Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

domingo, 23 de maio de 2004

Como foi o show?
Mais uma resenha gonzo, por Daniel Duende.

Foi um show bom o bastante. O som estava insuportavelmente alto e distorcido. As notas torturadas pelas enormes caixas saíam confusas e bólidas pelo espaço, ricocheteavam nas horríveis (principalmente quando vistas de dentro) tetas da Therese e voltavam sobre nós, estraçalhadas. (L)Os Hermanos bem que tentaram, e tentaram de verdade, compensar pela absurdidade e incompetência da produção. Amarante cantava, gritatava, projetava sua barba para frente e fazia beicinhos para as menininhas de 13 anos da platéia. Camelo parecia um camelo (e foi então que descobri que ele canta muito pouco, deixando o estorvo para o Amarante, e se contenta em ficar no meio escuro do palco tocando como um virtuose embriagado). Seria um tipo de Slash se tivesse mais cabelo e menos barba.

Os Boizinhos bem que tentaram, mas depois daquele show nada mais seria o mesmo. Mas eles tentaram, e eu gostei de ver eles tentaram. Eu até tentei dançar, extraindo as últimas notas de dor e recusa de minha torturada coluna.

Se ao menos não tivéssemos esperado tanto...

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