Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quinta-feira, 25 de novembro de 2004

Fragmentos...
um diálogo da décima parte (que ainda está no forno) de O Cavaleiro e o Dragão

(...)- “Você não tem sentimentos!?”
O dragão não se voltou para Amarath. Permanecia olhando para o céu cheio de nuvens e para a fumaça no horizonte. Mesmo assim, ele respondeu:
- “Sim, eu tenho. Mas estes são os seus sentimentos. Não vou me enredar neles. Eu apenas estou apresentando-lhe seu teste. Você pode, se quiser, abandonar o caminho do cavaleiro e se juntar a ela. Mas desconfio que você poderia terminar sendo o jantar de sua amada.
Amarath podia imaginar que o dragão mostrava os dentes ao vento, no que deveria ser um sorriso.
- “Você é cruel!” disse o jovem, quase gritando.
- “Eu sou um dragão. E você ainda tem muito a aprender sobre o que é a crueldade, menino. Vá. E aja como o homem que você pretende ser.” a fera verde alongava as asas, falava quase preguiçosamente.
- “Você não sabe o que é amor!? Você não conhece estes sentimentos? Por quê você me pede isso?” agora Amarath gritava.
- “Quando você os conhecer, conte-me sobre eles.” O dragão voltou sua cabeça para o aprendiz de cavaleiro, mantendo o corpo voltado para o templo, e aproximou-a. Seus olhos buscavam os de Amarath...

todo sentido nasce do que se sente.

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