Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 7 de abril de 2004

"E então ele sentou-se à janela e olhou para o céu. Decidiu que não ia chorar desta vez. Um dia estranho a mais em sua vida, talvez. A expressão de seus medos, ou apenas as estranhezas da vida vestindo as mesmas velhas máscaras... de seus medos.

Olhou para o céu e viu que as nuvens estavam borradas, ou talvez não tenha cumprido sua decisão de não chorar. Os problemas de sua vida parecem estranhos agora, e simbolicamente seu nariz começa a doer. Bateram a porta vezes demais à sua cara, ou seria ele que tem o estranho hábito de dar de cara em paredes que deveria saber que estão lá?

Ele não sabe, e não consegue escrever sobre. Então ele apenas se senta à janela e pensa, ou não pensa em nada, e deixa o tempo passar. No fundo, tudo que ele precisava era de um cafuné de uma mão muito distante agora... uma mão que parece estar atrás de uma ou muitas portas fechadas.

Então ele fecha os olhos e apenas tenta não pensar, enquanto a tarde cai sobre seus ombros como uma enorme pedra. E ele se sente mais sozinho do que antes, mas não mais sozinho do que jamais sentira-se.

De qualquer forma, ele gostaria de ter um motivo de que nem tudo dá errado no fim."


hoje eu só preciso ser compreendido e amado.
um dia ruim, e parece que não é só para mim...
mas no fim é um dia só, para mim.

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