Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 20 de janeiro de 2004

No dia em que ela pegou o trem.

nem mesmo os passarinhos
em seus galhos, em seus ninhos
cantaram na manhâ do domingo
em que ela pegou o trem

nem mesmo o amanhecer,
que depois da noite sempre vem
quis sair de sua casa escura
e ver que ela pegou o trem

estava tão fria a estação
onde todos chegam e vão
e não havia palavra embargada a dizer
no dia em que ela pegou o trem.

para onde ia, que diferença faz
o que importa é que não está aqui mais
não houve despedida, eu mal estava lá
e nem ela estará, depois que tomou o trem.



não me perguntei por que.
apenas escrevi a poesia
não sou o dono dela...

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