Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sexta-feira, 17 de março de 2006

A chuva vinha de longe. Para lá de lá do Lago Norte, trazida pelo vento alto e silencioso. Estávamos terminando de resolver as negociações dos móveis novos do Ninho dos Escorpiões. Fechado dentro de um carro de vidros embaçados na confusão do trânsito da comercial da 316 norte, eu podia ver a chuva como um borrão cinza mais cinza que o cinza do céu. Quando descí do carro para entrar no banco, voltei a olhar para o céu. Estava tão lindo agora, sem vidros embaçados a me separar dele, que todas as nuvens escuras que porvoavam dentro de minha cabeça foram embora, tomadas pelo respeito por aquela nuvem colossal que reinava no céu.

Parei e sorrí para o céu de cobalto.

"Que nuvem linda! Obrigado, mamãe!"

E é assim que o céu consola um Duende. :)

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