Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 11 de março de 2003

...Ela vai se iludir, acreditar que tudo pode ser resolvido por alguém, mais algum alguém. Vai se apaixonar perdidamente e vai se perder, e quando se achar vai estar sozinha com alguém que mal a conhece e não se importa. Ela vai tentar de tudo para preencher o vazio e no final vai estar sozinha de novo, machucada, violentada, sentindo-se suja e chorando. Ele me conclamou para tentar evitar o destino dela, me exortou a ligar para ela, mandar uma carta, um postal, um recado. Minha vontade tremeu mas no final me restou, em meio a duas lagrimas, uma resolução dura: eu vou ter que deixar acontecer, não tenho o direito de intervir. E então me resta desejar do fundo do coração que ela aprenda com isso. Vai ser uma dura lição e eu terei que viver com a certeza de que eu poderia tê-la avisado. Ela vai perder a inocência e vai ficar marcada e a mim só resta o silêncio contrito daqueles que enxergam o futuro e não podem fazer nada. Me perdoe meu amor...

Fragmentos do livro da vida... que todo dia tento reescrever.

Love, life and understanding... the suffering.

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