá nem em nenhum outro lugar.

E no fim das contas, eu acabei escrevendo um arremedo de post sobre o acidente, não é mesmo?

Abraços do Verde.

muita fome e "slow food"

Morrendo de fome, já passado um bom tempo da hora do almoço, decidido a não comer nada da comida velha ou pré-fabricada que grassa em minha cozinha, frustrado por ter passado os últimos dois dias juntando material para um post que não consigo escrever...

Eis que me chega por email a dica do Marcelo Terça-Nada!

Slow Food no Brasil
O movimento Slow Food surgiu na Itália em 1989 como contraponto ao fast-food, mas vai muito além disso: é uma associação internacional que reúne pessoas apaixonadas por gastronomia, comunidades de pequenos produtores de alimento, pesquisadores, chefs de cozinha, cozinheiros e gourmets. Realiza diversas ações para preservação da biodiversidade e pela adoção do consumo consciente (também chamado de consumo crítico). É um movimento que celebra o prazer de se alimentar, valoriza os modos tradicionais de se preparar os alimentos e brinda a variedade e a qualidade da comida. Hoje o Slow Food conta com mais de 80 mil associados em 120 países.

O Slow Food Brasil lançou seu site www.slowfoodbrasil.com para divulgar suas ações no país; estimular que mais pessoas se envolvam e se associem; e para reforçar ainda mais os laços entre os consumidores, acadêmicos, ecogastrônomos, chefs de cozinha e produtores de alimento.


Ai que vontade de comer comida de verdade... :)

Acho que vou sair pela cidade à cata de um restaurante decente para comer algo gostoso...

terça-feira, 17 de julho de 2007

Sobre o valor real de, a princípio, se falar a mesma língua...

"Nós queríamos celebrar o Dia da Lusofonia, como uma oportunidade de blogar a respeito do recente lançamento do site do Global Voices em Português. Uma 'googlada' rápida nas palavras-chave nos trouxe que o 17 de julho foi inspirado na fundação da CPLP[EN], mas conforme seguimos com as buscas, outras datas apareceram, como o 31 de maio do Dia da Língua Portuguesa da UNESCO e o 5 de novembro recentemente proposto pelo Brasil. Uma vez que não conseguimos encontrar uma concordância no mundo lusófono a respeito do dia para se comemorar suas conexões, nossa blogada a respeito do Dia da Lusofonia se transformou em uma pergunta: qual o sentido da Lusofonia através das muitas blogosferas falantes do português?"


Assim começa o artigo que escrevi junto com o Zé Murilo sobre o Dia da Lusofonia, que segundo a CPLP é comemorado hoje. O artigo original está publicado no Global Voices Online, e a tradução que acabo de fazer dele para o Global Voices em Português está aqui.

Neste dia em que, para alguns de nós, se comemora a integração entre os países lusófonos, a pergunta levantada pelo texto é muito pertinente. O que significa esta conexão linguística que faz a ponte sobre todos os abismos que separam os oito estados lusófonos do planeta? Será esta ponte segura, ou apenas um enfeite no qual não se deve confiar? É possível se pensar em uma cidadania lusófona, em uma verdadeira integração cultural dos falantes de português? Estas, e mais algumas questões, você encontra sendo discutidas pela blogosfera, e algumas delas são abordadas no artigo.

Segue a nossa conversa lusófona...



(documentário "Lusofonia, a (r)evolução", também citado em nosso artigo)

"You don't care about us" ou "O Technorati não quer saber de mim".

You're at the wrong place,
you're on the back page,
you're in the getaway... car.
You don't care about us... oh oh.
(you don't care about us - placebo)

Estava zanzando pelo Technorati ainda agora, quando um popup (pensei que isso estava fora de moda!) me avisou que a Nielsen Media Research (o Ibope do Tio Sam) estava fazendo uma pesquisa sobre os usuários do Technorati.

Como sou um cara bacana, resolvi aceitar a tal pesquisa que -- o popup já avisava -- levaria uns 10 minutos. Mas logo na segunda tela, quando respondí que não morava nos EUA, recebi uns agradecimentozinhos frios numa paginazinha sem graça, dizendo que por hora os dados sobre os usuários não norte-americanos não são relevantes para a pesquisa.

Em que mundo o Technorati vive? Acho que é um mundo que está ficando meio velho, não?


p.s. sim, eu estou me divertindo em misturar músicas aparentemente desconexas com meus posts. e bobear, vira hábito. :)

Chop Suey ou A China Misteriosa

Wake up,
Grab a brush and put a little (makeup),
Grab a brush and put a little,
Hide the scars to fade away the (shakeup)
Hide the scars to fade away the,
Why'd you leave the keys upon the table?
Here you go create another fable
(Chop Suey - System of a Down)


Como nos informa o John Kennedy no Global Voices, O governo chinês anda censurando até relatórios do Banco Mundial ultimamente (não que os relatórios do B.M. primem pela honestidade, mas...):

Semana passada viu-se[EN] que o governo chinês convenceu[EN] o World Bank [Banco Mundial], [EN], a remover o número de mortes prematuras – 750.000[EN] a cada ano na China[EN] devido à poluição do ar e da água[EN] - junto com mais 30% do conteúdo, do relatório Cost of Pollution in China[Custo da Poluição na China], [EN], alegando que a verdade[EN] fomentaria inquietações sociais[EN] , e mais tarde[EN] dizendo que o relatório ficaria muito espesso[EN].


Mas isso não é tudo. Ao que parece as informações sobre a China andam esparsas tanto para quem está dentro quanto para quem está fora, como aponta a Oiwan Lam também no Global Voices em Português.

Postive solutions comenta, com toda razão, que: existe uma sede enorme por informações sobre a China, tanto internamente quanto do estrangeiro, mas ninguém tem os recursos/inclinação para saciar essa sede, e em vez disso todo mundo está bem satisfeito em usar informações de segunda, terceira e até quarta-mão[EN].

A China está levando um pouco longe demais a sua vocação para "terra misteriosa". Fazem mistério (ou inventam novas lendas) para o mundo sobre o que se passa lá dentro, assim como fazem mistério para seu próprio povo sobre o que acontece no mundo além de suas muralhas. E por falar em mistério, quantas pessoas morreram, enfim, no Massacre da Praça da Paz Celestial? (é claro que vocês lembram disso, não lembram?).

Bicicletas contra tanques (foto representativa, simbólica do massacre chinês). A bicicleta, partida ao meio e piso afundado são as trihas resultantes da passagem do tanque por lá
Bicicletas contra tanques (foto representativa, simbólica do massacre chinês). A bicicleta, partida ao meio e piso afundado são as trihas resultantes da passagem do tanque por lá


E nós da pizzaria do ninguém sabe e ninguém viu, ainda conseguimos achar isso absurdo? Ou serei só eu que acho que o mundo está virando pelo avesso?

segunda-feira, 16 de julho de 2007

de volta ao trabalho...

depois de um excelente (e merecido) final de semana offline cuidando as coisas boas da vida, é hora de voltar ao trabalho.

vamoquevamo...

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Colaborando em português com as Vozes Globais.

As novas colaboradoras do Global Voices Online em Português estão dando um show.

Paula Góes, que também escreve o Talqualmente e lançou há pouco tempo a Liga dos Blogues sobre Tradução, fez um excelente trabalho de tradução nesta que foi sua primeira semana. Parabéns mesmo, Paula!

A Adriana Yamashita também chegou muito bem, e já traduziu seu primeiro artigo.

Eu, por minha vez, acabei fazendo feio e não tive tempo de traduzir tanto quanto gostaria nesta semana. Mas na semana que vem vou fazer o possível para voltar com força total.

Se você também quer colaborar com o Global Voices em Português traduzindo ou difundindo seu conteúdo, entre em contato comigo e venha fazer parte do nosso time.

Abraços apertados do Verde.

AINN: Liberdade de expressão, jornalismo cidadão ou não, imparcialidade de notícias e os chorões da Veja.

Tem discussão interessante rolando no AINN:

" A liberdade de imprensa é vista, por mim, na sua forma mais natural na
medida em que todos conseguem se expressar (se vão conseguir ser
ouvidos é outro problema!), mas existe uma diferença qualitativa entre
a informação que coloco num blog e uma emissora coloca num blog. Eu
quando falo está claro que é minha opinião! A 'grande' imprensa quando
se expressa, nunca está claro se está querendo ser imparcial ou não!
Esta confusão não é clara para a maior parte da população, que lê a
reportagem da VEJA, da GLOBO, do SBT, da BANDEIRANTES, etc como se
fossem expressões imparciais informando apenas fatos ocorridos ou com
leituras mais próximas à equilibrada."
(Mauricio Menezes no thread 'Reinaldo denuncia censura em seu blog')

Se você ainda não faz parte da AINN, nunca é tarde pra entrar na conversa.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Construa e eles virão...

A semana de trabalho no Global Voices em Português começa muito bem. Além das adoráveis manifestações de interesse que recebi nos últimos dias, e que espero que rendam excelentes colaborações neste nosso trabalho (sejam sempre muito bem vindas, Paula e Adriana!), o Global Voices já ganhou também destaque na Liga dos blogues sobre tradução:

O mundo está falando - você está ouvindo?

Escrito por Paula Góes ligado Julho 7th, 2007

Esse é o slogan em português do projeto Global Voices, um projeto bem interessante que tem como meta “agregar, selecionar e amplificar a conversação global online - iluminando locais e pessoal que outras mídias geralmente ignoram”. A seção em português acaba de ser inaugurada, com traduções de notícias sob o comando de Daniel Duende, e o site é traduzido ainda para o chinês, bengali, espanhol, francês e russo.


Desde já agradeço um bocado à Paula -- tradutora, blogueira e, espero, muito em breve uma de nossas colaboradoras no Global Voices em Português.

E se você também quer colaborar com o Global Voices Online em Português, não se acanhe. Entre em contato. Deixe um comentário por aqui (não esqueça de incluir um email de contato), ou entre em contato comigo pelo email daniel.carvalho[at]gmail[.]com


UPDATE:
O Diablo Rojo soltou um post legal (em espanhol) sobre o projeto Global Voices Lingua, inspirado por este outro post (em inglês) do neweurasian. É o Lingua na língua do povo blogosférico, em muitas línguas. (acho que em breve vou me inspirar no post deles para escrever um também para a nossa língua).

sexta-feira, 6 de julho de 2007

"Mais um dia de trabalho pesado no Global Voices em Português" ou "Chicoteiem o escriba..."

Hoje foi mais um dia de trabalho insano no Global Voices em Português. Quatro traduções feitas nas últimas 10 horas, para a soma de 10 traduções nesta semana. O trabalho valeu a pena. Mas vai valer mais a pena ainda se você for lá dar uma olhada e ver o que temos nesta semana no Global Voices em Português.

E se você estiver interessado em colaborar com o Global Voices em Português, traduzindo ou difundindo seu conteúdo, entre em contato comigo. (Mas se for deixar um recado aqui no blogue, por favor deixe um email para contato)

Abraços do Verde.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Viva o Ócio Criativo

"Contudo, a plenitude da atividade humana é alcançada somente quando nela coincidem, se acumulam, se exaltam e se mesclam o trabalho, o estudo e o jogo; isto é, quando nós trabalhamos, aprendemos e nos divertimos, tudo ao mesmo tempo. (...) É o que eu chamo de 'ócio criativo', uma situação que, segundo eu [penso], se tornará cada vez mais difundida no futuro."

~ Domenico de Masi, O Ócio Criativo

(estava procurando por esta citação há tempos, e a encontrei no 'about' de um blogue com o mesmo nome)


Assino embaixo. O trabalho como é pensado hoje, e já há tempo demais, ainda tem mais a ver com o "tripalium" medieval do que com o ofício dos velhos artesãos que conheciam o amor pela obra bem feita. Só o prazer gera frutos bons. O sacrifício é uma desgraça.

Mas eu ainda preferia ser pago só pra existir...
(é uma piada interna, mas com fundo de verdade)

Rapidinho...

Como era de se esperar, o espertinho Renan Calheiros já se prepara pra sair de fininho...

O cheiro de pizza na esplanada está, como de costume, insuportável. Será que o coroné Roriz também vai partilhar da pizza?

Será que eles não tem vergonha?



Tem horas que o parlamento brasileiro me enche de vergonha do alheio.

A companhia foi debandada, mas os bons soldados não desistem jamais

O NoMínimo morreu, ou foi massacrado pelo desinteresse dos anunciantes ou do público geral de noticiosos, mas os seus corajosos blogueiros -- combatentes? -- não se deram por vencidos. Pedro Dória, Carla Rodrigues, José Paulo Kupfer, Luiz Antônio Ryff, Ricardo Calil e Sérgio Rodrigues já estão de volta ao front blogosférico para continuar seu trabalho e sua luta pelo bom texto jornalístico/bloguístico e pela qualidade da informação.

No mínimo eles merecem aplausos. Penso eu que eles merecem muito mais. Um brinde aos incansáveis combatentes da extinta companhia NoMínimo, que não (nos) abandonaram (n)a selva jornalística brasileira.

A dica foi do Idélber Avelar, do Biscoito Fino e Massa, que também está elogiando o Global Voices em Português. Valeu também Idélber!

Procura-se

Alguém viu a minha capacidade de concentração por aí?
Passei o dia inteiro procurando por ela. Procurei dentro da geladeira, debaixo das cobertas da cama, dentro das panelas, dentro das malas... mas não a encontro em lugar nenhum.

E a "to do list" só vai aumentando, enquanto eu fico vendo elefantes azuis passeando pelas paredes...

terça-feira, 3 de julho de 2007

Al-Jazeera no YouTube

O Mohamed Nanabhay deu a dica num dos grupos de discussão do GVO, que a AlJazeera, canal árabe de televisão que é tido como um dos importantes centros de cobertura jornalística do Oriente Médio e Norte da África, está disponibilizando partes de sua programação em árabe e inglês no youtube.

Quem estiver interessado, pode dar uma olhada:
http://www.youtube.com/aljazeerachannel - programação em árabe. está começando a ser disponibilizada agora.
http://www.youtube.com/aljazeeraenglish - programação em inglês. já tem um bocado de material disponível por lá.

É nóis na Coordenação do Global Voices Lingua em Português.

A indicação saiu no final de semana passado (30/06 01/07), mas eu não tinha tido tempo de blogar a respeito por aqui ainda. Sou agora oficialmente o Coordenador do Global Voices Língua em Português, o que quer dizer que todo o trabalho que tive nas últimas semanas valeu a pena, e que terei muito mais trabalho daqui para frente.

De qualquer forma, vai ser uma alegria trabalhar com isso.
Boa sorte para todos os colaboradores do Global Voices Online e do Global Voices Lingua (inclusive o em Português). Vai ser um trampo bacana! :)

Quem quiser saber mais sobre o Global Voices Online ou sobre o Global Voices Lingua em Português, pode ler estes posts aqui, aqui e aqui, ou entrar em contato comigo pelo email daniel.carvalho[at]gmail.com.

Estamos também precisando de tradutores voluntários para o Global Voices em Português. Trata-se de pessoas que dominem o inglês e o português, e a tradução de textos inglês-português, e que tenham disposição e disponibilidade de fazer algumas traduções voluntárias. Em breve pretendo começar a premiar os melhores e mais produtivos tradutores do site. Os interessados devem entrar também em contato comigo pelo daniel.carvalho[at]gmail.com.

Abraços do Verde.

Quando MSN e trabalho não se misturam bem...


Não há nada de errado em se conversar coisas mais ou menos sórdidas no MSN enquanto se trabalha. O problema é quando você acidentalmente cola a sua conversa no lugar errado e ela sai publicada no Diário Oficial...

(dica do PutsGrilo!.com)

Simbecis 2

Eles estão de volta!
Mais autênticos do que o Big Brother Brasil,
mais coerentes do que os sitcoms da Fox...
os Simbecis estão de volta à Simlândia.



Saquem lá o movimento.