Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

domingo, 28 de janeiro de 2007

ACORDEI

Sempre fui simpático às idéias de que adormecer, sonhar, são coisas muito próximas da morte, e de que quando despertamos nunca somos exatamente a mesma pessoa que foi dormir. Mas nunca sentí a verdade destas palavras com tanta intensidade quanto hoje ao abrir os olhos. Mais do que um despertar numa manhã ensolarada de domingo no Rio de Janeiro, foi como despertar de um longo transe. Ao longo de todo o dia, me encantava com as coisas e comigo mesmo, como se as estivesse vendo pela primeira vez de olhos abertos -- a praia, as pessoas, o céu, a cidade... e eu mesmo.

Ao invés de não me reconhecer, é agora que me reconheço. Apesar da cara tostada de sol (e do bronzeado ridículo de camisa, e do cabelo que não parece estar de bom humor), agora reconheço meus olhos no espelho. Mesmo assim são olhos diferentes. São olhos de um espírito que novamente tem chamas em seu interior. Me sinto vivo, e com a mente desperta e ágil, e cheio de poesia no coração...

E agora que despertei, há muito o que fazer.
Ao trabalho, Daniel Duende!

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