Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sexta-feira, 16 de abril de 2004

Sento-me à varanda e acendo mais um cigarro. Ao longe o sol se põe deixando para trás um céu de baunilha. Ainda me sinto um pouco triste, um pouco alegre, um pouco silencioso. Ainda me sinto, mas o espetáculo é poderoso demais para que eu consiga me ater a meus pensamentos de humano. A mata na planície experimenta muitos tons de verde para seduzir os pássaros que voam no fim do dia. O sol vai desaparecendo, desaparecendo, e levando consigo a cor da hoste de nuvens que acompanhou sua retirada. E então resta apenas o azul. E eu me sinto bem. A beleza do universo é grande demais para que possamos ficar nos preocupando com as dores dos momentos.

Tudo está bem, tudo vai ficar bem.
Tudo acontece como tem que acontecer...

Aos que se preocupam, vou muito bem.
Aprecio a companhia daqueles que moram comigo na colina, e a de meus livros, meus pensamentos, e da natureza que está em tudo.

Este é o lugar perfeito para se refletir e escrever e criar, e talvez até para estudar.
Esta é a minha nova casa.

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