Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 11 de março de 2003

Seria injusto se depois de tantas e tantas horas fuçando velhas poesias eu não postasse nenhuma. Encontrei a velha poesia, que explica muito pouco, mas faz sentir um bocado, sobre o que é o Alriada.
Aí vai, para quem gosta e sente poesia...

Alriada

Longe, longe, longe daqui e dali
Nas terras da terra que é a terra
Contam as lendas de um povo muito belo
Que vive e brinca
Com os campos de Nossa Senhora


De suas frontes reluzem candeeiros
e em seus olhos vivos, estrelas
luzinhas, brilhinhos, fogos-fátuos
Sabores de uma terra distante
Uma terra cheia das coisas boas
de nossa gente
Fecunda....
de deitar e estar
e gostar
de verdade

É uma terra de luz
e de crepúsculos
e auroras
Uma terra com raízes e flores
Uma terra com fé em seu sangue
Uma terra com Deuses das coisas
das forças e das fraquezas
da poesia que brota qual
água da vida, dos campos
Dos velhos e dos novos tempos

Eras tão boa, minha terra
Teus vales
teu seio perfeito
e as depressões que me levavam
ao fundo de mim mesmo
e ao fundo de ti
Eram como memórias da aurora
ou coisas que não sei mais
É saudade que sinto
e uma dor de não estar
Eras tão boa, minha terra
que nem sei porquê me deixei ir embora
sem voltar

Mas não quero encerrar meu canto filho
com soares de dor e saudade
mas sim com um ar de esperança
de que voltarei, e volto
sempre
Algum dia, quando eu voltar
terei bocas pra beijar
crianças pra abraçar
e uma história pra contar...


Bem... é isso.
Hoje vai ser um dia silencioso.

Love, Poetry, Beauty and Understanding to the ones who feel...

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