Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 8 de junho de 2004

Mais um post triste...
Palavras tristes de alguém que fugia da própria tristeza, e a encontrou na esquina...

Uma quieta segunda feira em casa, relendo velhos diários, ouvindo velhas músicas e buscando um reencontro consigo mesmo e sua sensibilidade. Assim foi a segunda feira de Daniel, um pouco Carvalho, um pouco Duende e um grande resto de não se sabe o quê.

Relendo velhos contos seus, ou de outros autores, reencontrou um pouco de seus velhos sentimentos que o aqueceram o coração e as faces de lágrimas raras.

Relendo velhos diários então ele realmente chorou. Não foram lágrimas de saudade, todas elas já choradas à exaustão. Foram lágrimas de vergonha. O Daniel de hoje ainda choca-se com o Daniel de ontem. Deixa o alívio de ter se tornado um homem melhor para depois. Agora o que ele sente é o choque de se olhar no espelho do passado e não querer reconhecer o rosto que via. Ele foi o culpado por cada uma de suas dores. Cego e tolo e estúpido... inocente e culpado demais.

Mais um cigarro, mais um ou dois copos de água, mais um cigarro. As palavras não vem em seu coração, o gosto ruim das memórias sujas e confusas não deixa sua boca. A sede por alguma forma de redenção literária descansa de olhos abertos em sua alma. Ele precisa sair deste lugar, caminhar, ir para algum ponto onde seja melhor. E então... de repente... ele volta a escrever.

Não existe ninguém que viva a sua vida, com o dia e a noite, que tenha a alma limpa. O que é importante é tornar-se melhor.

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