a noite é sempre tão amiga
e o dia é sempre tão claro...
eu sou uma criatura da noite.
o mundo é que está ao contrário.
Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.
terça-feira, 30 de novembro de 2004
É tudo humano. Tudo que vemos, que criamos, que descobrimos, tem a marca humana. É uma marca indelével, signo inescapável da natureza deste mundo. Não o mundo, a terra com sua natureza própria e suas leis. Não o mundo dos deuses, mas este mundo. Este é um mundo humano, e tudo que nele há, é inegávelmente humano em sua essência enquanto algo percebido... por um humano.
Mesmo nos mitos, onde a figura humana não pode mais ser vista depois das alterações providas pelas eras (e pela imaginação humana), é tudo uma parte da essência humana. Quando me chamo de Duende, não estou negando minha humanidade. O Deus com Chifres, os espíritos das coisas, tudo é tocado pela essência maior da humanidade real (e não esta humanidade como a percebemos, prisioneira de sua criação).
Este é um blog para humanos, pq somos humanos.
segunda-feira, 29 de novembro de 2004
...então eles te combatem...
Achei no blog do Wanderson Berbert (via Planet Viva o Linux!) um post interessante sobre uma megacorporação entrando em desespero... tenham pena, os velhos nerds da velha economia não sabem mais o que fazem :)
"Li em uma reportagem do folha online que a Micro$oft estava advertindo empresas que aderissem ao sistema operacional de código livre que estas poderiam ser processadas pois o software livre, segundo a Micro$oft, fere mais de 100 patentes e propriedades intelectuais, portando era mais lucrativo continuar com o MS. Esta declaração foi dada depois que várias empresas da Europa terem declarado que irão migrar para o software livre..."
(clique aqui e leia o post inteiro no blog do Berbert)
Relembrando o post do Murilão sobre o FUD e o desespero da Micro$oft, fico me perguntando se isso não é mesmo o sinal de que eles estão sacando que estão perdendo a briga que eles mesmo começaram. Antes eles riam. Bom sinal... :)
Semiótica
mais uma (citação) do Hernani Dimantas, do Marketing Hacker
quando combinamos ícones e mouse criamos uma nova linguagem. que não há verbos. apenas ação.
-- Steven Johnson
Nomadismo como norma
Hernani Dimantas, o carequinha legalzão do Marketing Hacker, citando Maffesoli.
Quando penso no retorno do nomadismo, sei que há, ao mesmo tempo, o desenvolvimento tecnológico. Um dos elementos desse nomadismo é a Internet, isto é, como se vai reutilizar a tela para, de uma maneira horizontal, entrar em contato com pessoas, participar de fóruns de discussões filosóficas, pesquisas sexuais, espirituais... Um das definições que atribuí à "pós-modernidade" é a sinergia entre o arcaísmo e o desenvolvimento tecnológico. É verdade que o nomadismo é uma boa ilustração disso. Simultaneamente estou em casa diante do computador e posso estar ligado aos quatro cantos do mundo em função de meus gostos. É uma espécie de contração do tempo e do espaço.
-- Maffesoli
Eu sou desta terra
e de lugar nenhum.
Eu estou nesta terra
em todos os lugares,
sem ser de lugar algum.
Faça como a Rossana, "Espalhe essa idéia!"
Um post legal da Rossana (do Wumanity) sobre um tema com o qual tenho uma ligação especial...
Em seu blog, a Rossana disse (e muito bem dito):
"O Site do câncer de mama está com problemas pois não têm o número de acessos e cliques necessários para alcançar a cota que lhes permite oferecer 1 mamografia gratuita diariamente a mulheres desprivilegiadas.
Demora menos de um segundo para ir ao site e clicar na tecla
cor-de-rosa que diz "Free Fund Mammogram". Isto não custa nada e pelo número diário de pessoas que clicam, os patrocinadores (Avon, Tupperware,...) oferecem a mamografia em troca de publicidade.
Vamos visitar o site e clicar na doação, vamos também divulgar esse problema e o link do site nos nossos blogs, para que as mulheres que não podem pagar pelo exame não fiquem sem assistência!"
http://www.cancerdemama.com.br
Vai lá, dá uma clicada...
Para você não custa nada
mas para quem precisa faz toda a diferença.
"Blogvangelização"
Estou de volta à blogosfera. Tá na hora de comentar que é interessante (e dar alguma coisa interessante para ler aos subscribers do meu feed no bloglines)
Boa blogada da Su.
Vale a pena dar uma olhada...
"Will R comenta o artigo que referi no post anterior e isso mostra que os leitores de conteúdo (no caso o bloglines) me fizeram encontrar tanto o artigo, quanto os comentários que ele gerou na blogosfera.
No seu comentário ele reflete sobre a idéia de convencer professores que devem construir sítios próprios onde possam divulgar quem são, o que fazem e, também, interagir com seus alunos, divulgar conteúdo etc. - Porque simplesmente não criam um blog? - pergunta ele. Um blog que faça o mesmo e, além disso, disponibilize um endereço rss que uma audiência específica e interessada pode subscrever..."
Pois é. Depois da invasão inicial da baixa cultura internética ("oba, vamos todos ter sites e fazer sites sobre tudo...", estamos agora no momento de sacar que existem formatos para cada tipo de fluxo de informação, e para cada tipo de informação.
Se a informação é referencial (uma casa noturna, um grupo estabelecido de swing e adoração sexual com cera quente, um órgão público...), é de boa forma construir um site com os dados fixos sobre o referido e neste site encaixar um blog com as notícias (não esquecer de disponibilizar feeds RSS e mecanismo de comentários...). Se a natureza dos dados é por si só dinâmica (a página de um professor universitário, como no exemplo, ou o diário de uma viagem... ou de qq outra atividade) vale muito mais a pena se desestressar da idéia de construir um site e fazer apenas um blog.
É uma lembrança muito boa de se ter que o WebloggerTerra, e outros (como o Blig) não são blogs, pois não disponibilizam permalinks nem feeds... além dos templates horríveis.
"Blogueiros fazem melhor com os dedos..."
Eu e Metal (o de Alma Alucinada que tem uma lua só pra ele dentro da cabeça) descobrimos pratos exóticos no restaurante do Ministério das Cidades. Sopa Ensopada (que definitivamente era a sopa com o maior grau de "sopidade" que eu já vi) e "Angu Desapimentado" eram alguns deles. Risadas gratuitas do cotidiano de funcionário público...
Murilão e a Máquina de Ritmo do Gil
Fazendo o link, muito atrasado, para o excelente post de meu irmão sobre as ótimas notícias musicais e culturais de Gil+Articuladores em SP.
"...Neste último sábado (20/11) a galera dos articuladores xemelentos esteve reunida com o Ministro Gilberto Gil para demonstrar as possibilidades dos aplicativos que comporão a ilha de edição de áudio e vídeo totalmente equipada com softwares livres, os quais farão parte dos kits a serem distribuídos nos mais de 100 Pontos de Cultura do Brasil. Na cadência da exploração das infinitas possibilidades, o Ministro sacou seu violão e apresentou (canalizou?) uma composição inédita, absurdamente sintonizada com o que vai na cabeça da galera, e que já sai do forno como conteúdo licenciado pela Creative Commons. Pode ripar, mixar, samplear, queimar..."
(leia o post inteiro no Ecologia Digital)
E dá-lhe Murilão!
domingo, 28 de novembro de 2004
My friend assures me it’s all or nothing
I am not worried- I am not overly concerned
My friend implores me for one time only,
Make an exception. I am not not worried
Wrap her up in a package of lies
Send her off to a coconut island
I am not worried - I am not overly concerned
With the status of my emotions
Oh, she says, were changing.
But were always changing
It does not bother me to say this isn’t love
Because if you don’t want to talk about it then it isn’t love
And I guess I’m going to have to live that
But, I’m sure there’s something in a shade of gray
Or something in between
And I can always change my name if that’s what you mean
My friend assures me it’s all or nothing`
But I am not really worried
I am not overly concerned
You try to tell your self the things you try tell your self to make
Yourself forget
To make your self forget
I am not worried
If it’s love she said, then were gonna have to think about the
Consequences
She can’t stop shaking and I can t stop touching her and.....
This time when kindness falls like rain
It washes her away and anna begins to change her mind
These seconds when I’m shaking leave me shuddering
For days she says.
And I’m not ready for this sort of thing
But I’m not gonna break
And I’m not going to worry about it anymore
I’m not gonna bend. and I’m not gonna break and
I’m not gonna worry about it anymore
It seems like I should say as long as this is love...
But it’s not all that easy so maybe I should just
Snap her up in a butterfly net-
Pin her down on a photograph album
I am not worried
I’ve done this sort of thing before
But then I start to think about the consequences
Because I don’t get no sleep in a quiet room and...
The time when kindness falls like rain
It washes me away and anna begins change my mind
And every time she sneezes I believe it’s love
And oh lord.... I’m not ready for this sort of thing
She s talking in her sleep-it s keeping me awake
And anna begins to toss and turn
And every word is nonsense but I understand it and
Oh lord. I m not ready for this sort of thing
Her kindness bangs a gong
It’s moving me along and anna begins to fade away
It s chasing me away. she dissappears, and oh lord I’m not ready for this sort of thing
(Anna Begins - Counting Crows)
Pq esta é uma música que deve ser postada...
sexta-feira, 26 de novembro de 2004
"Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a big fucking television, choose washing machines, cars, compact disk players and electrical tin openers...choose DIY and wondering who the fuck you are on a Sunday morning. Choose sitting on the couch, watching mind-numbing, spirit-crushing game shows, stuffing junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing your last in a miserable home, nothing more than an embarassment to the selfish, fucked-up brats you spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life. But why would I want to do a thing like that? I chose not to choose life. I chose something else. And the reasons? There are no reasons. Who needs reasons when you've got heroin?"
Irvine Welsh
TRAINSPOTTING (1996)
Achei isso em um velho post e resolvi repostar.
Irvine Welsh é fodão!
Na falta do que fazer, fui ler velhos posts...
nah... "ler velhos posts" é um understatement. Na verdade eu fui começar a reler todos os dois anos e sete meses do meu blog.
Cheguei à conclusão de que eu era muito mais engraçado (e bobo) antigamente.
A boa notícia é que o meu blog era tão legal que não dá sono.
A má notícia é que o meu blog era tão legal que NÂO DÁ SONO! :)
Ok, vou ser humilde e pedir com jeitinho...
EU TÔ PRECISANDO DE UM CAFUNÉ, PORRA!
Estou com insônia novamente...
Bastou deitar a cabeça no travesseiro para todo o sono que eu sentia passar, como de costume. Nâo adiantou contar carneirinhos, pensar em velhos contos, relembrar momentos doces do passado ou dizer 26 vezes para mim mesmo que eu PRECISO dormir. Minhas olheiras estão tão fundas e minha pele está tão estragada por falta de sono que às vezes pareço ter 37, e não 27 anos.
Mas tudo isso passa com algumas noites de sono...
... o que não quer dizer que eu esteja conseguindo tê-las. :)
Se eu estou mal com isso tudo?
Nem um pouco. Estou escrevendo isso só por falta do que fazer mesmo. :)
quinta-feira, 25 de novembro de 2004
Fragmentos...
um diálogo da décima parte (que ainda está no forno) de O Cavaleiro e o Dragão
(...)- “Você não tem sentimentos!?”
O dragão não se voltou para Amarath. Permanecia olhando para o céu cheio de nuvens e para a fumaça no horizonte. Mesmo assim, ele respondeu:
- “Sim, eu tenho. Mas estes são os seus sentimentos. Não vou me enredar neles. Eu apenas estou apresentando-lhe seu teste. Você pode, se quiser, abandonar o caminho do cavaleiro e se juntar a ela. Mas desconfio que você poderia terminar sendo o jantar de sua amada.”
Amarath podia imaginar que o dragão mostrava os dentes ao vento, no que deveria ser um sorriso.
- “Você é cruel!” disse o jovem, quase gritando.
- “Eu sou um dragão. E você ainda tem muito a aprender sobre o que é a crueldade, menino. Vá. E aja como o homem que você pretende ser.” a fera verde alongava as asas, falava quase preguiçosamente.
- “Você não sabe o que é amor!? Você não conhece estes sentimentos? Por quê você me pede isso?” agora Amarath gritava.
- “Quando você os conhecer, conte-me sobre eles.” O dragão voltou sua cabeça para o aprendiz de cavaleiro, mantendo o corpo voltado para o templo, e aproximou-a. Seus olhos buscavam os de Amarath...
todo sentido nasce do que se sente.
quarta-feira, 24 de novembro de 2004
perdemos, por vezes, tempo demais com as pessoas.
é tempo que roubamos de nós mesmos, e das nuvens, e da lua sobre nós.
nem sempre se pode partilhar o encanto.
por vezes as mãos que não recebem estão por demais fechadas para receber aquilo que brilha em nossa palma.
eu vi a lua refletida nas nuvens do cerrado...
eu.
só eu.
terça-feira, 23 de novembro de 2004
De volta ao ofício blogueiro...
Por nenhum motivo especial. Talvez apenas por sentir assim, hoje voltei a blogar como eu gosto.
Um dia eu já desejei viver sem problemas...
Morri de tédio até o dia em que a vida provou que isto era impossível. ;)
É o desafio que nos tira de nossa casca ensimesmada (sim, esta palavra existe... existe sim... pq eu quero.) e nos faz entrar em contato com a vida. Vocês podem experimentar. A vida é mesmo feita de tentativa e erro... e descobertas.
Como disse uma conhecida, que como qualquer um de nós, nem sempre vive aquilo que diz:
"A coisa mais importante da vida é o tesão".
E é isso mesmo.
have a good life, dear reader.
sábado, 20 de novembro de 2004
"era uma vez um contador de histórias que se esqueceu de si mesmo. ele, que antes pulsava lendas e rimas em seu coração vermelho, agora apenas colecionava coisas de contar, como quem conta dinheiro. seu rosto jovem endureceu-se, a pele cheia da imundície da fumaça urbana. seus olhos não tinham mais a doçura de antes, procurando frenéticos e sem amor. ele não era mais capaz de enxergar...
não sabia mais contar histórias, com o coração como tambor e os lábios dançando como peixes que sobem o rio. não mais as sabia ouvir, nem conseguia mais enxerga-las acontecendo à sua volta. ele havia esquecido de seu ofício. ele havia abdicado de sua posição de contador de histórias para ser apenas um personagem de uma história de um outro alguém...
mas um dia ele despertará
e terá novamente histórias para contar..."
rabiscado em um pedaço de papel...
sexta-feira, 19 de novembro de 2004
me embananei com a reunião dos textos para o metareciclagem.
foi mal aí ff...
acho que estou meio "atropelado" pelo excesso de coisas e falta de cabeça...
p.s. enquanto procurava uma outra coisa, achei uma reportagem do ano passado na magnet falando sobre o metarec. legalzim....
Este é mais um dia normal nos corredores da cultura.
Estou curtindo meu xabú de insônia numa sala vazia e fresquinha cheia de cadeiras verdes novas. A vida é mais divertida quando o inesperado se insinua por seus flancos...
Esta noite que quase consegui dormir, não fossem as goteiras e os raios que ameaçavam a rede e as máquinas da casa da colina...
Acho que vou escrever um pouco.
p.s. Não joguem Wesnoth... vicia mais do que deveria.
quinta-feira, 18 de novembro de 2004
Há males que vem para bem...
um rei adoentado e seus livros numa manhã de quinta feira.
Continuando a série "lifestyle illnesses1 do duende", depois de dois dias de insônia pouco produtiva, passei a manhã deste dia brincando de rei2 e colocando minha leitura em dia.
Foi o bastante pra me apaixonar pela obra de Colin Wilson (e descobrir o escritor de new-sci-fi ducaralho que é o Rudy Rucker). Mais tarde eu faço posts sobre eles.
Por hora, recomendo realmente a leitura de "Maslow, Sheldrake e a Experiência de Pico", de Colin Wilson.
Agora eu vou nessa, entre uma reinada e outra, ver se consigo chegar ao trabalho antes de exercer minha regalidade novamente. Abraços do rei culto. :)
1para quem não sabe, são as doenças associadas ao estilo de vida, como por exemplo a gastrite, as lesões por esforço repetitivo, a obesidade, mal de korsakov... etc... ;)
2este foi o eufemismo mais leve e poético que eu encontrei para o ato de "estar no trono".
PC popular da AMD... não sei não hein?
Equipado com um windows versão frankestein (há quem diga que é um CE modificado) para "baratear o pacote" (!?), sai a coisinha esquisita que a AMD chama de "solução para inclusão digital". Quem viver verá (inclusive eu, cético escorpiano de plantão...).
AMD demonstra PC popular (idgnow)
A Advanced Micro Devices (AMD) fez ontem (16) a primeira demonstração do Personal Internet Communicator, equipamento destinado a ampliar o acesso à internet com preço mais acessível. PC World conversou com exclusividade com Brad Hale, diretor de desenvolvimento de negócios da AMD que trouxe as primeiras unidades para o país e irá mostrá-lo para o governo e alguns parceiros locais durante essa semana.
(...)
Não maior que uma caixa de lenços e pesando menos que 1,5 kg, o PIC foi projetado para ser simples, barato e resistente a quedas e maus tratos. O gabinete na forma de cápsula possui dois hemisférios. A parte superior é feita de plástico ABS e a inferior, de alumínio. Segundo Hale, o uso de metal na base tem a função de dissipar o calor gerado pelo processador AMD Geode GX500. A única peça móvel dentro do PIC é seu disco rígido de 10 GB de 3,5 polegadas.
O PIC vem ainda equipado com um modem de 56 kbps, um periférico desprezado em um mundo que caminha para banda larga. Hale disse que, durante o desenvolvimento do produto, a AMD nunca pensou que o acesso por banda larga poderia ser tão popular em alguns mercados onde o PIC seria vendido.
Por enquanto, a solução encontrada é usar uma de suas quatro portas USB 1.1 para ligar um adaptador Ethernet ou até mesmo um modem ADSL. Mesmo assim, a empresa já planeja criar uma versão do PIC com uma porta Ethernet no lugar do modem. Esse modelo deve ficar pronto no período entre o final desse ano e no início do próximo.
Sistema operacional
Apesar de rumores indicarem que o PIC utilizaria sistema operacional Linux, a versão final veio equipado com uma nova versão do Windows, chamadaWindows XC. Algumas fontes ligadas ao assunto diziam se tratar de uma versão do Windows CE com elementos do XP e outras que seria versão reduzida do Windows XP Embedded Edition.
Hale confirmou que sua equipe avaliou todas essas opções. A idéia do Linux foi abandonada não por causa do sistema operacional e sim pelo custo do pacote de aplicativos que acompanhariam o produto. Testes também foram realizados com o XP Embedded e, também nesse caso, o custo da licença seria bem maior que o do Windows CE, que surgiu como solução economicamente mais viável.
(leia a matéria inteira)
a dica foi do xl4v3, ainda de férias em lugar desconhecido...
quarta-feira, 17 de novembro de 2004
Depois de ler Urban Archipelago (um texto dos editores da revista The Stranger) eu fiquei com a sensação ao mesmo tempo excitante e desconfortável de que os EUA estão caminhando para a realização de seus sonhos de ficção cientifica mais negros...
Não é uma questão de temer este futuro, é apenas a surpresa de ter a impressão de que ele vai chegar...
vamos comprar um guaraná antártica (eu vou de coca cola, mas o problema é meu) e assistir o lento esfacelamento do império dos egocêntricos... :)
Todo mundo precisa parar um pouco...
Chove do outro lado da janela. O mundo toma uma coloração cinza tranquila e o barulho dos respingos ecoa quietude. A quietude de uma tarde de quarta feira. Eu deveria estar indo para o trabalho agora. De fato, deveria ter feito isso bem mais cedo. Mas não estou preocupado com isso neste momento. Hoje é um dia para relaxar um pouco e escutar o silêncio... e entrar em sincronia comigo de novo.
As ultimas semanas se pareceram demais com um pinball...
e eu era a bola.
Nâo. Chega.
Vamos com calma agora...
Há dias que mal escrevo em meus blogs. Há dias que mal consigo parar e divagar sobre a paisagem, ou sobre qq outra coisa. Este não sou eu. Eu estou precisando relaxar.
And then... so be it. :)
terça-feira, 16 de novembro de 2004
Acredito no que é absurdo.
Acredito pois as pessoas são absurdas,
e os caminhos da vida, por serem tão sábios
soam também absurdos aos nossos olhos
tão cartesianamente míopes.
Não acredito em pessoas normais.
Elas não sabem falar a verdade nem para si mesmas.
(e a porcaria do fotolog.net engoliu mais um de meus posts...)
segunda-feira, 15 de novembro de 2004
agora sim... :)
O Cavaleiro e o Dragão (nona parte)
Uma fábula interna de Daniel Duende
Esta é uma fábula publicada em partes.
Antes de ler a nona parte, leia a primeira, a segunda, a terceira, a quarta, a quinta, a sexta, os fragmentos da sétima e (ufa) a oitava partes...
Já leu?
Então bem vindo à nona parte de O Cavaleiro e o Dragão.
O sol já havia se posto quando Amarath perguntou ao dragão pela sétima vez qual era o segundo teste. Na primeira vez que perguntara o dragão ainda dormia, ou fingia que dormia, e não deu ouvidos à pergunta. Na segunda vez em que perguntara, logo que o dragão se levantou e espreguiçou suas enormes asas, foi mandado caçar, usando apenas um arco rústico e flechas de pedra, animais suficientes para alimentar os dois. Ao voltar carregando com todo o seu esforço duas corsas, Amarath fez a pergunta pela terceira vez. O dragão limitou-se a elogiar as corsas e comentar que costumava comer mais do que aquilo. Após a refeição, quando Amarath perguntou pela quarta vez, o dragão disse que ele devia descer até o rio, banhar-se, e voltar apenas com o pôr do sol.
Entrando novamente no templo, composto por colunas altas de pedra que pareciam escorar o céu e vários altares rústicos, Amarath encontrou o dragão deitado novamente. Por um segundo pensou que este dormira e já se preparava para sentar-se e esperar, mas sentia um pouco de frio e resolveu preparar uma fogueira. Com ramos das árvores próximas preparou uma pequena pilha e se pôs a pensar como arranjaria fogo. Foi quando percebeu que o dragão o observava com uma expressão que poderia ser interpretada como a expressão divertida de um dragão.
- “Pode me ajudar a acender esta fogueira? Estou com frio...” – disse Amarath, com um ar cansado.
- “Posso.”
Amarath se afastou da fogueira e esperou por uma enorme labareda, ou qualquer coisa que se assemelhasse ao lendário sopro do dragão. Em seu lugar nada viu, e ouviu apenas a risada raspada do dragão, muito parecida com o ruído de alguém arrastando uma pedra em um vaso de cerâmica.
- “Você não vai acender a fogueira?”
- “Não estou com frio.” – disse o dragão, sarcásticamente.
- “Mas você disse que podia me ajudar.”
- “É óbvio que posso.”
- “Mas você não vai me ajudar?”
- “Quem está com frio é você. Por que eu o ajudaria?”
Dezenas de respostas passaram pela cabeça de Amarath, desde argumentações sobre a importância que havia em aquecer-se até xingamentos. Mas ele não disse nada por um longo tempo, enquanto congelava no vento frio do anoitecer. Por fim perguntou pela quinta vez se este era um teste, mas o dragão apenas sorriu e pareceu voltar a dormir.
Amarath pensou por longos momentos, enquanto o frio aumentava, e por fim foi encontrar algumas pedras com as quais fazer faíscas. Sentou-se, amuado e frustrado, junto à fogueira e pôs-se a raspar as pedras, que pareciam não estar dispostas a presentear-lhe com faíscas. Sentia-se muito frustrado. De que adiantava ter a seu lado um dragão se este não o obedecia e nem sequer o respeitava? De que adiantava tudo aquilo que passara se iria morrer de frio ali. Angustiado com tudo isso, decidiu caminhar até o dragão e tentar acordá-lo.
Pequenos toques nas escamas agora frias não surtiram efeito algum, assim como não surtiram efeito as pequenas pancadas que ele tentou desferir depois sobre as costas do dragão. Amarath pensou em gritar o nome do dragão, mas não sabia qual era, e então apenas gritou por “dragão”. Sentiu-se ainda mais ridículo ao perceber que isso também não surtia efeito. Por fim, irado, chutou o dragão logo atrás de sua grande cabeça com uma força movida pela raiva e frustração. O dragão levantou-se e empertigou-se de forma ameaçadora. Amarath ficou ainda mais congelado de medo ao ver que talvez não morresse de frio, e sim assado pelo sopro do dragão... ou estraçalhado por seus dentes. Mas mesmo assim, com uma coragem que adveio do momento desesperado, gritou:
- “Isso é um teste!?” – esta fora a sexta vez que Amarath perguntara isso no dia.
- “Quem te deu o direito de me chutar assim?”
- “Eu sou o seu cavaleiro e estou com frio. Além do mais estou cansado de ser humilhado e desconsiderado...” – Amarath não teve tempo de terminar a frase, pois o dragão investiu contra ele com aparente fúria. Teve tempo apenas de se jogar para o lado, sem acreditar no que acontecia.
- “Eu vou queimar você da cabeça aos pés! O que você sente a respeito disso!?”
Amarath, com presença de espírito, nada respondeu. Apenas colocou-se de pé frente ao dragão tendo a pilha de galhos às suas costas. Quando o dragão abriu sua boca cheia de enormes dentes, Amarath se jogou no chão, sentindo enorme língua de chamas passando por sobre suas costas com um calor terrível e iluminando a noite. Quando o enorme sopro do dragão se extinguiu, Amarath pode ver que não só a fogueira, mas duas árvores estavam também queimando. Levantou-se, tomado ainda por algo muito forte e um pouco insano dentro de si, e disse:
- “Eu SENTIA frio!” – e o disse com um sorriso louco na face.
O dragão olhou um pouco perplexo para a fogueira, e depois para Amarath, e por fim abriu a boca. Por um segundo Amarath pensou que fosse expelir outra de suas mortíferas línguas de fogo. Mas o dragão apenas gargalhou. Amarath começou a rir nervosamente, mas terminou por juntar-se ao dragão em sua gargalhada.
- “Você é louco, ou então mais engenhoso do que imaginava, ou mais provavelmente os dois, Amarath!” – disse o dragão, ainda rindo, o que tornava a sua voz uma confusão pétrea de raspados e ecos montanhosos.
- “E você acendeu a minha fogueira.”
- “Sim.”
- “Você ia mesmo me matar?”
- “Você estava com medo?”
- “Sim. Mas eu estava com frio e, mais do que isso, eu estava com raiva.”
- “Você me chutou por que estava com raiva?”
- “Não, eu te chutei porque estava com frio.”
Os dois se olharam durante vários segundos, e então começaram a rir novamente. Por fim o dragão completou:
- “Eu também estava com frio.”
Amarath parou por um momento, e então compreendeu o que havia acontecido.
- “Este era então o teste?”
- “Certamente o teste não era sobre acender fogueiras.”
- “Então, qual era o teste?” – Perguntou Amarath finalmente, pela sétima vez.
- “Fazer você enfrentar o seu medo de mim.”
Aquela não foi a última vez que Amarath teve medo do dragão, mas certamente foi a primeira vez que pode perceber a real dimensão de sua coragem. Isso faria toda a diferença em sua vida como Cavaleiro de Dragão, e em sua vida como homem.
Amarath estava mesmo se tornando um homem.
(fim da nona parte)
p.s. post publicado, com dificuldade, com o BloGTK. Ainda estou aprendendo os macetes disso aqui...
Acheeeeeeeei!
Achei uma blogging-interface para Linux.
Chama-se BloGTK (agora já na versão 1.0) e foi inspirado no meu querido w.bloggar
(que ainda não viu a luz e portanto ainda não mudou de plataforma...).
Testando BloGTK...................... funciona.
iluminados usuários Debian, apt-get install blogtk :)
ele não é nenhuma maravilha, ainda precisa de muuuitos aperfeiçoamentos, mas é simples e prático.
Eu ia publicar a nona parte de "O Cavaleiro e o Dragão" hoje,
mas descobri que é um saco formatar posts sem uma interface de blogar.
tenho que descobrir logo algum programa que faça no Linux o trabalho que o W.Bloggar fazia no windows por mim...
Eu me recuso a rodar aquela velharia do windows2000 só para fazer um post.
domingo, 14 de novembro de 2004
sexta-feira, 12 de novembro de 2004
Elemental
Why don't people leave off being lovable
or thinking they are lovable, or wanting to be lovable,
and be a bit elemental instead?
Since a man is made up of the elements
fire, and rain, and air, and live loam
and none of these is lovable
but elemental
man is lop-sided on the side of the angels.
I wish man would get back their balance among the elements
and be a bit more fiery, as incapable of telling lies
as fire is.
I wish they would be true to their own variation as water is,
which goes trough all the stages of steam, and stream, and ice
without losing its head.
I am sick of lovable people,
Somehow they are a lie.
-=-
D.H. Lawrence,
que também escrevia
cartas eróticas bizarras
para sua mulher
quando viajava...
(presente da Clarinha Elfa)
quinta-feira, 11 de novembro de 2004
Colocando a cabeça em dia. Colocando a vida em dia. Colocando meus contos em dia...
Guardando coisas em seus lugares, espalhando outras.
Compondo uma música que nunca vou terminar
e tentando, com vontade, escrever algo sobre cultura digital (mas não deu vontade).
I'm a fucking insomniac,
but i'm a happy fucking insomniac... :)
Hora de dormir.
Amanhã tem mais trampo com a Tia Maristela-Formiga-Atômica.
Está sendo ducaralho trampar lá com ela...
quarta-feira, 10 de novembro de 2004
terça-feira, 9 de novembro de 2004
Good morning starshine, the earth says hello
you twinkle above us, we twinkle below
good morning starshine, you lead us along
my love and me
as we sing our
early morning singing song
gliddy glub gloopy nibby nabby noopy
la la la - lo lo
sabba sibbi sabba nooby aba naba
lee lee - lo lo
tooby ooby wala
nooby aba naba
early morning singing song...
-=-
E então eu redescubro, mesmo que remelento, o prazer de acordar cedo e ter realmente vontade de ir trabalhar... :)
Valeu aí, dona Vida. :)
segunda-feira, 8 de novembro de 2004
domingo, 7 de novembro de 2004
Daniel Duende
02 / 11 / 1977
Crono-Psi: 67
Kin 123
Noite Rítmica Azul
Organizo com o fim de sonhar
Equilibrando a intuição
Selo a entrada da abundância
Com o tom rítmico da igualdade
Eu sou guiado pelo meu próprio poder duplicado
'Aceito organizar-me e meus sonhos
se tornam realidade. Estou em paz.'
(calendariodapaz.com.br)
Um bom final de semana, liberto das pressões que eu fazia sobre mim mesmo, pode fazer maravilhas...
Estou saindo por aí (fora) e por aqui (dentro) em busca da minha alma e da minha sombra. Os rumores é de que elas haviam sido raptadas por um duende verde mau, mas descobri que elas fugiram juntas para algum lugar divertido...
Vou ver se as encontro para uma suruba ôntica. (ok, eu gostei desta frase) :)
Estou começando a me sentir muito bem comigo de novo.
Vamos ao trabalho...
sexta-feira, 5 de novembro de 2004
Relendo velhos contos, tentando ajeitá-los para lançar o livro...
estão em sua maioria um lixo.
"Saídas" já está indo para o lixo, "O Ultimo Cravo" vai ser totalmente reescrito...
"A Princesa à Janela" também precisa ser muito modificado...
Pelo visto só os velhos velhos velhos contos se salvarão.
Preciso escrever novos contos...
quinta-feira, 4 de novembro de 2004
Agora eu entendo pq os americanos reelegeram o moralistão Bush. Pq os americanos divertidos estão indo embora dos Estados Unidos, rumo a países que são mais sãos e divertidos...
Quando um bar é mais divertido do que os outros, tem gente tão esquisita quanto vc na maior parte do tempo, fica no seu caminho de volta entre o seu trabalho e a sua casa e vc SEMPRE arranja uma desculpa para passar lá quando está indo para casa... vc começa a virar um barfly.
now i am really becoming a barfly.
33.
Speak to me in a language I can hear.
Humour me before I have to go.
Deep in thought I forgive everyone
As the cluttered streets greet me once again.
I know I can’t be late.
Supper’s waiting on the table.
Tomorrow’s just an excuse away
So I pull my collar up and face the cold, on my own.
The earth laughs beneath my heavy feet,
At the blasphemy in my old jangly walk.
Steeple guide me to my heart and home.
The sun is out and up and down again.
I know I’ll make it, love can last forever.
Graceful swans of never topple to the earth
And you can make it last, forever - you
You can make it last, forever - you
Can make it last...
And for a moment I lose myself
Wrapped up in the pleasures of the world.
I’ve journeyed here and there and back again
But in the same old haunts I still find my friends,
Mysteries not ready to reveal,
Sympathies I’m ready to return.
I’ll make the effort, love can last forever.
Graceful swans of never topple to the earth.
Tomorrow’s just an excuse
And you can make it last, forever - you
You can make it last, forever - you
Can make it last forever - you,
Forever you...
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#FF8040
quarta-feira, 3 de novembro de 2004
segunda-feira, 1 de novembro de 2004
Macacos datilógrafos,
Pinguins terroristas
e Babuinos amestrados...
este é o nosso mundo
Você pode colocar N macacos digitando por N horas e em algum momento eles eventualmente digitarão as obras completas de Shakespeare (duvida? então experimenta...)
Mas se você colocar um Baboo ensinado da Mic(r)osoft para escrever sobre Sérgio Amadeu, o que sai é isso aqui.
Risível...