Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

a hora de parar e sair por aí...

Todo blogueiro ou, seria melhor dizer, toda pessoa que escreve conhece aquele momento em que tem que escrever sobre uma ou muitas coisas e tenta... tenta... tenta, mas não sai nada. Não é falta de inspiração nem muito menos falta do que dizer. Não é falta de assunto nem de vontade ou esforço. É uma falta ou excesso de sei-lá-o-quê, que trava nossas engrenagens literárias e blogueiras e não permite que saia mais nada.

Quando você começa a escrever o mesmo post pela quinta vez, depois de tê-lo apagado nas outras quatro vezes ao perceber que nem sabia mais do quê estava falando neles...

Quando você começa a sentir desespero e questionar o sentido da vida e de blogar, e a pensar em todos os probleminhas que você tem que resolver e que ficam para depois porquê você está ali tentando escrever, e ainda assim não consegue escrever...

Quando você percebe que não lembra mais da cara do porteiro do seu prédio e nota que tem saudades de todas as vezes que sentou com um amigo ou amiga para tomar uma cerveja...

Enfim... quando o escrever vira um sofrimento e mesmo assim nada de útil é produzido, é hora de sair de casa e se lembrar que você mora em Copacabana e tem uma praia, um mar, um céu e uma cidade linda e cheia de vida lá fora.

Nem sempre se pode ser Deus. Disso eu já sabia.
Mas digo-lhes também...
Nem sempre se pode ser blogueiro.


Vou sair por aí. Volto quando, mais do que ter algo a dizer, eu tiver prazer também em dizê-lo.

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