Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quinta-feira, 10 de junho de 2004

O Bardo na Colina

Sentado próximo ao topo da colina, o jovem bardo esperava e fazia as últimas anotações em seu diário. Ele sabia que logo após aquele último anoitecer ele deveria subir ao topo da colina e lutar seu combate. Não havia como fugir. Não por que o inimigo o perseguiria se ele tentasse (como de fato faria), mas porque ele havia se disposto a combater aquele combate. Ecoavam no vento velhas trovas, que ele deixava passar por ele, como a brisa, pois já não eram mais as suas trovas. Elas agora pertenciam ao vento e ao mar. Bebeu de seus últimos goles, comeu alguma coisa saborosa que ainda tinha em seus pertences e olhou para o topo daquela colina. Pela primeira vez não iria combater para ter uma história para contar. Desta vez iria combater por si mesmo.

Desta vez ele não iria ser derrotado.

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