Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

segunda-feira, 26 de julho de 2004

O Casamento (de dois) de Meus Melhores Amigos
O casamento do Guto com a Denise foi lindo, mesmo para quem como eu sempre detestou ter que entrar em igreja...

É tradição entre os padrinhos chegar atrasado à igreja, não é? Bem, ao menos entre o meu grupo de amigos, é. Atrasado, porém sempre menos atrasado do que a noiva (a não ser que você queira ficar ouvindo uma voz gritando para você entrar logo na igreja, vinda de dentro de uma limousine com vidros fumê. scary...).

Mas vamos ao casamento, que é o que interessa. A Catedral (é, aquela igreja modernosa da esplanada dos ministérios) é realmente linda por dentro. Nem dá medo daqueles anjos enormes ficarem zonzos e cairem na sua cabeça. Quando cheguei à igreja, acompanhado de Fernando e Carlinha Bündchen e familia, já estavam todos os padrinhos e adjacentes em polvorosa passeando pela entrada da igreja. Recebíamos florezinhas de lapela dos organizadores da cerimônia (Hana Krishna e suas comparsas lesb-chic alemãs) e rápidas instruções sobre como deveríamos entrar na igreja. Padrinhos com a mão no umbigo e a outra mão FORA DO BOLSO. Madrinhas segurando seus padrinhos e suas bolsas e bolsetas de forma adequada. Ninguém tire meleca ou dê lingua para os amigos que assistem o casamento da geral, por favor...

O padre, falante e nordestino, deve ter feito o curso de fim de semana da Silvio Santos Entertainment Co. e mostrava seus truques. Mandou todos levantarem, sentarem, andarem para um lado e para o outro, cantarem, subirem e descerem na boquinha do banquinho de mármore... e nos agraciou com uma linda elegia sobre suas modernas idéias do século XVIII. Toda sua falação era desnecessária, afinal, a parte importante do casamento, as falas importantes de verdade daquele casamento, não foram as dele. Quando Gutinho e Denise tomaram o microfone para declarar seu amor um pelo outro, eu juro que chorei como um bezerro desmamado. E não fui o único. Enquanto as mulheres se seguravam machamente para não borrar suas maquiagens, Eu, Junim, Professor Fernando e Feliz (o homem rosa) mostrávamos para que é que nossas glândulas lacrimais serviam...

Sim, é isso mesmo. Este que vos escreve ficou emocionado quando viu seu amigo de infância Guto e sua amiga de longa data Denise declarando em meio àquele espetáculo o quanto se amam e o quanto estavam felizes de estar juntos. Para aqueles que não se emocionam com estas coisas, eu desejo, de coração, um proctologista sádico e de dedos grossos...

A Festa.

A festa depois do casamento é sempre um capitulo à parte não é? Pois é.

Lá estávamos nós, de volta à Maison Chantall de tantas festas, passando frio e nos esquentando com sagradas libações alcoólicas. Tiramos fotos, dançamos, Junim abriu o precedente tabagista (e eu o amei ainda mais por isso), Zoid dançou insanamente com a toda a luxúria e verve que lhe são características, eu corri atrás dos salgadinhos e da comida a noite toda (pois a fome é minha companheira inseparável) e Cão, um bom moço, revezava-se entre tirar moças abandonadas para dançar e ajuda-las com os ciscos de seus olhos. Fernando e Carla Bündchen mostraram a todos por que é que ganharam o torneio de dança selvagem de Vladivostok por 2 anos consecutivos, e assim fomos felizes... Foi uma festa realmente, realmente, realmente... realmente.

As ausências importantes foram a da Poocah e a do whiskey, nesta ordem.
As presenças importantes foram... foram as presenças importantes... (sim, eu escrevo sob censura... abaixo a censura... ABAIXO A CENSURAAAA!!!)

Não tem preço o sorriso da Tia Regina, a alegria de todos naquele aposento. Não tem preço estar ali entre amigos...
Para todo o resto, eu não tenho dinheiro. (ok, eu não poderia perder a piada) :)

É isso...
por hora.

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